Lição 9 O prenúncio do tempo do fim.
TEXTO ÁUREO
"E disse: Eis que te farei saber o que
há de acontecer no último tempo da ira; porque ela se exercerá no determinado
tempo do fim" (Dn 8.19).
VERDADE PRÁTICA
O tempo do fim não é o
fim do mundo, mas o tempo de tratamento de Deus com o povo de Israel,
prenunciando a vinda de Cristo.
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Segunda - Tt 2.13 O aparecimento do grande Deus
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S
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Terça - Dn 7.13 Cristo vindo em glória nas nuvens
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T
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Quarta - Mc 13.26 Cristo vindo com grande poder
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Q
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Quinta - Mt 25.31,32 Jesus vindo em glória para julgar as nações
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Q
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Sexta - At 1.10,11 Os anjos afirmam que Jesus voltará
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S
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Sábado - Mt 16.27
Jesus vindo para julgar a cada um
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S
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Daniel 8.1,3-11
INTERAÇÃO
"O tempo
do fim." Há pessoas que têm arrepios quando ouvem tal expressão. Mas
esta nada tem com o fim do mundo. Todavia, parece que o tema escatológico do
fim do mundo mexe com os sentimentos das pessoas. Não por acaso, a indústria
cinematográfica americana tem investido bilhões de dólares acerca destes
temários. No meio evangélico não é diferente, pois não poucos autores e
cineastas têm assustado pessoas fazendo com que as profecias pareçam um filme
de Hollywood. Quando ensinamos o oitavo capítulo do livro de Daniel, a nossa
perspectiva de ensino não pode ser a do terror, mas a da esperança.
Apresentando aos nossos alunos o triunfo do Reino de Deus mediante o contexto
profético apresentado no capítulo em estudo.
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Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer os símbolos proféticos do carneiro e do bode.
Identificar a visão do chifre pequeno.
Compreender o período do tempo do fim
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado
professor, após lecionar o primeiro tópico da lição, sugerimos que reproduza
o esquema da baixo. A ideia é reforçar o aprendizado dos alunos. De acordo
com o esquema elaborado e objetivando a assimilação das informações pelos
alunos, é salutar ao professor acrescentar ao esquema proposto figuras do
bode, do carneiro e dos impérios medo-persa e grego - as imagens podem ser
identificadas na internet ou adquiridas nas lojas da CPAD. A exposição oral
do assunto conjugado ao esquema e as figuras dos animais farão com que os
alunos tenham sucesso no processo ensino-aprendizagem. Boa aula!
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O CARNEIRO
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OS CHIFRES DO CARNEIRO
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O BODE
E O GRANDE CHIFRE
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O significado do carneiro é
o advento do
império medo-persa
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Eram dois os
chifres do carneiro: o maior e o menor. O maior referia-se a Ciro, o persa; o
menor, Dario da Média
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A figura do
bode representava o império grego. E o chifre, o imperador Alexandre.
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No capítulo
sete, Daniel tem a visão dos quatro animais, cada um destes
representando um império mundial. No capítulo oito, que estudaremos nesta
lição, o profeta tem sua segunda visão. Ele viu um carneiro lutando contra um
bode. Na verdade, este capítulo repete muito da predição do capítulo dois, e
especialmente do capítulo sete. Todavia, o capítulo oito acrescenta detalhes
importantíssimos quanto aos períodos medo-persa e grego.
1. A visão do carneiro (Dn 8.3,4,20). Esse carneiro simbolizava o império
medo-persa (v.20). Segundo os
historiadores, no caso dos persas, os seus reis sempre levavam como emblema uma
cabeça de carneiro em ouro sobre a cabeça, principalmente quando passavam em
revista os seus exércitos. De acordo com a história, os medos haviam
prevalecido na guerra com a Babilônia. Dario foi o primeiro governante da união
entre a Média e a Pérsia. Porém, logo os persas prevaleceram em força e Ciro
tornou-se o rei do império.
O carneiro identificado como o império medo-persa venceu e derrotou o
império babilônico quando Belsazar estava no poder. No mesmo dia em que
Belsazar zombou de Deus ao utilizar os utensílios sagrados do templo de
Jerusalém, ele caiu nas mãos dos medo-persas. Nota-se que há uma repetição do
predito na visão do capítulo sete sobre o segundo e o terceiro impérios, porém,
Deus de maneira especial mostrou a Daniel o que estaria fazendo no futuro
desses impérios e com o próprio povo de Israel.
2. Os chifres do carneiro. Os dois chifres do
carneiro não eram iguais, pois um dos chifres era maior que o outro. O maior
representava Ciro, o persa (v.3) e o
menor representava Dario, da Média. Na cronologia histórica, Ciro sucedeu a
Dario. Eventos importantes aconteceram no período desses dois reis até que o
carneiro foi vencido, surgindo na visão de Daniel a figura de um bode que ataca
o carneiro e o vence (vv.5-7).
3. A visão do bode (Dn 8.5-8). A figura do bode, na mitologia do mundo de
então, simbolizava o poder e a força. Na visão de Daniel, o bode arremeteu
contra o carneiro com muita força, ferindo-o e quebrando os seus dois chifres.
Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, "o bode representava a
Grécia, e seu grande chifre refere-se a Alexandre, o Grande (8.21)". O carneiro foi totalmente
dominado e humilhado. Seus dois chifres foram quebrados e, após isso, ainda foi
pisoteado sem compaixão pelo bode. Foi uma profecia de completa sujeição e
derrota do império medo-persa pelos gregos.
Nos versículos oito e nove, a "ponta notável" se quebra e
surge em seu lugar quatro outras pontas (ou chifres). Esses quatro chifres
menores representam os quatro generais que assumiram o império grego depois da
morte de Alexandre, o Grande
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A visão do bode e do carneiro refere-se respectivamente aos impérios
medo-persa e grego
1. A visão da ponta pequena. Na visão do profeta Daniel, surge de uma das
quatro pontas notáveis, "uma ponta mui pequena" (v.9). Daniel percebeu que esta "ponta
pequena" cresceu muito, especialmente direcionada para a " terra
formosa", Israel. Essa "ponta pequena" refere-se a Antíoco Epifânio
que tornou-se um opressor terrível contra os judeus. Ele surgiu da partilha do
império de Alexandre e a ele coube o domínio da Síria, Ásia Menor e Babilônia.
2. A ultrajante atividade desse rei contra
Israel (Dn 8.10,11). Os versículos dez e onze falam das ações
ultrajantes do "pequeno chifre" contra o povo de Deus, profanando o
santuário de Israel e tentando acabar com o "sacrifício contínuo" que
Israel fazia ao Senhor.
3. A purificação do santuário (Dn 8.14). Segundo a história, a purificação do santuário
ocorreu três anos e dois meses depois de o altar do Senhor ter sido removido
por Antíoco. Deus é bom e misericordioso. Mesmo seu povo sendo infiel, Ele iria purificá-los e restaurá-los.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
O chifre pequeno de Daniel 8.9
refere-se à Antíoco Epifânio, um opressor cruel e terrível contra Israel.
1. Antíoco Epifânio. Por ora basta dizer que
este foi um rei da dinastia Selêucida (Babilônia e Síria) que perseguiu os
judeus de Jerusalém e da Judeia. Trata-se do rei de cara feroz descrito no versículo vinte e três. Este monarca cometeu
tantas atrocidades contra o povo de Deus, que muitos o veem como um tipo do
Anticristo.
2. A visão do anjo Gabriel (Dn 8.16). O "Gabriel" mencionado no
versículo dezesseis é um anjo que o Senhor enviou com o propósito de explicar a
Daniel a visão. Esse mesmo Gabriel também foi enviado a Zacarias e, igualmente,
a Maria, para anunciar o nascimento de Jesus (Lc
1.1-38). Como veremos, no capítulo nove ele aparece novamente a
Daniel.
3.
O tempo do
fim (Dn
8.17). Segundo a Bíblia de Estudo
Aplicação Pessoal, "o fim do tempo", neste caso é uma alusão a todo o
período entre o final do exílio e a segunda vinda de Cristo". Os
governantes e impérios visto por Daniel no capítulo oito já não existem mais.
Homens como Alexandre e Epifânio morreram e seus impérios chegaram ao fim, pois
os reinos deste mundo são efêmeros. Somente um reino nunca terá fim o reino do
Messias: "O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o
céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno,
e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão" (Dn 7.27).
Por perseguir os judeus em Jerusalém e na Judeia, por cometer tantas
atrocidades contra o povo de Deus, Antíoco Epifânio é considerado por muitos
estudiosos um tipo do Anticristo
Deus é soberano e a história do mundo faz parte dos seus desígnios. Ele
conhece toda a história, começo e fim. O futuro do homem e do mundo está sob o
olhar do Altíssimo
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Histórico
"MEDOS, MÉDIA
Em Isaías 13.17,18
e Jeremias 51.11,28, foi predito o papel que os medos iriam desempenhar
na queda da Babilônia, embora nessa época os persas estivessem dominando.
Daniel também atribui aos medos um papel importante na queda da cidade da
Babilônia (Dn 5.30,31). Talvez em 539 a.C. os exércitos de Ciro
o Grande fossem dirigidos por um Dario, o medo, que 'ocupou o reino, na idade
de sessenta e dois' (v.31). Entretanto, é difícil identificar esse Dario, o
medo. O estudioso J. C. Whitcomb Jr. acredita que era o Gubaru das Crônicas
de Nabonido (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário
Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009,
pp.1242-43).
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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Histórico
"PÉRSIA
Os reis
assírios foram os primeiros a mencionar a Pérsia em seus relatos. Salmanaser
III recebeu tributo dos reis da Parsua em 836 a.C., Tiglate Pilaser III
invadiu a Parsua em 737, e Senaqueribe lutou contra eles em Halulina em 681.
Aquêmenes (Hakhmanish da Pérsia) foi o ancestral epônimo que fundou a
dinastia persa. Teispes, filho de Aquêmenes, dois netos, Ariyaramnes e Ciro
I, e um bisneto, Cambises, governaram a terra natal, mas foram subordinados
aos seus primos mais poderosos do norte, os medos. A pátria deste povo de
língua indo-europeia era chamada de Parsa, mas eles a chamavam de Airyana, do
sânscrito arya, 'nobre', e a partir daí o atual Irã. O país situava-se a
leste de Elão a partir do golfo Pérsico até o Grande Deserto de Sal. Este
povo passou pelo planalto do Irã e ocupou esta região no início do primeiro
milênio a.C.
Depois da
queda de Nínive, em 612 a.C., os medos controlaram todo o norte da
Mesopotâmia. O casamento de Cambises com a filha do rei medo Astíages,
resultou no nascimento de Ciro II. Este líder uniu as tribos persas e juntou
forças com Nabu-na'id (Nabonido) da Babilônia, em uma revolta contra os
medos. Em pouco tempo, o controle da Média caiu nas mãos de Ciro o Grande, em
547 a.C. ele venceu Creso, o rei de Lídia que governava a Anatólia ocidental.
Ciro não fez
uma mudança radical quando tomou os reinos dos caldeus, mas instituiu
reformas. Colocou o templo da Babilônia sob sua própria administração, mas
teve uma atitude iluminada em relação às religiões que eram diferentes da sua. Os judeus
exilados não foram os únicos a receber liberdade religiosa e voltar para a
sua terra natal (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.1515-16).
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BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
PFEIFFER, Charles F.; VOS,
Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe.
Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
SILVA, Severino Pedro. Daniel Versículo por
Versículo: As visões para estes últimos dias.
13.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
STAMPS, Donald C (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e
Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
SAIBA MAIS
Revista
Ensinador Cristão CPAD
nº58. p.40.
EXERCÍCIOS
1. Quais são os dois animais da visão do capítulo
oito?.
R. Ciro, o persa; Dário da média.
2. O carneiro simbolizava qual
império?
R. O império medo-persa.
3. O que representava os dois
chifres do carneiro?
R. O carneiro e o bode.
4. A ponta pequena do chifre
refere-se a quem?
R. Essa "ponta pequena" refere-se à Antíoco Epifânio que
tornou-se um opressor terrível contra Israel.
5. Alguns teólogos veem
Antíoco como um protótipo de quem?
R. Protótipo do Anticristo
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