Lição 06 – Elias e a Batalha dos
deuses.
09 de novembro de 2014
TEXTO ÁUREO
“Eis que eu sou o SENHOR, o Deus
de toda a carne; acaso haveria alguma coisa demasiado difícil para mim?” Jr
32.27
VERDADE APLICADA
O mal só pode triunfar enquanto
os bons estiverem calados, a missão da luz sempre será o extermínio das trevas.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Apresentar a vida espiritual
da nação e a necessidade de uma voz profética para despertá-la;
2. Ensinar sobre o trabalhar de
Deus na vida do profeta, e a maneira como realizou tal proeza;
3. Mostrar como a aliança entre
Acabe e Jezabel tornou legal a atuação de Satanás na nação.
Textos de referência
1Rs 18.30, 32, 35, 35, 39
30 Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos
a mim. E todo o povo se chegou a ele; e reparou o altar do SENHOR, que
estava quebrado.
32 E com aquelas pedras edificou o altar em nome
do SENHOR; depois, fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas
medidas de semente.
35 de maneira que a água corria ao redor do
altar, e ainda até o rego encheu de água.
38 Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o
holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava
no rego.
39 O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus
rostos e disse: Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é
Deus!
INTRODUÇÃO
A batalha de Elias contra Baal e
seus profetas prefigura a luta do bem contra o mal. De todos os milagres
retratados aqui, esse pode ser considerado singular, porque não é um milagre
pessoal, mas um sinal que desmascara um governo espiritual dominante.
1. A crise espiritual e o
surgimento de Elias
Deus tem seus elementos
surpresas. Elias é um profeta que surge do nada, sem referência, sem
genealogia, mas com uma palavra fulminante, que tornou inerte o “deus” da chuva
e da fertilidade numa época em que ser profeta era passar pelo fio da espada.
1.1
A crise espiritual e a união de Acabe e Jezabel
Após a morte de Salomão e a
divisão do reino, Israel passou por uma terrível sucessão de reis que
contaminaram o povo com idolatria, maldade, traição, imoralidade, perversão e
engano. O reino do mal se iniciava no coração daquele que estava no trono e se
derramava sobre todas as pessoas daquela terra. A Bíblia traça um relato escuro
de todos esses reis, e que faz questão de apontar o pior de todos eles, “Onri”,
o pai de Acabe que também recebe destaque por se casar com Jezabel, a filha de
Etbaal, o rei dos sidônios (1 Rs 16.25-31). O escritor sagrado se debruça para
destacar Jezabel por dois motivos: Primeiro, porque era o parceiro dominante no
casamento, o poder por trás de Acabe; segundo, porque foi a precursora da
adoração a Baal.
1.2
A necessidade de uma luz em dias de trevas
O casamento entre Acabe e Jezabel
tornou legal a entrada demoníaca de Baal e todas as suas hostes, desta união em
diante o mal tinha acesso livre para operar. O teólogo F.B. Meyer faz essa
declaração acerca de Jezabel: “Ela exibia todas as marcas da possessão
demoníaca e, de acordo com o registro de seus feitos, era realmente a enviada
de Satanás. Em termos espirituais este foi um tempo de desespero completo”. A
separação entre Deus e seu povo havia atingido seu ponto mais distante. Esse é
o relato das trevas demoníacas que envolviam Acabe: E levantou um altar a Baal,
na casa de Baal que edificaram em Samaria. Também Acabe fez muito mais para
irritar ao senhor Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram
antes dele (1Rs 16.32-33).
1.3
Elias, o perturbador de Israel
“E sucedeu que, vendo Acabe a
Elias, disse –lhes: És tu o perturbador de Israel?” (1Rs 18.17). Acerca de
Elias J. Oswald Sanders escreveu: “Elias apareceu na hora “H” da história de
Israel [...] Tal qual um meteoro, ele iluminou o negro céu da noite espiritual
de Israel”. Ninguém poderia ter lidado melhor com um casal como Acabe e Jezabel
do que Elias. O rude e sombrio profeta de Tisbé tornara-se o instrumento de
Deus. A forma nominal do verbo hebraico que significa “perturbar, trazer
calamidade” é aqui traduzida como “perturbador”. Há ocasiões em que esta
palavra hebraica é usada com o sentido de “víbora, áspide ou cobra”.
Acabedeclara como se sente em relação a Elias, que para ele se tornou um
problema nacional, o homem que fechou os céus com uma palavra, e que tornou
inerte o portentoso Baal.
2. Elias, uma luz em meio às
trevas
Durante muitos anos Israel viveu
sob a égide da descrença e da impiedade de seus governantes. Como se não
bastasse, Acabe e Jezabel, sua parceira dominadora, eram os piores da turma.
Naquele instante, surge no cenário um profeta sem referências, que não marca
audiência, e entra na presença do rei com dedo em punho dizendo: a partir de
hoje não chove mais em Israel (1Rs 17.1).
2.1 Elias um profeta declarado
“Vive o Senhor Deus de Israel,
perante cuja a face estou...” (1Rs 17.1). No palácio, diante do rei e de todo
seu exército, esse homem aparece sem audiência prévia e diante do rei e todo o
seu exército, sem sequer hesitar pronuncia a sentença Divina: “nestes anos nem
orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra”. Elias está com o dedo
na face de Satanás, está pondo as coisas em pratos limpos, e desmascarando todo
um sistema de governo. Baal era a divindade da chuva, toda a colheita e
prosperidade eram atribuídas a ele. Dizer que não iria mais chover era
ridicularizá-lo diante de todos. Elias estava afirmando que a colheita iria
fracassar, o gado morreria, e a fome iria se espalhar. Ou seja, a festa acabou,
agora vocês vão ver quem está mandando! Elias estava anunciando publicamente a
falência de Baal (Ez 22.30).
2.2 Três anos de treinamento e
disciplina
Após tal sentença, o Senhor
resolveu esconder seu servo para treiná-lo no anonimato (1Rs 17.2-3). O Senhor
tinha coisas que queria tratar no profundo da alma de Elias, trabalhando
situações E EVITANDO QUE, UM Elias despreparado fosse destruído. Assim envia
Elias para o isolamento, onde ele não apenas seria protegido, mas equipado para
uma missão ainda maior. Elias obedece e sai de diante das luzes dos holofotes,
ele estava disposto a servir a Deus de maneira pública ou reservada, no palácio
ou no ribeiro. Essa é a escalada da vida profética: um dia no palácio, outro
dia no ribeiro, o pior é quando o ribeiro seca e nossos únicos amigos são os
corvos! Mas quando estivermos prontos Deus nos enviará e nos usará ainda mais
(1Rs 18.1).
2.3 O desafio e a resposta Divina
Finalmente, depois de três anos
de anonimato, Deus fala a Elias: “Vai, apresenta-te a Acabe” (1 Rs 18.1-2).
Elias confronta primeiro o povo para que tome uma posição, em seguida convoca
seus inimigos para um duelo onde o Deus que respondesse por fogo seria o “Deus
verdadeiro” (1 Rs 18.17-24). O povo de Israel já havia penetrado no campo
radical da idolatria, estavam divididos e indecisos. Elias fez tudo conforme a
revelação do Senhor, não fez um altar por conta própria (1 Rs 18.36). Elias
zombou deles, mostrou que para Deus nos ouvir não é preciso berrar, se cortar,
nem fazer malabarismo, é somente ter intimidade. Coisa que os profetas de Baal
e os sacerdotes de Asera não possuíam (1 Rs 18.37-39). A resposta à oração não
trouxe apenas fogo, ela trouxe de volta a Deus os corações das pessoas, e
livrou o país dos profetas de Baal.
3. A verdade por trás da batalha
Quando a situação da nação era de
declínio espiritual e o povo estava em cima do muro, Deus encontrou coragem em
um homem para confrontar o que era errado. Todavia, a verdadeira batalha não
era no campo físico, mas sim, no espiritual. Vejamos algumas lições
importantes:
3.1 Uma aliança demoníaca
A cegueira da nação e toda a sua
escravidão espiritual se iniciaram quando Acabe e Jezabel contraíram matrimônio.
Seja qual for a união que venhamos nos associar; deve ser muito bem pensada (2
Co 6.14-15). Depois tornamos algo legal no mundo espiritual, as consequências
podem ser fatais e não somente drásticas. Jezabel teve livre arbítrio para
matar os profetas de Deus, ela era legalmente uma autoridade (1 Rs 18.13). Ela
era a cabeça de Acabe, era feiticeira, e usou seu poder para amedrontar,
dominar, e surrupiar tanto a fé do povo quanto o lugar de adoração a Deus (1 Rs
16.30-33). Hoje muitos casamentos podem se tornar um inferno em vez de bênçãos,
muitas alianças podem matar em vez de dar a vida.
3.2 O duelo dos deuses
Elias chama toda a nação para
reparar não um altar de pedras, mas o altar da própria vida. O que faltava na
vida do povo era água (palavra), o povo não sabia mais discernir quem era Deus
e quem não era. O altar é o lugar onde sacrificamos o que temos de mais valioso
para nossas vidas, e o que mais valia nos dias de Elias era a água. De outro
modo, durante três anos houve seca, morte, e escassez de alimentos. E foi nesse
altar que se revelou o grande mistério da batalha. A água simbolizava Baal (o
deus da chuva), o fogo é um símbolo do próprio Deus. É comum a água apagar o
fogo, e nunca o fogo secar a água. O fogo “lamber” a água significa que Deus literalmente
engoliu a Baal, a verdade venceu a mentira, e só o Senhor é Deus. Oh
glória! (1 Rs 18.38-39).
3.3 Deus precisa de um homem na brecha
Jamais devemos subestimar o poder
de uma vida totalmente dedicada (At 20.24). Todo esse episódio gira em torno de
uma vida dedicada: a vida de Elias. Ele era apenas um homem, cercado e
suplantado em número por um rei ímpio, a ímpia e poderosa esposa do rei, 850
profetas e sacerdotes pagãos e me um incontável número de israelitas
descrentes. E todos eles foram silenciados e intimidados por aquele único homem
dedicado a Deus. Nada intimida aqueles que sabem que aquilo em que creem está
baseado no que Deus disse. Quando sabemos que estamos dentro da vontade de
Deus, somos invencíveis.
CONCLUSÃO
Assim como Deus fez através de
Elias, o Senhor Jesus confirmará sua Palavra dada a nós, mesmo que para isso
Ele mande fogo dos céus. Esse fogo será uma resposta não apenas para o seu povo
acuado, mas também aos seus inimigos, para que temam e se convertam de seus
pecados.
Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância,
Dicionário e Harpa - Editora Betel.
Revista: Milagres do Antigo
Testamento – Editora Betel - 4º Trimestre 2014
Questionário
1. O
que tornou legal o poder operante da idolatria em Israel?
2. Qual
o profeta que desafiou o rei Acabe?
3. Qual
a primeira coisa que Elias restaurou no Carmelo?
4. O
que provocou Elias com sua palavra diante do rei?
5. Quanto
tempo durou o anonimato de Elias?
Elias
e os Profetas de Baal
TEXTO
ÁUREO
"Então, Elias se chegou a todo o
povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus,
segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada" (1 Rs 18.21).
VERDADE
PRÁTICA
O confronto entre Elias e os profetas de
Baal marcou definitivamente a separação entre a verdadeira e a falsa adoração
em Israel.
HINOS SUGERIDOS 124, 342,
454
LEITURA DIÁRIA
|
|
Segunda – 2
Rs 1.2,3 Rejeitando os falsos deuses
|
S
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Terça – 1
Rs 18.19 Rejeitando os
falsos profetas
|
T
|
Quarta – 2
Rs 10.11 Rejeitando os
falsos sacerdotes
|
Q
|
Quinta – Êx
12.38 Rejeitando o
sincretismo religioso
|
Q
|
Sexta –1
Rs 18.21 Rejeitando a falsa
adoração
|
S
|
Sábado –1
Rs 18.24 Promovendo a
verdadeira adoração
|
S
|
1
Reis 18.36-40
INTERAÇÃO
Não são poucos os falsos profetas que
tentam atormentar a vida daqueles que servem a Jesus. O pior é que estes em
geral conhecem os sentimentos e as fragilidades espirituais dos que os ouvem,
e não perdem a oportunidade de lembrá-los de que tem autoridade para
determinar-lhes a "vontade divina". Prezado professor, não são
poucos os casos com que nos deparamos com esse tipo de pessoa, por isso,
oriente seus alunos quanto a esse perigo. Encoraje-os a não temerem os falsos
profetas. A ordem de Jesus para nós em relação a estes enganadores é:
"Acautelai-vos".
|
Após esta aula, o aluno deverá estar apto
a:
Destacar a importância de se confrontar os falsos deuses.
Explicar quais são os perigos de dar crédito aos falsos profetas.
Conscientizar-se da necessidade de confrontar a falsa adoração.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para concluir o terceiro
tópico da lição, reproduza o esquema abaixo de acordo com as suas
possibilidades. Explique aos alunos que a adoração vai muito além do culto
semanal. Ela é um estilo de vida. Não há como enganar a si mesmo vinte e
quatro horas por dia. Adoração verdadeira é fruto da sinceridade do coração.
Não há lugar para dissimulação, perversidade e mentiras. Mas sim para a
verdade, o amor e a voluntariedade. É tudo aquilo que revela a essência da
vida. Sejamos, pois, verdadeiros adoradores!
|
CARACTERÍSTICAS
DA ADORAÇÃO
|
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VERDADEIRA
|
FALSA
|
• Produz
verdade;
• Produz
sinceridade;
• Produz
sentimento nobre;
• Produz
arrependimento;
• Produz bom
caráter;
• Produz
entrega e voluntariedade.
|
• Produz
mentira;
• Produz
dissimulação;
• Produz
sentimento egoísta;
• Produz
espetáculo;
• Produz
um mau caráter;
• Produz
avareza e ganância..
|
INTRODUÇÃO
O confronto
de Elias com os profetas de Baal, conforme narrado no décimo oitavo capítulo do
livro de 1 Reis, foi um dos fatos
mais significativos da história bíblica.
Mais significativo ainda foi a vitória que o profeta de Tisbe obteve
sobre os falsos profetas: significou a continuidade da existência de Israel
como povo a quem Deus havia escolhido para cumprir seu propósito salvífico com
a humanidade. Nesta lição, estudaremos como o profeta Elias foi usado pelo
Senhor para confrontar os falsos profetas com seus falsos deuses, fazendo com
que o povo de Deus abandonasse a falsa adoração.
I.CONFRONTANDO OS FALSOS DEUSES
1. Conhecendo o falso deus Baal. Baal era uma divindade cananeia (1 Rs
16.31). Por diversas vezes fizemos referência a esse fato, mas aqui iremos
conhecer mais detalhadamente esse falso deus, e assim entender porque ele
causava tanto fascínio no mundo cananeu e também em Israel. A palavra Baal
significa proprietário, marido ou senhor. Os estudiosos observam que esse nome
traz esses significados para demonstrar que a divindade pagã exercia controle e
posse não somente sobre o lugar onde se encontrava, mas também sobre as
pessoas. Os profetas estavam conscientes de que não se podia admitir tal fato
entre o povo de Deus, e por isso levantaram suas vozes em protesto contra a
divindade pagã (1 Rs 21.25,26).
2. Identificando a falsa divindade Aserá.
A crença cananeia dizia que El seria o
deus principal, isto é, o pai dos outros deuses, e Aserá era a deusa-mãe. O
texto bíblico de 1 Reis 18.17-19, faz
referência a essas duas divindades. A palavra poste-ídolo neste texto é a
tradução do termo hebraico `ashera ou Aserá, e mantém o significado de bosque
para adoração de ídolos. Aserá, conhecida também como Astarote ou Astarte, era
uma deusa ligada à fertilidade humana e animal e também da colheita. No texto
bíblico observamos que ela exerceu uma influência grandemente negativa entre o
povo de Deus (Jz 2.13, 3.7; 1 Rs 11.33).
Assim entendemos o porquê da resistência profética a esse culto.
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
O livro do profeta Amós pode ser dividido
em duas partes principais: oráculos provenientes pela palavra (1-6) e pelas visões (7-9).
II.CONFRONTANDO OS FALSOS PROFETAS
1. Profetizavam sob encomenda. Os fatos ocorridos no reinado de Acabe vêm mais uma vez confirmar uma
verdade: nenhum sistema é profético, nenhum profeta pertence ao sistema. O
texto de 1 Reis 18.19 destaca essa verdade. Os profetas de Baal eram, de fato,
profetas, mas comiam da mesa de Jezabel. Eram profetas, mas possuíam seus
ministérios alugados para Acabe e sua esposa. Eles profetizavam o que o rei
queria ouvir, pois faziam parte do sistema estatal de governo. Nenhum homem de
Deus, nem tampouco a igreja, podem ficar comprometidos com qualquer esquema
religioso ou político. Se assim o fizerem, perdem suas vozes proféticas (1 Rs 22.13,14).
2. Eram mais numerosos. Acabe e sua esposa, Jezabel, haviam institucionalizado a idolatria no
reino do Norte. Baal e Aserá não eram apenas os deuses principais, mas também
os oficiais. O culto idólatra estava presente em toda a nação, de norte a sul e
de leste a oeste. Dessa forma, para manter a presença da religião pagã na mente
do povo, a casa real necessitava de um grande número de falsos profetas. O
texto sagrado por diversas vezes destaca esse fato (1
Rs 18.19). E Elias pôs isso em evidência na presença do povo (1 Rs 18.22). Não havia verdade, autenticidade
e tampouco qualidade no falso culto, mas apenas quantidade.
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
Os falsos profetas de Acabe eram mais
numerosos e profetizavam por encomenda.
III. CONFRONTANDO A FALSA ADORAÇÃO
1. Em que ela imita a verdadeira. O relato do capítulo 18 de 1
Reis revela que a adoração a Baal possuía rituais que tinham certa semelhança
com o ritual hebreu. Usavam altar, havia música, danças e também havia
sacrifícios. Elias, porém, sabia que aquela religião falsa, apesar de suas
crenças e rituais, jamais conseguiria produzir fogo (1 Rs 18.24). O teste seria, portanto, a produção de fogo!
Observamos que os profetas de Baal ficaram grande parte do dia tentando
produzir fogo e não conseguiram (1 Rs 18.26-29).
Uma das marcas do culto falso é exatamente a tentativa de copiar, ou
reproduzir, o verdadeiro. Encontramos ainda hoje dezenas de religiões e seitas
tentando produzir fogo santo e não logram qualquer êxito. Somente o verdadeiro
culto a Deus faz descer fogo do céu (1 Rs 18.38)
2. No que ela se diferencia da
verdadeira. A adoração verdadeira se diferencia da
falsa em vários aspectos. O relato do capítulo
18 de 1 Reis destaca alguns que consideramos essenciais. Em primeiro
lugar, a adoração verdadeira firma-se na revelação de Deus na história (1 Rs 18.36). Abraão, Isaque e Jacó, foram
pessoas reais assim como foram reais as ações de Deus em suas vidas. Em segundo
lugar, verdadeira adoração distingue-se também pela participação do adorador no
culto. Elias disse: "E que eu sou teu servo" (1 Rs 18.36). A Bíblia diz que Deus procura
adoradores (Jo 4.24). Israel havia
sido uma nação escolhida pelo Senhor (Êx 19.5).
Elias invocou, como servo pertencente a esse povo, os direitos da aliança. Em
terceiro lugar, ela diferencia-se pela Palavra de Deus, que é o instrumento
usado para concretizar os planos e propósitos de Deus (1 Rs 18.36).
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
A verdadeira adoração firma-se na
revelação de Deus na história.
IV. CONFRONTANDO O SINCRETISMO RELIGIOSO ESTATAL
1. O perigo do sincretismo religioso. O dicionário da língua portuguesa de Aurélio define o vocábulo
sincretismo como "a fusão de elementos culturais diferentes, ou até
antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais
originais". Essa definição ajusta-se bem ao culto judeu no reino do Norte
durante o governo de Acabe. A adoração verdadeira havia se misturado com a
falsa e o resultado não podia ser mais desastroso. Esse problema da
"mistura" do culto hebreu com outras crenças foi uma ameaça bem
presente ao longo da história de Israel (Êx
12.38; Ne 13.3). O
sincretismo religioso foi uma ameaça, ainda o é e sempre o será. A fé bíblica
não pode se misturar com outras crenças!
2. A resposta divina ao sincretismo. O texto sagrado diz que logo após o Senhor ter respondido com fogo a
oração de Elias (1 Rs 18.38), o
profeta de Tisbe deu instrução ao povo: "Lançai mão dos profetas de Baal,
que nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro
de Quisom e ali os matou" (1 Rs 18.40).
Parece uma decisão muito radical, mas não foi. O remédio para extirpar o mal
precisava ser tomado. A decisão de Elias não foi tomada por sua própria conta,
mas seguia a orientação divina dada pelo Senhor a Moisés. A lei deuteronômica
dizia que era necessário destruir todos aqueles que arrastassem o povo de Deus
para a idolatria (Dt 13.12-18; 20.12-13).
O Deus de Israel é rigorosamente
contrário a idolatria. Nele não há sincretismo religioso.
CONCLUSÃO
O desafio do profeta Elias contra os
profetas de Baal foi muito além de uma simples luta do bem contra o mal. Ele
serviu para demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e, portanto,
merecedor de toda adoração. Foi decisivo para fazer retroceder o coração do
povo até então dividido. Mostrou que o pecado deve ser tratado como pecado e
que a decisão de extirpá-lo deve ser tomada com firmeza. A luta contra a falsa
adoração continua ainda hoje por parte dos que desejam ser fiéis a Deus. Não há
como negar que ao nosso redor ecoam ainda os dons advindos de vários cultos
falsos, alguns deles travestidos da piedade cristã. Assim como Elias, uma
igreja triunfante deve levantar a sua voz a fim de que a verdadeira adoração
prevaleça.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsidio
Teológico
"O
fruto é discernido espiritualmente
Jesus deixa claro que devemos julgar os
profetas pelos seus frutos. Paulo e João também nos instruíram a 'provar' ou
'julgar' os profetas (1 Ts 5.21; 1 Jo 4.1; 1
Co 14.29). Este fruto não é distinguido pelos nossos cinco
sentidos naturais, nem é identificado de modo intelectual - deve ser
discernido espiritualmente. Paulo escreveu: 'Mas o que é espiritual discerne
bem tudo... comparando as coisas espirituais com as espirituais' (1 Co 2.15,13).
Quando nos arrependemos e limpamos os nossos corações de quaisquer motivos
ímpios e aceitamos a verdade de Deus, ficamos então em condição de sermos
suscetíveis ao direcionamento do Espírito Santo [...]Nos dias de Jesus
existiam ministros que 'exteriormente pareciam justos aos homens' (Mt 23.28). Mas interiormente eles estavam
cheios de hipocrisia e iniquidade. Sua aparência era enganadora até que os
verdadeiros motivos fossem expostos pela luz da Palavra viva de Deus. Jesus
comparou seus corações ao solo ruim que produzia frutos pecaminosos (Mt 13.1-23; 15.17-20)"
(BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando
através de outra pessoa. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.166).
|
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed (Eds.). Enciclopédia
Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo
Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 53, p.38.
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, quais as duas
divindades pagãs principais no reino do Norte?
R. El e Aserá.
2. Explique como alguém pode deixar de
ser uma voz profética.
R. Quando por conveniência adota as
mesmas práticas e atitudes do sistema vigente.
3. Como a verdadeira adoração se
diferencia da falsa?
R. A adoração verdadeira se firma na
revelação de Deus na história; na participação do adorador no culto; pela
Palavra de Deus.
4. Defina
"sincretismo".
R. Fusão de elementos culturais
diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis
alguns sinais originais
5.
Por que o desafio entre Elias e os profetas de Baal foi muito além de uma
guerra entre o bem e o mal?
R. Ele serviu para demonstrar quem de
fato era o Deus verdadeiro e merecedor de toda adoração.
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