segunda-feira, 28 de maio de 2018

Lição 10 A MANIFESTAÇÃO DO ANTICRISTO E O DIA DO SENHOR


Lição 10 A MANIFESTAÇÃO DO ANTICRISTO E O DIA DO SENHOR
03/06/2018

Texto do dia
(2 Ts 2.2)
"Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o Dia de Cristo estivesse já perto."

Síntese
Pensar a respeito do futuro leva-nos a uma reflexão profunda sobre o presente, na certeza de que os sinais da vinda do Senhor estão estabelecidos.

Agenda de leitura
SEGUNDA - Mt 24.36
Ninguém sabe quando ocorrerá o Dia do Senhor
TERÇA - Sf 1.14
O Dia do Senhor no AT
QUARTA - 2 Pe 2.1
O antigo perigo das heresias
QUINTA - 2 Ts 2.10
O Anticristo vem com a operação do engano
SEXTA - 1 Jo 4.3
O perigo do espírito do Anticristo
SÁBADO - 2 Ts 2.12
O fim dos desobedientes

Objetivos
REFLETIR a respeito das Últimas Coisas;
CARACTERIZAR o Dia do Senhor;
APRESENTAR as principais informações a respeito do Anticristo.

Interação
Caro educador cristão, o seu ministério é muito importante para sua igreja; prova disso é reconhecermos que a maior parte dos conteúdos bíblicos que seus educandos têm acesso passa diretamente por você. Apesar da grande quantidade de informações de várias fontes (internet, televisão, mídia escrita) que os jovens recebem, suas palavras semanalmente ministradas a eles durante as aulas da Escola Dominical têm muita credibilidade.
É por isso que eles têm tantas perguntas (não é que eles queiram testar seus conhecimentos, e sim veem em você uma grande fonte de conhecimento, e conhecimento com credibilidade). Em tempos onde as facknew se proliferam, sinta-se extremamente honrado em ter a confiança de seus educandos. Por isso, siga em frente, estudando sempre a Palavra de Deus, e fazendo o melhor possível para a Reino do Pai.

Orientação Pedagógica
Como a discussão a respeito do Anticristo será uma das questões centrais desta lição você pode propor aos seus educandos a montagem de um quadro contendo as principais informações e características do Anticristo. Faça deste momento uma oportunidade para que seus alunos interajam entre si e possam aprender uns com os outros. Após a construção do quadro que tanto pode ser confeccionado de modo coletivo, individual ou em grupos específicos, conduza uma discussão sobre os perigos da operação do espírito do Anticristo em nossa sociedade. Destaque a perniciosidade da sutil, mas constante operação da maldade que, neste caso, de modo dissimulado procura confundir tanto a sociedade de um modo geral como também a comunidade dos santos.
Finalize conscientizando seus alunos que mais importante que identificar uma pessoa específica no curso da história é melhor combater uma série de práticas.

Texto bíblico
2 Tessalonicenses 2.1-12
1 Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e pela nossa reunião com ele,
2 que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o Dia de Cristo estivesse já perto.
3 Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,
4 o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.
5 Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco?
6 E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.
7 Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado;
8 e então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;
9 a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira,
10 e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.
11 E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira,
12 para que sejam julgados todos os que não creram a verdade; antes, tiveram prazer na iniquidade.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O capítulo dois de 2 Tessalonicenses é dedicado à escatologia. Duas questões sobressaem-se: o Dia do Senhor e a figura do Anticristo. A abordagem que Paulo dá a esta temática é diferente daquilo que ele faz em 1 Tessalonicenses. As novas explicações dadas por Paulo manifestam, mais uma vez, o imenso cuidado que o apóstolo tinha para com aquela comunidade, pois ao invés de desistir de esclarecer o tema, ou simplesmente repeti-lo, o coração pastoral de Paulo leva-o a procurar outros argumentos para elucidar as dúvidas, a respeito das últimas coisas, daqueles irmãos.

I- POR QUE FALAR NOVAMENTE A RESPEITO DOS ÚLTIMOS DIAS?

1. Porque esta é uma questão que nunca envelhece. Paulo demonstra em 2 Tessaloninces 2.1, que a Igreja Primitiva tinha em seu interior uma oração constante, a qual centrava-se no desejo pela volta do Senhor Jesus. Qualquer igreja que não dedica tempo adequado à reflexão sobre a doutrina das últimas coisas será facilmente envolvida por um discurso imediatista, que defende o resultado a qualquer custo. Nós, contudo, devemos ser guiados pelos princípios da Palavra, os quais apontam para um minucioso processo desenvolvido por Deus ao longo da história. Devemos viver assim como Paulo e seus contemporâneos, pensando e esperando pela vinda do Senhor em nossa geração, mas se assim não acontecer, certamente usufruiremos do maravilhoso privilégio de estarmos preparados para a ressurreição dos santos.

2. Porque alguns falsos ensinos estavam confundindo os irmãos. Pode-se inferir por aquilo que é dito no versículo dois que havia uma série de informações distorcidas, oriundas de fontes duvidáveis, que estavam confundindo o coração dos irmãos em Tessalônica. As palavras de Paulo tinham como intenção reforçar os fundamentos doutrinários que já haviam sido postos. O apóstolo contrapunha-se ao princípio estratégico de toda heresia: tomar uma parte da verdade, distorcê-la, e transformá-la em uma perniciosa mentira (2 Pe 2.1). Os crentes em Tessalônica já tinham ouvido Paulo ensinar-lhes sobre as coisas futuras. Todavia, falsos pregadores, movidos por um maligno sentimento de aproveitar-se da generosidade e cordialidade daqueles novos convertidos, como se verá em outras lições, anunciavam o retorno iminente de Cristo como pressuposto para não trabalharem e viverem às custas de outros.

3. Porque é um tema complexo. Debater a respeito dos últimos acontecimentos da história da humanidade é um enorme desafio, pois é uma questão sempre apresentada a partir de um olhar profético, envolto por revelações, visões, e por isso, muitas interpretações. Paulo já havia falado muito sobre essas questões com os irmãos em Tessalônica (v.5), mesmo assim era necessário aprofundar ainda mais os debates. A complexidade das questões escatológicas tende a levar as pessoas a dois extremos: ou a um afastamento completo, por meio do qual alguns evitam todo e qualquer debate alegando ser um tema profundo e de difícil tratamento. Outros, por sua vez, vivem fascinados por tais problemas e mensalmente elegem um anticristo. Esses, em todo acontecimento de repercussão mundial, veem um cumprimento profético, etc. Devemos procurar uma postura moderada, especialmente, centrada na Palavra de Deus.

Pense
O imediatismo de nossos dias tenta nos roubar o direito de fazer uma reflexão profunda a respeito do futuro. Superemos o perigo de uma vida instantânea e lancemo-nos na busca constante e incansável por tudo aquilo que o Senhor generosamente tem nos preparado desde antes da fundação do mundo.

Ponto Importante
Se a igreja contemporânea calar-se a respeito do debate acerca das questões futuras, os ensinamentos heréticos oriundos de grupos heréticos se multiplicarão. Por mais desafiador que seja, nosso compromisso deve ser com o Deus da Palavra.

II- O DIA DO SENHOR

1. Não será previsto por indicações humanas. Não são predições humanas que indicarão a chegada do Dia do Senhor. Tal evento certamente acontecerá, mas como o próprio Cristo já anunciou, será algo impossível de ser previsto por meio de uma data específica, apesar de falsos profetas tentarem adivinhar o dia (Lc 21.8).  Será algo repentino e surpreendente (Mt 24.44). Ao longo da história humana foram várias as tentativas frustradas de indicação do Dia do Senhor. Ao invés de dedicarmos um precioso tempo a supostos cálculos, teorias sobre Israel e outras questões desnecessárias, devemos nos concentrar em manter uma vida piedosa e centrada na vontade de Deus, tal como Paulo orientava os crentes de Tessalônica. Mais importante do que saber o dia e a hora do retorno do Rei é estar preparado para tal momento.

2. O que acontecerá antes. Paulo esclarece aos tessalonicenses a respeito de alguns acontecimentos que precederão o grande Dia do Senhor, dentre eles os dois principais: aumento exponencial da apostasia e a manifestação plena do Anticristo (v.3). A Palavra de Deus, em vários momentos específicos, aponta para esse processo de retrocesso em diferentes áreas: na espiritualidade de nossa sociedade, aumento de conflitos armados (Mt 24.6); desestruturação familiar (Mc 13.12); processo de dessensibilização dos indivíduos (Mt 24.12). Esses acontecimentos caracterizam a sociedade que presenciará o Dia do Senhor. Todo e qualquer prognóstico otimista é contrário ao que é anunciado pelas Escrituras. Não sabemos o dia nem a hora, mas podemos discernir o tempo: aproxima-se cada vez mais a vinda do Senhor.

3. Será um tempo de juízo para os que não creram na verdade. O Dia do Senhor aqui é descrito por Paulo numa linguagem muito próxima a do profetismo do Antigo Testamento, tanto com relação à vinda dos povos opressores para o estabelecimento do cativeiro, como num anúncio escatológico (Is 13.6; Jr 46.10; Jl 2.1; Sf 1.14). Ao ser compreendido como momento de estabelecimento da justiça de Deus, o Dia do Senhor tem como inevitável característica da aplicação a sentença do Pai sobre aqueles que, conscientemente, negaram a eficácia da verdade e preferiram o erro. Não se trata de uma destinação prévia à condenação, mas antes, como o emprego da punição requerida por aqueles que arbitrariamente optaram por uma vida sem Deus e sem salvação. O Dia do Senhor certamente virá!

Pense
A ilusão que grande parte dos movimentos heréticos cria é que, promovendo o anúncio de uma data para o retorno de Cristo, certamente as pessoas preocupar-se-ão em serem mais piedosas. O fato é que se não vivermos como se Cristo voltasse hoje, de nada importa saber que Ele virá amanhã.

Ponto Importante
A decadência moral e espiritual de nossa sociedade é um indício do que? Na verdade, desde a Queda do homem, a natureza sofre ansiando a redenção e a humanidade luta para manter os resquícios da vida edênica. Não devemos temer o futuro, uma vez que é para a eternidade de alegria que nós caminhamos.

III- O ANTICRISTO

1. Aquele que ousa ser o que não é. Há na descrição do Anticristo, tanto aqui em 2 Tessalonicenses, como em 1 João e Apocalipse, um conjunto de características que apontam para este espírito de emulação que domina o Anticristo (v.4). Não sendo o Salvador, ele pretende em tudo parodiá-lo:  Se a vinda de Jesus é segundo o poder de Deus (Ap 19.11-16), a chegada do Anticristo é segundo a eficácia de Satanás (v.9); se Cristo é aquEle que se chama Fiel e Verdadeiro (Ap 19.11), o Anticristo vem firmado na operação da mentira e do engano (v.10). Mas também é preciso lembrar que, enquanto o Reino do Senhor estabelecer-se-á para sempre (Sl 145.13), a atuação do Anticristo será desfeita, facilmente, pelo poder da palavra do Altíssimo e pelo esplendor de sua vinda (v.8). O Anticristo busca incessantemente plagiar as ações do Cristo para, uma vez confundindo os incautos, arrebanhar para si uma multidão de alienados, opressos pelo mal.

2. É a materialização de uma espiritualidade decadente. Ao denunciar a perniciosidade dos ensinos gnósticos que se multiplicavam no seio da igreja no final do primeiro século, especialmente os difundidos por aqueles que haviam sido cristãos, e agora apostatavam da fé (1 Jo 2.18-23), João denuncia que já opera entre eles uma mentalidade demoníaca, uma espiritualidade diabólica, a qual o apóstolo denomina de "espírito do anticristo" (1 Jo 4.3). A figura apontada por Paulo em 2 Tessalonicenses seria a personificação deste modelo antideus de sociedade, que se estabelecerá diante da vinda do Senhor. É como se, novamente numa nítida paródia de Cristo, no Anticristo se estabelecesse a síntese de toda a malignidade que é possível o indivíduo comportar. De fato, o Anticristo nada mais será que o ícone de uma cosmovisão, o símbolo encarnado do espírito que se opõe a Deus.

3. A operação do Anticristo hoje. Aquilo que João e Paulo enfrentaram há 2.000 anos estamos enfrentando hoje. Os anticristos continuam em operação entre nós tentando, sistematicamente, descontruir tudo o que tenha significância e importância para Deus e seu povo na atualidade. Deste modo, os ataques acontecem no campo da educação, das artes, da política, economia, etc. Quantas supostas "igrejas" têm surgido, acobertando e justificando os mais absurdos comportamentos e práticas supostamente em nome de um Evangelho contemporâneo? Ao invés de ficarmos, pateticamente, em busca de denominar o personagem histórico que se revelará como o Anticristo, é melhor denunciarmos as práticas decadentes da espiritualidade anticristã que deseja, de maneira insistente, estabelecer-se em nossa sociedade.

SUBSÍDIO
"ANTICRISTO - [Do gr. anti, contra, ou em lugar de, e christos, o ungido] Opositor por antonomásia de Cristo. Também pode significar aquele que se coloca no lugar de Cristo. Lendo a Primeira Epístola Universal de João, temos a impressão de que este personagem sempre esteve presente ao longo da história do povo de Deus:
'Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a última hora. Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nossos. Ora, vós tendes a unção da parte do Santo, e todos tendes conhecimento. Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade. Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse mesmo é o anticristo, esse que nega o Pai e o Filho' (1 Jo 18-22)" (ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário de Escatologia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, p. 22).

ESTANTE DO PROFESSOR
HORTON, Stanley M. Apocalipse: As Coisas que Brevemente Devem Acontecer. 1.ed. Rio de Janeiro CPAD, 2011.

CONCLUSÃO
A reflexão sobre o Dia do Senhor e o Anticristo para a igreja em Tessalônica tinha uma enorme importância comunitária. Foi, provavelmente, por meio de uma heresia escatológica que se estabeleceu naquela comunidade uma celeuma de ordem coletiva. Nunca devemos menosprezar a relevância do ensino da Palavra, por mais desafiador e espinhoso que seja o tema, nosso papel é pregar toda a verdade.

Hora da revisão


Por que o debate a respeito dos últimos acontecimentos da história da humanidade é um tema complexo?
Debater a respeito dos últimos acontecimentos da história da humanidade é um enorme desafio, pois é uma questão sempre apresentada a partir de um olhar profético, envolto por revelações, visões, e por isso, muitas interpretações.

Quais as principais características do Anticristo conforme Paulo em 2 Tessalonicenses?
Ele será um plagiador de tudo o que Cristo realiza e uma encarnação da maldade de um tempo.

Por que não devemos temer o Dia do Senhor?
Porque ele será um tempo de juízo e justiça sobre os ímpios, e não para os santos.

Em que medida podemos identificar, em nossa sociedade, a operação do espírito do Anticristo?
Através de ataques em todas as áreas (sociais, educacionais, políticas etc.) e de supostas igrejas que tentam justificar tais práticas.

Qual a relevância do estudo sobre as últimas coisas para a Igreja contemporânea?
Porque é um tema sempre atual, complexo e que precisa ser esclarecido para evitar-se heresias.

Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Jovens, professor, A Igreja do Arrebatamento – O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias, Comentarista Thiago Brazil, 2º trimestre 2018.

Lição 10 Ética Cristã e Vida Financeira


Lição 10 Ética Cristã e Vida Financeira
3 de Junho de 2018

TEXTO ÁUREO
(Is 55.2a)
“Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?”

VERDADE PRÁTICA
As finanças do crente devem ser bem administradas para ele garantir o sustento da família, contribuir na manutenção da igreja local e ajudar o próximo.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Ag 2.8
O Senhor é fonte de toda a riqueza, tudo pertence a Ele
Terça – 1 Tm 6.8-10
“O amor do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males”
Quarta – 1 Ts 2.9
O trabalho é o meio digno para a nossa subsistência
Quinta – 1 Co 10.32,33
A nossa vida financeira não deve servir de escândalo à sociedade
Sexta – Ml 3.7-10
A bênção financeira tem a ver com a nossa fidelidade a Deus
Sábado – Pv 21.5
O planejamento do orçamento familiar produz tranquilidade financeira

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Crônicas 29.10-14; 1 Timóteo 6.8-10

1 Cr 29.10 – Pelo que Davi louvou ao SENHOR perante os olhos de toda a congregação e disse: Bendito és tu, SENHOR, Deus de nosso pai Israel, de eternidade em eternidade.
11 – Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é SENHOR, o reino, e tu te exaltaste sobre todos como chefe.
12 – E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e dar força a tudo.
13 – Agora, pois, ó Deus nosso, graças te damos e louvamos o nome da tua glória.
14 – Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, que tivéssemos poder para tão voluntariamente dar semelhantes coisas? Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos.

1 Tm 6.8 – Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.
9 – Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
10 – Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.

OBJETIVO GERAL
Mostrar a importância de o crente administrar bem as suas finanças.

HINOS SUGERIDOS: 477, 486, 499 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

Apresentar uma teologia para a vida financeira;
Compreender a importância de se fazer uso de meios honestos para ganhar dinheiro;
Discutir a forma correta de se empregar o dinheiro.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O Senhor é o nosso provedor. Sem Ele não teríamos nada, por isso, precisamos administrar com temor e sabedoria os bens que tem nos concedido. Somos mordomos dEle e em breve teremos que prestar contas de tudo o que recebemos nesta vida (Rm 14.12).
O nosso país está enfrentando uma grave crise econômica, que tem gerado desemprego e dificuldades financeiras em todos os setores e esferas da sociedade. Por isso, é preciso muita sabedoria para que as nossas finanças não sejam afetadas e possamos honrar com nossos compromissos. Deus é bom e podemos esperar nEle, mas isso não significa que não tenhamos que ter um planejamento financeiro a fim de consumir de forma consciente. O consumismo exagerado tem levado muitos crentes ao caos financeiro. É preciso ter cuidado e não se deixar levar pelo apelo consumista da mídia.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O Senhor é a fonte de toda riqueza e tanto a prata quanto o ouro pertencem a Ele (Ag 2.8). Logo, as posses e os bens são concedidos ao ser humano por meio do nosso Deus. Assim, cada um prestará contas de tudo o que recebeu nesta vida para administrar (Rm 14.12), inclusive na esfera financeira (Mt 25.19). Nesta lição, veremos como podemos gerir melhor as nossas finanças.

PONTO CENTRAL
O planejamento financeiro é imprescindível para uma vida econômica bem-sucedida.

I - A DÁDIVA DA NOVA ALIANÇA
O equilíbrio financeiro foge dos extremos da riqueza e da pobreza, e ainda possibilita uma vida desprovida de preocupações desnecessárias.

1. Vida financeira equilibrada. No livro de Provérbios estão registradas as palavras de Agur (Pv 30.1). Ele fez dois pedidos ao Senhor pelos quais almejava usufruir antes de sua morte (Pv 30.7). O primeiro pedido foi por uma vida íntegra, livre da vaidade e da falsidade (Pv 30.8a). O segundo foi uma vida financeira equilibrada: “não me dês nem a pobreza nem a riqueza” (Pv 30.8b). O motivo desse segundo pedido é explicado no versículo nove: “para que, porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome de Deus”. Agur desejava dinheiro suficiente para uma vida digna que não o levasse a pecar. Ele não queria muito dinheiro, objetivando, assim, evitar a soberba; mas também não desejava que lhe faltasse para não ser desonesto. Nesse propósito, ele apenas aspirava à porção necessária para cada dia (Pv 30.8c). Foi exatamente isso que Cristo nos ensinou a pedir: “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (Mt 6.11).

2. O perigo do amor do dinheiro. O apóstolo Paulo confirma que a vida moderada é o melhor caminho para fugir dos laços e das tentações das riquezas (1 Tm 6.9). É fato que a cobiça pelo dinheiro corrompe os homens e os faz desviar da fé (1 Tm 6.10). Entretanto, o texto bíblico mostra que o mal em si não está no dinheiro e sim no “amor do dinheiro”. O mal está em perder a comunhão com Deus e passar a depositar a confiança nas riquezas. A Bíblia revela que essa atitude foi empecilho de libertação na vida de muitos, como nos exemplos do jovem rico (Lc 18.23), de Judas Iscariotes (Lc 22.3-6) de Ananias e Safira (At 5.1-5) que valorizaram o dinheiro em detrimento da salvação. Portanto, mesmo que o Senhor nos permita enriquecer, o salmista nos adverte quanto ao pecado em relação às riquezas: “se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração” (Sl 62.10).

SÍNTESE DO TÓPICO I
Conhecer a teologia bíblica a respeito das finanças nos ajuda a ter uma vida financeira equilibrada.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
 “No contexto do mundo atual, em relação às coisas que movem o mundo, o dinheiro se destaca como algo eticamente difícil de ser administrado. A mordomia cristã implica instruir ao cristão quanto ao modo ético, decente e correto de lidar com o dinheiro. O dinheiro está diretamente ligado aos bens materiais. O cristianismo é, também, feito com coisas materiais e o dinheiro faz parte desse contexto. A doutrina da mordomia bíblica objetiva equilibrar esses dois elementos importantes do cristianismo, o material e o espiritual. Para que haja esse equilíbrio das partes, a mordomia, nada mais é, do que administrar adequadamente o dinheiro. Ela se preocupa com os métodos de aquisição, sua posse e a utilização do mesmo nas várias atividades da vida material. A administração do dinheiro pessoal ou público deve ser feita com critérios e responsabilidade. A subsistência das pessoas está diretamente ligada à aquisição de dinheiro. As organizações sociais e religiosas, os governos e outras instituições dependem do dinheiro para seu funcionamento. Administrá-lo correta e honestamente é de vital importância para o funcionamento de qualquer organização e para a consciência das pessoas” (CABRAL, Elienai. Mordomia Cristã: Aprenda como servir melhor a Deus. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 114-115)

CONHEÇA MAIS
*Sobre a generosidade
“9.11. EM TUDO ENRIQUEÇAIS. Para que a generosidade seja manifesta exteriormente, o coração deve antes estar enriquecido de amor e compaixão sinceros para com o próximo. Dar de nós mesmos e daquilo que temos, resulta em: (1) Suprir as necessidades dos nossos irmãos mais pobres; (2) louvor e ações de graças a Deus (v.12) e (3) amor recíproco da parte daqueles que recebem a ajuda.” Para conhecer mais leia “Bíblia de Estudo Pentecostal”, CPAD, p.1782.

II – MEIOS HONESTOS PARA GANHAR DINHEIRO
Ganhar dinheiro não é pecado, mas uma necessidade indispensável. Trabalhar de modo honesto para o sustento de sua família é uma atitude altruísta.

1. Trabalho e emprego. Desde a queda no Éden, o homem precisa empregar esforços para obter os bens de que necessita para sobreviver. Disse Deus: “No suor do teu rosto, comerás o teu pão…” (Gn 3.19a). Assim, o trabalho passou a ser um meio legítimo para prover o sustento humano. O Senhor Jesus ensinou que “digno é o trabalhador do seu salário” (Lc 10.7 - ARA). Quando escreveu aos irmãos de Tessalônica, Paulo enfatizou que o trabalho é um meio digno de ganhar dinheiro (1 Ts 2.9). Porém, no afã de obter o seu salário, o cristão não pode envolver-se com meios ilícitos ou criminosos (Pv 11.1; 20.10), nem tampouco explorar ou extorquir seu semelhante (Am 2.6). A responsabilidade individual de trabalhar para o próprio sustento é tão relevante que a Bíblia condena o preguiçoso (Pv 21.25; 22.13) e ainda assevera: “Se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (2Ts 3.10).

2. Escolarização e Mobilidade Social. A sociedade é formada por classes sociais. A possibilidade de um cidadão trocar de classe é denominada “mobilidade social”. Um dos meios disponíveis para isso é a escolarização, ou seja, a educação acadêmica. A escolarização proporciona a capacitação profissional e o acesso a níveis superiores de ensino. Os que alcançam maior escolarização possuem maior probabilidade de encontrar empregos com bons salários. No entanto, o cristão precisa tomar cuidado na busca de seu aprimoramento intelectual para não ser enredado por meio de filosofias e vãs sutilezas (Cl 2.8). Precisa também ter em mente que não devemos buscar conhecimento por vanglória ou para nos considerar melhor que outros (Fp 2.3). Assim, o padrão bíblico está em usarmos a escolarização e a ascensão social para servir melhor o Reino de Deus (Fp 2.4,21; 1 Co 10.32,33).

SÍNTESE DO TÓPICO II
O trabalho, o emprego, a escolarização e a mobilidade social são meios honestos para se ganhar dinheiro.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“As Escrituras dizem muitas coisas sobre a importância do trabalho. Em primeiro lugar, nossos esforços no trabalho são capazes de glorificar a Deus.
Em segundo lugar — é relacionado ao primeiro ponto — seja o que for que façamos nesta terra, incluindo o nosso comportamento no trabalho, será um testemunho para as outras pessoas. Por essa razão, Deus espera que sejamos diferentes, que nos salientemos no contexto do mundo em que vivemos e que façamos o nosso trabalho sem murmurações. O terceiro ponto é complexo. A Bíblia deixa claro que nosso trabalho é um dos veículos que Deus utiliza para suprir as necessidades. O seu intento é que a nossa produtividade nos traga recompensas significativas, tanto tangíveis, como intangíveis. Em seu plano, a preguiça e a falta de produtividade resultam naturalmente em necessidades. Deus quer que estejamos em uma posição tal, que possamos desfrutar dos resultados do nosso trabalho. Podemos ter a certeza de que Ele seria capaz de nos conceder tudo aquilo de que necessitamos, sem qualquer esforço da nossa parte. Existem alguns exemplos em que Ele faz exatamente isto, quando sabe tratar-se de uma situação apropriada. Contudo Deus não pretende dar-nos um tipo de provisão diária, de tal forma que venhamos logo a tê-la como certa. A passagem em Mateus diz: ‘Buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas’. A palavra ‘primeiro’ implica uma ordem de prioridades. O nosso relacionamento com Deus deve ter a máxima prioridade — mas não é a única prioridade” (SALE, Frederick Jr. Você & Deus no Trabalho: A ética profissional do cristão. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p. 31).


III – COMO ADMINISTRAR O DINHEIRO?
A mordomia das finanças é de responsabilidade de todos os membros da família. A má gestão financeira provoca endividamento e constrangimentos desnecessários.

1. Fidelidade na Casa do Senhor. A boa administração financeira tem início com a fidelidade do cristão na entrega dos dízimos e das ofertas. O dízimo era praticado antes da Lei (Gn 14.18-20), requerido no período da Lei (Ml 3.7-10) e permaneceu em vigor na Nova Aliança (Mt 23.23; Lc 11.42). É mandamento da Lei e da Graça − da antiga e da nova dispensação. Entregar os dízimos significa devolver ao Senhor a décima parte de todos os nossos rendimentos. Já a oferta é extra ao dízimo. Tanto um quanto outro devem ser dados com alegria (2 Co 9.7), amor, altruísmo e voluntariedade. O sentimento que deve predominar no coração do crente no momento da entrega solene é o da gratidão a Deus: “O povo se alegrou com tudo o que se fez voluntariamente; porque de coração íntegro deram eles liberalmente ao SENHOR; também o rei Davi se alegrou com grande júbilo.” (1 Cr 29.9 – ARA).

2. Estabelecendo prioridades. A Bíblia ensina que o dinheiro serve de proteção (Ec 7.12 – ARA). Contudo, o dinheiro somente será uma bênção se a família souber administrar os rendimentos. Estipular prioridades e metas a serem atingidas é o caminho mais fácil para aplicar habilidosamente os recursos e evitar o desperdício (Pv 21.5). As metas devem ser estabelecidas, obviamente, de acordo com as condições financeiras da família. O planejamento evita aplicação do dinheiro em atividades supérfluas ou desnecessárias (Is 55.2). Nesse sentido, as prioridades devem ser ordenadas pela necessidade e urgência de cada situação. Assim, uma administração transparente e sincera demonstra temor de Deus na aplicação das finanças da família (1 Tm 5.8).

3. Evitando as dívidas. A falha no estabelecimento de prioridades provoca o endividamento. Quando a família não planeja suas compras acaba por contrair dívidas acima de suas posses, assim, o lar passa a sofrer privações e se torna refém do credor, pois “o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7). O comprometimento da renda familiar acarreta uma série de outros prejuízos, tais como: impaciência, nervosismo e desavenças no lar. Para evitar essas desagradáveis situações é aconselhável comprar tudo à vista (Rm 13.8), não ser fiador de estranhos (Pv 11.15; 27.13), fugir dos agiotas (Êx 22.25; Lv 25.36) e ser fiel nos dízimos e nas ofertas (Ml 3.10,11).

SÍNTESE DO TÓPICO III
Precisamos administrar nossos recursos financeiros sendo fiel ao Senhor e a sua casa e estabelecendo prioridades.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Quando Abraão foi ao encontro de Melquisedeque, após a guerra dos reis orientais, entregou-lhe o dízimo de tudo. Pois como bom administrador que era, sabia muito bem: todos os seus haveres, de fato, não lhe pertenciam; tinham por dono o próprio Deus. Se Deus era o proprietário de tudo, deveria o patriarca consagrar-lhe uma parte de sua imensa riqueza, a fim de que o sumo sacerdote pudesse sustentar o culto ao Todo-Poderoso. Foi na entrega do dízimo a Melquisedeque que teve Abraão uma nova revelação do caráter de Deus. Naquele momento, conscientiza-se ele: tanto ele quanto a sua progênie estavam ordenados por Deus a ser uma nação santa, profética e sacerdotal. Não foi simplesmente um ato de doação; foi um encontro experimental do patriarca com o Senhor.
A mordomia exercida por Abraão é um perfeito modelo para os seus filhos na fé. Todas as vezes que entregamos o nosso dízimo à casa do tesouro, aprofundamos a nossa crença na providência de Deus” (ANDRADE, Claudionor de. As Disciplinas da Vida Cristã: Como alcançar a verdadeira espiritualidade. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 107).

CONCLUSÃO
O cristão deve trabalhar honesta e diligentemente para suprir o sustento de sua família. Ele deve administrar bem seus recursos a fim de não pecar contra Deus e não expor a sua família ao vexame moral e privações. Devemos, em primeiro lugar, confiar que Deus suprirá todas as nossas necessidades (Fp 4.7); em segundo, fazer todo o possível ao nosso alcance para bem administrar os recursos que Deus nos deu.

PARA REFLETIR
A respeito do tema “Ética Cristã e Vida Financeira”, responda:

Quais foram os dois pedidos de Agur?
O primeiro pedido foi por uma vida íntegra, livre da vaidade e da falsidade. O segundo foi uma vida financeira equilibrada.

Contra os laços e a tentação das riquezas, o que o apóstolo Paulo confirma?
O apóstolo Paulo confirma que a vida moderada é o melhor caminho para fugir dos laços e das tentações das riquezas.

Elenque os meios honestos de ganharmos dinheiro.
Trabalho, emprego, escolarização e mobilidade social.

Qual é o início da boa administração financeira?
A boa administração financeira tem início com a fidelidade do cristão na entrega dos dízimos e das ofertas.

A sua vida financeira está em ordem ou em desordem? Por que não começar colocar em prática as sugestões mostradas nesta lição?
Resposta pessoal.

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 74, p41.
Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.

Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Adultos, professor, Valores Cristãos – Enfrentando as questões morais de nosso tempo, Comentarista Douglas Baptista, 2º trimestre 2018.

Lição 10 Vivendo neste presente século.


Lição 10 Vivendo neste presente século.
3 de junho de 2018.

Texto Áureo
Tito 2.12
“Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente”.

Verdade Aplicada
O referencial, em todas as áreas da vida, para o discípulo de Jesus viver neste mundo é a Palavra de Deus e a capacitação é dada pelo Espírito Santo.

Objetivos da Lição
Mostrar algumas marcas do presente século;
Ressaltar a necessidade de viver no presente século como uma nova criatura;
Explicar o que é despojar, renovar e revestir a partir de Efésios 4.

Glossário
Derredor: Ao redor, em torno, em volta;
Diretrizes: conjunto de instruções;
Modus vivendi: Modo de viver.

Leituras complementares
Segunda Lv 18.1-4
Terça Dt 4.1-8
Quarta Mt 5.13-16
Quinta Rm 12.1-21
Sexta Cl 3.1-25
Sábado Tt 2.11-15

Textos de Referência.
Efésios 4.17-21
17 E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade do seu sentido,
18 entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus, pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração,
19 Os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para, com avidez, cometerem toda impureza.
20 Mas vós não aprendestes assim a Cristo,
21 Se é que o tendes ouvido e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus,

Hinos sugeridos.
15, 111, 456

Motivo de Oração
Ore pelos cristãos que estão na frente dos trabalhos evangelísticos.

Esboço da Lição
Introdução
1. Algumas marcas no presente século.
2. Vivendo como nova criatura.
3. Despojar, renovar e revestir.
Conclusão

Introdução
Fomos libertos da escravidão do pecado, salvos pela maravilhosa graça de Deus, mas continuamos a viver neste mundo. Estamos no mundo, mas não somos do mundo (Jo 17.14, 16).

1. Algumas marcas do presente século.
Vivemos num mundo que nos desafia a todo o tempo. Esta é uma era de grandes transformações. Mudanças estão cocorrendo em todos os aspectos da vida. Alguns estudiosos afirmam que vivemos um período de “explosão do conhecimento”.

1.1. Influências do presente século.
Uma das marcas do final do século XX e início do XXI é o papel central da informação e do conhecimento aliado à globalização. A rapidez e a superficialidade dos relacionamentos, tanto entre os seres humanos, como também entre a pessoa e Deus, são outras características marcantes dos dias de hoje. Tais ocorrências têm influenciado profundamente o ser humano de forma integral: relacionamentos (social e familiar), psicológico, físico, espiritual, entre outros.

Parece que o salmista retrata o presente século, quando constata a desconstrução de conceitos, o descarte dos bons costumes, as mudanças de valores e dos fundamentos morais: “que pode fazer o justo?” (Sl 11.3). Pois, afinal, os discípulos de Jesus Cristo foram libertos do poder do pecado, salvos pela graça de Deus que se manifestou, chamados por Deus para a santificação, feitos templos do Espírito Santo e pertencem a Deus, a quem devem glorificar no corpo e no espírito (Tt 2.11-12; Ef 2.1-10; 1Ts 4.7; 1Co 6.19-20).

1.2. Desafios do discípulo de Cristo.
Contudo, mesmo após a sobrenatural experiência, tão radical, grandiosa e transformadora, ao ponto de a Bíblia designá-la de “novo nascimento” ou “ressurreição” (1Pe 1.23; Cl 3.1), continuamos no mundo. Isto é, morando no mesmo endereço, em contato com as mesmas pessoas, trabalhando na mesma empresa, estudando na mesma escola, comprando, vendendo, negociando, votando, passeando, brincando, passando por alguns momentos difíceis.

Estamos rodeados por um “sistema de crenças, valores, costumes e princípios” tão contrário à Palavra de Deus e somos bombardeados diariamente por uma quantidade enorme de informações diversificadas e influenciadoras. Eis um tremendo desafio: viver neste presente século como um discípulo de Jesus Cristo!

1.3. Mundo: estamos, mas não somos.
Alguns textos bíblicos descrevem o mundo, no sentido espiritual, como um sistema que está em competição com Deus, pois adota um “modus vivendi” sem considerar a vontade de Deus e o relacionamento do discípulo de Cristo com o mesmo. Lembremo-nos de que o “espiritual” influencia todas as áreas da vida humana: Jesus disse que os Seus discípulos estão no mundo, mas não são do mundo (Jo 17.14, 16); pois o mundo aborrece os que são discípulos de Jesus (Jo 15.18).

Não podemos nos deixar sermos seduzidos pelas falsas religiosidades do mundo (Tg 1.26). O mundo está no maligno (1Jo 5.19). Ser amigo do mundo é ser inimigo de Deus (Tg 4.4). O discípulo de Cristo não deve se apegar às paixões mundanas (1Jo 2.15-17). O discípulo de Cristo não recebeu o espírito do mundo (1Co 2.12); “não vos conformeis com este mundo” (Rm 12.2).

2. Vivendo como uma nova criatura.
Após uma breve constatação sobre algumas marcas do “presente século”, precisamos prosseguir na reflexão, pois não basta apenas conhecer as características deste mundo (no presente estudo, sempre no sentido enfatizado no tópico anterior), mas, sim, viver no presente século como uma nova criatura.

2.1. Luz e sal no mundo.
A Bíblia não apenas identifica as características do presente século e registra alertas de Deus, como também ressalta que o discípulo de Cristo permanece um tempo neste contexto e dá diretrizes de como viver. A vida do discípulo de Cristo não resume apenas em uma experiência pessoal, que se restringe somente à vida privada do ser humano. O poeta e pastor inglês John Donne escreveu: “Nenhum homem é uma ilha”, O próprio Jesus, ao orar pelos discípulos, pediu ao Pai não para tirá-los do mundo, mas para que os livrasse do mal e fossem santificados, pois estavam sendo enviados ao mundo para anunciar o Evangelho, enquanto aqui permanecessem (Jo 17.15-18).

O Senhor disse que os Seus discípulos devem ser “sal da terra” e “luz do mundo” e que os homens devem ver as boas obras em nós para que Deus seja glorificado (Mt 5.13-16). Ou seja, como discípulos de Cristo, devemos viver neste mundo conforme nossa identidade, pois, se assim não for, seremos como um sal sem sabor ou uma luz invisível.

2.2. Diferentes para fazer a diferença.
O chamado de Deus para que o Seu povo seja diferente vem desde o Antigo Testamento. Quando libertou o povo de Israel da escravidão no Egito, antes de introduzi-lo na Terra Prometida, Deus os levou ao Monte Sinai. Ali, deu orientações e ordenanças que deveriam nortear a vida do Seu povo durante o restante da peregrinação no deserto e quando se estabelecessem em Canaã. Deus disse que o Seu povo não deveria viver  segundo os costumes do povo do Egito, onde haviam vivido tantos séculos, nem conforme os costumes do povo de Canaã, para onde o Senhor os estava levando (Lv 18.1-5)

O povo de Israel, por ter o Senhor como o seu Deus, deveria viver segundo os princípios e a ética divina em todas as áreas da vida: cultuar a Deus, serviço a Deus; relação familiar; relação social; trabalho. Ou seja: ser diferente! Para nós, discípulos de Jesus no século XXI, a ordenança divina não é diferente. Ao refletirmos nas palavras de Jesus, encontramos expressões bastante significativas: “não faça... como fazem...”; “não sejas como”; “não useis... como”; “Não vos assemelheis, pois a eles...” (Mt 6.2, 5, 7-8). Ou seja, Jesus está dizendo: sejam diferentes!

2.3. Relacionamentos com Deus e a Sua Palavra.
Considerando as marcas do presente século mencionadas anteriormente e o fato de “Não sermos uma ilha”, a tendência é o conformismo, é sermos absorvidos pela cultura do mundo em que vivemos, é deixar-nos sermos conduzidos pela “moda”, é sermos envolvidos. Porém, assim como Deus falou para Israel, continua alertando o Seu povo neste tempo para não nos moldarmos ao sistema deste mundo (Rm 12.1-2). Desse modo, é preciso estarmos alertas, pois a mistura enfraquece, como aconteceu com Efraim (Os 7.8-9).

O professor e teólogo escocês F.F. Bruce, em seu comentário da Carta aos Romanos (capítulo 12), escreveu sobre como o povo de Deus deve viver, tendo em vista to o que Ele faz (registrado em Romanos 1 a 11): “Em vez de viverem pelos padrões de um mundo em desacordo com Deus, os crentes são exortados a deixar que a renovação das suas mentes, pelo poder do Espírito, transforme as suas vidas harmonizando-as com a vontade de Deus. É pelo poder do Espírito neles, penhor da sua herança no século vindouro, que podem resistir à tendência de viverem ao nível ‘deste século’”. É o que a Bíblia enfatiza sobre a ação do Espírito Santo na vida do discípulo de Cristo (Rm 8.5, 8-9; 2Co 3.17-18; Gl 5.16). Devemos viver pelo poder do Espírito e pelas instruções e diretrizes encontradas na Palavra de Deus. Interessante que o próprio Deus falou com o povo de Israel que os povos ao redor constatariam que se tratava de uma nação sábia e entendida, com um modo de viver diferente, a partir de duas características observadas: relacionamento e comunhão com Deus; e Palavra de Deus como referencial de fé e conduta para a vida (Dt 4.1-8). Infelizmente, ao longo da história de Israel, o povo não atentou para seguir estas instruções e advertências, ocasionando muitas derrotas e sofrimentos. Se misturaram com os povos pagãos e aprenderam as obras que desagradavam a Deus (Sl 106.35).

3. Despojar, renovar e revestir.
As três expressões que intitulam este tópico foram extraídas de Efésios 4. É interessante notar que as cartas paulinas são compostas de ensino e prática. Primeiro, é feita a exposição doutrinária; as verdades que norteiam a vida cristã; a ação divina para nos resgatar (Ef 1 a 3; Rm 1 a 11; Cl 1 e2; 1Ts 1 a 3; etc.). A seguir a ênfase é a conduta, o comportamento daquele que segue a doutrina exposta.

3.1. Doutrina e prática.
Nos três primeiros capítulos da epístola aos Efésios encontramos doutrina, princípios, plano de Deus; nos últimos três capítulos (4 a 6) a ênfase é o dia a dia, a prática da vida cristã, o viver do discípulo de Jesus Cristo em cada área da vida. Ser discípulo de Cristo é mais do que conhecimento e profissão de fé; é um novo viver. Antes da conversão, do novo nascimento, o discípulo de Jesus vivia segundo a natureza pecaminosa. Mas, depois da conversão, ainda que outros ao derredor continuem vivendo assim, o discípulo vive segundo novos padrões, pois tem um novo estilo de vida.

Precisamos compreender que há um grande contraste entre uma vida antes e depois do novo nascimento. Como enfatizado no tópico anterior, em Efésios também encontramos um chamado para sermos diferentes (Ef 4.17).

3.2. A importância da mente.
Interessante a ênfase do apóstolo Paulo quanto à importância da mente para um viver coerente com a fé que professamos em Cristo (Rm 12.2; Ef 4.17-21; Cl 3.2). Nós temos a mente de Cristo (1Co 2.16). Em Efésios 4.17-21, primeiro Paulo diz que viver dos que não nasceram de novo é resultado do entendimento obscurecido, da mente vazia, ignorância e teimosia. Em seu comentário sobre este texto, A. Barry escreveu acerca da sociedade pagã: “Ao perder a concepção viva de um Deus vivo, também perdeu a concepção do alvo e da perfeição da vida humana; e, assim sendo, passou a vagar sem alvo, sem esperança, sem cuidado”. Então, antes de falar das atitudes do discípulo de Cristo, Paulo diz que o mesmo aprendeu, ouviu e foi instruído acerca do novo viver.

É preciso vencer a tendência natural de achar que o intelecto humano e o discernimento por si só são suficientes para nos guiar numa vida que agrade a Deus. John Stott escreveu: “Pensar diferente, para viver diferente, pois o que plantamos em nossas mentes, repetimos em nossas ações”. O Senhor Jesus disse que devemos amar a Deus, também, com toda a nossa mente (Mt 22.37). Isso requer de nossa parte um constante exercício, como: formar o hábito de se concentrar constantemente em Deus (Sl 16.8; Is 26.3) – trata-se de um verdadeiro desafio, considerando que vivemos num tempo de inúmeras distrações e entretenimentos; memorizar passagens bíblicas; ver a vida à luz de uma perspectiva bíblica e cristã (como José – Gn 45.5-8; 50.20); orar com as Escrituras (MT 6.9-13; Ef 3.14-21; Cl 1.9-11).

3.3. Atitudes que fazem a diferença.
A seguir o texto de Efésios 4.22-24 destaca que é fundamental um contínuo despojar-se (v. 22), uma contínua renovação (v. 23) e um contínuo revestimento (v. 24). É preciso despojar-se das práticas da natureza pecaminosa do “velho homem”, com suas paixões descontroladas, engano e uma vida alheia em relação a Deus. É mais do que necessário cultivar a mente em constante renovação por intermédio da Palavra de Deus e uma contínua busca em oração sobre a vontade de Deus. É importante também vestir-se “com a nova natureza”, retratada por um viver correto e dedicado a Deus.

Doutrina e ética, crença e comportamento devem caminhar juntos e com coerência na vida do discípulo de Jesus. Este processo dinâmico na vida do discípulo de Cristo de tirar, renovar e acrescentar, a partir da ação da Palavra de Deus e do Espírito Santo, é que faz a diferença para vivermos no presente século “sóbria, e justa, e piamente” (Tt 2.12) ou “uma vida prudente, correta e dedicada a Deus” (NTLH). É um processo que abrange uma ética individual, social e teísta. São nossos deveres para conosco (1Tm 4.16), com o próximo (MT 22.39 – relacionamento horizontal) e com Deus (Rm 12.1 – relacionamento vertical).

Conclusão.
Como discípulos de Jesus Cristo, devemos viver no presente século com atitudes pessoais e diárias de devoção, adoração e serviço a Deus e aos semelhantes (Rm 12). É o nosso culto “espiritual e autêntico”, enquanto estivermos neste mundo.

Questionário.
1. Desde quando vem o chamado de Deus para que o Seu povo seja diferente?
R: Desde o Antigo Testamento (Lv 18.1-5).

2. Qual a tendência do presente século?
R: O conformismo (Rm 12.1-2).

3. Por que é preciso estarmos alertas?
R: Porque a mistura enfraquece (Os 7.8-9).

4. Quais as três expressões extraídas de Efésios 4?
R: Despojar, renovar e revestir (Ef 4).

5. O que Efésios 4.22-24 destaca?
R: Que é fundamental um contínuo despojar-se, uma contínua renovação e um contínuo revestimento (Ef 4.22-24).

Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Aperfeiçoamento Cristão – Propósito de Deus para o discípulo de Cristo. Adultos, edição do professor, Comentarista Pastor Marcos Sant’Anna da Silva 2º trimestre de 2018, ano 28, Nº 107, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.