domingo, 23 de novembro de 2014

Lição 9 O prenúncio do tempo do fim.

Lição 9 O prenúncio do tempo do fim.
30 de novembro de 2014


TEXTO ÁUREO

"E disse: Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; porque ela se exercerá no determinado tempo do fim"  (Dn 8.19).


VERDADE PRÁTICA

O tempo do fim não é o fim do mundo, mas o tempo de tratamento de Deus com o povo de Israel, prenunciando a vinda de Cristo.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Tt 2.13    O aparecimento do grande Deus
S
Terça  - Dn 7.13    Cristo vindo em glória nas nuvens
T
Quarta - Mc 13.26    Cristo vindo com grande poder
Q
Quinta - Mt 25.31,32     Jesus vindo em glória para julgar as nações
Q
Sexta - At 1.10,11       Os anjos afirmam que Jesus voltará
S
Sábado - Mt 16.27    Jesus vindo para julgar a cada um
S


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Daniel 8.1,3-11

INTERAÇÃO

"O tempo do fim." Há pessoas que têm arrepios quando ouvem tal expressão. Mas esta nada tem com o fim do mundo. Todavia, parece que o tema escatológico do fim do mundo mexe com os sentimentos das pessoas. Não por acaso, a indústria cinematográfica americana tem investido bilhões de dólares acerca destes temários. No meio evangélico não é diferente, pois não poucos autores e cineastas têm assustado pessoas fazendo com que as profecias pareçam um filme de Hollywood. Quando ensinamos o oitavo capítulo do livro de Daniel, a nossa perspectiva de ensino não pode ser a do terror, mas a da esperança. Apresentando aos nossos alunos o triunfo do Reino de Deus mediante o contexto profético apresentado no capítulo em estudo.

OBJETIVOS

Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer os símbolos proféticos do carneiro e do bode.
Identificar a visão do chifre pequeno.
Compreender o período do tempo do fim


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, após lecionar o primeiro tópico da lição, sugerimos que reproduza o esquema da baixo. A ideia é reforçar o aprendizado dos alunos. De acordo com o esquema elaborado e objetivando a assimilação das informações pelos alunos, é salutar ao professor acrescentar ao esquema proposto figuras do bode, do carneiro e dos impérios medo-persa e grego - as imagens podem ser identificadas na internet ou adquiridas nas lojas da CPAD. A exposição oral do assunto conjugado ao esquema e as figuras dos animais farão com que os alunos tenham sucesso no processo ensino-aprendizagem. Boa aula!

O CARNEIRO
OS CHIFRES DO CARNEIRO
O BODE
E O GRANDE CHIFRE
O  significado do  carneiro é  o  advento  do  império medo-persa
Eram dois os chifres do carneiro: o maior e o menor. O maior referia-se a Ciro, o persa; o menor, Dario da Média
A figura do bode representava o império grego. E o chifre, o imperador Alexandre.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

No capítulo sete, Daniel tem a visão dos quatro animais, cada um destes representando um império mundial. No capítulo oito, que estudaremos nesta lição, o profeta tem sua segunda visão. Ele viu um carneiro lutando contra um bode. Na verdade, este capítulo repete muito da predição do capítulo dois, e especialmente do capítulo sete. Todavia, o capítulo oito acrescenta detalhes importantíssimos quanto aos períodos medo-persa e grego.

I. - A VISÃO  DO CARNEIRO E DO BODE  (Dn 8.3-5)

1. A visão do carneiro (Dn 8.3,4,20). Esse carneiro simbolizava o império medo-persa (v.20). Segundo os historiadores, no caso dos persas, os seus reis sempre levavam como emblema uma cabeça de carneiro em ouro sobre a cabeça, principalmente quando passavam em revista os seus exércitos. De acordo com a história, os medos haviam prevalecido na guerra com a Babilônia. Dario foi o primeiro governante da união entre a Média e a Pérsia. Porém, logo os persas prevaleceram em força e Ciro tornou-se o rei do império.
O carneiro identificado como o império medo-persa venceu e derrotou o império babilônico quando Belsazar estava no poder. No mesmo dia em que Belsazar zombou de Deus ao utilizar os utensílios sagrados do templo de Jerusalém, ele caiu nas mãos dos medo-persas. Nota-se que há uma repetição do predito na visão do capítulo sete sobre o segundo e o terceiro impérios, porém, Deus de maneira especial mostrou a Daniel o que estaria fazendo no futuro desses impérios e com o próprio povo de Israel.
2. Os chifres do carneiro. Os dois chifres do carneiro não eram iguais, pois um dos chifres era maior que o outro. O maior representava Ciro, o persa (v.3) e o menor representava Dario, da Média. Na cronologia histórica, Ciro sucedeu a Dario. Eventos importantes aconteceram no período desses dois reis até que o carneiro foi vencido, surgindo na visão de Daniel a figura de um bode que ataca o carneiro e o vence (vv.5-7).
3. A visão do bode (Dn 8.5-8). A figura do bode, na mitologia do mundo de então, simbolizava o poder e a força. Na visão de Daniel, o bode arremeteu contra o carneiro com muita força, ferindo-o e quebrando os seus dois chifres.
Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, "o bode representava a Grécia, e seu grande chifre refere-se a Alexandre, o Grande (8.21)". O carneiro foi totalmente dominado e humilhado. Seus dois chifres foram quebrados e, após isso, ainda foi pisoteado sem compaixão pelo bode. Foi uma profecia de completa sujeição e derrota do império medo-persa pelos gregos.
Nos versículos oito e nove, a "ponta notável" se quebra e surge em seu lugar quatro outras pontas (ou chifres). Esses quatro chifres menores representam os quatro generais que assumiram o império grego depois da morte de Alexandre, o Grande

SINOPSE DO TÓPICO (1)

A visão do bode e do carneiro refere-se respectivamente aos impérios medo-persa e grego

II. O CHIFRE PEQUENO (Dn 8.9)

1. A visão da ponta pequena.  Na visão do profeta Daniel, surge de uma das quatro pontas notáveis, "uma ponta mui pequena" (v.9). Daniel percebeu que esta "ponta pequena" cresceu muito, especialmente direcionada para a " terra formosa", Israel. Essa "ponta pequena" refere-se a Antíoco Epifânio que tornou-se um opressor terrível contra os judeus. Ele surgiu da partilha do império de Alexandre e a ele coube o domínio da Síria, Ásia Menor e Babilônia.
2. A ultrajante atividade desse rei  contra   Israel (Dn 8.10,11). Os versículos dez e onze falam das ações ultrajantes do "pequeno chifre" contra o povo de Deus, profanando o santuário de Israel e tentando acabar com o "sacrifício contínuo" que Israel fazia ao Senhor.
3. A purificação do santuário  (Dn  8.14).  Segundo a história, a purificação do santuário ocorreu três anos e dois meses depois de o altar do Senhor ter sido removido por Antíoco. Deus é bom e misericordioso. Mesmo seu povo sendo infiel, Ele iria purificá-los e restaurá-los.

SINOPSE DO TÓPICO (2)

O chifre pequeno de Daniel 8.9 refere-se à Antíoco Epifânio, um opressor cruel e terrível contra Israel.

III. ANTÍOCO EPIFÂNIO, O PROTÓTIPO DO ANTICRISTO

1. Antíoco Epifânio. Por ora basta dizer que este foi um rei da dinastia Selêucida (Babilônia e Síria) que perseguiu os judeus de Jerusalém e da Judeia. Trata-se do rei de cara feroz descrito no versículo vinte e três. Este monarca cometeu tantas atrocidades contra o povo de Deus, que muitos o veem como um tipo do Anticristo.
2. A visão do anjo Gabriel (Dn 8.16). O "Gabriel" mencionado no versículo dezesseis é um anjo que o Senhor enviou com o propósito de explicar a Daniel a visão. Esse mesmo Gabriel também foi enviado a Zacarias e, igualmente, a Maria, para anunciar o nascimento de Jesus (Lc 1.1-38). Como veremos, no capítulo nove ele aparece novamente a Daniel.
3.  O  tempo  do  fim  (Dn 8.17).  Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, "o fim do tempo", neste caso é uma alusão a todo o período entre o final do exílio e a segunda vinda de Cristo". Os governantes e impérios visto por Daniel no capítulo oito já não existem mais. Homens como Alexandre e Epifânio morreram e seus impérios chegaram ao fim, pois os reinos deste mundo são efêmeros. Somente um reino nunca terá fim o reino do Messias: "O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão" (Dn 7.27).

SINOPSE DO TÓPICO (3)

Por perseguir os judeus em Jerusalém e na Judeia, por cometer tantas atrocidades contra o povo de Deus, Antíoco Epifânio é considerado por muitos estudiosos um tipo do Anticristo

CONCLUSÃO

Deus é soberano e a história do mundo faz parte dos seus desígnios. Ele conhece toda a história, começo e fim. O futuro do homem e do mundo está sob o olhar do Altíssimo


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Histórico
"MEDOS, MÉDIA
Em Isaías 13.17,18 e Jeremias 51.11,28, foi predito o papel que os medos iriam desempenhar na queda da Babilônia, embora nessa época os persas estivessem dominando. Daniel também atribui aos medos um papel importante na queda da cidade da Babilônia (Dn 5.30,31). Talvez em 539 a.C. os exércitos de Ciro o Grande fossem dirigidos por um Dario, o medo, que 'ocupou o reino, na idade de sessenta e dois' (v.31). Entretanto, é difícil identificar esse Dario, o medo. O estudioso J. C. Whitcomb Jr. acredita que era o Gubaru das Crônicas de Nabonido (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário  Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.1242-43).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsídio Histórico
"PÉRSIA
Os reis assírios foram os primeiros a mencionar a Pérsia em seus relatos. Salmanaser III recebeu tributo dos reis da Parsua em 836 a.C., Tiglate Pilaser III invadiu a Parsua em 737, e Senaqueribe lutou contra eles em Halulina em 681. Aquêmenes (Hakhmanish da Pérsia) foi o ancestral epônimo que fundou a dinastia persa. Teispes, filho de Aquêmenes, dois netos, Ariyaramnes e Ciro I, e um bisneto, Cambises, governaram a terra natal, mas foram subordinados aos seus primos mais poderosos do norte, os medos. A pátria deste povo de língua indo-europeia era chamada de Parsa, mas eles a chamavam de Airyana, do sânscrito arya, 'nobre', e a partir daí o atual Irã. O país situava-se a leste de Elão a partir do golfo Pérsico até o Grande Deserto de Sal. Este povo passou pelo planalto do Irã e ocupou esta região no início do primeiro milênio a.C.
Depois da queda de Nínive, em 612 a.C., os medos controlaram todo o norte da Mesopotâmia. O casamento de Cambises com a filha do rei medo Astíages, resultou no nascimento de Ciro II. Este líder uniu as tribos persas e juntou forças com Nabu-na'id (Nabonido) da Babilônia, em uma revolta contra os medos. Em pouco tempo, o controle da Média caiu nas mãos de Ciro o Grande, em 547 a.C. ele venceu Creso, o rei de Lídia que governava a Anatólia ocidental.
Ciro não fez uma mudança radical quando tomou os reinos dos caldeus, mas instituiu reformas. Colocou o templo da Babilônia sob sua própria administração, mas teve uma atitude iluminada em relação às religiões que eram diferentes da sua. Os judeus exilados não foram os únicos a receber liberdade religiosa e voltar para a sua terra natal (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.1515-16).


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
SILVA, Severino Pedro. Daniel Versículo por  Versículo: As visões para estes últimos dias. 13.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
STAMPS, Donald C (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

SAIBA MAIS

Revista Ensinador Cristão CPAD
nº58. p.40.

EXERCÍCIOS
1. Quais são os dois animais da visão do capítulo oito?.
R. Ciro, o persa; Dário da média.

2. O carneiro simbolizava qual império?
R. O império medo-persa.

3. O que representava os dois chifres do carneiro?
R. O carneiro e o bode.

4. A ponta pequena do chifre refere-se a quem?
R. Essa "ponta pequena" refere-se à Antíoco Epifânio que tornou-se um opressor terrível contra Israel.

5. Alguns teólogos veem Antíoco como um protótipo de quem?
R. Protótipo do Anticristo


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