segunda-feira, 22 de junho de 2015

Lição 13 OS SERVOS DE JESUS, SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO



Lição 13 OS SERVOS DE JESUS, SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO
28/06/2015

Texto do dia
"Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens"  (Mt 5.13).

Síntese
Os discípulos de Jesus foram chamados para testemunhar a fé em Cristo em todas as esferas da sociedade.

Agenda de leitura

Segunda - Lv 2.13              Oferta temperada com sal
Terça - Cl 4.6                       Palavra temperada
Quarta - Pv 13.9                  A luz do justo
Quinta - Fp 2.14-15             Resplandecendo como astros no mundo
Sexta - 2 Pe 1.19                 Candeia que alumia na escuridão
Sábado - Lc 12.8,9              Confessando o Senhor diante dos homens

TEXTO BÍBLICO
Mateus 5.13-16
13. Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.
14. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
15. nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
16. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
No Sermão do Monte, logo após falar sobre as bem-aventuranças, o Senhor Jesus utiliza dois símbolos comparativos alusivos aos seus discípulos: sal e luz. Nessa dupla figura alegórica possuidora de rico significado, o Mestre realça as qualidades essenciais do verdadeiro cristão, aquilo que ele é e deve testemunhar para toda a sociedade. Isso diz respeito a caráter e integridade. Qualidades que devem fazer notar a transparência da vida autenticamente cristã. Com efeito, nesta lição de encerramento do trimestre, aprenderemos sobre as características dos dois elementos mencionados pelo Mestre, bem como a sua simbologia para a vida cristã.

I - OS DISCÍPULOS COMO O SAL DA TERRA (Mt 5.13)

1. O valor do sal nos tempos de Jesus. O primeiro símbolo utilizado por Jesus referindo-se aos discípulos é o sal, um importante elemento com características bem peculiares e úteis para o ser humano. Em Israel, o sal era uma iguaria valiosa, usada para temperar os alimentos, fertilizar o solo e, até mesmo, como produto medicinal. No Império Romano, inclusive, os soldados eram retribuídos com sal, de onde advém a palavra salário (do latim salarium), o qual podia ser trocado por alimentos e outros produtos.

2. Propriedades do sal. Para compreendermos a simbologia utilizada pelo Mestre, precisamos conhecer as duas finalidades essenciais do sal:
a) Preservar. Naquela época e, até mesmo, nos dias atuais, o sal era utilizado para conservar alguns alimentos contra a decomposição natural. Em sua alegoria, o Mestre revela que os discípulos são a reserva moral desse mundo decadente, batalhando contra a corrupção, imoralidade e inversão de valores (Is 5.20). Eis o motivo porque os crentes geralmente são chamados de fundamentalistas e conservadores, pois pautam suas condutas na ética do Reino. A Bíblia diz que devemos ser santos, porque o Senhor é santo (1 Pe 1.16).

b) Temperar. O sal também serve para salgar e dar sabor aos alimentos. O tempero salino, quando aplicado na medida certa, dá vida à comida. Uma refeição sem sal não tem sabor é "sem graça". Do mesmo modo, o mundo sem o sabor do evangelho é triste e sem sentido. Os discípulos receberam a incumbência de temperar esse mundo por meio do testemunho e do anúncio das Boas Novas transformadoras de Cristo (Mc 16.15), oferecendo vida abundante (Jo 10.10), graça (Tt 2.11), esperança, propósito, paz (Ef 2.17) e amor verdadeiro (Jo 3.16) àqueles que vivem na terra.

3. A inutilidade do sal. Jesus, porém advertiu acerca da inutilidade da falta de sabor: "e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens" (Mt 5. 13). Naquele tempo, ao ser recolhido da região do Mar Morto, o sal que havia perdido a sua propriedade para salgar não era logo jogado fora. Ele era guardado no templo de Jerusalém e quando as chuvas de inverno tornavam os pátios escorregadios, o sal era espalhado para evitar as quedas, sendo pisado pelos homens. Com isso, Jesus alerta para o perigo da perda da essência do sal. Sal que não preserva e não tempera não presta para nada mais; é irrelevante. É como o açúcar que não adoça ou a água que não mata a sede. Não tem qualquer utilidade! Do mesmo modo, o discípulo que não cumpre o seu papel e não observa o seu compromisso com o Mestre é como o servo inútil (Mt 25.30) ou a vara que não dá fruto (Jo 15.2). Como consequência, o sal é lançado fora e pisado pelos homens. Que tragédia! Batalhemos, jovens, para não perdermos o sabor do Evangelho em nossas vidas.

Pense
Perder o sabor do sal equivale a perder a essência da vida cristã.

Ponto Importante
Preservar e temperar são as duas principais finalidades do sal.

II - OS DISCÍPULOS COMO A LUZ DO MUNDO (Mt 5.14)

1. A transparência da luz. O segundo símbolo rico de significado atribuído pelo Senhor aos discípulos foi a luz (Mt 5. 14), uma das magníficas obras de Deus na criação (Gn 1.3). A luz ilumina e aquece os ambientes, e no lugar em que as suas ondas chegam, as trevas se dissipam. Ela simboliza a transparência da vida cristã, testemunhada na sociedade pela conduta reta e virtuosa, vista por todas as pessoas. A verdade subjacente dessa analogia é que a postura do súdito do Reino deve ser exemplar, ainda que o contexto social e cultural caminhe na direção contrária. O jovem cristão não pode ser um "agente secreto" de Cristo em sua escola, faculdade ou trabalho, escondendo sua identidade cristã. O apóstolo Paulo expressou essa verdade ao dizer que devemos ser irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandecemos como astros no mundo (Fp 2.15).

2. Cristo, luz para as nações. Ao interpretarmos essa ilustração em harmonia com outras passagens bíblicas, veremos que a luminosidade do cristão não é própria. Ela é originada no Pai celestial (Tg 1.17), e refletida pelo salvo como a luz de Cristo. Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8.12). Logo, o cristão, como luzeiro do mundo, não reflete a si mesmo, nem a sua glória, mas a glória de Cristo, iluminando a sociedade em que vive, para que esta glorifique a Deus. Leiamos a majestosa declaração paulina: "Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos, por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo (2 Co 4.5,6).

3. A luz escondida. Além do sal insípido, Jesus adverte sobre a luz encoberta. Naquela época, a iluminação residencial era realizada tipicamente pela candeia, uma espécie de lâmpada abastecida com óleo. O Mestre diz que a candeia não pode ser colocada debaixo do alqueire (uma vasilha de medida de alqueire, que servia para medir cereais, feita de barro), mas no velador, um móvel específico e alto que servia para colocar as lâmpadas, a fim de que todo o ambiente fosse iluminado. A ênfase de Jesus é sobre o local apropriado para a lâmpada, que deve ser posta em lugar aberto e público. O princípio bíblico daí extraído é que o crente deve revelar a sua luminosidade espiritual publicamente e se fazer notar em todos os segmentos da sociedade, não vivendo enclausurado entre as quatro paredes da igreja. O templo é o local de comunhão e devoção. Mas é na sociedade que devemos testemunhar o amor do Pai e a transformação de nossas vidas, de modo que as pessoas vejam as nossas boas obras e glorifiquem a Deus.

Pense
"Os verdadeiros discípulos resplandecem como astros no mundo (Fp. 2.15), refletindo a glória de Cristo para toda a Terra".

Ponto Importante
A luz do cristão deve ser notada em todos os segmentos da sociedade.

III - IGREJA, PROMOVENDO O REINO DE DEUS NA TERRA (Mt 11.5; 28.19)

1. A Igreja de Cristo. Seguramente, ao destacar a responsabilidade dos discípulos como sal e luz da terra, o Mestre tinha em mente não o papel individual de cada cristão, mas um chamado coletivo. A expressão "vós" indica unidade e comunhão, que encontra a sua expressão máxima na vocação da Igreja do Senhor. O vocábulo "igreja" provém do grego ekklesia e significa "os chamados para fora", amoldando-se uma vez mais na dupla alegoria do Nazareno, porquanto o sal tem utilidade somente fora do saleiro e a luz, no ambiente aberto.

2. O fundamento da igreja. A Igreja não é uma mera organização humana. É um projeto de Deus (Ef 1.10; 3.1-13), edificada em Cristo Jesus (Mt 16.13-18). Naquela que ficou conhecida como a declaração de Cesareia, o Senhor afirmou: "Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela"(Mt 16.18).O alicerce não é Pedro, e, sim, o Senhor Jesus, a Rocha inabalável (Rm 9.33). O próprio discípulo reconheceu essa verdade ao chamá-lo de a pedra angular (1 Pe 2.6).

3. Agência do Reino de Deus. Afinal, qual a relação entre a Igreja e o Reino de Deus? A Igreja não é o Reino de Deus em sua plenitude, mas a sua expressão entre os homens. Como Igreja, ela não proclama a si mesma, mas o Reino de Deus. Ela não é um fim, mas o instrumento que apresenta ao mundo o Senhor do Reino e introduz em suas fronteiras os seres humanos arrancados do reino das trevas. Logo, a Igreja é a agência divina que promove o Reino de Deus aqui na Terra, pelo testemunho e prática no dia a dia da presença real do governo divino em todas as dimensões da vida, proclamando que Jesus salva, cura, transforma, batiza com o Espírito Santo e, em breve, voltará nas nuvens para buscar o seu povo. Precisamos clamar ao Senhor para que Ele continue a fortalecer o seu povo nestes últimos dias, diante de tantos desafios e guerra cultural.

Pense
A Igreja é a expressão do Reino de Deus entre os homens.

Ponto Importante
A Igreja do Senhor é agência de Deus nesta terra, vivenciando e proclamando o Reino dos Céus.

CONCLUSÃO
A declaração de que os discípulos são o sal da terra e a luz do mundo ainda continua a ecoar nas Escrituras. Como Igreja, cabe-nos a missão de vivenciar e anunciar de forma autêntica o Reino de Deus no tempo presente, assim como os apóstolos e a Igreja Primitiva o fizeram nos primeiros séculos da Era Cristã.
Chegamos ao fim de nosso trimestre. Esperamos que o estudo sobre o contexto social, político, cultural e religioso da terra e do tempo de Jesus, nos instigue a colocar em prática os ensinamentos do Mestre no ambiente em que vivemos.

Hora da revisão

1. Quais as duas principais finalidades do sal?
2. O discípulo que não cumpre o seu papel e não observa o seu compromisso com o Mestre é como quem?
3. Qual o significado da figura do discípulo como a luz do mundo?
4.  luminosidade do cristão é própria? Por quê?
5. Qual a missão da Igreja enquanto agência divina na terra?



Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Jovens, alunos, 2º trimestre 2015.

Nenhum comentário:

Postar um comentário