segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Lição 6 – A queda do império Babilônico

Lição 6 – A queda do império Babilônico
9 de Novembro de 2014

TEXTO ÁUREO

"E te levantaste contra o Senhor do céu, [...] além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de cobre, de ferro, de madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste"  (Dn 5.23).

VERDADE PRÁTICA

Se nos rebelarmos contra o Soberano e Santo Deus, Ele nos abaterá.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Sl 2.1-4; Is 44.23-28   Deus frustra os maus intentos
S
Terça  - Êx 34.5-7; Na 1.3    Deus é paciente e tardio em irar-se
T
Quarta - Nm 14.18-20    Deus não tem ao culpado por inocente
Q
Quinta - Gl 6.7     De Deus não se zomba
Q
Sexta - Is 42.8     Deus não dá a sua glória a outrem
S
Sábado - 1 Cr 29.10-14    Deus é Senhor sobre reis e nações
S

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Dn 5.1,2,22-30

INTERAÇÃO


Na lição de hoje estudaremos a respeito de um fato ocorrido durante o reinado de Belsazar. Este rei, tomado pelo vinho, decide zombar de Deus, utilizando os utensílios sagrados do Templo em um banquete. O Altíssimo não tolera escárnio. Naquela mesma noite o juízo de Deus foi visto por todos. Uma mão misteriosa escreveu uma sentença nas paredes do palácio. O rei aterrorizado quer saber a interpretação e mais uma vez o profeta Daniel entra em cena para desvendar os mistérios divinos. Deus revela os seus segredos aos seus profetas (Am 3.7). Naquela mesma noite, o rei foi morto e os persas passaram a dominar a cidade. Que venhamos realizar a obra de Deus com temor e reverência, pois um dia também seremos julgados pelo nosso Senhor.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber  a respeito do festim profano de Belsazar.
Compreender que o juízo de Deus é irrevogável.
Analisar a sentença contra Belsazar e a queda da Babilônia


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, converse com seus alunos explicando que Belsazar utilizou os utensílios do Templo em seu banquete e Deus condenou tal atitude. Em segui- da faça a seguinte indagação: "É licito utilizar aquilo que foi dedicado a Deus, como o edifício da igreja, para qualquer fim?" Ouça os seus alunos com atenção. Incentive a participação de todos. Leia Ezequiel 44.23. Conclua enfatizando que precisamos distinguir o que é santo do que é profano. Explique que não podemos utilizar as dependências da igreja ou os objetos consagrados ao Senhor, como instrumentos musicais, para outros fins. Precisamos ser cuidadosos com o que pertence ao Todo-Poderoso

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A lição desta semana mostra mais uma vez a soberania divina. Após a morte de Nabucodonosor, em 562 a.C., Evil Merodaque, o seu filho, sucedeu-o ao trono babilônico. Entretanto, dois anos depois, Evil Merodaque foi assassinado pelo seu cunhado, Neriglissar. Mas quem assumiu o trono foi Nabonido, o genro de Nabucodonosor. Nabonido era o pai de Belsazar, o qual se tornou corregente com o seu pai, três anos mais tarde. Cruel, devasso e profanador do sagrado são adjetivos, ainda leves, para qualificar a Belsazar. Foi numa noite de festa, regada a muito vinho e prostituição, que o rei Belsazar viu o reino escapar da sua mão e teve sua morte decretada. O reino babilônico daria lugar ao Medo-Persa, representado pelo peito e braços de prata da estátua sonhada por Nabucodonosor.

I. O FESTIM PROFANO DE BELSAZAR

1. A zombaria de Belsazar (Dn 5.1-4). O rei Belsazar deu um grande banquete para os maiorais do seu reino. A festa ocorreu no palácio babilônico, mas ele não demonstrou nenhum escrúpulo com a religião alheia, o Judaísmo. Embriagado, o rei mandou vir os utensílios sagrados do Templo de Jerusalém, trazidos como espólio de guerra por seu avô, Nabucodonosor, para serem usados no banquete por ele oferecido. Homens corruptos e prostitutas profanariam o sagrado. Uma orgia com o que era santo! Belsazar foi longe demais, pois para satisfazer os seus instintos baixos, frívolos e profanos, escarneceu do Deus de Israel e do seu povo.
2. A insensatez e a crueldade do autocrata Belsazar. Segundo os historiadores, enquanto o pai de Belsazar, Nabonido, estava no campo de batalha para defender os interesses do reino, ele, Belsazar, divertia-se com mulheres e amigos para satisfazer as suas paixões. O festim de Belsazar era incompatível com o período de enfraquecimento do império da Babilônia. Habituado a ter tudo ao seu alcance, o rei não hesitava em fazer sua vontade prevalecer, tanto para matar os seus oponentes quanto para se cercar de pessoas de sua estirpe. Belsazar era um homem cruel!
3. Uma  festa profana. A despeito da grandeza e da opulência imperial, a festa oferecida por Belsazar e dedicada aos maiorais do reino, era um festejo degenerado, pois ia desde as bebedeiras às orgias com homens e mulheres. Onde a luxúria, a riqueza e a ostentação predominam, há prazeres pervertidos e maldades. Assim foi aquela festa dedicada aos deuses babilônicos! Havia, a partir do palácio, uma forte influência dos demônios, o que confirma o que disse Paulo aos crentes coríntios (1 Co 10.20).

SINOPSE DO TÓPICO (1)

Belsazar não temia ao Senhor, por isso utilizou os objetos sagrados do Templo em sua festa profana

II. O IRREVOGÁVEL JUÍZO DE DEUS

1. O dedo de Deus escreve na parede (Dn 5.5). A resposta divina foi imediata: Deus interferiu naquela festa escrevendo sua sentença na parede do salão, diante dos olhos de Belsazar e de todos os seus convivas. Ali, o barulho das taças e dos jarros de vinhos, bem como a "alegria" de outrora, cessaram. De modo assombroso e assustador estava escrito a sentença contra o rei Belsazar e o seu reino. Aquela visão demonstrava o fruto do desprezo do rei babilônico ao Deus de Israel: o Reino da Babilônia foi rasgado. Fez-se um silêncio sepulcral no recinto!
2.  A  rainha  lembrou-se   do profeta Daniel (Dn 5.6-12). A mensagem na parede estava numa linguagem ininteligível (v.7). No primeiro momento, ninguém compreendia o que estava escrito. Belsazar convocou todos os sábios para decifrar o "enigma". Entretanto, eles foram incapazes de fazê-lo.
Quando ouviu as palavras do rei e percebendo um movimento diferente no palácio, a rainha, filha de Nabucodonosor, mãe  do  rei  B elsazar, entrou na presença do seu filho para saber o que acontecera. Após inteirar-se do assunto, a rainha lembrou-se de Daniel, um homem de confiança tanto do seu pai quanto do seu marido. Ele podia interpretar a mensagem que o rei vira. Mas Daniel não estava no palácio.
3. Daniel entra na presença de Belsazar (Dn 5.13). Belsazar não via a Daniel como servo do Deus Altíssimo, mas apenas como um dos sábios do palácio. A mãe de Belsazar, contrariamente, o conhecia e tinha certeza que Daniel era uma pessoa diferente e o seu Deus, poderoso. Ela mesma havia testemunhado as proezas do Deus de Israel em outras ocasiões da história daquele reino.
Daniel era um homem que não fazia concessões a sua fé. Ele entrou na presença do rei e após lhe oferecerem presentes, o profeta rejeitou-os diante do imperador (Dn 5.17).

SINOPSE DO TÓPICO (2)

O juízo de Deus contra o profano rei Belsazar era irrevogável e se cumpriu naquela mesma noite

III. A SENTENÇA CONTRA BELSAZAR E A QUEDA DE BABILÔNIA (5.22-28)

1. Os sábios não decifraram  as  palavras escritas na parede (5.15).  A mensagem era curta e objetiva, mas as palavras eram desconhecidas dos sábios do palácio e eles não puderam decifrá-la .  Por isso Daniel é chamado, não pelo rei Belsazar, mas por indicação de sua mãe, para desvendar-lhe o mistério. O profeta Daniel tinha o Espírito Santo em sua vida, por isso, Deus o revelou o significado daquelas palavras (Dn 5.10-12).
2.  As  quatro  palavras "misteriosas" (Dn 5.25). As palavras escritas na parede não foram interpretadas pelos sábios do império. Estes não achavam o sentido delas. Porém, sem medo e seguro, Daniel as interpretou. As duas primeiras palavras estavam repetidas - MENE, MENE - e significavam "contar ou contado". A palavra TEQUEL tinha o sentido de "pesado". A última palavra, PARSIM, significava "dividido" (Dn 5.25). Para interpretar a mensagem Daniel usou o termo " PERES", palavra correlata de PARSIM. O sentido daquela é o mesmo desta.
Então, dos versículos 26 ao 28, o profeta explicou cada uma das palavras: "Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas".
3. O fim repentino do império  babilônico (vv.30,31). Naquela noite fatídica Deus demonstrou a sua soberania sobre os reis da Terra. Ele é o Todo-Poderoso e tem o cetro do governo do mundo em suas mãos. Nada escapa aos seus olhos. Tão logo foi dada a interpretação da mensagem e as honrarias feitas a Daniel para ser o terceiro homem do império, o rei Belsazar foi morto e o exército de Dario entrou na cidade da Babilônia. Os medos e os persas passariam a reinar no lugar do império da Babilônia.
No capítulo cinco de Daniel, aprendemos a lição de que não podemos nos fechar em nós mesmos. Deus não suporta uma vida de egoísmo, soberba e perversidade. Não podemos profanar aquilo que o nosso Pai consagrou como santo. Não sejamos profanos. Santifiquemo-nos a Deus com as nossas vidas.

SINOPSE DO TÓPICO (3)

Deus é o justo juiz, Ele não aceita escárnio ou zombaria de homem algum.

CONCLUSÃO

A opulência da Babilônia, a crueldade de Belsazar e as orgias do reino tipificam uma vida tremendamente fechada em si mesma. A intervenção de Deus em meio aquela festa profana demonstra que Ele não admite a soberba e o egoísmo. O Pai Celestial, em Jesus Cristo, julgará a todos os que se mostram soberbos e arrogantes. A queda do império babilônico é uma lição para todos nós. Um dia, quando da segunda vinda gloriosa de Jesus, todos os povos serão julgados pelo nosso Senhor.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI


Subsídio Bibliológico
"A escritura  (5.25)
Não existem vogais na forma escrita da família de línguas às quais pertencem o hebraico e o aramaico. O manuscrito pode muito bem ter sido grafado como a 'mina', o 'siclo' e o 'peres' (meio siclo). Esta ordem é de valor decrescente, de acordo com a expressão monetária. Conquanto possa representar uma desvalorização progressiva do reino, certa feita liderado por Nabucodonosor, sua interpretação permanece um mistério. Daniel acrescenta vogais diferentes para que se possa  ler 'numerado, numerado, pesado, dividido'. Ainda assim, não tem significado algum até que os atos de Belsazar fossem explicados, cuidadosamente numerados, pesados e considerados insuficientes por Daniel. Seu reino estava prestes a ser dividido e dominado. Deus enumera e pesa os atos de todos os homens e mulheres. Que não nos encontremos em falta" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.517).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII


Subsídio Bibliológico
"Segurança falsa
O rei festejava com 'os seus grandes', pois todos supunham estarem protegidos pelas muralhas maciças. O que não podiam imaginar é que as forças persas haviam mudado o curso do rio que atravessava a cidade. Com a queda do nível de água, o inimigo simplesmente caminhou ao longo da cabeceira do rio, por baixo das grades de proteção, e surpreendeu os babilônios no interior da cidade.
Devido à vastidão do lugar, mesmo muito tempo depois que as áreas periféricas haviam sido tomadas, os habitantes ainda continuavam a ignorar o que vinha ocorrendo, pois, como estavam envolvidos na festa, continuaram dançando e se divertindo até que, finalmente tomaram conhecimento do ocorrido. Que semelhança entre tanta gente da atualidade, que se sente segura por trás dos muros da riqueza ou da posição social, jamais imaginando que a ruína está tão perto, até que seja tarde demais" (RICHARDS, Lawrence O. Guia  do  Leitor da  Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1. ed. Rio de  Janeiro: CPAD, 2005, p.517).


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

ZUCK, Roy B (Ed). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular  de Profecia Bíblica. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.


SAIBA MAIS

Revista Ensinador Cristão CPAD
nº 60. p.38

EXERCÍCIOS


1. O que o rei Belsazar mandou trazer para usar no banquete oferecido por ele?
R. Mandou trazer os utensílios sagrados do Templo.

2. Que tipo de festejo era o banquete oferecido por Belsazar?
R. Era um festejo degenerado, profano.

3. Belsazar via a Daniel como um servo de Deus?
R.  Belsazar não via a Daniel como servo do Deus Altíssimo, mas apenas como um dos sábios do palácio.

4. Quais os significados das palavras MENE, TEQUEL e PARSIM?
R. MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas.

5. O que aprendemos com o capítulo cinco de Daniel?
R. No capítulo cinco de Daniel, aprendemos a lição de que não podemos nos fechar em nós mesmos. Deus não suporta uma vida de egoísmo, soberba e perversidade. Não podemos profanar aquilo que o nosso Pai consagrou como santo.


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