segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Lição 08 – Eliseu e o milagre da ressurreição.

LIÇÃO 08 – Eliseu e o milagre da ressurreição.
23 de novembro de 2014

TEXTO ÁUREO
“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” Hb 11.6

VERDADE APLICADA
É muito importante saber honrar as pessoas, principalmente, honrar aqueles que foram levantados por Deus para nos revelar Seu intento, Seu caminho e Sua vontade.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Ensinar sobre a sunamita e como seus atos de bondade redundou em bênçãos;
2. Falar sobre o encontro com o profeta e como a sunamita agiu diante da morte de seu filho;
3. Descrever o livramento e a restituição como frutos da bondade da sunamita.

Textos de referência
2Rs 4.16-21
16  E ele disse: A este tempo determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho. E disse ela: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva.
17  E concebeu a mulher e deu à luz um filho, no tal tempo determinado, segundo o tempo da vida que Eliseu lhe dissera.
18  E, crescendo o filho, sucedeu que, um dia, saiu para seu pai, que estava com os segadores.
19  E disse a seu pai: Ai! A minha cabeça! Ai! A minha cabeça! Então, disse a um moço: Leva-o a sua mãe.
20  E ele o tomou e o levou a sua mãe; e esteve sobre os seus joelhos até ao meio-dia e morreu.
21  E subiu ela e o deitou sobre a cama do homem de Deus; e fechou sobre ele a porta e saiu.

INTRODUÇÃO
A mulher de Suném que o texto se refere, era descendente dos filhos de Issacar, que segundo o registro do primeiro livro das Crônicas, eram aqueles que aconselhavam o reino e conheciam a ciência dos tempos (Js 19.17-18; 1Cr 12.32). Ou seja, o rei só se movia debaixo de seus conselhos.

1. A mulher de Suném
A versão espanhola (RV – Reina Valera) apresenta a sunamita como uma “mulher importante”. O termo “importante” significa: Pessoa com dignidade, que tem méritos; pessoa que tem uma formosa maneira de ser. Ela era uma mulher rica em todos os sentidos da palavra.

1.1  Uma mulher sensível e de fácil entendimento
Por dom natural, as mulheres são portadoras de uma sensibilidade muito preciosa. Sem que Eliseu dissesse uma palavra acerca de si, ela confidência com seu marido acerca do profeta dizendo: “Eis que tenho observado que este que sempre passa por nós é um santo homem de Deus” (2Rs 4.9). De uma só vez ela identificou o homem de Deus que o profeta servia e a qualidade de sua vida espiritual, Santo! Ela não discerne somente o ministério de Eliseu, mas discerne também o caráter, a autenticidade, e a identidade desse homem de Deus. Essa sábia mulher decide junto a seu esposo, construir um aposento para o homem de Deus, atitude que vai desencadear poderosas bênçãos sobre sua família, inclusive um filho que não podia ter (2Rs 4.10-14).

1.2  Um bom relacionamento produz bênçãos poderosas
Algo moveu o coração daquela mulher em relação ao profeta que passava a sua porta. Ela chama seu marido e diz: façamos-lhe, pois, um pequeno quarto (2Rs 4.10). Seu desejo em abençoar era a chave que abria a porta de seu futuro. Pois, o quarto que construiu para o profeta foi o local em que seu filho veio a ressuscitar. Pelo desempenho dessa mulher, seu marido certamente lhe confiava à administração das coisas do lar, e sabemos que existem mulheres muito sábias na administração, mulheres que são verdadeiras árvores frutíferas (Sl 128.3). Esse marido investia na esposa e lhe deu meios para realização da obra, não foi machista. Foi tão sábio quanto ela. Biblicamente, a mulher virtuosa, dada por Deus, é eficaz na administração do lar (Pv 31.10-31). Pois a mulher tem o poder de edificar ou derrubar. Porém, a sábia age como essa mulher, investe nas coisas santas e edifica seu lar (Pv 14.1).

1.3 É dando que se recebe
“Eis que tu nos tem tratado com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei ou o capitão do exército? (2 Rs 4.13). A bondade feita sem interesse sempre será recompensada pelo Senhor. Elizeu estava grato e desejou recompensar de algum modo aquela família. Geazi lhe informou que aquela bondosa família não possuía herdeiros (2 Rs 4.14). Ela era uma mulher habilidosa, rica, mas infeliz por ter um lado vazio e um marido já de idade avançada, uma mulher sem descendência, sem frutos, e sem sucessão. Mas sua bondade em trazer a presença de Deus para sua casa honrando o profeta, lhe abriu as portas dos milagres, e pôs para sempre um fim em sua esterilidade.

2. Eliseu e o filho da sunamita
A profecia de Eliseu se cumpriu no tempo determinado, o “tempo da vida” corresponde a nove meses, o tempo de uma gestação (2Rs 4.16a). Sua palavra foi tão poderosa que naquela mesma noite o homem se tornou fértil, e a mulher foi curada de sua esterilidade.

2.1 O menino adoece e morre
Todas as vezes que uma benção grande nos advém, podemos estar certos de que as forças opostas irão tentar nos desestabilizar e até roubar nosso benefício se não estivermos atentos. De forma repentina, o menino teve uma dor de cabeça e veio a falecer nos braços de sua mãe, que de forma surpreendente, não desperdiçou uma lágrima, o levou ao quarto que havia construído para o profeta, e foi até seu marido também sem esboçar nada do acontecido, dizendo estar tudo bem, e informando que ia encontrar o profeta (2 Rs 4.23). Devemos ressaltar a qualidade dessa mulher. Uma mulher determinada e equilibrada, que sabia resolver as crises do lar, e que também sabia como e a quem se dirigir nos momentos difíceis e trágicos da vida (Ef 6.10-13).

2.2 O encontro com o profeta
A sunamita sabia que o mesmo que se tornou fonte para sua alegria portava consigo uma palavra acompanhada de milagres. Ao chegar ao monte, ela não revelou o motivo de sua chegada Geazi e, cautelosa, busca apenas a orientação do homem de Deus. Essa mulher nos chama a atenção exatamente pela maneira como conduz as coisas (2 Rs 4.25-27). Ela é uma pessoa que não fica sofrendo pelos cantos, pedindo orações desesperadas a um e outro, mas usa o tempo e o modo de forma correta; buscando também as pessoas a quem deve se dirigir para a solução de seus problemas. Ela não fez alarde ao marido, não falou com a vizinhança, não andou chorando pelas ruas. Ela age discretamente, parece estar muito convicta do que faz (Pv 24.10).

2.3 Eliseu ressuscita o menino
Elizeu envia Geazi, mas existem coisas que somente nós mesmos podemos fazer. Enquanto Geazi sai para a frustrada missão, a sunamita usa diante de Elizeu uma linguagem profética (2 Rs 4.30) A palavra usada por ela é a mesma usada por Elizeu diante de Elias (2 Rs 2.4). Era como se lhe dissesse: “Eu sei as palavras que você disse a Elias quando desejou porção dobrada da unção. Se funcionou com você, vai funcionar comigo também. Eu não te deixarei, e assim como a bênção dele passou para sua vida, a sua bênção passará para mim. Sei que você é um portador de milagres e só saio daqui quando o meu acontecer. Lembra! Foi você quem começou a boa obra, agora termine de concluí-la. Após tal declaração Eliseu não teve outra alternativa, a não ser tomar uma atitude em relação ao seu caso e resolvê-lo.

3. Os frutos colhidos pela atuação da bondade
Ao acolher o profeta em sua casa, a mulher sunamita não somente teve o benefício de um filho e a experiência sobrenatural de um milagre, ela viu seu lar totalmente transformado. Agora, uma fome se estende pela terra, e ela é a única que é avisada. Vejamos mais esses frutos por ela colhidos.

3.1 O aviso e o livramento
Pessoas que sabem honrar sempre são honradas por Deus. Uma fome se estende por toda a cidade, mas só existe o registro de uma pessoa que foi avisada, a mulher de Suném (2Rs 8.1-2). É muito importante entender o que Elizeu diz. Ele está revelando a sunamita que Jeová era quem estava enviando a fome sobre a terá, e que durou sete anos (um tempo específico) aquela terra seria visitada pela escassez. No meio de toda aquela população somente esta mulher foi avisada. Eis a recompensa pelo que fez ao profeta. “...a terra passaria pela fome, mas ela e sua família não”. Pessoas conectadas com Deus sabem perfeitamente a origem dos eventos ocorridos na terra, e são preservadas pela retidão de seus corações (Ap 3.10).

3.2 Movendo-se no tempo certo
A sunamita saiu no tempo de Deus, e agora se move no mesmo tempo profético para voltar às suas terras. Como Issacar, ela se move com sabedoria, e a direção de Deus. O Senhor viu seu investimento na vida do profeta, e o milagrosamente cuidou de tudo o que possuía enquanto esteve ausente (Dt 6.25). Segundo a Lei judaica se uma pessoa se ausentasse de suas terras por sete anos, o estado deveria confiscar seus bens. Legalmente, ela havia perdido sua casa e suas terras. Porém, como ela siu no tempo e debaixo de uma revelação Divina, Deus cuidou de tudo o que lhe pertencia. Enquanto Geazi falava ao rei das proezas de Elizeu, a sunamita chega a sua presença e exatamente nesse momento é restituída.

3.3 A restituição de todas as perdas

Então o rei lhe deu um oficial, dizendo: “Faze-lhe restituir tudo quanto era seu, e todas as rendas das terras desde o dia em que deixou a terra até agora” (2 Rs 8.3-6). O rei aqui é um tipo de Cristo, aquele que nos restitui de todas asa coisas. Três coisas lhe foram devolvidas. A casa, suas terras, e todos os valores desses sete anos ausente. O Estado sabia tudo o que fora arrecadado durante esses sete anos de ausência, toda a quantidade de frutos produzida pela suas terras, toda a quantidade de azeite, de cereais, de vinho, e de tudo. Então o rei ordenou um oficial do palácio dizendo: “faça com que se devolvam a essa mulher todas as coisas que eram suas e todos os frutos de suas terras, desde o dia em que deixou o país até agora” (2 Rs 8.3-6; Jó 33.26; Tg 5.16).

Conclusão
O Senhor recompensou a obediência com a restituição de todos os bens. Seu único esforço foi sair e voltar no tempo certo, foi mover-se no tempo de Deus. Como seria sábio para algumas pessoas retornarem ao lugar da benção, da revelação, e do livramento!

Questionário

1    Quem eram os descendentes de Suném?
2      O que a mulher de Suném discerniu ao ver o profeta?
3      Quais as duas dificuldades da Sunamita?
4      Onde a sunamita pôs seu filho após morrer?
5      Cite as três coisas que foram devolvidas a sunamita.





Lição11- Os Milagres de Eliseu 
17 de Março de 2013

TEXTO ÁUREO


"Ora, o rei falava a Geazi, moço do homem de Deus, dizendo: Conta-me, peço-te, todas as grandes obras que Eliseu tem feito"
(2 Rs 8.4).

VERDADE PRÁTICA


Os milagres realizados por Eliseu não visaram à glorificação pessoal do profeta, mas demonstraram o amor e a graça de Deus.

HINOS SUGERIDOS 7, 510, 517

LEITURA DIÁRIA


Segunda - 2 Rs 4.43
A multiplicação dos pães
S
Terça - 2 Rs 7.1
Abundância de víveres
T
Quarta - 2 Rs 4.36,37
A ressurreição do filho da sunamita
Q
Quinta - 2 Rs 6.6
O machado flutuante
Q
Sexta - 2 Rs 2.21,22
As águas de Jericó
S
Sábado - 2 Rs 5.14
A cura de Naamã
S
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE



2 Reis 2.9-14

INTERAÇÃO


Professor, estudaremos nesta lição alguns dos milagres realizados pelo profeta Eliseu. Este abnegado servo de Deus foi um dos sete mil que não se dobraram diante de Baal. As intervenções sobrenaturais, realizadas por intermédio de Eliseu, são muitas, o que  torna impossível tratar de todas em uma única lição. Por isso, as narrativas de seus milagres foram divididas em quatro grupos, tornando o ensino mais didático: milagres de provisão, restituição, restauração e julgamento. Todas essas intervenções divinas  operadas por Eliseu demonstram o poder de Deus. Os milagres tinham como único propósito evidenciar a graça e a glória do Todo-Poderoso. A intenção não era jamais exaltar as virtudes do profeta.

OBJETIVOS



Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Elencar os milagres de Eliseu.


Entender o que motivou os milagres de Eliseu.


Compreender os propósitos dos milagres de Eliseu.



ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, reproduza o quadro abaixo de acordo com as suas possibilidades. Inicie a aula com as seguintes indagações: "Você acredita em milagres?" "Qual o verdadeiro objetivo de um milagre?" Ouça os alunos com atenção e diga que Deus não mudou. Ele continua operando milagres e maravilhas. Todavia, os milagres são para aqueles que creem. Quem tem um coração duvidoso jamais poderá experimentar dos milagres divinos. Para fortalecer a fé dos seus alunos conclua apresentando o quadro abaixo com os vários milagres realizados por Eliseu.

MILAGRES DE ELISEU
Milagres
Referência
Fatores
1. O rio Jordão é dividido
2 Reis 2.13,14
Água
2. A fonte purificada em Jericó
2 Reis 2.19-22
Água
3. O azeite da viúva é multiplicado
2 Reis 4.1-7
Azeite
4. Um menino morto e ressuscitado
2 Reis 4.18-37
A vida de uma criança
5. Um guisado envenenado é purificado
2 Reis 4.38-41
Farinha
6. A comida dos profetas é multiplicada
2 Reis 4.42-44
Pão e grãos
7. Naamã é curado da lepra
2 Reis 5.1-14
Água
8. Geazi torna-se leproso
2 Reis 5.15-27
Somente palavras
9. O ferro de um machado flutua
2 Reis 6.1-7
Água
10. O exército sírio torna-se cego
2 Reis 6.8-23
Oração de Eliseu

COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

Eliseu era um lavrador pertencente a uma família abastada de Israel, quando foi chamado a exercer o ministério profético (1 Rs 19.19-21). Sem dúvida, era um dos sete mil que não haviam se dobrado diante de Baal. E essa foi uma das razões pelas quais o Senhor o escolhera. As intervenções sobrenaturais, através de Eliseu, são impressionantes (1 Rs 19.16). Dividimos aqui as narrativas de seus milagres em quatro grupos. Nem todos os milagres operados por Eliseu serão estudados aqui, mas os que analisarmos servirão para ilustrar os propósitos divinos na vida de seu povo. .

I. OS MILAGRES DE PROVISÃO

1. A multiplicação dos pães. Esse é um milagre de provisão. Eram cem os discípulos dos profetas e só havia vinte pães para alimentá-los (2 Rs 4.42-44). A lei da procura era maior do que a da oferta! O que fazer diante da situação? O profeta Eliseu não olha às evidencias naturais, mas seguindo a direção de Deus, profetiza que todos comeriam e ainda sobrariam pães! Como? Não havia lógica nenhuma nessa predição.  Todavia, milagres não se explicam, aceitam-se pela fé! Muito tempo depois encontramos o Novo Testamento detalhando como Jesus Cristo operou um milagre com a mesma dinâmica, mas em maior proporção (Jo 6.9). Em ambas as histórias, a graça de Deus em prover o necessário para os carentes fica em evidência.
2. Abundância de víveres. Jorão, filho de Acabe, estava assentado no trono do reino do Norte e, a exemplo de Jeroboão, foi mau governante (2 Rs 3.1-3). A consequência de suas ações pecaminosas foi o cerco à cidade de Samaria promovida por Ben-Hadade II. Com a cidade sitiada, a consequência natural foi a escassez de alimentos. Vendia-se desde cabeça de jumento até mesmo esterco de pombo na tentativa de amenizar a fome. Pressionado pela crise, o rei procurou o profeta Eliseu e o responsabilizou pela tragédia. Sempre o Diabo querendo culpar Deus! Todavia, o Senhor demonstra, mais uma vez, a sua graça, e orienta Eliseu a profetizar o fim da fome! Como nos outros milagres, esse tem seu cumprimento de forma inteiramente sobrenatural e inexplicável.

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

Milagres não se explicam, aceitam-se pela fé! Aqueles que duvidam não recebem nada de Deus.

II.  OS MILAGRES DE RESTITUIÇÃO

1. A ressurreição do filho da sunamita. Mesmo havendo deixado o filho morto em casa, a rica mulher de Suném demonstra uma fé inabalável (2 Rs 4.18-37). Quando a caminho, e interrogada por Geazi, servo de Eliseu, sobre como iam as coisas, ela respondeu: "Tudo bem!" Nada está fora de controle quando Deus está no comando. A sequência da história mostra o profeta Eliseu orando ao Senhor sobre o corpo inerte do garoto (2 Rs 4.33,34). Os gestos do profeta parecem não ter sentido, mas sem dúvida refletem a orientação divina (2 Rs 4.34,35). O Senhor responde a oração do profeta e a vida volta novamente ao filho da sunamita (2 Rs 4.35-37).
2. O machado que flutuou. Um dos discípulos dos profetas perdera a ferramenta que tomara emprestada (2 Rs 6.1-7). Naqueles dias, os instrumentos de ferro eram escassos e valiosos. Daí o seu desespero. Duas coisas observamos nesse texto: primeiramente, a motivação do milagre que está bem expressa no lamento daquele que perdera o machado. O que nos faz lamentar? A nossa motivação está correta? Em segundo lugar, vemos o profeta procurando identificar o local onde a ferramenta havia caído. O Senhor está pronto a restituir o que perdemos, mas temos de ter consciência disso.

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

Nada está fora de controle quando Deus está no comando. Ele é soberano!

III. OS MILAGRES DE RESTAURAÇÃO

1. A cura de Naamã. Algumas coisas nos chamam a atenção no relato desse milagre (2 Rs 5.1-19). Em primeiro lugar, observamos que o general sírio fica indignado quando o profeta não age da forma que ele imaginou (2 Rs 5.11). Deus não faz shows, nem tampouco opera para satisfazer nossa curiosidade. Em segundo lugar, vemos que Deus não estava interessado na análise lógica de Naamã (2 Rs 5.11,12), mas apenas em sua obediência. Em terceiro lugar, Naamã recebe a cura quando desce ao Jordão (2 Rs 5.14). Ninguém será restaurado se não descer! Naamã desceu e foi curado. Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tg 4.6). Em quarto lugar, Naamã tentou recompensar o profeta pelo milagre recebido (2 Rs 5.15,16). Eliseu recusou! A graça não aceita pagamento por aquilo que faz.
2. As águas de Jericó. O texto de 2 Reis 2.19-22 narra o episódio das águas amargas de Jericó que se tornaram saudáveis através da ação de Eliseu. Aqui, o profeta pede um prato novo e, que neste, se coloque sal. Feito isso, ele profetiza que aquelas águas tornar-se-iam potáveis segundo a palavra do Senhor. Tais exigências possuíam um valor simbólico, pois o sal representa um elemento purificador (Lv 2.13; Mt 5.13). O prato novo simboliza um instrumento de dedicação especial ou exclusiva a Deus para aquele momento. Em todo caso, foi o poder de Deus que purificou as águas e não o poder desses objetos e ingredientes.

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

Deus não faz shows e não se agrada daqueles que se utilizam dos seus milagres para se promoverem.  O Senhor não  opera para satisfazer nossa curiosidade.

IV. OS MILAGRES DE JULGAMENTO

1. Maldição dos rapazinhos. Certa vez, uns jovens debocharam de Eliseu, dizendo-lhe: "Sobe, calvo, sobe, calvo"! Reagindo à situação, o profeta invoca o julgamento divino sobre os zombadores, amaldiçoando-os em nome do Senhor (2 Rs 2.23-25). O efeito foi devastador.  Apareceram duas ursas selvagens, que se investiram contra os rapazes, matando quarenta e dois deles. Não se pode brincar com as coisas sagradas e muito menos escarnecer dos servos de Deus.
2. A doença de Geazi. No relato de 2 Reis 5.20-27, observamos as razões pelas quais Geazi foi julgado. Ele supunha que a recusa de Eliseu em aceitar os presentes de Naamã era apenas uma questão pessoal do profeta (2 Rs 5.20). Por isso, resolveu tirar partido da situação. Usou o nome de Eliseu para validar sua cobiça, procurando tornar aceitável o que Deus havia abominado (2 Rs 5.22). Ele deveria saber que Deus não vende suas bênçãos, mas as dá gratuitamente. E, assim, o cobiçoso Geazi trocou o arrependimento pelo fingimento e ainda trocou a bênção pela maldição (2 Rs 5.25,27). Em consequência, teve de conviver com a lepra pelo resto da sua vida!

SINÓPSE DO TÓPICO (4)

Não se pode brincar com as coisas sagradas e muito menos escarnecer dos servos de Deus

CONCLUSÃO

Os milagres operados por Eliseu demonstram o poder divino. Todos tiveram um propósito específico: evidenciar a graça e a glória de Deus nas mais diferentes situações. Em nenhum momento, essas intervenções exaltam as virtudes do profeta.



AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI


Subsídio Bibliográfico
"Deus cura a lepra de Naamã
O poder divino, o qual se manifestou através da cura da lepra de Naamã, tinha o propósito de demonstrar que o Deus de Israel era maior que as divindades da Síria. O milagre aconteceu em benefício dos israelitas e também dos sírios. Os israelitas entenderam que Deus desejava fazer deles o seu instrumento para conquistar outros povos. Também está aqui evidente o ponto de vista profético de que o reino do Norte, assim como o de Judá, estava essencialmente relacionado com o cumprimento de Deus para seu povo.
O desespero de Naamã, causado pela impureza do rio Jordão, pode ter sido provocado em parte pela correta comparação que fez com os rios Abana e Farpar. Entretanto, a questão verdadeira era a sua má vontade em se humilhar adequadamente, e obedecer à ordem de Deus para obter a cura.
O registro da cura de Naamã representa um cativante relato da 'cura de leproso'. Existe aqui um retrato notável sobre: (1) A grandeza que não leva a coisa alguma - um grande homem... porém leproso; (2) O testemunho da fé de uma escrava; (3) Um pedido inesperado e humilde; (4) A obediência e a cura completa" (Comentário Bíblico Beacon. Vol 2. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 349).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII


Subsídio Bibliográfico
· "A fama de Eliseu (2 Rs 6.12)- Vários eventos claramente mostram que os milagres de Eliseu foram realizados com a intenção de produzir fé tanto fora como dentro dos limites de Israel. A cura de Naamã (2 Rs 5), a reputação conseguida expondo os planos dos sírios (2 Rs 6.12) e o livramento da unidade militar que veio para capturá-los (2 Rs 6.12,13) todos testemunham o poder de Deus. Sirvamos à igreja de Cristo. Porém, nunca percamos a visão daqueles fora de seus limites" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 247).
· Geazi é atacado de lepra (2 Rs 5.20-27) - Naamã havia oferecido um presente a Eliseu; porém, o profeta o recusou. No entanto, sua gratidão era tão grande que ele prontamente deu dois talentos de prata a Geazi supostamente para dois jovens profetas necessitados. Eliseu transferiu a lepra de Naamã para Geazi, não só porque ele havia mentido por razões pessoais, mas o que é ainda pior, seu interesse egoísta por dinheiro havia diminuído a eficiência do ministério de Eliseu para Deus. Esse incidente se apresenta como uma impressionante advertência a todos os servos do Senhor que colocam os interesses pessoais à frente da causa do Mestre" (Comentário Bíblico Beacon. Vol 2. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 350).

VOCABULÁRIO


Víveres: Gênero alimentício; comestíveis, mantimentos.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

SAIBA MAIS


Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 53, p.41.

EXERCÍCIOS


1. Quais milagres de provisão são listados na lição?
R. Multiplicação dos pães e abundância de víveres.

2. Que lição podemos aprender com o machado que flutuou?
R.  O Senhor está pronto a restituir ou restaurar quem perdeu alguma coisa, desde que se tome consciência disso.

3. Cite pelo menos duas lições extraídas da cura de Naamã.
R. Deus não opera milagres para satisfazer nossa curiosidade. Ele também resiste aos soberbos.

4. Como os rapazes zombaram do profeta?
R. "Sobe, calvo. Sobe, calvo".

5. Cite pelo menos duas razões pelas quais Geazi experimentou o juízo divino.
R. Geazi viu apenas uma ação humana quando deveria ver uma ação divina e também trocou a verdade pela mentira.






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