segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Lição 06 – Elias e a Batalha dos deuses.

Lição 06 – Elias e a Batalha dos deuses.
09 de novembro de 2014

TEXTO ÁUREO
“Eis que eu sou o SENHOR, o Deus de toda a carne; acaso haveria alguma coisa demasiado difícil para mim?” Jr 32.27

VERDADE APLICADA
O mal só pode triunfar enquanto os bons estiverem calados, a missão da luz sempre será o extermínio das trevas.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Apresentar a vida espiritual da nação e a necessidade de uma voz profética para despertá-la;
2. Ensinar sobre o trabalhar de Deus na vida do profeta, e a maneira como realizou tal proeza;
3. Mostrar como a aliança entre Acabe e Jezabel tornou legal a atuação de Satanás na nação.

Textos de referência
1Rs 18.30, 32, 35, 35, 39
30  Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e reparou o altar do SENHOR, que estava quebrado.
32  E com aquelas pedras edificou o altar em nome do SENHOR; depois, fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente.
35  de maneira que a água corria ao redor do altar, e ainda até o rego encheu de água.
38  Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.
39  O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: o SENHOR é Deus! o SENHOR é Deus!

INTRODUÇÃO
A batalha de Elias contra Baal e seus profetas prefigura a luta do bem contra o mal. De todos os milagres retratados aqui, esse pode ser considerado singular, porque não é um milagre pessoal, mas um sinal que desmascara um governo espiritual dominante.

1. A crise espiritual e o surgimento de Elias
Deus tem seus elementos surpresas. Elias é um profeta que surge do nada, sem referência, sem genealogia, mas com uma palavra fulminante, que tornou inerte o “deus” da chuva e da fertilidade numa época em que ser profeta era passar pelo fio da espada.
1.1   A crise espiritual e a união de Acabe e Jezabel
Após a morte de Salomão e a divisão do reino, Israel passou por uma terrível sucessão de reis que contaminaram o povo com idolatria, maldade, traição, imoralidade, perversão e engano. O reino do mal se iniciava no coração daquele que estava no trono e se derramava sobre todas as pessoas daquela terra. A Bíblia traça um relato escuro de todos esses reis, e que faz questão de apontar o pior de todos eles, “Onri”, o pai de Acabe que também recebe destaque por se casar com Jezabel, a filha de Etbaal, o rei dos sidônios (1 Rs 16.25-31). O escritor sagrado se debruça para destacar Jezabel por dois motivos: Primeiro, porque era o parceiro dominante no casamento, o poder por trás de Acabe; segundo, porque foi a precursora da adoração a Baal.
1.2   A necessidade de uma luz em dias de trevas
O casamento entre Acabe e Jezabel tornou legal a entrada demoníaca de Baal e todas as suas hostes, desta união em diante o mal tinha acesso livre para operar. O teólogo F.B. Meyer faz essa declaração acerca de Jezabel: “Ela exibia todas as marcas da possessão demoníaca e, de acordo com o registro de seus feitos, era realmente a enviada de Satanás. Em termos espirituais este foi um tempo de desespero completo”. A separação entre Deus e seu povo havia atingido seu ponto mais distante. Esse é o relato das trevas demoníacas que envolviam Acabe: E levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificaram em Samaria. Também Acabe fez muito mais para irritar ao senhor Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele (1Rs 16.32-33).
1.3   Elias, o perturbador de Israel
“E sucedeu que, vendo Acabe a Elias, disse –lhes: És tu o perturbador de Israel?” (1Rs 18.17). Acerca de Elias J. Oswald Sanders escreveu: “Elias apareceu na hora “H” da história de Israel [...] Tal qual um meteoro, ele iluminou o negro céu da noite espiritual de Israel”. Ninguém poderia ter lidado melhor com um casal como Acabe e Jezabel do que Elias. O rude e sombrio profeta de Tisbé tornara-se o instrumento de Deus. A forma nominal do verbo hebraico que significa “perturbar, trazer calamidade” é aqui traduzida como “perturbador”. Há ocasiões em que esta palavra hebraica é usada com o sentido de “víbora, áspide ou cobra”. Acabedeclara como se sente em relação a Elias, que para ele se tornou um problema nacional, o homem que fechou os céus com uma palavra, e que tornou inerte o portentoso Baal.

2. Elias, uma luz em meio às trevas
Durante muitos anos Israel viveu sob a égide da descrença e da impiedade de seus governantes. Como se não bastasse, Acabe e Jezabel, sua parceira dominadora, eram os piores da turma. Naquele instante, surge no cenário um profeta sem referências, que não marca audiência, e entra na presença do rei com dedo em punho dizendo: a partir de hoje não chove mais em Israel (1Rs 17.1).
2.1 Elias um profeta declarado
“Vive o Senhor Deus de Israel, perante cuja a face estou...” (1Rs 17.1). No palácio, diante do rei e de todo seu exército, esse homem aparece sem audiência prévia e diante do rei e todo o seu exército, sem sequer hesitar pronuncia a sentença Divina: “nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra”. Elias está com o dedo na face de Satanás, está pondo as coisas em pratos limpos, e desmascarando todo um sistema de governo. Baal era a divindade da chuva, toda a colheita e prosperidade eram atribuídas a ele. Dizer que não iria mais chover era ridicularizá-lo diante de todos. Elias estava afirmando que a colheita iria fracassar, o gado morreria, e a fome iria se espalhar. Ou seja, a festa acabou, agora vocês vão ver quem está mandando! Elias estava anunciando publicamente a falência de Baal (Ez 22.30).
2.2 Três anos de treinamento e disciplina
Após tal sentença, o Senhor resolveu esconder seu servo para treiná-lo no anonimato (1Rs 17.2-3). O Senhor tinha coisas que queria tratar no profundo da alma de Elias, trabalhando situações E EVITANDO QUE, UM Elias despreparado fosse destruído. Assim envia Elias para o isolamento, onde ele não apenas seria protegido, mas equipado para uma missão ainda maior. Elias obedece e sai de diante das luzes dos holofotes, ele estava disposto a servir a Deus de maneira pública ou reservada, no palácio ou no ribeiro. Essa é a escalada da vida profética: um dia no palácio, outro dia no ribeiro, o pior é quando o ribeiro seca e nossos únicos amigos são os corvos! Mas quando estivermos prontos Deus nos enviará e nos usará ainda mais (1Rs 18.1).
2.3 O desafio e a resposta Divina
Finalmente, depois de três anos de anonimato, Deus fala a Elias: “Vai, apresenta-te a Acabe” (1 Rs 18.1-2). Elias confronta primeiro o povo para que tome uma posição, em seguida convoca seus inimigos para um duelo onde o Deus que respondesse por fogo seria o “Deus verdadeiro” (1 Rs 18.17-24). O povo de Israel já havia penetrado no campo radical da idolatria, estavam divididos e indecisos. Elias fez tudo conforme a revelação do Senhor, não fez um altar por conta própria (1 Rs 18.36). Elias zombou deles, mostrou que para Deus nos ouvir não é preciso berrar, se cortar, nem fazer malabarismo, é somente ter intimidade. Coisa que os profetas de Baal e os sacerdotes de Asera não possuíam (1 Rs 18.37-39). A resposta à oração não trouxe apenas fogo, ela trouxe de volta a Deus os corações das pessoas, e livrou o país dos profetas de Baal.

3. A verdade por trás da batalha
Quando a situação da nação era de declínio espiritual e o povo estava em cima do muro, Deus encontrou coragem em um homem para confrontar o que era errado. Todavia, a verdadeira batalha não era no campo físico, mas sim, no espiritual. Vejamos algumas lições importantes:
3.1 Uma aliança demoníaca
A cegueira da nação e toda a sua escravidão espiritual se iniciaram quando Acabe e Jezabel contraíram matrimônio. Seja qual for a união que venhamos nos associar; deve ser muito bem pensada (2 Co 6.14-15). Depois tornamos algo legal no mundo espiritual, as consequências podem ser fatais e não somente drásticas. Jezabel teve livre arbítrio para matar os profetas de Deus, ela era legalmente uma autoridade (1 Rs 18.13). Ela era a cabeça de Acabe, era feiticeira, e usou seu poder para amedrontar, dominar, e surrupiar tanto a fé do povo quanto o lugar de adoração a Deus (1 Rs 16.30-33). Hoje muitos casamentos podem se tornar um inferno em vez de bênçãos, muitas alianças podem matar em vez de dar a vida.
3.2 O duelo dos deuses
Elias chama toda a nação para reparar não um altar de pedras, mas o altar da própria vida. O que faltava na vida do povo era água (palavra), o povo não sabia mais discernir quem era Deus e quem não era. O altar é o lugar onde sacrificamos o que temos de mais valioso para nossas vidas, e o que mais valia nos dias de Elias era a água. De outro modo, durante três anos houve seca, morte, e escassez de alimentos. E foi nesse altar que se revelou o grande mistério da batalha. A água simbolizava Baal (o deus da chuva), o fogo é um símbolo do próprio Deus. É comum a água apagar o fogo, e nunca o fogo secar a água. O fogo “lamber” a água significa que Deus literalmente engoliu a Baal, a verdade venceu a mentira, e só o Senhor é Deus. Oh glória!  (1 Rs 18.38-39).
3.3  Deus precisa de um homem na brecha
Jamais devemos subestimar o poder de uma vida totalmente dedicada (At 20.24). Todo esse episódio gira em torno de uma vida dedicada: a vida de Elias. Ele era apenas um homem, cercado e suplantado em número por um rei ímpio, a ímpia e poderosa esposa do rei, 850 profetas e sacerdotes pagãos e me um incontável número de israelitas descrentes. E todos eles foram silenciados e intimidados por aquele único homem dedicado a Deus. Nada intimida aqueles que sabem que aquilo em que creem está baseado no que Deus disse. Quando sabemos que estamos dentro da vontade de Deus, somos invencíveis.

CONCLUSÃO
Assim como Deus fez através de Elias, o Senhor Jesus confirmará sua Palavra dada a nós, mesmo que para isso Ele mande fogo dos céus. Esse fogo será uma resposta não apenas para o seu povo acuado, mas também aos seus inimigos, para que temam e se convertam de seus pecados.
Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel.
Revista: Milagres do Antigo Testamento – Editora Betel - 4º Trimestre 2014

Questionário
1.       O que tornou legal o poder operante da idolatria em Israel?
2.       Qual o profeta que desafiou o rei Acabe?
3.       Qual a primeira coisa que Elias restaurou no Carmelo?
4.       O que provocou Elias com sua palavra diante do rei?
5.       Quanto tempo durou o anonimato de Elias?




 Lição 4                27 de Janeiro de 2013

Elias e os Profetas de Baal

TEXTO ÁUREO


"Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada"  (1 Rs 18.21).

VERDADE PRÁTICA


O confronto entre Elias e os profetas de Baal marcou definitivamente a separação entre a verdadeira e a falsa adoração em Israel.

HINOS SUGERIDOS 124, 342, 454

LEITURA DIÁRIA


Segunda – 2 Rs 1.2,Rejeitando os falsos deuses
S
Terça – 1 Rs 18.19   Rejeitando os falsos profetas
T
Quarta – 2 Rs 10.11    Rejeitando os falsos sacerdotes
Q
Quinta – Êx 12.38      Rejeitando o sincretismo religioso
Q
Sexta –1 Rs 18.21  Rejeitando a falsa adoração
S
Sábado –1 Rs 18.24    Promovendo a verdadeira adoração
S

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE



 1 Reis 18.36-40

INTERAÇÃO


Não são poucos os falsos profetas que tentam atormentar a vida daqueles que servem a Jesus. O pior é que estes em geral conhecem os sentimentos e as fragilidades espirituais dos que os ouvem, e não perdem a oportunidade de lembrá-los de que tem autoridade para determinar-lhes a "vontade divina". Prezado professor, não são poucos os casos com que nos deparamos com esse tipo de pessoa, por isso, oriente seus alunos quanto a esse perigo. Encoraje-os a não temerem os falsos profetas. A ordem de Jesus para nós em relação a estes enganadores é: "Acautelai-vos".

OBJETIVOS



Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Destacar a importância de se confrontar os falsos deuses.


Explicar quais são os perigos de dar crédito aos falsos profetas.


Conscientizar-se da necessidade de confrontar a falsa adoração.




ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, para concluir o terceiro tópico da lição, reproduza o esquema abaixo de acordo com as suas possibilidades. Explique aos alunos que a adoração vai muito além do culto semanal. Ela é um estilo de vida. Não há como enganar a si mesmo vinte e quatro horas por dia. Adoração verdadeira é fruto da sinceridade do coração. Não há lugar para dissimulação, perversidade e mentiras. Mas sim para a verdade, o amor e a voluntariedade. É tudo aquilo que revela a essência da vida. Sejamos, pois, verdadeiros adoradores!

CARACTERÍSTICAS DA ADORAÇÃO
VERDADEIRA
FALSA
• Produz verdade;
• Produz sinceridade;
• Produz sentimento nobre;
• Produz arrependimento;
• Produz bom caráter;
• Produz entrega e voluntariedade.
• Produz mentira;
• Produz dissimulação;
• Produz sentimento egoísta;
• Produz espetáculo;
• Produz um mau caráter;
• Produz avareza e ganância..

COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

O confronto de Elias com os profetas de Baal, conforme narrado no décimo oitavo capítulo do livro de 1 Reis, foi um dos fatos mais significativos da história bíblica.  Mais significativo ainda foi a vitória que o profeta de Tisbe obteve sobre os falsos profetas: significou a continuidade da existência de Israel como povo a quem Deus havia escolhido para cumprir seu propósito salvífico com a humanidade. Nesta lição, estudaremos como o profeta Elias foi usado pelo Senhor para confrontar os falsos profetas com seus falsos deuses, fazendo com que o povo de Deus abandonasse a falsa adoração.

I.CONFRONTANDO OS FALSOS DEUSES

1. Conhecendo o falso deus Baal. Baal era uma divindade cananeia (1 Rs 16.31). Por diversas vezes fizemos referência a esse fato, mas aqui iremos conhecer mais detalhadamente esse falso deus, e assim entender porque ele causava tanto fascínio no mundo cananeu e também em Israel. A palavra Baal significa proprietário, marido ou senhor. Os estudiosos observam que esse nome traz esses significados para demonstrar que a divindade pagã exercia controle e posse não somente sobre o lugar onde se encontrava, mas também sobre as pessoas. Os profetas estavam conscientes de que não se podia admitir tal fato entre o povo de Deus, e por isso levantaram suas vozes em protesto contra a divindade pagã (1 Rs 21.25,26).
2. Identificando a falsa divindade Aserá. A crença cananeia dizia que El seria o deus principal, isto é, o pai dos outros deuses, e Aserá era a deusa-mãe. O texto bíblico de 1 Reis 18.17-19, faz referência a essas duas divindades. A palavra poste-ídolo neste texto é a tradução do termo hebraico `ashera ou Aserá, e mantém o significado de bosque para adoração de ídolos. Aserá, conhecida também como Astarote ou Astarte, era uma deusa ligada à fertilidade humana e animal e também da colheita. No texto bíblico observamos que ela exerceu uma influência grandemente negativa entre o povo de Deus (Jz 2.13, 3.7; 1 Rs 11.33). Assim entendemos o porquê da resistência profética a esse culto.

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

O livro do profeta Amós pode ser dividido em duas partes principais: oráculos provenientes pela palavra (1-6) e pelas visões (7-9).

II.CONFRONTANDO OS FALSOS PROFETAS

1. Profetizavam sob encomenda. Os fatos ocorridos no reinado de Acabe vêm mais uma vez confirmar uma verdade: nenhum sistema é profético, nenhum profeta pertence ao sistema. O texto de 1 Reis 18.19 destaca essa verdade. Os profetas de Baal eram, de fato, profetas, mas comiam da mesa de Jezabel. Eram profetas, mas possuíam seus ministérios alugados para Acabe e sua esposa. Eles profetizavam o que o rei queria ouvir, pois faziam parte do sistema estatal de governo. Nenhum homem de Deus, nem tampouco a igreja, podem ficar comprometidos com qualquer esquema religioso ou político. Se assim o fizerem, perdem suas vozes proféticas (1 Rs 22.13,14).
2. Eram mais numerosos. Acabe e sua esposa, Jezabel, haviam institucionalizado a idolatria no reino do Norte. Baal e Aserá não eram apenas os deuses principais, mas também os oficiais. O culto idólatra estava presente em toda a nação, de norte a sul e de leste a oeste. Dessa forma, para manter a presença da religião pagã na mente do povo, a casa real necessitava de um grande número de falsos profetas. O texto sagrado por diversas vezes destaca esse fato (1 Rs 18.19). E Elias pôs isso em evidência na presença do povo (1 Rs 18.22). Não havia verdade, autenticidade e tampouco qualidade no falso culto, mas apenas quantidade.

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

Os falsos profetas de Acabe eram mais numerosos e profetizavam por encomenda.

III. CONFRONTANDO A FALSA ADORAÇÃO

1. Em que ela imita a verdadeira.  O relato do capítulo 18 de 1 Reis revela que a adoração a Baal possuía rituais que tinham certa semelhança com o ritual hebreu. Usavam altar, havia música, danças e também havia sacrifícios. Elias, porém, sabia que aquela religião falsa, apesar de suas crenças e rituais, jamais conseguiria produzir fogo (1 Rs 18.24). O teste seria, portanto, a produção de fogo! Observamos que os profetas de Baal ficaram grande parte do dia tentando produzir fogo e não conseguiram (1 Rs 18.26-29). Uma das marcas do culto falso é exatamente a tentativa de copiar, ou reproduzir, o verdadeiro. Encontramos ainda hoje dezenas de religiões e seitas tentando produzir fogo santo e não logram qualquer êxito. Somente o verdadeiro culto a Deus faz descer fogo do céu (1 Rs 18.38)
2. No que ela se diferencia da verdadeira. A adoração verdadeira se diferencia da falsa em vários aspectos. O relato do capítulo 18 de 1 Reis destaca alguns que consideramos essenciais. Em primeiro lugar, a adoração verdadeira firma-se na revelação de Deus na história (1 Rs 18.36). Abraão, Isaque e Jacó, foram pessoas reais assim como foram reais as ações de Deus em suas vidas. Em segundo lugar, verdadeira adoração distingue-se também pela participação do adorador no culto. Elias disse: "E que eu sou teu servo" (1 Rs 18.36). A Bíblia diz que Deus procura adoradores (Jo 4.24). Israel havia sido uma nação escolhida pelo Senhor (Êx 19.5). Elias invocou, como servo pertencente a esse povo, os direitos da aliança. Em terceiro lugar, ela diferencia-se pela Palavra de Deus, que é o instrumento usado para concretizar os planos e propósitos de Deus (1 Rs 18.36).

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

A verdadeira adoração firma-se na revelação de Deus na história.

IV. CONFRONTANDO O SINCRETISMO RELIGIOSO ESTATAL

1. O perigo do sincretismo religioso. O dicionário da língua portuguesa de Aurélio define o vocábulo sincretismo como "a fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais originais". Essa definição ajusta-se bem ao culto judeu no reino do Norte durante o governo de Acabe. A adoração verdadeira havia se misturado com a falsa e o resultado não podia ser mais desastroso. Esse problema da "mistura" do culto hebreu com outras crenças foi uma ameaça bem presente ao longo da história de Israel (Êx 12.38; Ne 13.3). O sincretismo religioso foi uma ameaça, ainda o é e sempre o será. A fé bíblica não pode se misturar com outras crenças!
2. A resposta divina ao sincretismo. O texto sagrado diz que logo após o Senhor ter respondido com fogo a oração de Elias (1 Rs 18.38), o profeta de Tisbe deu instrução ao povo: "Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou" (1 Rs 18.40). Parece uma decisão muito radical, mas não foi. O remédio para extirpar o mal precisava ser tomado. A decisão de Elias não foi tomada por sua própria conta, mas seguia a orientação divina dada pelo Senhor a Moisés. A lei deuteronômica dizia que era necessário destruir todos aqueles que arrastassem o povo de Deus para a idolatria (Dt 13.12-18; 20.12-13).

SINÓPSE DO TÓPICO (4)

O Deus de Israel é rigorosamente contrário a idolatria. Nele não há sincretismo religioso.

CONCLUSÃO

O desafio do profeta Elias contra os profetas de Baal foi muito além de uma simples luta do bem contra o mal. Ele serviu para demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e, portanto, merecedor de toda adoração. Foi decisivo para fazer retroceder o coração do povo até então dividido. Mostrou que o pecado deve ser tratado como pecado e que a decisão de extirpá-lo deve ser tomada com firmeza. A luta contra a falsa adoração continua ainda hoje por parte dos que desejam ser fiéis a Deus. Não há como negar que ao nosso redor ecoam ainda os dons advindos de vários cultos falsos, alguns deles travestidos da piedade cristã. Assim como Elias, uma igreja triunfante deve levantar a sua voz a fim de que a verdadeira adoração prevaleça.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsidio Teológico
"O fruto  é discernido espiritualmente
Jesus deixa claro que devemos julgar os profetas pelos seus frutos. Paulo e João também nos instruíram a 'provar' ou 'julgar' os profetas (1 Ts 5.21; 1 Jo 4.1; 1 Co 14.29). Este fruto não é distinguido pelos nossos cinco sentidos naturais, nem é identificado de modo intelectual - deve ser discernido espiritualmente. Paulo escreveu: 'Mas o que é espiritual discerne bem tudo... comparando as coisas espirituais com as espirituais' (1 Co 2.15,13). Quando nos arrependemos e limpamos os nossos corações de quaisquer motivos ímpios e aceitamos a verdade de Deus, ficamos então em condição de sermos suscetíveis ao direcionamento do Espírito Santo [...]Nos dias de Jesus existiam ministros que 'exteriormente pareciam justos aos homens' (Mt 23.28). Mas interiormente eles estavam cheios de hipocrisia e iniquidade. Sua aparência era enganadora até que os verdadeiros motivos fossem expostos pela luz da Palavra viva de Deus. Jesus comparou seus corações ao solo ruim que produzia frutos pecaminosos (Mt 13.1-23; 15.17-20)" (BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.166).


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.


SAIBA MAIS


Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 53, p.38.


EXERCÍCIOS


1. De acordo com a lição, quais as duas divindades pagãs principais no reino do Norte?
R. El e Aserá.

2. Explique como alguém pode deixar de ser uma voz profética.
R. Quando por conveniência adota as mesmas práticas e atitudes do sistema vigente.

3. Como a verdadeira adoração se diferencia da falsa?
R. A adoração verdadeira se firma na revelação de Deus na história; na participação do adorador no culto; pela Palavra de Deus.

4. Defina "sincretismo".
R. Fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais originais

5. Por que o desafio entre Elias e os profetas de Baal foi muito além de uma guerra entre o bem e o mal?
R. Ele serviu para demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e merecedor de toda adoração.

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