23 de Novembro de 2014
TEXTO ÁUREO
"E o reino, e o domínio, e a majestade dos
reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu
reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe
obedecerão" (Dn 7.27).
VERDADE PRÁTICA
Enquanto os impérios humanos
caem, o Reino de Deus se expande através de Jesus Cristo.
|
|
Segunda - Hb 1.3 Jesus é rei eternamente
|
S
|
Terça - Dn 2.44 O reino do Messias será único e eterno
|
T
|
Quarta - Dn 7.14 O reino do Messias é invencível
|
Q
|
Quinta - Ap 19.15 Jesus, o Rei dos reis
|
Q
|
Sexta - Ap 20.4 O reino milenial de Cristo
|
S
|
Sábado - Mt 6.33; Mc 4.11; Mt
12.28 A realidade do Reino de Deus
|
S
|
Daniel 7.3-8,13,14
INTERAÇÃO
O texto bíblico que
vamos estudar é o capítulo sete de Daniel. Antes, prezado professor,
precisamos considerar algumas informações para obtermos êxito na preparação
da aula. O nosso estudo sobre o livro de Daniel trata de um capítulo inteiro,
por isso, você deverá fazer ao menos duas leituras ou mais, de preferência,
utilizando versões diferentes. Um dicionário bíblico e um bom comentário lhe
orientarão nos estudos. Muitas pessoas não compreendem o livro de Daniel por
acharem-na difícil. É verdade que a obra do profeta é complexa, mas,
igualmente, muito do que se diz ser complicado pode ser resolvido através de
uma leitura atenta com o auxílio de uma versão contemporânea. E com a ajuda
dos eruditos que, através dos dicionários e dos comentários bíblicos,
disponibilizaram uma vida inteira de estudo para nos auxiliar.
|
Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever e explicar a visão dos quatro animais.
Identificar o clímax da visão do profeta.
Compreender a volta de Jesus à luz do capitulo sete de Daniel.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Prezado professor,
no primeiro tópico da presente lição, os itens (1) e (2) estão estruturados
assim: (1) A Visão e (2) Interpretação. O primeiro item é a descrição pura e
simples da visão de Daniel de acordo com o texto bíblico. O segundo é a
interpretação, isto é, a explicação da visão.
Sugerimos que você
siga rigorosamente a leitura do texto bíblico de acordo com a estrutura da
lição. Em seguida, afirme aos alunos que o capítulo sete de Daniel retrata
uma grande parte da história antiga da civilização humana. A Palavra de Deus
já falara dos acontecimentos históricos antes mesmo de eles acontecer. Boa
aula!
|
Na lição desta semana, veremos uma mudança narrativa no capítulo sete
de Daniel. Agora estamos diante de uma série de quatro visões do profeta. É o
"apocalipse do Antigo Testamento" apresentando quatro impérios
simbolizados por quatro animais. A visão do capítulo dois foi dada a um rei
pagão, Nabucodonosor, enquanto que a do capítulo
sete, a um servo de Deus, o profeta Daniel.
Veremos que em Nabucodonosor, a visão revela o lado
político dos impérios apresentados como uma grande estátua. Em Daniel, através
dos quatro animais, ela revela o lado moral e espiritual desses impérios. Os
fatos são os mesmos, mas os objetivos das duas visões têm finalidades
distintas. No capítulo sete, Deus
revela a Daniel o fim dos quatro impérios e o surgimento do reino eterno do Messias
prometido.
1. A visão. Daniel recebeu a visão sobre os quatro animais no
primeiro ano do rei Belsazar da Babilônia. É importante lembrarmos, aqui, que
Belsazar não governou sozinho. Ele foi corregente com o seu pai, Nabonido.
Veremos agora a primeira parte da visão de Daniel (vv.1-3):
a) O "leão com asas de águia" (v.4). O versículo quatro descreve um animal semelhante ao
leão com asas de águia. Enquanto Daniel o contemplava, as asas do leão eram
arrancadas. Posteriormente, o animal foi erguido da terra, posto de pé como um
ser humano e, logo depois, ele recebeu um coração humano. O leão representava o
império da Babilônia.
b) O urso (v.5).
Daniel viu uma figura semelhante a um urso. Este fora erguido de um lado e tinha em sua boca
três costelas. A este animal as pessoas diziam: "Levanta-te, devora muita
carne". O urso simbolizava o império Medo-Persa.
c) O leopardo com quatro asas (v.6). Outro animal era uma figura semelhante ao leopardo.
Este possuía quatro cabeças e tinha quatro asas de aves em suas costas. Foi-lhe
dado domínio. O leopardo simbolizava o império da Grécia.
d) Uma aparência indescritível (vv.7,8). "Terrível, espantosa e extremamente
forte" era a figura do quarto animal. Ela tinha enormes dentes de ferro,
comia e triturava o que encontrasse pelo caminho. Em sua cabeça havia ainda dez
chifres. Enquanto Daniel prestava atenção nos dez chifres, um chifre pequeno
surgiu entre os dez; mas três dos primeiros dez chifres foram arrancados pela
raiz. No chifre pequeno havia também olhos como "olhos humanos" e uma
boca que proferia "palavras arrogantes". O animal, aqui descrito,
simbolizava o império romano.
2. A interpretação. O bloco dos versículos 9
a 14 revelam mais duas figuras: a do Ancião e a do Filho do Homem.
Após este bloco de versículos, Daniel passa a narrar a interpretação dos
animais dada a ele ainda na mesma visão (vv.15-27):
a) As figuras dos animais (15-18).
As figuras representadas pelo leão, urso, leopardo e o quarto animal,
significam quatro reis que se levantaram sobre a terra, isto é, o rei da
Babilônia, o rei Medo-Persa, o rei da Grécia e o rei de Roma (v.17).
b) A ênfase no quarto animal (vv.23-27). O quarto animal foi o que mais chamou a atenção do
profeta Daniel: "Então, tive desejo de conhecer a verdade a respeito do
quarto animal, que era diferente de todos os outros" (v.19). Daniel precedeu o tempo em que o
império romano se tornara uma superpotência. Roma foi o império mais devastador
da história do mundo. Era forte (ferro), pela sua força e eficácia
administrativa, mas frágil (barro), dada a grande corrupção que ajudou a
sepultar "um sonho chamado Roma".
c) Os dez chifres e o pequeno chifre. Os dez
chifres que saíam da cabeça do quarto animal prefiguravam dez reis advindos do
antigo império romano. Mas outro rei, representado pelo pequeno chifre, se
levantará após os dez reis e abaterá os três primeiros, arrancando-os tal como
descreve a visão. Este pequeno chifre é o Anticristo escatológico tipificado na
pessoa de Antíoco Epifânio, o qual estudaremos rapidamente na próxima lição e,
com maiores detalhes, na lição 12
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Em Daniel 7.1-8 o profeta
recebe visões sobre os quatro animais que simbolizavam os quatros grandes
impérios do mundo.
1. Tronos, "ancião de dias" e juízo divino
(vv.9-14). Entramos na segunda parte da visão de Daniel, que
trata do julgamento celeste. O versículo nove nos diz: "foram postos uns
tronos, e um ancião de dias se assentou" (v.9).
A figura de vários tronos tipifica um contexto de julgamento e justiça. A
profecia nos fala que o juiz do julgamento é o "ancião de dias", isto
é, Deus é retratado no livro tendo cabelos brancos e vestido de branco. É aquele
que Abraão reconheceu como o "Juiz de toda a terra" (Gn 18.25). O tribunal demonstrado no sétimo
capítulo de Daniel revela que Deus julgará "o pequeno chifre" e
decretará a sentença final contra o quarto animal (Roma) (vv.11,12).
Aqui está o ápice da visão de Daniel, ou seja, o Altíssimo julgando as
maldades, crueldades e perversidades das nações deste mundo!
2. O "Filho do Homem" (vv.13,14). A expressão "filho do homem" ou, de acordo
com os melhores manuscritos antigos, "filho de homem", aparece mais de
80 vezes no livro de Ezequiel. A fórmula é regularmente traduzida como
"homem" ou "ser humano", pois na Bíblia trata-se de
expressões sinônimas. Tanto em Daniel quanto em Ezequiel, "filho do
homem" refere-se a um ser humano distinto que recebe de Deus a soberania
celestial. Posteriormente, os santos apóstolos de Cristo identificaram
"filho do homem" com a pessoa de Jesus de Nazaré (Mt 24.27,30).
Em o Novo Testamento, Jesus introduziu o Reino de Deus no mundo como o próprio
verbo divino feito carne, a plena revelação de Deus ( Jo 1.1,14).
Foi-lhe dado um nome que é sobre todo o nome e todo o poder sobre a Terra (Fp 2.9-11). Jesus Cristo virá pela segunda vez
e instaurará o governo literal de Deus no mundo o reino milenar (Ap 20.2,6).
3. A Grande
Tribulação (vv.24,25). Segundo a visão conservadora-tradicional e
evangélica, estamos diante de um texto que aponta para um tempo de grande
sofrimento no mundo, especialmente em relação à nação de Israel. "O chifre
pequeno", advindo da região do quarto império, Roma, promoverá engano e
assombro no planeta. Na linguagem neotestamentária, ele é o
"Anticristo", o blasfemador de Deus e dos seus preceitos. Por
"um tempo, e tempos, e metade de um tempo", o "Anticristo"
terá autoridade no mundo. Esse período equivale a "três anos e meio",
ou "quarenta e dois meses" ou "mil e duzentos e sessenta
dias" (Dn 12.7; 9.27; Ap 12.14;
7.14). Ele compreende a metade dos
sete anos finais prescritos como a Grande Tribulação e o fim do "tempo dos
gentios". Nos primeiros "três anos e meio" o Anticristo fará
acordos com Israel, mas não os cumprirá. Este é o período de grande poder e
influência política desse líder mundial sobre o mundo e os judeus. Mas o
Messias o dominará e quebrará o seu reino de mentira. O Anticristo será condenado
e a plenitude do Reino de Deus será estabelecida para sempre!
SINOPSE DO TÓPICO (2)
O clímax da visão profética de Daniel marca o advento da grande
tribulação, do filho do homem e do juízo divino.
1. A visão (vv.13,14). Explicamos anteriormente a expressão "filho do
homem" e vimos que ela fora atribuída pelos apóstolos a Jesus Cristo. O versículo 13 de Daniel afirma que o
"filho do homem" voltará nas nuvens do céu. Este é o entendimento
remontado em Atos 1.9-11 quando da afirmação
dos santos anjos sobre a volta do Cristo de Deus: "E, quando dizia isto,
vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus
olhos. [...] [Os anjos] lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando
para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir
assim como para o céu o vistes ir". Da mesma forma o apóstolo João
escreveu no Apocalipse uma mensagem recebida do próprio Jesus: "Eis que
vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram" (Ap 1.7). O reino de Cristo será eterno, único
e jamais perecerá (v.14).
2. "Os santos do Altíssimo" (v.18). Para os primeiros leitores do livro de Daniel, a
expressão "os santos do Altíssimo" era identificada por eles como o
povo judeu que estava em cativeiro. Entretanto, de modo mais abrangente, e de
acordo com Apocalipse 7.9-17, e a
partir da revelação progressiva da Palavra de Deus ao longo da história
bíblica, esses grupos de mártires e santos são os crentes advindos da Grande
Tribulação, de todos os lugares, tribos e nações, que tiveram as suas roupas
lavadas no sangue do Cordeiro.
3. A destruição do Anticristo (vv.26,27).
Deus intervirá na
história dos judeus e trará juízo contra o Anticristo. Este será julgado e
condenado para sempre. A sua destruição dar-se-á quando do final do segundo
período de "três anos e meio" da Grande Tribulação. Mas a Igreja de
Cristo, lavada e remida no sangue do Cordeiro, não passará pela Grande
Tribulação. Antes de iniciar esse tempo de grande sofrimento, o Corpo de Cristo
será tirado do mundo para estar para sempre com o Senhor.
O profeta Daniel viu o dia em que virá o Messias e Ele julgará tanto os
grandes quanto os pequenos.
Lamentavelmente, devido à multiplicação da "doutrina" da
prosperidade, e de muitas igrejas e pregadores propalarem o "aqui e
agora", a profecia bíblica quanto ao futuro ficou de lado. Outros caem no
erro de ensinar que as profecias de Daniel e do Apocalipse são alegorias e
produtos de um tempo e de uma cultura sem conexão com a era atual. Estudemos a
Palavra de Deus para não nos acharmos soberbos, deleitosos e não sejamos, pois,
a Laodicéia contemporânea (Ap
3.14-22)!
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"As Quatro Bestas
Durante o primeiro ano do reinado de Belsazar, Deus revelou a Daniel
um outro resumo dos impérios mundiais que estavam por vir. Por meio de um
sonho e visões noturnas, Daniel viu o mar revolto (representando os povos da
terra). Dele, subiam quatro grandes animais 'diferentes uns dos outros' (7.2-3). Os animais eram um leão, um urso, um
leopardo e um outro não definido, que era 'terrível, espantoso e sobremodo
forte' (7.7). Sobrepondo-se à
profecia da estátua no sonho de Nabucodonosor, os animais representavam a
Babilônia (o leão); a Medo-Pérsia (o urso); a Grécia (o leopardo), com seus
quatro generais que dividiram o reino de Alexandre, o Grande, logo após sua
morte; Roma (o quarto animal)" (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,2004, p.177).
|
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
"O Filho do Homem
A Daniel foi concedida a visão celestial do Filho do Homem perante o
tremendo e resplandecente trono do Deus Todo-Poderoso, o Ancião de Dias (Dn 7.9-14). Durante suas palavras no
cenáculo, o Senhor Jesus disse a seus discípulos que Ele (o Filho do Homem)
retornaria ao seio de seu Pai celestial, que o enviara para morrer pela
humanidade (Jo 14.1-6,28; 16.28).
Na verdade, sua volta para a glória foi testemunhada por aqueles fiéis
discípulos. Os anjos lhe disseram: 'Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao
céu virá do modo como o vistes subir' (At 1.11).
Daniel pode ter testemunhado a ascensão do Senhor e sua entrada diante do
trono de Deus, depois de morrer pelos pecados da humanidade. Daniel viu:
'[...] eis que vinha com as nuvens do céu um como o filho do homem, e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele' (Dn 7.13). Tanto a divindade como a
humanidade de Cristo são vistas nas palavras que o identificam. Era o Filho
de Deus (Sl 2.7) e o Filho do Homem
que havia sido profetizado. Ser chamado de Filho do Homem mostra que Cristo
não era apenas uma divindade, mas também um ser humano.
Ao Filho do Homem, 'foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para
que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio
é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído' (Dn 7.14). Trata-se, na verdade, de um quinto
reino cuja duração será de mil anos na história da terra (Ap 20.4-9). Este reino, contudo, prosseguirá
pela eternidade com a Nova Jerusalém e novos céus e nova terra, onde a paz e
a justiça prevalecerão (Ap 21-22)"
(LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia
Popular de Profecia Bíblica.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.177).
|
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
GILBERTO, Antonio. Daniel & Apocalipse. Rio de Janeiro:
CPAD, 2006.
SAIBA MAIS
Revista
Ensinador Cristão CPAD
nº 60. p.39.
EXERCÍCIOS
1. Quais são os
animais que aparecem na visão de Daniel?
R. Um leão com
asas de águia; um urso com três costelas na boca; um leopardo com quatro
asas; um animal com uma aparência indescritível com dentes de ferro que comia
e triturava tudo o que via no caminho.
2. De acordo com o que você aprendeu na lição, dê a interpretação de
cada animal.
R. As figuras representadas
pelo leão, o urso, o leopardo e o quarto animal, significam quatro reis que
se levantaram sobre a terra, isto é, o rei da Babilônia, o rei Medo-Persa, o
rei da Grécia e o rei de Roma.
3. Explique o
significado dos dez chifres e o "pequeno chifre".
R. Os dez chifres
que saíam da cabeça do quarto animal prefiguravam dez reis advindos do antigo
império romano. O pequeno chifre é o Anticristo escatológico.
4. Explique o que significa a expressão "filho do homem".
R. A expressão
"filho do homem" refere-se a um ser humano distinto que recebe de
Deus a soberania celestial.
5. Como se dará a vinda do filho do homem?
R. O "filho
do homem" voltará nas nuvens do céu
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário