Lição 13
A Ressurreição de Jesus
28 de junho de 2015
TEXTO
ÁUREO
"E, estando elas muito atemorizadas e
abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente
entre os mortos?" (Lc 24.5)
VERDADE
PRÁTICA
A ressurreição de Jesus é a garantia de que
todos os que morreram em Cristo se levantarão do pó da terra.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - 1 Rs 17.17-24 A ressurreição no contexto do Antigo Testamento
Terça - Lc 7.11-17 A ressurreição no contexto do Novo
Testamento
Quarta - Lc 24.39 A ressurreição literal de Jesus segundo o
Evangelho de Lucas
Quinta - Lc 24.41-43 Jesus não está morto. Ele verdadeiramente
ressuscitou
Sexta - Jo 20.10-18; At 2.32 As evidências da ressurreição de
Jesus, o Filho de Deus
Sábado - Rm 4.25 O propósito da ressurreição de Jesus
segundo o Evangelho de Lucas
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 24.1-8
1 - E, no primeiro dia da semana, muito de
madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado.
2 - E acharam a pedra do sepulcro removida.
3 - E, entrando, não acharam o corpo do Senhor
Jesus.
4 - E aconteceu que, estando elas perplexas a
esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões com vestes
resplandecentes.
5 - E, estando elas muito atemorizadas e
abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente
entre os mortos?
6 - Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos
como vos falou, estando ainda na Galileia,
7 - dizendo: Convém que o Filho do Homem seja
entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia,
ressuscite.
8 - E lembraram-se das suas palavras.
OBJETIVO
GERAL
Apresentar a ressurreição de Cristo como a
garantia da realidade da vida vindoura.
HINOS
SUGERIDOS:
183, 545 e 546 da Harpa Cristã
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao
que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I
refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Explicar a
doutrina da ressurreição.
II. Expor a
natureza literal e corporal da ressurreição de Cristo.
III. Elencar as
evidências diretas e indiretas da ressurreição de Jesus.
IV. Discutir o
propósito da ressurreição de Jesus.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
A Bíblia declara que a ressurreição de Jesus e
o seu posterior aparecimento aos discípulos foram eventos dignos de notas
meticulosas dos apóstolos: "E apareceu [Jesus] a Cefas e, depois, aos
doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais
a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por
Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto
também por mim, como por um nascido fora de tempo" (1 Co 15.5-8 - ARA).
Jesus ressuscitado é a razão da fé. A certeza para vivermos o presente e
esperança para aguardarmos a nossa plena redenção. A ressurreição de Cristo
significa que, igualmente a Ele, ressuscitaremos da morte para a vida eterna;
que passamos do pecado para a salvação; da injustiça para a justiça eterna. Ele
está vivo, assentado à direita do Pai, intercedendo por nós como um verdadeiro
advogado fiel.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
As Escrituras ensinam que Deus fez o homem à
sua imagem e semelhança (Gn 1.26). Antes da Queda a morte não tinha domínio
sobre o homem. Todavia, como um ser moralmente livre, o homem pecou fazendo com
que o pecado entrasse no mundo e, com ele, a morte. A morte passou então a
todos os homens.
Ainda na Antiga Aliança, o Senhor deu vida aos
mortos para revelar o seu poder sobre a morte. E mesmo ainda não estando
totalmente revelada, a doutrina da ressurreição já era crida por santos do
Antigo Testamento (Jó 19.25). Eles anelavam pela redenção do corpo.
Jesus se revelou como o Messias prometido e a
sua morte e ressurreição garantiram que a penalidade do pecado - a morte -,
fosse vencida. Em Cristo, o direito de viver eternamente em um corpo físico
tornou-se novamente real.
I. A
DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO
1. No
Contexto do Antigo Testamento. O Antigo Testamento registra três casos de
pessoas que ressuscitaram. Os três casos aconteceram no ministério profético de
Elias e Eliseu. Em 1 Reis 17.17-24, Elias ressuscita o filho da viúva de
Sarepta; em 2 Reis 4.32-37 encontramos Eliseu ressuscitando o filho da
Sunamita. O outro caso está em 2 Reis 13.21 onde um morto torna à vida quando
toca os ossos do profeta Eliseu. Esses fatos demonstram, já na Antiga Aliança,
o poder de Deus para dar vida aos mortos.
Abraão, por exemplo, iria sacrificar seu filho
Isaque Porque "considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o
ressuscitar" (Hb 11.18).
2. No
contexto do Novo Testamento. Com o advento da Nova Aliança a doutrina da
ressurreição é demonstrada em sua plenitude (2 Tm 1.10).
O Novo Testamento registra vários casos de
pessoas sendo ressuscitadas. Algumas foram ressurreições efetuadas pelo Senhor
Jesus, enquanto outras por seus apóstolos (Mc 5.35-43; Lc 7.11-17; Jo 11.11-45;
At 9.36-42; 20.9,10). Em todos os casos, exceto a ressurreição de Jesus, as
pessoas ressuscitadas morreram novamente.
PONTO
CENTRAL
Jesus Cristo ressuscitou ao terceiro dia. Isso
é confirmado por muitas infalíveis provas (At 1.3).
SÍNTESE
DO TÓPICO I
A doutrina da ressurreição do corpo está
presente tanto no Antigo Testamento quanto no Novo.
CONHEÇA
MAIS
*O
Sepulcro Vazio
"Na tradição judaica da época de Jesus, os
sepultamentos normalmente tinham dois estágios. No primeiro, o corpo seria
lavado e ungido, a boca amarrada, e o corpo envolvido em tiras de linho
depositado em uma prateleira em uma caverna. O clima quente fazia com que os
corpos se decompusessem com muita rapidez e, algumas vezes, a caverna poderia
ser usada por mais de um corpo, assim especiarias eram acrescentadas para
atenuar o mau cheiro da decomposição."
Leia mais em Guia Cristão de Leitura da Bíblia,
CPAD, p.104.
II. A
NATUREZA DA RESSSURREIÇÃO DE JESUS
1. Uma
ressurreição literal.
O testemunho do terceiro Evangelho é de uma ressurreição física e literal. O
próprio Jesus, quando ressuscitou, disse: "Vede as minhas mãos e os meus
pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem
ossos, como vedes que eu tenho" (Lc 24.39).
2. Uma
ressurreição corporal. A apologética cristã sempre assegurou que a ressurreição
de Jesus foi um evento físico no qual o seu corpo foi revivificado. Isto
significa que, apesar de transformado, Cristo ressuscitou com o mesmo corpo
físico que fora sepultado. Lucas põe em relevo esse fato quando registra Jesus
comendo com os discípulos após a ressurreição (Lc 24.43). Em sua primeira Carta
aos Coríntios o apóstolo Paulo assevera que toda a fé cristã é falsa se a
ressurreição de Jesus não aconteceu de forma corporal (1 Co 15.14,15).
SÍNTESE
DO TÓPICO II
A ressurreição de Cristo foi corporal e
literalmente. Nosso Senhor apareceu aos discípulos durante 40 dias.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
Professor, neste tópico, é interessante
enfatizar que, após o sepultamento de Jesus, algumas mulheres foram ao túmulo
de Cristo: Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago (Lc 24.10). Chegando lá,
acharam a pedra do túmulo removida, mas o corpo do Senhor não estava mais lá.
De modo que ouviram de dois homens vestidos com roupas brilhantes: "Não
está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia,
dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens
pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite" (Lc
24.6,7). Aqui, estamos diante de um versículo que afirma com clareza que Jesus
foi crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia, isto é, no domingo pela manhã
bem cedo. Por isso nos reunimos todos os domingos, o dia do Senhor, para
celebrarmos Jesus Cristo ressuscitado.
Conduza o seu aluno à conclusão de que a
ressurreição do nosso Senhor foi um acontecimento tão extraordinário que os
primeiros seguidores de Jesus, todos judeus que guardavam o sábado, passaram a
observar o primeiro dia da semana, o domingo, como um dia especial. Não se pode
desconsiderar o dia em que o nosso Senhor ressuscitou. Portanto, a doutrina da
ressurreição é maravilhosa, confortante e enche-nos de esperança. Esperança
para o presente, esperança para o futuro, e, acima de tudo, a suficiente
certeza de que o nosso Senhor estará conosco para sempre.
III.
EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1.
Evidências diretas.
As Escrituras apresentam muitas evidências da ressurreição de Jesus. Os
apologistas classificam essas evidências em diretas e indiretas. O texto de
Lucas 24.13-35 narra o encontro que dois discípulos, no caminho de Emaús,
tiveram com Jesus após a sua ressurreição. Trata-se de uma evidência direta da
ressurreição porque mostra Jesus ressuscitado com um corpo físico e tangível.
Evidência semelhante pode ser vista no relato da ressurreição do Evangelho de
João 20.10-18. Nesses relatos observamos que as pessoas para as quais o Senhor
apareceu viram o seu corpo, conversaram com Ele e até mesmo chegaram a tocá-lo.
Não se tratava, portanto, de uma visão ou sonho, mas de um encontro real!
2.
Evidências indiretas.
Como vimos, os Evangelhos apresentam muitas provas diretas da ressurreição do
Senhor, todavia, apresentam também outras provas indiretas. Antes da
ressureição encontramos um grupo de discípulos desanimado, triste e cabisbaixo.
Era um cenário desanimador. Após a ressurreição e Pentecostes, esses mesmos
discípulos se apresentam ao povo com uma ousadia nunca vista. Eles agora
passaram a testemunhar que o Senhor deles estava vivo e apresentavam provas
disso. Eles curavam os doentes, levantavam os paralíticos, expeliam os demônios
e testemunhavam: "Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos
testemunhas" (At 2.32). A ressurreição de Jesus se tornou o principal tema
da pregação apostólica.
SÍNTESE
DO TÓPICO III
O encontro dos discípulos com Jesus ressurreto
no caminho de Emaús é um exemplo de evidência direta, enquanto que o ambiente
do Pentecoste demonstra os discípulos de Jesus mais fortes e maduros na fé.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
"Antes de Jesus sair da terra, Ele leva os
discípulos fora, a Betânia. Erguendo as mãos, Ele ora para que Deus os abençoe.
Enquanto está orando, parte e é levado ao céu pelo Pai celestial. Sua ascensão
significa que Ele entrou na glória (Lc 24.26), foi exaltado e entronizado à mão
direita do Pai.
A
partida de Cristo, e sua ascensão, completa sua obra na terra. Seus seguidores
não o verão na terra como viram no passado. Ele levou para o céu a humanidade
que assumiu quando entrou na terra. Apesar de sua partida, os discípulos estão
cheios 'com grande júbilo' e o adoram. Eles vieram a entender muito mais que antes.
Em vez de esta separação final ser um tempo de tristeza, é ocasião de alegria,
gratidão e louvor. Agora eles reconhecem que Ele é o Messias, o Filho divino de
Deus, e o adoram como Senhor e Rei.
Os discípulos esperam ser cheios com o
Espírito. Eles obedecem à ordem do Senhor, e voltam a Jerusalém"
(ARRINGTON, French L. Lucas. In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.).
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2004, p.479).
IV. O
PROPÓSITO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1.
Salvação e justificação. Aos discípulos no cenáculo, Jesus destaca a salvação como
propósito da ressurreição (Lc 24.46-48). A ressurreição de Jesus difere de
todas as outras, assim como Jesus difere de todos os homens. Ele é o Deus que
se fez carne (Jo 1.14); o segundo Adão, representando a humanidade caída (Rm
5.12; 1 Co 15.45), o único mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5), que nos
salva de nossos pecados (1 Tm 1.15). A Bíblia diz que Ele morreu por causa de
nossas transgressões (Rm 4.25); e que seu sacrifício foi em resgate de todos (1
Tm 2.6). Mostra ainda que a sua ressurreição foi por "causa de nossa
justificação" (Rm 4.25) e que nesse aspecto Ele foi designado filho de
Deus com poder pela ressurreição dos mortos (Rm 1.4).
2. A
redenção do corpo.
A ressurreição de Jesus é a garantia de que os crentes também ressuscitarão dos
mortos (Rm 5.17). Quando ressuscitou dentre os mortos, Jesus se tornou as
primícias daqueles que ressuscitarão para não mais morrer (1 Co 15.23). O
apóstolo Paulo afirma que se Cristo não ressuscitou então a nossa fé é vã (1 Co
15.17). Na ressurreição, Jesus derrotou a morte de forma que não precisamos
mais temê-la (1 Co 15.55-58). Na ressurreição, receberemos corpos
incorruptíveis e imortais (1 Co 15.42-49).
SÍNTESE
DO TÓPICO IV
O propósito da ressurreição de Jesus é salvar,
justificar e redimir o corpo de todo aquele que crer e se arrepender dos seus
maus caminhos.
CONCLUSÃO
Sem dúvida uma das maiores notícias, e que foi
dada por um anjo, foi que Jesus havia ressuscitado (Lc 24.6). Nos dias de
Jesus, a crença na ressurreição dos mortos não era consenso. Os fariseus
acreditavam nela, mas os saduceus a rejeitavam, e os gregos a ridicularizavam.
Até mesmo os discípulos de Jesus se mostraram
incrédulos e lentos em aceitá-la. Quando ressuscitou dos mortos, o Senhor Jesus
se apresentou a seus discípulos com provas incontestáveis a fim de que nenhum
deles ficasse com dúvida. A ressurreição de Jesus era uma realidade inconteste
para a Igreja Apostólica a ponto de se tornar o principal tema de sua pregação.
PARA
REFLETIR
Sobre os
ensinos do Evangelho de Lucas, responda:
Cite os casos de ressurreição registrados no
ministério de Elias e Eliseu.
Em 1 Reis 17.17-24, Elias ressuscita
o filho da viúva de Sarepta; em 2 Reis 4.32-37 encontramos Eliseu ressuscitando
o filho da Sunamita. O outro caso está em 2 Reis 13.21, em que um morto torna à
vida quando toca os ossos do profeta Eliseu.
Por que a doutrina da ressurreição dos mortos
ainda não era plenamente revelada no Antigo Testamento?
Somente com o advento da Nova Aliança
a doutrina da ressurreição foi demonstrada em sua plenitude (2 Tm 1.10).
Jesus ressuscitou com o mesmo corpo com o qual
foi sepultado?
Sim, apesar de transformado, Cristo
ressuscitou com o mesmo corpo físico que fora sepultado.
Como os apologistas classificam as evidências
da ressurreição de Jesus?
Os apologistas classificam essas
evidências em diretas e indiretas.
Quais os propósitos da ressurreição de Jesus?
Salvar, justificar e redimir o homem
e o seu corpo mortal e corruptível.
CONSULTE
Revista
Ensinador Cristão
- CPAD, nº 62, p. 42.
Você encontrará mais subsídios para enriquecer
a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
SUGESTÃO
DE LEITURA
Dicionário
de Educação Cristã
Um dicionário específico, aplicado ao
magistério cristão. A obra conceitua, ilustra e aplica os significados dos
vocábulos à realidade do ensino praticado especialmente na Escola Dominical
Dicionário
Teológico
Por falta de definição, muitas doutrinas tornam-se
incompreensíveis, ocasionando até erros e heresias, tornando-se indispensável a
utilização de um dicionário especializado.
Ressurreição
A ressurreição é mais certa do que a própria
morte. Sem ela, não há esperança, nem mesmo cristianismo. O autor responde
biblicamente às falsas visões acerca da ressurreição e outras perguntas.
Fonte
revista Lições Bíblicas, CPAD, 2º trimestre de 2015, adultos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário