segunda-feira, 18 de junho de 2018

Agradecimento!

Agradeço as mensagens e carinho dos Irmãos, que Deus abençoe a todos pela dedicação nos estudos e Amor pela Palavra, como disse a falta de recursos técnicos e operacionais dificultam grandemente esse trabalho, estaremos nos dedicando a outros projetos na obra, para honra e Glória do Senhor Jesus, estaremos sempre em oração pela vida dos Irmãos que atuam na área do ensino e contamos com as vossas orações também. Deus abençoe a todos derramando bênçãos, paz, e sabedoria para que o nome do Senhor seja engrandecido!

"seu servo osny"

Lição 13 Ética Cristã e Redes Sociais.


Lição 13 Ética Cristã e Redes Sociais.
24 de Junho de 2018

TEXTO ÁUREO
(1 Co 6.12)
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma”.

VERDADE PRÁTICA
As redes sociais são um fenômeno que integra a sociedade, porém, os relacionamentos virtuais não podem substituir a relação interpessoal,

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Is 5.20,21
As Escrituras advertem aos que são sábios aos próprios olhos
Terça – Jr 6.13,14
O perigo de uma vida de aparências e de autoenganos
Quarta – Ec 1.2
A Palavra de Deus lembra a efemeridade da vida
Quinta – 2 Tm 2.22
O apóstolo estimula o cristão a fugir das paixões da mocidade
Sexta – 1 Co 9.22
Todo esforço é necessário para alcançar as vidas sem Deus
Sábado – 1 Co 1.23,24
A poderosa mensagem do Evangelho é anunciar a cruz de Cristo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Provérbios 4.10-15
10 – Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se te multiplicarão os anos de vida.
11 – No caminho da sabedoria, te ensinei e, pelas carreiras direitas, te fiz andar.
12 – Por elas andando, não se embaraçarão os teus passos; e, se correres, não tropeçarás.
13 – Pega-te à correção e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida.
14 – Não entres na vereda dos ímpios, nem andes pelo caminho dos maus.
15 – Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo.

OBJETIVO GERAL
Conscientizar de que as redes sociais são um fenômeno social, porém os relacionamentos virtuais não podem substituir a relação interpessoal.

HINOS SUGERIDOS: 71, 88, 108 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

Apresentar as redes sociais como um fenômeno social;
Mostrar os perigos das relações descartáveis e as novas tecnologias;
Discutir o uso das redes sociais para o serviço do Reino de Deus.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor(a), como você se relaciona com as redes sociais? Hoje todos estão conectados a elas, mas será este um fenômeno social bom ou ruim? Toda a moeda tem os dois lados e com as redes sociais não é diferente. Existem os pontos positivos e os negativos. Nesta última lição do trimestre vamos refletir, à luz da Palavra de Deus, a respeito do tema. Somos crentes, seja na igreja, no trabalho, em família e nas redes sociais, por isso temos que fazer a diferença e nos comportar com ética e sabedoria para que o nome de Jesus seja exaltado.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Devido ao avanço tecnológico, várias mudanças ocorreram na sociedade. A rede mundial de computadores, conhecida como Internet, conecta o mundo todo. Com o surgimento das redes sociais tudo o que acontece é divulgado e comentado instantaneamente. As informações são transmitidas com rapidez surpreendente; mas em contrapartida, vivemos um estágio em que as pessoas se relacionam mais virtual que presencialmente. Nesta lição, veremos o conceito e o perigo das redes sociais, bem como o desafio de a igreja evangelizar as pessoas por meio das novas tecnologias.

PONTO CENTRAL
As redes sociais são um fenômeno social. Mais do que nunca, devemos usar de discernimento nesse mundo virtual, avaliando todas as coisas sob a ótica cristã.

I – REDES SOCIAIS

1. O que é a rede social? A expressão é usada para uma aplicação da rede mundial de computadores (web), cuja finalidade é conectar e integrar pessoas. Os que aderem a um site de relacionamentos podem conectar-se entre si, criar um perfil, adicionar amigos e conhecidos, enviar mensagens, fazer depoimentos, trocar informações, fotos e vídeos, além de estabelecer vínculos. A rede social moderna surgiu no início do século XXI e viabilizou aos usuários o encontro de amigos do passado e a ampliação do círculo social.

2. Uma oportunidade para o Evangelho. A Bíblia mostra que o ser humano é por natureza um ser social e gregário (Gn 1.28,29). Tal sociabilidade também se manifesta intensamente na rede social, sendo, por isso mesmo, uma grande e rica oportunidade para se pregar o Evangelho. Uma vez que temos, da parte do Senhor Jesus Cristo, a ordem de levar o Evangelho por todo o mundo (Mt 28.19,20), os contatos que a rede social proporcionam devem ser ocasiões de discipular pessoas, momentos de se falar do amor de Deus bem como oferecer consolo com base na Palavra do Senhor aos desesperançados.   

3. O uso da Rede Social. Como tudo na Internet, bem como nas tecnologias da informação, as redes sociais apresentam não apenas benefícios, mas também podem trazer danos para seus usuários. Lamentavelmente, não são poucos os que dizem professar o nome de Cristo, mas não o honram com seu perfil na rede social. Uns a utilizam como uma fonte de ostentação, outros se envolvem em discussões intermináveis que nenhuma edificação traz. A Bíblia, porém, nos recomenda que devemos evitar tais discussões (Tt 3.9). Tendo “a mente de Cristo” (1 Co 2.16b) e cientes de que “todas as coisas” nos “são lícitas”, devemos viver o princípio de não permitir que nenhuma delas nos domine (1 Co 6.12). Mais do que nunca, devemos usar de discernimento nesse mundo virtual, avaliando todas as coisas sob a ótica cristã.

SÍNTESE DO TÓPICO I
As redes sociais são um fenômeno do nosso tempo, mas precisam ser utilizadas com sabedoria.
Nas redes sociais, em geral, as pessoas publicam uma vida perfeita e um mundo repleto de felicidades.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Você consegue imaginar, na atualidade, uma pessoa que não esteja conectada ao Whatsapp, Facebook, Twitter ou Instagram? Não conseguimos nem idealizar, pois nunca o acesso as redes sociais foi tão amplo. Entretanto quando o assunto é redes sociais, em geral os crentes ficam preocupados e as opiniões se dividem quanto ao seu uso. Alguns até creem que é pecado. Outros questionam: O cristão pode utilizar as redes sociais? Você não vai encontrar na Bíblia nenhum texto bíblico que fale a respeito deste assunto, pois é uma atividade da vida moderna. Por não conhecerem o universo online, muitas pessoas acabam tendo um excesso de zelo, preocupação e enxergam somente os aspectos negativos do mundo virtual. Houve um tempo que o rádio também foi muito criticado, e algumas igrejas, proibiam seus membros de ouvi-lo. Tudo que é novo assusta, contudo como cristãos devemos evitar todo e qualquer radicalismo, pois o crente deve ser prudente, equilibrado em suas atitudes, palavras e até ponto de vista em relação ao uso das redes sociais não é diferente; precisamos utilizá-las com sabedoria, prudência e equilíbrio. A cada dia o número de brasileiros online vem aumentado e grande parte deste número é de crentes e que frequentam a Escola Dominical. A questão a ser discutida hoje pelos professores e alunos da Escola Dominical é mais ampla: Como as pessoas estão se comportando nas redes sociais? Como você se comporta? O problema não são as redes sociais, mas como as pessoas se comportam nelas.
Para o cristão, todas as coisas são lícitas, mas nem tudo é proveitoso ou edificante (1 Co 10.23;16.12). Devemos fazer uso do universo online com prudência e discernimento; sejamos cuidadosos e tenhamos limites. Michael Palmer, no livro Panorama do Pensamento Cristão, diz que ‘os cristãos que veem a cultura de mídia de entretenimento têm de aprender a ler essas imagens e rejeitar as que são incompatíveis com os padrões cristãos e a Escritura’. Esse é o problema. Muitos crentes não conseguem fazer essa leitura. Precisam ser ensinados a fazer isso. Será que você faz essa leitura? Ou você ingere tudo sem questionamento? (BUENO, Telma. Adolescentes Vencedores: Vivendo em Sociedade. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 45).

II – O PERIGO DA RELAÇÃO DESCARTÁVEL E AS NOVAS TECNOLOGIAS
A velocidade da informação e a efemeridade nos relacionamentos virtuais têm provocado sérios danos às relações sociais.

1. A distorção da felicidade. A Palavra de Deus nos adverte quanto aos que vivem uma vida de dissimulação e se ufanam de si mesmos (Is 5.20,21). A Bíblia mostra que esse é um caminho perigoso. Nas redes sociais, em geral, as pessoas publicam uma vida perfeita e um mundo repleto de felicidades. As redes estimulam a prática narcisista, ou seja, o indivíduo que admira exageradamente a própria imagem e que nutre uma paixão excessiva por si mesmo – a Bíblia condena essa atitude (Mc 12.30,31). Essas pessoas tendem a buscar uma felicidade fútil, em meio a fotos montadas e a sorrisos falsos. Muitas vezes é uma vida de “faz de conta”. Apresentam o que não é verdadeiro. A Palavra de Deus não compactua com tal prática (Fp 4.8).

2. O isolamento e a solidão. Na década de 1990 pesquisadores chamaram atenção para o mal social denominado de “paradoxo da internet”. Trata-se da contradição de alguém ter vários relacionamentos virtuais e, ao mesmo tempo, a ausência de contato humano. Estudos recentes demonstram quanto maior a frequência no uso da Internet, aumenta o sentimento de solidão, problema acentuado pelas redes sociais – a Bíblia mostra a importância do companheirismo (Lc 10.1). O ser humano está sendo integrado à tecnologia, mas tratado como se fosse uma máquina. Essa falta de equilíbrio tem desencadeado crises emocionais, ansiedades e isolamentos. É uma “bolha” em que a realidade dá lugar à fantasia, como acontecia nos dias do profeta Jeremias (Jr 6.14).

3. Relações sociais efêmeras. Segundo um sociólogo polonês, a sociedade vive um momento de frouxidão nas relações sociais. Ele chama este fenômeno social de “modernidade líquida”. Os tempos são “líquidos” porque tudo muda tão rapidamente e nada é feito para durar, para ser “sólido” (Sl 90.9). Nas redes sociais, com apenas um clique é possível bloquear, deletar ou excluir as pessoas. E com outro clique, podemos aceitar, comentar e curtir as atividades de outras pessoas. Esse fenômeno representa um declínio das sólidas relações humanas, uma vez que por meio das tecnologias, a amizade, o amor e o respeito entre as pessoas são facilmente descartáveis. A vida de fato passa a ser “vaidade de vaidades” (Ec 1.2).

4. A falsa sensação de privacidade. Diversos usuários das redes sociais iludem-se com a sensação de privacidade e ficam expostos a toda espécie de constrangimentos. Comentários pessoais, sentimentos de foro íntimo; fotos e vídeos comprometedores saem da área do privado e se tornam públicos. Essa sensação de privacidade também favorece a prática do pecado viral (algo que se espalha rápido como um vírus) (Mt 24.12). Pode ser desde a reprodução e a retransmissão de pornografia até a divulgação de notícias falsas e difamatórias. A Palavra de Deus nos instrui a fugir dessas coisas (2 Tm 2.22; Pv 16.28).

A Igreja de Cristo precisa estar consciente quanto ao potencial das redes sociais.

SÍNTESE DO TÓPICO II
As novas tecnologias aproximam as pessoas, mas também podem tornar os relacionamentos descartáveis.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Que somos seres sociáveis não temos dúvida, mas o desejo de socialização é um projeto de Deus que talvez não seja tão conhecido. Essa premissa está inserida em Gênesis 1.27,28, quando no relato da criação Deus disse ao casal progenitor que crescesse e se multiplicasse.
[...] Mas a última descoberta que vem arrebanhando milhares de pessoas à solidão, é a www ponto com, a Internet através da rede mundial dos computadores.
Horas e horas são gastas diante do aparelho, privando as pessoas de se comunicar com seus familiares. Mas o problema da Internet é que ela oferece uma suposta comunicação – que nem de perto substitui a versatilidade de uma conversa cara a cara – mas, que tem gerado sérios transtornos com sites eróticos, salas de bate-papo entre aventureiros sexuais (sexo virtual) e outras tantas coisas nocivas à vida natural do ser humano.
O homem acaba sendo globalizado com o mundo e alienado localmente de si mesmo e do convívio familiar. É a inversão de valores como disse o Senhor Jesus Cristo em Mateus 16.26: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?”.
Portanto, a estratificação social não é à vontade de Deus para a humanidade, pois inequivocamente as evidências bíblicas mostram que
Deus nos criou para O adora-lo, e não há possibilidade de isso acontecer se não desfrutarmos de comunhão uns com os outros (Mt 5.23,24), ou seja, é impossível ser cristão antes de sermos completamente humanos, isto é relacionais” (CARVALHO, César Moisés. Marketing para a Escola Dominical: Como atrair, conquistar e manter alunos na Escola Dominical. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.34,35).

III – A REDE SOCIAL A SERVIÇO DO REINO DE DEUS
A Igreja de Cristo precisa estar consciente quanto ao potencial das redes sociais e deve usá-la na propagação do Reino de Deus.

1. O bom testemunho nas redes sociais. Cristo ensinou que o cristão é a luz do mundo (Mt 5.14). Que essa luz deve resplandecer por meio das boas obras a fim de glorificar o nosso Pai que está nos céus (Mt 5.16). Desse modo, para o bom testemunho nas redes sociais o cristão não deve postar comentários negativos ou fazer pré-julgamento das pessoas. Deve tomar todo o cuidado, tendo a precaução com as fotos e os vídeos que publicar (seja vídeos ou fotos pessoais ou de terceiros). É importantíssimo avaliar o conteúdo, a coerência, o vocabulário e a ética cristã das mensagens antes de postar, comentar ou curtir em sua rede.

2. O uso correto da evangelização digital. A Internet é uma grande aliada na divulgação do Evangelho, porém, alguns cuidados são necessários para não tornar a mensagem inócua. As postagens não podem ser grandes e os vídeos não podem ser demorados. A mensagem precisa ser clara, concisa e objetiva (Hb 2.1,2). Antes de compartilhar qualquer conteúdo com os amigos, devemos analisar a veracidade bíblica daquela mensagem e seu teor teológico-doutrinário. Em lugar de postagens com frases de efeito, ou de autoajuda e de confissões positivas, devem-se priorizar os versículos bíblicos. Ao reproduzir áudios e vídeos devemos verificar se não existe algo que possa causar escândalos. Também não se deve atacar a ninguém, apenas anunciar e confessar a Cristo (1 Co 1.23,24).

A Internet é uma grande aliada na divulgação do Evangelho, porém, alguns cuidados são necessários para não tornar a mensagem inócua.

SÍNTESE DO TÓPICO III
Os princípios básicos da família são o casamento monogâmico, sua indissolubilidade e a heterossexualidade.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Professor(a), reproduza o esquema ao lado no quadro. Em seguida peça que os alunos citem alguns malefícios das redes sociais. À medida que forem falando vá relacionando no quadro. Depois peça que relacionem alguns dos benefícios. Explique que os benefícios também são muitos. Através das redes ajudamos pessoas a encontrarem emprego, evangelizamos, divulgamos as atividades da nossa igreja, etc. Quantas coisas boas e úteis podem ser feitas para o crescimento do Reino de Deus mediante o uso correto das redes sociais.

CONCLUSÃO
Estatísticas indicam que mais de um terço da população mundial está conectada à web e interage por meio de redes sociais. Diante desses fatos a igreja precisa instruir seus membros no uso das novas tecnologias e buscar métodos de evangelização por meio das redes sociais. Para tanto, dizem as Escrituras “antes, rejeitamos as  coisas  que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2 Co 4.2).

PARA REFLETIR
A respeito do tema “Ética Cristã e Redes Sociais”, responda:

Como que a expressão “rede social” é usada?
A expressão é usada para uma aplicação da rede mundial de computadores (web), cuja finalidade é conectar e integrar pessoas.

Quais os principais danos associados ao uso das redes sociais?
A distorção da felicidade, isolamento, solidão e relações sociais efêmeras.

Quanto à distorção da realidade, o que as redes sociais estimulam?
As redes estimulam a prática narcisista, ou seja, o indivíduo que admira exageradamente a própria imagem e que nutre uma paixão excessiva por si mesmo – a Bíblia condena essa atitude (Mc 12.30,31).

O que ilude a maioria dos usuários de redes sociais?
Diversos usuários das redes sociais iludem-se com a sensação de privacidade e ficam expostos a toda espécie de constrangimentos.

Antes de compartilharmos qualquer conteúdo, o que devemos fazer?
É importantíssimo avaliar o conteúdo, a coerência, o vocabulário e a ética cristã das mensagens antes de postar, comentar ou curtir em sua rede.

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 74, p42. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.

SUGESTÃO DE LEITURA

Seu Casamento e a Internet
Orientações para que seu casamento não se deteriore devido o uso inapropriado da web.

Marketing Para a Escola Dominical
A obra oferece uma perspectiva moderna sobre como administrar o departamento de Escola Dominical de sua igreja, levando em conta os muitos desafios enfrentados por essa instituição.
Falando Honestamente

Falando Honestamente
A obra propõe uma reflexão de como se tornar espiritualmente saudável, identificando e combatendo doenças da alma.

Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Adultos, professor, Valores Cristãos – Enfrentando as questões morais de nosso tempo, Comentarista Douglas Baptista, 2º trimestre 2018.

Lição 13 CONSELHOS PARA A VIDA


Lição 13 CONSELHOS PARA A VIDA
24/06/2018

Texto do dia
(1 Ts 5.24)
"Fiel é o que vos chama, o qual também o fará."

Síntese
O Senhor tem feito coisas grandes e tremendas em nosso favor.

Agenda de leitura
SEGUNDA - 2 Co 1.12
Vivendo na graça de Deus
TERÇA - Sl 119.9
A Palavra como bússola da vida
QUARTA - Ne 8.10
A nossa força vem da alegria que Deus nos concede
QUINTA - Tt 3.5
Salvos pelas ricas misericórdias
SEXTA - 1 Co 15.58
Tudo o que fazemos para o Senhor é útil
SÁBADO - 1 Ts 5.26
Não pode faltar carinho e afeto

Objetivos
PENSAR a respeito das maravilhosas obras que Deus faz por nós;
REFLETIR a respeito do que devemos fazer por nossos irmãos;
MOSTRAR como deve ser a relação entre líderes e liderados.

Interação
Esta foi uma maravilhosa jornada de três meses onde, mais uma vez debruçamo-nos sobre a Palavra de Deus. A experiência de compartilhar com você, querido educador, ideias, estratégias e conhecimento, foi algo especial da parte do Senhor. Espero, sinceramente, que sua vida como educador possa ter sido tão edificada neste trimestre quanto a minha como comentarista. Desejo ainda louvar a Deus por educadores como você que, por se dedicarem de maneira tão comprometida ao ministério com jovens, faz com que uma lição como esta tenha sentido e significado para centenas de milhares de rapazes e moças.
Se durante este trimestre tudo não ocorreu da maneira que você planejou não se frustre, o fim de um trimestre é a oportunidade de recomeçar, reavaliar e renovar as esperanças. Um grande abraço.

Orientação Pedagógica
A finalização de um trimestre deve ser um momento de comemoração, de confraternização e de agradecimento. Uma das formas de coordenar momentos assim é, após a ministração da aula, conceder a palavra a cada educando para que eles expressem suas impressões sobre o trimestre, ou montar uma apresentação com fotos que representem o sentimento de alegria e unidade de todos os que participam de sua classe. Por fim, você educador, declare toda sua gratidão pela vida de cada educando, por cada momento juntos, por todo o processo de ensino-aprendizado, reconhecendo publicamente que tudo é resultado da poderosa obra de Deus entre nós.

Texto bíblico
1 Tessalonicenses 5.23-28
23 E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
24 Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.
25 Irmãos, orai por nós.
26 Saudai a todos os irmãos com ósculo santo.
27 Pelo Senhor vos conjuro que esta epístola seja lida a todos os santos irmãos.
28 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém.

2 Tessalonicenses 3.16-18
16 Ora, o mesmo Senhor da paz vos dê sempre paz de toda a maneira. O Senhor seja com todos vós.
17 Saudação da minha própria mão, de mim, Paulo, que é o sinal em todas as epístolas; assim escrevo.
18 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém!

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Paulo dedica a parte final das Epístolas aos Tessalonicenses para o cuidado pastoral com aquela comunidade local. Lembremo-nos que o apóstolo não era um simples pregador itinerante, que casualmente passou por aquela região; ele reconhecia-se como líder daqueles irmãos, responsável pelo bom desenvolvimento espiritual daquele grupo.
É por isso que suas palavras finais transbordam de ternura, carinho e atenção. Não há uma tônica de reprovação, não se percebe ao final das epístolas frustração pastoral.

I- O DEUS QUE FAZ O EXTRAORDINÁRIO POR NÓS

1. Torna-nos santos (1 Ts 5.23). Não há nenhuma parte de nosso ser que Deus não deseje tratar e restaurar. Tudo o que há em nós: espírito, alma e corpo, a maneira com que foram maculados pelo pecado através da Queda de Adão, está em processo de restabelecimento por meio da obra redentora de Cristo. Como o texto deixa muito claro, a obra da salvação é uma realização exclusiva de Deus. Todavia, a manutenção deste estado em nossas vidas passa pela opção de romper com o mundo de pecado e aproximar-se diariamente de Cristo. Como um jovem pode, nesses dias tão difíceis, permanecer santo diante do Senhor? Somente por meio de uma vida centrada na Palavra de Deus (Sl 119.9). Essa então deve ser uma vida de renúncia aos prazeres do mundo, apego ao amor incondicional a Deus, e esforço contínuo em seguir o projeto do Pai para nossas vidas.

2. Dá-nos abundantemente sua graça. Muito mais do que um simples chavão religioso, "a graça seja convosco" (1 Ts 5.28), é uma oração contínua de Paulo não apenas pelos cristãos em Tessalônica, mas por todos aqueles com quem ele conviveu ministerialmente. Se bem pensarmos, do que mais necessitamos senão, prioritariamente, da graça? (2 Co 12.9). A suficiência de Cristo em nossa vida passa pela compreensão da revelação da graça dEle em nossa história (2 Co 1.12). Diante de tudo o que o Senhor tem feito por nós, fica difícil compreendermos a manifestação do Pai em nossa vida mediante a sua graça. Lembremo-nos, já fomos libertos do pecado para vivermos por meio do milagre restaurador da graça (Rm 6.14).

3. Permanece para sempre convosco (2 Ts 3.16). Tudo o que realizamos prospera quando seguimos pacientemente as orientações do Eterno para nossa vida (Sl 1.3). Não há qualquer dúvida sobre o segredo da força que cotidianamente manifestamos na luta contra a maldade; ela vem da alegria que o Senhor transmite ao nosso coração (Ne 8.10). A promessa de Jesus antes de voltar ressuscitado ao Pai foi que estaria conosco, todos os dias, até o cumprimento literal da vontade de Deus sobre todas as coisas (Mt 28.20). Este é mais um desses poderosos milagres que o Senhor realiza em nosso favor: apesar de frágeis pecadores, Ele nos ama incondicionalmente. É claro que o amor de Deus tem como fundamento, não algum tipo de bondade que exale de nós, mas as ricas misericórdias do Criador (Tt 3.5). Que bênção sobrenatural, o Deus Todo-Poderoso que se alegra em andar conosco, necessitados pecadores.

Pense
A obra que o Senhor deseja realizar em nós não implica em uma mudança e transformação de apenas algumas áreas em detrimento de outras. O desejo de Deus é que todo o nosso ser - espírito, alma e corpo - sejam libertos da escravidão do pecado e reposicionados para uma vida só para Deus.

Ponto Importante
A misericórdia de Deus liberada sobre nossa vida não é uma autorização para pecarmos deliberadamente. Que a iniquidade seja sempre um erro, uma queda, em nossa história, nunca um desejo obstinado que se instale em nosso ser.

II- O QUE NÓS DEVEMOS FAZER PELOS IRMÃOS?

1. Orar uns pelos outros (1 Ts 5.25). Paulo termina suas epístolas aos tessalonicenses não apenas anunciando o que Deus faz continuamente por nós, mas também aquilo que obstinadamente devemos fazer por nossos irmãos. Em primeiro lugar, devemos manter uma vida de oração dedicada aos outros. Às vezes, parece que oramos tanto apenas por nossas causas e desejos, que nos esquecemos que uma parte da cura que Deus deseja trazer aos nossos corações passa por uma vida de oração coletiva, intercessão, de clamor comunitário (Tg 5.16). Chega de falar uns dos outros, reclamar uns dos outros; é hora de verdadeiramente dedicarmo-nos a uma experiência de oração viva, segundo a qual sejamos testemunhas oculares das transformações de Deus - as quais sempre serão muito maiores em nós, e nosso ser, do que nos outros. Quando oramos com quebrantamento, somos sempre os primeiros a experimentar as mudanças em nós mesmos.

2. Colaborar para a construção de um ambiente de acolhimento e amor. O texto de 1 Tessalonicenses 5.26, registra um elemento cultural das sociedades do oriente que, para muitos de nós ocidentais contemporâneos (cheios de noções comportamentais bem diferentes), soa no mínimo estranho. Na verdade, podemos compreender este texto de duas maneiras muito simples: a primeira seria o entendimento de que o beijo era uma tradição cultural disseminada naquele meio, e que Paulo fez menção da mesma. A outra opção é interpretar as palavras paulinas apenas como uma despedida educada, assim como em nossos dias, após uma boa conversa com um amigo nos despedimos dizendo: "Um beijo para todo mundo." Independente da opção interpretativa, ambas levam a uma conclusão: É nosso dever ser acolhedores e fraternos, nunca competitivos e brigões.

3. Fazer notórias as verdades de Deus (1 Ts 5.27; 2 Ts 3.17). O desejo do apóstolo era que todas as pessoas tivessem acesso às informações, ensinos e orientações que estavam naquelas epístolas. Os textos eram públicos e deveriam ser lidos em coletividade, pois a finalidade era a edificação comunitária. Nosso papel é este, à semelhança de Paulo, tornar as profundas verdades do Reino o mais simples possível. Se tivermos a oportunidade de estudar mais um pouco (e isto é típico desta geração de jovens) não devemos fazer disso um instrumento de exaltação, mas um dom para serviço na causa do Mestre. Fujamos das intermináveis querelas pseudoteológicas, que no mais das vezes apenas envenenam a alma tanto de quem as debate quanto de quem as escuta (Tt 3.9). Concentremo-nos em anunciar as riquezas e maravilhas do Evangelho.

Pense
A maldade de nossa sociedade tem prejudicado nossas relações interpessoais, inclusive dentro da Igreja. É necessário que nossa mente seja restaurada à imagem de Cristo, para que possamos pensar diferente, de maneira mais pura e tenhamos relacionamentos mais saudáveis.

Ponto Importante
Na maioria das vezes, quando oramos por outros, especialmente quando estamos em situações de conflito, somos tendenciosos a orar clamando por mudança na vida dos outros, mas e se o propósito de Deus em toda essa situação for transformar algo em nós?

III- COMO SEU LÍDER SE DESPEDIRÁ DE VOCÊ?

1. Agradecendo a Deus pelo fim de um período turbulento? A despedida de Paulo dos tessalonicenses como vimos acima, foi carinhosa e cheia de votos de felicidade. Alguns líderes não veem a hora do ano, do trimestre, do congresso terminar para depois entregarem seus cargos, pois infelizmente os liderados não cooperam, e ainda fazem muitas críticas. Que tipo de liderado é você? Cooperador ou maledicente? Você teria coragem de liderar o ministério de jovens, o conjunto musical, a classe da Escola Dominical de sua igreja? Se você fosse um líder você desejaria um grupo de liderados exatamente como você é hoje? Estas perguntas não devem ser respondidas em público, elas são na verdade um convite a reflexão interior, pessoal, individual. Façamos apenas mais uma pergunta: e se Paulo fosse o líder do grupo no qual você está envolvido, como ele se despediria?

2. Exausto emocional e espiritualmente? O índice de líderes adoecidos nas comunidades locais é altíssimo. Estafa, estresse, ansiedade, estas são algumas das mazelas que dedicados servos de Deus têm adquirido em virtude da sobrecarga de trabalho a que se submetem. O que você tem feito para auxiliar seu líder? De que maneira sua participação como liderado tem sido uma bênção para quem lidera? Todos podem ser melhores, mas você também não!? Seu líder é daqueles que "carregam o piano" sozinho e ainda tem que escutar comentários como: "Não ficou bom!", "Qualquer um faria melhor!", "Coisa de amador!"? Auxilie seus líderes, pois aquilo que fazemos para o Reino de Deus tem um valor eterno. Líderes também precisam de amigos e apoiadores, pois ninguém consegue fazer a obra de Deus sozinho.

3. Em lágrimas de gratidão por tudo aquilo que você tornou-se. Que os nossos sentimentos, sejam semelhantes aos de Paulo: haja gratidão e alegria (Rm 16.6,12; 1 Co 16.10; Fp 4.3). Para tanto reconheçamos que nosso trabalho nunca é inútil ou insignificante quando o fazemos para a glória do Senhor (1 Co 15.58). A verdadeira alegria de um líder, não é pelas coisas que faz, mas pelo legado que deixa na vida das pessoas. O testemunho de acompanhar pessoas feridas na alma e desacreditadas da fé, e vê-las restauradas e louvando a Deus é algo fantástico. Quanto vale o preço de uma vida restaurada pelo poder de Deus? Quanto se pode pagar por um sonho ministerial que se torna realidade? O que se pode dar em troca da vida de um jovem alicerçada na presença do Criador? Em todos os casos a resposta é a mesma; NADA! Cristo seja sempre tudo em nós.

SUBSÍDIO
"As Petições e Bênçãos de Paulo (5.25-28)
Não é incomum para Paulo pedir oração por si ou por seus companheiros (Rm 15.30-32; 2 Co 1.11; Ef 6.19,20; 2 Ts3.1). Esse não é um pedido superficial; o apóstolo conhece o poder da oração e o valor de mencionar os companheiros cristãos no aspecto de uma parceria ministerial. É uma honra alguém lhe pedir oração, porque esta atitude demonstra confiança em sua pessoa. Paulo orou muito por esses crentes e continuava a fazê-lo; porém admitia a necessidade de ter outros crentes que o apoiassem. Paulo era sempre grato pelo apoio recebido, quer se tratasse de oração, ajuda financeira, ou voluntária. O pedido de oração 'formou um vínculo de intercessão mútua' com os cristãos tessalonicenses. O pedido de Paulo faz parte de sua intenção de promover a solidariedade e a união entre os crentes: 'saudai a todos os irmãos com ósculo santo' (v. 26; cf. Rm 16.16; 1 Co 16.20; 2 Co 13-12). A cultura dita os costumes nessas práticas casuais; portanto seriamos negligentes se acusássemos uma igreja de ser antibíblica por não ter o costume do 'ósculo santo' (ARRINGTON, French. L. e STRONSTAD, Roger (Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004. p. 1407).

ESTANTE DO PROFESSOR
ELDREDGE, John. A Santidade que Liberta: Aprendendo com Jesus a viver em integridade. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD

CONCLUSÃO
O melhor jeito de despedir-se de um grupo é deixando muita vontade de não ir embora. Líderes e liderados precisam reconhecer seus papéis no Reino dos Céus e trabalhar, cotidianamente, para que cada um cumpra suas responsabilidades e acreditemos que o Senhor é que fará por nós aquilo que somos incapazes de realizar. Que nossas despedidas sejam sempre alegres, e cheias de boas recordações. Façamos algo pelo Reino.

Hora da revisão.
A partir de seus conhecimentos adquiridos durante todo este trimestre, comente um pouco a respeito do relacionamento de Paulo com a igreja em Tessalônica.
Resposta pessoal.

O que significa ter o corpo, alma e espírito santificados?
É viver inteiramente para a glória de Deus, em todo o âmbito da vida.

O que nós, enquanto igreja local, podemos fazer para tornar nossa vida em comunidade melhor?
Resposta pessoal.

De que modo você, hoje, pode ajudar as lideranças de sua igreja local?
Resposta pessoal.

No que você se imagina trabalhando na obra de Deus, a curto, médio e longo prazo?
Resposta pessoal.

Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Jovens, professor, A Igreja do Arrebatamento – O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias, Comentarista Thiago Brazil, 2º trimestre 2018.

Lição 13 Em Cristo somos mais do que vencedores.


Lição 13 Em Cristo somos mais do que vencedores.
24 de junho de 2018

Texto Áureo
1 Coríntios 15.57
“Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.”

Verdade Aplicada
Enquanto estamos no mundo, vivenciamos um conflito espiritual, mas, em Cristo, somos mais do que vencedores.

Objetivos da Lição
Ressaltar a realidade da batalha espiritual;
Apresentar os princípios bíblicos sobre batalha espiritual;
Mostrar os princípios bíblicos de vitória e as promessas aos vencedores.

Glossário
Hostilidade: Atitude agressiva;
Martírio: Morte como castigo, em decorrência da devoção a uma causa ou fé;
Vislumbre: Clarão de fraca intensidade; indício de uma ocorrência.

Leituras complementares
Segunda Rm 8.31-39
Terça 1Co 15.53-58
Quarta 2Co 2.10-11
Quinta Ef 6.10-18
Sexta Hb 11.33-40
Sábado Ap 12.11; 17.14

Textos de Referência.
Romanos 8.37
37 Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.

1 João 4.4
4 Filhinhos, sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo.

Apocalipse 1.8; 17-18
8 Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-poderoso.

17 E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o primeiro e o último
18 E o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.

Hinos sugeridos.
108, 212, 225

Motivo de Oração
Interceda pelos cristãos que são perseguidos pelo Estado Islâmico.

Esboço da Lição
Introdução
1. A realidade da batalha espiritual.
2. Princípios bíblicos da batalha espiritual.
3. Princípios e promessas aos vencedores.
Conclusão

Introdução
Enquanto aguardamos a bem-aventurada esperança (Tt 2.13), é certo que vivenciamos momentos difíceis e travamos ferrenhas lutas espirituais para permanecermos na fé em Cristo Jesus.

1. A realidade da batalha espiritual.
Nesta lição não focaremos nos detalhes dos diferentes tempos do povo de Deus na história bíblica (sejam as lutas espirituais travadas no tempo do início da igreja ou a batalha dos dias de hoje ou aquelas retratadas nos diversos capítulos do Apocalipse). No entanto, ressaltaremos a realidade da batalha espiritual, os princípios bíblicos a serem observados (pois são válidos para qualquer tempo), a certeza e as promessas de vitória.

1.1. O início da batalha espiritual.
Encontramos em Gênesis 3.15: a origem e realidade da batalha, o grande vencedor (Jesus Cristo), a promessa e a garantia da vitória. É relevante notar como esse versículo já ressalta, antes de promessas e condições ao ser humano, a vinda de jesus Cristo, a derrota do inimigo (Cl 2.15; Hb 2.14) e a vitória garantida. Todo o restante da Bíblia é o registro progressivo do cumprimento desse versículo. Ao longo do Antigo Testamento há relatos de constante oposição e tentativas de exterminar o povo judeu, de onde veio Jesus, o grande vencedor.

Gênesis 3.15 tem sido chamado de protoevangelho, que significa “primeiro evangelho”, pois contém a primeira promessa que aponta para a vinda do Messias. Ele nascerá da mulher (Gl 4.4), iria sofrer (Is 53.3,5), mas a vitória final será da semente da mulher (Rm 16.20; Ap 12.9; 20.2 – textos que identificam Satanás como a antiga serpente).

1.2. Deus revela como terminará.
A realidade da batalha, os princípios e a certeza da vitória são relevantes em todos os períodos vivenciados pelo povo de Deus, até que chegue o glorioso dia, quando, então, não haverá mais lágrima, morte, dor ou maldição (Ap 21.4-5; 22.3). A Bíblia afirma que aquele que vencer irá vivenciar o novo céu, a nova terra e todas as coisas novas que Deus fará (Ap 21.7). Interessante que logo no início da história da humanidade, quando Deus anunciou a sentença ao inimigo (Gn 3.15), a perspectiva de batalha, sofrimento e vitória é evidente.

Quando o Senhor Jesus nasceu, tentaram mata-Lo. No deserto, Ele foi tentado. Os Seus discípulos têm sido perseguidos e mortos ao longo da história da Igreja. A batalha tem sido uma realidade, mas já sabemos que o mal não prevalecerá.

1.3. Vivendo na esperança da vitória.
No final, a vitória (como anunciada no início da peleja) é de Cristo e Seu povo (Mt 16.18). No Comentário Bíblico Moody, encontramos: “Esta certeza entrou pelos ouvidos das primeiras criaturas de Deus como uma bendita esperança de redenção”. Pelo fato da revelação divina ter um aspecto progressivo, somente no Novo Testamento há mais ênfase quanto ao aspecto espiritual desta batalha. Contudo, há vislumbres deste aspecto já no Antigo Testamento, como nos textos a seguir, entre outros: Gênesis 32.22-32; Daniel 10.10-21.

O erudito em novo Testamento e história da Igreja Primitiva, Oscar Cullmann, escreve em seu livro “Cristo e o Tempo”, enfatizando que a morte e a ressurreição de Cristo são testemunhos de que o triunfo supremo é certo: “A esperança da vitória final torna-se ainda mais vívida diante da convicção firme e inabalável de que a batalha que decide a vitória já se realizou”.

2. Princípios bíblicos da batalha espiritual.
Princípios bíblicos são verdades encontradas nos textos bíblicos acerca de determinado assunto, que devem nortear o entendimento e a conduta do discípulo de Cristo. No que se refere à batalha espiritual, não é diferente.

2.1. Discernindo a natureza da batalha.
Num primeiro momento é importante lembrar que o Novo Testamento enfatiza o caráter espiritual da batalha (2Co 10.3-4; Ef 6.12). O termo “andando na carne”, descrito em 2 Coríntios 10.3, se refere à nossa participação na existência humana normal nesta terra (“vasos de barro” – 2Co 4.7) e não à questão de viver movido pela natureza pecaminosa. Contudo, mesmo na terra, não guerreamos segundo os padrões deste mundo, confiando nos recursos humanos, mas usando armas espirituais (Ef 6.10-18). O texto de Efésios nos adverte quanto a hostilidade das forças demoníacas e nos instrui sobre como vencê-las. Nossa luta não é contra seres humanos, mas contra as “hostes espirituais da maldade”.

As hostes que batalham contra os discípulos de Cristo são poderosas, malignas e astutas. Talvez por isto, em outra ocasião, o apóstolo Paulo exorta quanto a necessidade da Igreja não ignorar os planos do inimigo (2Co 2.11). O diabo, nosso adversário (1Pe 5.8), procura minar a fé, a devoção e iludir os discípulos de Cristo. Acerca das “ciladas do diabo”, o Dr. Martyn Lloyd-Jones se expressou: “Estou certo de que uma das principais causas das más condições da igreja de hoje é o fato de que o diabo está sendo esquecido. Tudo é atribuído a nós mesmos; todos nós temos chegado a ser por demais psicológicos em nossas atitudes e em nossos pensamentos. Ignoramos este grande fato objetivo, a existência do diabo, o adversário, o acusador, com seus dardos inflamados”.

2.2. Na força e no poder do Senhor.
De nós mesmos somos fracos e ingênuos. Por isso dependemos do Senhor, da força do Seu poder e de toda a armadura de Deus (Ef 6.10-11). Encontramos no Senhor a força e o poder para resistirmos. No último livro da Bíblia, antes da revelação sobre o estado espiritual de muitas igrejas e do relato sobre as manifestações do juízo divino e ações de Satanás e seus anjos fazendo guerra contra Deus e o Seu povo, primeiro é apresentado Jesus Cristo: quem Ele é, o que fez por nós e quem somos para Deus (Ap 1.4-8). Na batalha contra o mal tenhamos sempre em mente essas três revelações.

Há um trono no céu e ele está ocupado, indicando comando e controle (Ap 4.2). O apóstolo João teve esta visão após conhecer o lastimável estado espiritual de algumas igrejas. O retrato da situação das igrejas locais era desolador. Porém, “depois coisas” (Ap 2.3), João sobe e tem uma visão da sala do trono. Sim, Satanás luta e ameaça, mas do Seu trono Deus emana ordens, limites e controle sobre o inimigo e os eventos que estavam por vir.

2.3. Deus estabelece limites.
Todas as manifestações estrondosas relatadas a partir do capítulo 6 de Apocalipse estão em no pleno controle do que está assentado sobre o trono: 1) Ap 7.3 – “Não danifiqueis...até que...” – Indica controle; 2) Ap 11.7 – A besta só poderá fazer guerra e matar as duas testemunhas, “quando acabarem o seu testemunho”. Ou seja, nada pode frustrar os planos de Deus na vida daqueles que permanecem em Cristo e fiéis no cumprimento da missão que receberam do Senhor – indica que a ação maligna está debaixo de controle, limite e permissão; 3) Ap 12.12; 13.7 – O diabo sabe que tem pouco tempo; ele não atuará para sempre. Breve não mais terá permissão para guerrear; 4) Ap 20.10 – O destino do inimigo já está determinado.

O escritor Kassel Erwin Kauder, comentando sobre a figura do Anticristo, se expressou: “O apocalipse dá o quadro mais completo do Anticristo e da sua guerra... No cap. 13 tudo que se diz com respeito às duas bestas claramente contém os traços de uma potência personificada, que se opõe a Deus, e que é, na realidade, uma paródia blasfema de Cristo... Numa interpretação escatológica, porém, viva-se sem dívida todo aquele que engana e persegue a igreja e blasfema a Cristo. Em ambos os casos, o vencedor é Cristo”.

3. Princípios e promessas aos vencedores.
Em Gênesis há o registro de uma contínua luta, mas em Apocalipse há a consumação e a vitória de Jesus Cristo e Seu povo. Em diversos textos no Apocalipse encontramos a expressão vencer (Ap 2.7, 11, 17, 26; 3.5, 12, 21; 21.7; entre outros).

3.1. É possível vencer.
A palavra vencer tem alguns sentidos, são eles: superar; prevalecer; obter a vitória. Portanto, podemos afirmar, fundamentados na Palavra de Deus, que é possível o discípulo de Cristo ser um vencedor. Em Cristo somos “mais do que vencedores” (Rm 8.37). Craig S. Keener, em seu Comentário Bíblico, escreveu: “Os estoicos valorizavam a capacidade de não se deixar abater pelo sofrimento. Os judeus louvavam esse tipo de coragem em suas narrativas sobre os mártires. Os israelitas acreditavam que triunfariam no dia do juízo porque Deus era por eles. Paulo garante aos cristãos que eles vencem as provações atuais por aquilo que Deus já realizou em favor deles (Rm 8.31-34)”.

A Igreja já sabe como terminará a jornada na terra: a vitória final será dos que permanecerem em Cristo. Não podemos vencer por nós mesmos. Nossa força vem do Senhor (1Sm 2.9; Sl 33.16; Pv 21.31). Mesmo Pedro tendo sido avisado pelo Senhor, continuou depositando toda a confiança em si próprio e achando que era totalmente isento da queda. O resultado é que não resistiu e caiu (Lc 22.31-34, 54-60). É uma lição de alerta para nós. Por isso Paulo, antes de mencionar as ciladas do diabo e o revestir-se da armadura de Deus, exorta acerca de nos fortalecermos no Senhor (Ef 6.10). Ou seja, precisamos receber poder, não apenas uma vez, mas constantemente. O verbo usado envolve uma ação continuada ou repetida. Interessante a ênfase em duas expressões, quanto ao conflito espiritual: “ficar firmes” (Ef 6.11, 13-14) e “resistir” (Ef 6.13; Tg 4.7; 1Pe 5.9). São termos que nos despertam para buscarmos a estabilidade cristã (firme resistência), até mesmo contra as ciladas do diabo.

3.2. As causas da vitória.
Em Apocalipse 12.11 são identificadas três causas para a vitória do cristão. A primeira é que os discípulos de Cristo, na batalha contra o inimigo; vencem pelo sangue do Cordeiro (Ap 12.11). Por Sua morte, Cristo aniquilou o que tinha o império da morte, isto é, o diabo (Hb 2.14-15). Apocalipse 7.14 menciona vestes que foram branqueadas, não pelo sangue dos mártires, por mais cruel que tenha sido o martírio, mas unicamente pelo sangue do Cordeiro. As outras duas causas são: testemunho sobre a obra completa de Cristo e amar a Cristo mais do que a própria vida.

Sobre a segunda causa da vitória, “palavra do seu testemunho”, a ideia deste termo no grego é testemunho sobre a obra completa de Cristo a favor dos Seus discípulos. Isto é, um relato constante e firmado na autoridade do Evangelho de Jesus Cristo. A seguir, vem a terceira causa apresentada: “não amarem suas vidas”. Até mesmo diante da morte. Uma verdadeira demonstração de resistência e firmeza. É preciso amar a Cristo mais do que amamos a própria vida (Lc 14.26). É preciso devoção total a Cristo para ser vencedor (Mt 10.37).

3.3. Promessas e recompensas.
A Palavra de Deus nos revela não somente a realidade do conflito espiritual e os princípios que devem nos nortear nesta batalha, como, também, promessas e recompensas aos vencedores. A Bíblia é repleta de promessas divinas. E os discípulos de Cristo podem confiar que Deus as cumprirá, pois Ele é fiel e não mente (Hb 10.23; Tt 1.2). Digno de nota de que em todas as cartas endereçadas às igrejas na Ásia há a expressão: “Ao que vencer”. O verbo expressa uma ação continuada. Envolve perseverança diante do conflito e da dificuldade.

Em meio às perseguições, falsos ensinamentos, frieza espiritual, abandono do primeiro amor, impureza e tantos outros desafios e problemas existentes nas igrejas da Ásia, Jesus promete recompensar os vencedores. Todos os que se mantiverem firmes na fé em Cristo e na Palavra de Deus, sem se deixar influenciar negativamente pelas circunstâncias à sua volta, são vencedores. Algumas das promessas no livro do Apocalipse: comer da árvore da vida (2.7); coroa da vida (2.10); não passará pela segunda morte (2.11); comer do maná escondido e receber um novo nome (2.17); poder sobre as nações e receber a estrela da manhã (2.26-28); vestes brancas (3.5); será coluna no templo de Deus (3.12); se assentará com Jesus no Seu trono (3.21).

Conclusão.
Aproveitemos o estudo desta lição para equilibrar a atual tendência com o resgate do ensino de que este mundo não é um parque de diversões para os discípulos de Cristo, mas um campo de batalha. Há lutas, mas é possível vencê-las em Cristo e há promessas aos vencedores.

Questionário.
1. O que encontramos em Gênesis 3.15?
R: A origem e realidade da batalha, o grande vencedor (Jesus Cristo), a promessa e a garantia da vitória (Gn 3.15).

2. O que o texto de Efésios 6.10-18 nos adverte e nos instrui?
R: O texto nos adverte quanto à hostilidade das forças demoníacas e nos instrui sobre como vencê-las (Ef 6.10-18)..

3. O que somos em Cristo?
R: “Mais do que vencedores” (Rm 8.37).

4. Em qual texto são identificadas três causas para a vitória do cristão?
R: Apocalipse 12.11.

5. A Bíblia é repleta de quê?
R: De promessas divinas (Hb 10.23; Tt 1.2).

Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Aperfeiçoamento Cristão – Propósito de Deus para o discípulo de Cristo. Adultos, edição do professor, Comentarista Pastor Marcos Sant’Anna da Silva 2º trimestre de 2018, ano 28, Nº 107, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.