LIÇÃO 09 – O milagre da cura de Naamã.
30 de novembro de 2014
TEXTO ÁUREO
“E muitos leprosos havia em Israel no tempo
do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro” Lc 4.27
VERDADE APLICADA
Assim como um médico prescreve uma receita
para a cura de um paciente, o nosso Deus indica a maneira correta de
alcançarmos o sobrenatural em nossas vidas.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Especificar o tipo de lepra de Naamã, quem
era, e como foi influenciado a buscar a cura;
2. Revelar como foi o tratamento utilizado
por Deus para a quebra de seu orgulho;
3. Ensinar lições práticas acerca da cura de
Naamã.
Leituras complementares.
Segunda Jr 17.14
Terça Pv 16.18
Quarta Sl 119.37
Quinta Jr 18.6
Sexta Pv 28.13
Sábado 2 Rs 5.14.
Textos de referência
2Rs 5.1, 9, 10, 13.
1 Naamã,
o comandante do exército da Síria, era muito respeitado e estimado pelo rei do
seu país porque, por meio de Naamã, o SENHOR Deus tinha dado a vitória ao
exército dos sírios. Ele era um soldado valente, mas sofria de uma terrível
doença da pele.
9 Então
Naamã foi com os seus cavalos e carros e parou na porta da casa de Eliseu.
10 Eliseu
mandou que um empregado saísse e dissesse a ele que fosse se lavar sete vezes
no rio Jordão, pois assim ficaria completamente curado da sua doença.
13 Então
os seus empregados foram até o lugar onde ele estava e disseram: —Se o profeta
mandasse o senhor fazer alguma coisa difícil, por acaso, o senhor não faria?
Por que é que o senhor não pode ir se lavar, como ele disse, e ficar curado?
INTRODUÇÃO
A cura de Naamã apresenta inúmeras lições que
principiam no orgulho humano e se estendem até o profético. Todos os milagres
registrados têm um fundamento, eles não aconteceram de forma despropositada,
pois Deus jamais realiza algo sem propósito (Rm 15.4).
1. Naamã, o vencedor vencido
Deus usou muitos agentes para efetuar a
conversão de Naamã, de um homem orgulhoso e autossuficiente, em um homem
crente, humilde, e reverente (1Rs 5.15-18). A Bíblia o descreve como um homem
respeitado, homem pelo qual o Senhor dera livramento aos sírios (1Rs 5.1).
1.1 Campeão por fora, leproso por dentro
Naamã era um homem de poder, uma figura de
destaque na nação e temido pelos seus inimigos (2Rs 5.1). Só havia um problema:
era portador de lepra, uma doença incurável, que fazia desse grande vencedor um
homem derrotado. Naamã era um vencedor vencido por uma doença. Duas coisas nos
chamam atenção com respeito a Naamã: a primeira é que sua lepra não era igual a
que Deus emprega para disciplinar seu povo (Nm 12.9-15). Ou como a lepra que
conhecemos cientificamente, porque sua lepra não era daquele tipo que o
segregava da sociedade. Ele vivia em família, e com toda a sociedade; a segunda
é que Jesus afirmou que havia muitos leprosos em Israel, mas somente Naamã foi
curado, o que nos faz acreditar que Deus tinha um propósito especial na
realização desse milagre (Lc 4.27).
1.2 General, mas orientado por uma menina
anônima
A Bíblia nos mostra que havia em sua casa uma
menina sem nome, porém, muito importante em sua vida, a qual foi trazida cativa
da terra de Israel por suas tropas (2 Rs 5.2). Vendo seu estado e
preocupando-se com seu bem estar, a menina comunica a esposa do general que seu
marido poderia ser restaurado se estivesse diante do profeta que estava em
Samaria. A palavra dessa menina trouxe ânimo à sua esposa que, com entusiasmo,
lhe deu a notícia. Com as esperanças renovadas, Naamã fez saber a seu rei, o
qual escreve uma carta ao rei de Israe le entrega provisões a seu valoroso
general (2Rs 5.4-6). O que mais nos alegra é que a lepra de Naamã não tem força
sobre ela, mas sua compaixão é quem influencia a vida de Naamã. Não é
necessário termos nome ou fama para realizarmos algo grandioso (Is 53.2-4).
1.3 General, mas auxiliado por uma mulher
especial
Naamã era um homem bom, cercado de pessoas
que primavam por seu bem estar. Poderíamos afirmar que sua esposa era uma
mulher muito especial, como deve ser a vida de uma esposa que tem um marido
nessas condições? Esse tipo de doença cheira mal, e somente com uma gigantesca
paciência e um amor que excede aos limites de nosso tempo é que um
relacio0namento como esse perdura. O milagre do corpo de Naamã é poderoso, mas
o de seu casamento é de surpreender. Por muito menos que isso os casamentos de
hoje se dissolvem. Essa mulher tem uma forte lição para os matrimônios de
nossos dias, pois, por simples vaidade, as pessoas abandonam tanto o juramento
quanto a benção dada por Deus.
2. Naamã e o profeta Eliseu
O último agente usado por Deus para a cura de
Naamã foi o profeta Eliseu, que tanto ignorou sua presença quanto seus
presentes. Eliseu resolveu o problema com uma receita: sete mergulhos para
quebrar o orgulho.
2.1 A comitiva e a decepção
Naamã era um homem orgulhoso como mostram
estas observações: 1) ele veio à casa de Eliseu esperando ser recebido com toda
pompa compatível com sua posição (2Rs 5.9);2) “a ter comigo” é uma posição
enfática significando “a uma pessoa como eu” (2Rs 5.11); 3) “certamente” (ARC,
BJ; NVI, “eu estava certo de que ele sairia”) uma tradução do infinitivo
absoluto hebraico “sairia” também enfatiza O FATO DE QUE Naamã considerava
dever de Elizeu ir até ele, por lhe ser socialmente inferior; 4) sua recusa em
executar o plano diferente do que ele idealizara (2Rs 5.11-12). A maior
decepção de Naamã foi receber apenas a receita para a cura, pois o profeta
sequer o recebeu.
2.2 Tratamento de choque no orgulho
“Não são porventura Abana e Farpar, rios de
Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar
neles, e ficar purificado? E voltou-se, e se foi com indignação” (2Rs 5.12). Ao
dirigir-se ao profeta Elizeu, Naamã trouxe ouro e prata, símbolos de sua
riqueza pessoal; dez mudas de vestes festivais caríssimas, símbolos de seu fino
gosto; uma carta de recomendação do rei da Síria, símbolo do seu prestígio.
Naamã pensava que Elizeu se comoveria com sua apresentação. Porém, o que mais
chamou atenção do profeta foram seu orgulho e sua altivez. O orgulho de Naamã
ofuscou sua doença, e o Jordão, embora fosse uma afronta era o lugar do seu
milagre. Toda humilhação Divina culmina em grande exaltação (Pv 18.12).
2.3 Ele desceu (2Rs 5.14)
A imposição Divina de humilhar Naamã tinha um
propósito definido: revelar-se a ele. A cura alcançada por Naamã restaurou
tanto seu corpo físico quanto sua alma orgulhosa. O texto é claro quando diz:
“ele desceu, mergulhou” (2Rs 5.14). Até que ponto ele desceu? Teve que se
despir e mostrar a todos quem realmente era. Esse é o clássico exemplo de uma
genuína conversão, despir-se publicamente, crendo que a remissão está na
palavra de salvação. Quando desceu, seu orgulho deu lugar a humildade, mas
quando mergulhou, sua visão acerca das coisas espirituais foi totalmente
aberta, ele descobriu que havia um Deus verdadeiro em todo o mundo, o Deus de
Israel.
3. As lições da cura de Naamã
Naamã provou sua fé por seu trabalho; ele
creu na Palavra e agiu de acordo com ela. Apresentava-se diante de Eliseu um
novo homem não mais leproso. Agora, um homem restaurado, humilde, com fé no
verdadeiro Deus e acima de tudo agradecido (2Rs 5.15).
3.1 Chegou um general, retornou um servo
“E disse Naamã: Se não queres, dê-se a este
teu servo uma carga terra que baste para carregar duas mulas; porque nunca mais
oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao
Senhor (2Rs 5.17). Naamã deu testemunho público do poder do Senhor e de que Ele
é o único Deus verdadeiro. É impressionante como Ele mesmo se apresentou: “este
teu servo”. Naamã não somente deixou sua lepra no Jordão, deixou também seu
orgulho e sua altivez. Naamã sempre fez parte da nobreza, mas aprendeu com o
profeta de Israel que a cura da alma habita nos lugares mais simples e menos
desejados como o Jordão. Um mergulho como esse faria bem a muitas pessoas em
nossos dias.
3.2 Um grande ministério não pode ser
comprado
A atitude honesta do uso dos dons fez com que
a palavra de Eliseu fosse autenticada por Deus. Precisamos ter em mente que o
Senhor não mandou Elizeu profetizar nada para Naamã, grande parte de suas
predições foram sempre assim, endossadas pelo senhor (2 Rs 2.20-22; 6.6-7;
6.18; 7.18). Trezentos e cinquenta quilos de prata, setenta e dois quilos de
ouro, e dez vestes festivas coloridas (somente os ricos possuíam), sequer
balançaram o profeta. Eliseu era um homem conectado, inviolável, e que jamais
seria capaz de negociar seu ministério ou a benção de deus. Eliseu nos ensina
que “unção” representa o selo de uma autoridade, e que homens de Deus devem ser
incorruptíveis, não misturando o santo com o profano (Fp 2.15).
3.3 Deus cura quem ele quer
“E muitos leprosos havia em Israel no tempo
do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro” (Lc
4.27). Sabemos que o nosso Deus é o Deus das coisas impossíveis, mas não
podemos esquecer que seus milagres têm sempre uma finalidade. O foco da cura de
Naamã estava não somente na quebra de seu orgulho, mas em como sua conversão se
tornou notória a todos. Jesus disse que havia muitos leprosos, mas somente
Naamã foi curado. Isto nos leva a valorizar o privilégio da escolha divina, a
valorizar tudo aquilo que o Senhor faz em nosso favor. Quantos já desceram a
sepultura? Quantos estão perdidos e sequer sabem o que é sentir o gozo do
Espírito Santo? Por isso, Naamã estava grato, ele sentiu a graça sobre si.
CONCLUSÃO
A arrogância pode nos fazer enxergar apenas
aquilo que nos convém, é nessa hora que precisamos de um Jordão, um lugar onde
realmente não desejamos mergulhar, mas de vital importância para nos purificar.
O importante é que mesmo não querendo, Naamã optou por obedecer, e essa
obediência lhe conferiu o milagre mais precioso de sua vida, a cura de seu
corpo e a redenção de sua alma.
Questionário
1.
Como a Bíblia descreve Naamã?
2.
Qual
a doença de Naamã?
3.
Qual
profeta Naamã se dirigiu para ser curado?
4.
Cite
três agentes usados no processo de cura de Naamã.
5.
O
que representou para Naamã descer e mergulhar?
Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e
Harpa - Editora Betel.
Revista: Milagres do Antigo Testamento –
Editora Betel - 4º Trimestre 2014
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