segunda-feira, 10 de novembro de 2014

LIÇÃO 07 – Eliseu e o milagre da multiplicação do azeite


LIÇÃO 07 – Eliseu e o milagre da multiplicação do azeite
16 de novembro de 2014

TEXTO ÁUREO
“O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” Fp 4.19

VERDADE APLICADA
Os grandes milagres vividos pelos servos de Deus em todos os tempos sempre se originaram da simplicidade das coisas ou das pessoas que deles se acercavam.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Apresentar o contraste da visão de Eliseu e da viúva, e a importância de um profeta;
2. Mostrar as atitudes de fé e os passos que produziram esse grande milagre;
3. Alertar sobre os tipos de vasos e o valor de um vaso moldado pelo oleiro.

Glossário:
Iminente: Prestes a acontecer
Embargado: Impedido;
Prenúncio: Anúncio de coisa futura.

Leituras complementares:
Segunda 2 Rs 4.1-6; Terça At 20.35; Quarta 2 Co 5.7; Quinta Ef 4.11-16; Sexta Fp 4.13-19; Sábado Hb 11.1-6.

Textos de referência
2Rs 4.1-3
1 E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para serem servos.
2  E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
3  Então, disse ele: Vai, pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos.



INTRODUÇÃO
A Bíblia relata que uma mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu, pois seu marido havia falecido, e deixado uma dívida que ela não tinha condições de pagar, e por isso, os credores vieram a sua casa para levar seus filhos como escravos (2Rs 4.1).

1. Clamando por um milagre
Como se não bastasse perder o marido, essa mulher ainda teve que suportar a pressão dos credores, que desejavam a todo custo levar seus filhos cativos como pagamento das dívidas deixadas pelo falecido. A escravidão naquele tempo era tão séria que era iminente a destruição de sua família.

1.1 Eliseu é chamado pela viúva

É muito edificante quando existe alguém habilitado por Deus para a realização de milagres. Eliseu é convocado exatamente por isso, porque era um representante legal de Deus naquela região.
Ela lhe conta seu drama, e ele lhe faz a seguinte pergunta: “Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem em casa, senão uma botija de azeite” (2Rs 4.2). Observemos que ela diz que não tinha nada. E nada é nada! E conclui: “senão uma botija de azeite”. Então ela tinha alguma coisa! Porém, diante de sua dívida e da pressão sofrida, ela jamais poderia imaginar que aquilo que via como nada se tornaria a fonte de seu milagre. Ela sabia que a quantidade de azeite que possuía não pagava sua dívida.

1.2 A visão do profeta diante da viúva

“Que hei de te fazer? E ela disse: “Tua serva não tem nada em casa...” (2Rs 4.2). Quando a visão do nosso entendimento é aberta por uma verdade espiritual, aquilo que antes reputávamos como nada, pode se tornar a coisa mais valiosa que temos na vida. O profeta sabia que em sua casa havia o produto do milagre, então a despertou dizendo: “Dize-me que é o que tens em casa”. Para a mulher aquela botija de azeite não representava muita coisa, para o profeta era a fonte do milagre. Ela via apenas o azeite. Mas o profeta, viu além, viu o futuro. Enquanto ela viu uma pequena botija, ele estava vendo dezenas de vasilhas cheias a partir daquele azeite, ou seja, em situações de aperto a receita do sucesso é apresentar o pouco que temos Aquele que tudo pode!

1.3 A necessidade do profético em nossos dias
Nós somos uma igreja carente de profetas (não nos referimos ao dom de profecia, que muitos estão manipulando e usando insensatamente). Os profetas veem o futuro, eles têm sensibilidade para penetrar no mundo espiritual e mostrar a realidade do amanhã. Assim é o ministério profético (Ef 4.16). No episódio aqui relatado devemos destacar duas coisas importantes: a visão da mulher e a visão do profeta. “Ela vê a botija de azeite como nada, ele vê como a fonte de tudo o que ela precisa”. Os profetas existem para nos ensinar a usar a ferramenta que temos para seguir adiante. Uma palavra profética pode mudar a nossa vida (Mt8.8; Lc 7.7). Se olharmos para nossas limitações e não cremos na palavra profética nada se moverá. Nosso maior problema com milagres é visualizar o que temos nas mãos.

2. Os passos para um grande milagre
Eliseu pede que aquela mulher corra até seus vizinhos, e lhes peça muitas vasilhas emprestadas para que o azeite daquela pequena botija venha enchê-las. Ela deveria confiar na palavra do profeta e agir por intermédio da fé no que ele disse. A fé também exige uma atitude, uma ação (Hb 11.1-6).

2.1 Pedindo vasilhas emprestadas
A vida cristã pode apresentar muitos contrastes. No caso dessa viúva, ela começa pedindo emprestado algo a alguém, e pedir nunca é fácil (At 20.35). Pelo empréstimo conseguido, observa-se que tinha relacionamento e boa convivência com seus vizinhos. Pois, sendo de má índole e sem relacionamentos seu milagre seria embargado. O profeta não fala a quantidade de vasos que ela deveria pedir, esse ato revela a qualidade e o nível daquilo que ela acreditava. Se ela pedisse mil, todos seriam cheios, se pedisse dez, aconteceria o mesmo. O que nos revela esse tipo de ação? Que podemos tanto limitar o milagre quanto ampliá-lo. Nossa fé pode determinar o tamanho do milagre que desejamos ver acontecer em nossas vidas (Jo 4.50-53; 2 Co 5.7).

2.2 Milagres extraídos daquilo que não é aparente
Uma atitude de fé sempre estará alicerçada na espiritualidade e na sensibilidade (Gl 5.16; Tg 2.18). Essa mulher estava desesperada, com medo de perder seus filhos, por isso, não pôde ver que o pouco azeite daquela botija era a fonte para sanar suas dívidas. Em muitos casos somos levados pela religiosidade e aparência das coisas, raramente não somos ludibriados pelas belas embalagens que nos rodeiam. A palavra certa aqui seria discernimento, e nesse tempo de coisas tão maquiadas, seria importante que a igreja se aplicasse em buscar o precioso dom de discernir os espíritos (1 Co 12.10; 1 Jo 2.20). O milagre partiu de onde ela menos imaginava, e aconteceu quando ela tirou de onde aparentemente não havia nada, um sinal de que não podemos esperar ter para depois entregar. É do nada que deus tira o tudo que precisamos.

2.3 Milagres de portas fechadas

“Então entra, fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todas aquelas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia” (2 Rs 4.4). Uma grande verdade ressalta dessas palavras: “Existem milagres que só acontecem quando a porta está fechada”. Quando a porta está fechada geralmente pensamos em guerrear e lutar com Deus para que se abra. Uma porta fechada pode ser o prenúncio de um grande milagre que está para acontecer. Deus também trabalha no silêncio. Pedro foi salvo milagrosamente enquanto as portas da prisão estavam fechadas (At 12.710) José estava com as portas fechadas, quando ele se tornou governador (GN 40.3; 41.14).

3. Botijas que enchem vasos

Na casa de Deus existem vários tipos de vasos, e cada um tem uma função específica. Existem vasos pequenos, médios, e grandes; vasos de ouro, de prata, de pau, e de barro; vasos para a honra, e vasos para a desonra (2Tm 2.20). Porém, o destaque desse milagre não foi um vaso, e sim uma botija.

3.1 O valor de uma botija
Como seres humanos temos muita dificuldade em valorizar coisas pequenas. Mas esse milagre nos ensina a preciosidade de observar essas coisas (1Co 1.27, Is 53.2-3). O que a mulher tinha em casa? Uma botija. O que o profeta mandou ela pedir aos vizinhos? Vasos. Na lógica e na visão humana é o vaso que enche a botija. Porém aqui as posições estão inversas. É costume primeiro pensar que o pequeno sempre receberá do grande. Todavia, nesse milagre, é o pequeno quem dá a vida, é o pequeno quem é a fonte, é o pequeno que visto como nada é quem sobressai. Ela disse: não tenho nada, e foi exatamente do que via como nada que os vasos foram cheios.

3.2 Vasos de ouro e de prata

Esses tipos de vasos não existem em qualquer casa, eles além de valiosos, se destacam numa grande mansão. Muitos adorariam ser de ouro e de prata como esses vasos, mas nasceram apenas para ser de pau e de barro, materiais fáceis de tomar uma forma diferente, enquanto os valiosos são mais rígidos. Quando os vasos de ouro e prata aparecem é porque os de pau e de barro já trabalharam por eles. Porque não se prepara uma boa comida em vasos de ouro e de prata! O segredo não é o material com   que o vaso é feito, mas a função que desempenha: honra ou desonra (2 Tm 2.20). Uma pequena botija pode ser a salvação de muitos vasos vazios, observamos que não é o tamanho, o material ou a forma, mas o que possui dentro de si que faz a diferença (Mt 25.4).

3.3 Vasos de barro

O vaso de barro possui algumas características interessantes. Ele é frágil, quebra com muita facilidade, o que possibilita o oleiro a refazê-lo sempre que desejar, dando a forma que melhor lhe convém (Jr 18.4). A beleza do vaso de barro está no seu interior. Ele não tem parecer nem formosura mas porta dentro de si um inestimável tesouro (1Co 4.7). Ou seja, ele porta consigo a grandeza de alguém, todo seu valor pertence ao dono do tesouro que nele está. Vivemos um tempo difícil, onde belos vasos apresentam grosseiras rachaduras de pecado, e o óleo se esvai. E na escassez de vasos para embelezar a mansão, o Senhor está recrutando botijas, e multiplicando o azeite que elas dividem com outros vasos.

CONCLUSÃO

O primeiro estágio dessa mulher era de calamidade total, mas seu final foi milagroso, próspero e sobrenatural. O importante não é como começamos, mas como iremos terminar diante de Deus. Ainda há tempo para mudanças, façamos como essa mulher, convidemos ao Senhor para vir a nossa casa e contemos a Ele o que se passa conosco.

Questionário.
1-    A quem foi dirigido o clamor da mulher viúva?
2-    Qual a pergunta feito pelo profeta a mulher?
3-    Qual foi a fonte do milagre daquela mulher?
4-    Qual o segredo de ser um vaso escolhido por Deus?
5-    Onde reside a beleza do vaso?

Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel.
Revista: Milagres do Antigo Testamento – Editora Betel - 4º Trimestre 2014





Lição 10   HÁ UM MILAGRE EM SUA CASA
10 de Março de 2013


TEXTO ÁUREO


"Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio"
(2 Rs 4.4).


VERDADE PRÁTICA


A história da multiplicação do azeite da viúva mostra claramente que o Senhor é soberano e gracioso para suprir todas as necessidades de seus filhos



LEITURA DIÁRIA


Segunda - 2 Rs 4.2  As carências humanas                                                 
S
Terça - Sl 116.5    A compaixão divina
T
Quarta - Tg 2.7    A fé obediente
Q
Quinta - 2 Rs 7.1    O braço divino
Q
Sexta - Mc 1.40-42      O sofrimento humano
S
Sábado - At 3.8      A glória manifestada
S
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE



2 Reis 4.1-7

INTERAÇÃO


Professor, você crê em milagres? Então, não terá dificuldades no preparo desta lição, pois estudaremos a respeito de um dos milagres de Eliseu: a multiplicação do azeite na casa da viúva. Esta é uma das mais surpreendentes passagens bíblicas para aqueles que creem que para o Senhor não há causa impossível. Este milagre nos ensina que o pouco com Deus torna-se muito e a escassez pode converter-se em abundância. O Deus de Eliseu é o nosso Deus. Ele é imutável, e mediante sua graça continua a alcançar os corações daqueles que estão desesperados por um milagre. No decorrer da lição, enfatize que o Pai Celeste realiza milagres não porque merecemos. Não somos merecedores de nada, sua graça nos basta, mas os milagres em nossa vida são decorrentes da bondade divina. Deus é bom!

OBJETIVOS



Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Atentar para a real motivação de um milagre.


Identificar os instrumentos de um milagre.  


Especificar os reais objetivos de um milagre



ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Inicie a lição fazendo a seguinte indagação: "Mesmo em meio à escassez, você crê que Deus é poderoso para suprir suas necessidades?" Ouça os alunos com atenção. Explique que muitas vezes Deus permite um período de escassez para que venhamos nos humilhar perante Ele e reconhecer a nossa dependência dEle. Enfatize o fato do quanto a fé daquela viúva e dos seus filhos foi fortalecida depois de experimentarem da provisão divina. Conclua lendo com a classe Tiago 4.10 e Mateus 5.4.
COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

Na lição de hoje, estudaremos a narrativa bíblica sobre a multiplicação do azeite na casa da viúva (2 Rs 4.1-7). Não há dúvidas de que esta é uma das mais surpreendentes passagens bíblicas. Nela, vemos o pouco tornar-se muito; a escassez converter-se em abundância e o vazio ficar cheio! Vemos ainda como a graça de Deus alcança os corações desesperados. Este texto, portanto, é bem claro em revelar que os milagres acontecem primeiramente em decorrência da bondade de Deus e, após, em resposta a uma fé obediente.

I. A MOTIVAÇÃO DO MILAGRE

1. A necessidade humana. As bênçãos de Deus vêm em resposta a uma necessidade humana. O milagre ocorrido na casa da viúva de um dos discípulos dos profetas confirma esse fato (2 Rs 4.1-7). O texto expõe a extrema penúria na qual essa pobre mulher havia ficado. Perdera o marido, que havia falecido, e agora corria o risco de perder também os filhos para os credores se não quitasse uma dívida. Era costume naqueles dias um credor obrigar um devedor a saldar a sua dívida através do trabalho servil ou escravo (2 Rs 4.1b). Essa mulher, portanto, necessitava urgentemente que alguma coisa fosse feita para tirá-la daquela situação. Sabedora que o profeta Eliseu era um homem de Deus, recorreu a ele (v.1). A Escritura mostra que o Senhor socorre o necessitado (Sl 40.17; 69.33; Is 25.4; Jr 20.13).
2. A misericórdia divina. O milagre ocorrido na casa da viúva aconteceu como resposta a uma carência humana, mas não apenas isso: ocorreu também graças à compaixão divina. Não foi apenas por ser pobre que a viúva foi socorrida, nem tampouco por haver sido esposa de um dos discípulos dos profetas (2 Rs 4.1). O texto diz que ela "clamou" ao profeta Eliseu (2 Rs 4.1). O termo hebraico que traduz essa palavra é tsa`aq, que possui o sentido de clamar por ajuda, chorar em voz alta. O profeta ficou sensibilizado; Deus compadeceu-se daquela mulher sofredora. O Senhor é compassivo, misericordioso e longânimo (Êx 34.6; 2 Cr 30.9; Sl 116.5).
 
SINÓPSE DO TÓPICO (1)

O milagre ocorrido na casa da viúva aconteceu como resposta a uma carência humana e como resultado da compaixão divina

II. A DINÂMICA DO MILAGRE

1. Um pouco de azeite. Diante do clamor da viúva, o profeta Eliseu perguntou-lhe: "Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite" (2 Rs 4.2).Duas coisas precisam ser observadas aqui. Em primeiro lugar, o milagre acontece na esfera familiar: "o que tens em casa". O lar e a família são importantes para Deus. Em segundo lugar, um pouquinho pode tornar-se muito se vem com a bênção de Deus. De fato o texto hebraico destaca que a porção de azeite da mulher era tão minguada que ela quase esqueceu que o possuía. No entanto, foi esse pouco que o Senhor usou para operar o grande milagre. O que possuímos pode ser bem pouco, mas é suficiente para Deus operar os seus propósitos.
2. Uma fé obediente. A instrução dada pelo profeta Eliseu para solucionar o problema da viúva é bastante reveladora sobre a dinâmica desse milagre (2 Rs 4.3-5). Num primeiro momento, o profeta chamou a mulher à ação: "Vai, pede para ti vasos emprestados". A fé é demonstrada pela ação (Tg 2.17). Jesus também viu a fé do paralítico e dos homens que o conduziram em Cafarnaum (Mc 2.1-12). Em segundo lugar, o milagre deveria acontecer de portas fechadas: "Fecha a porta", disse o profeta. A mulher obedeceu ao profeta, e o azeite começou a fluir. E, assim, pôde ela salvar os filhos, pagar as dívidas e viver dignamente. É possível que uma das causas da escassez de milagres hoje esteja na publicidade desenfreada. Deus quer privacidade, mas os homens gostam de notoriedade. Gostam de aparecer e vangloriar-se (Lc 12.15). Deixam a porta aberta para serem vistos!

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

Um pouquinho pode tornar-se muito se vem com a bênção de Deus.

III. OS INSTRUMENTOS DO MILAGRE

1. O instrumento humano. Por várias vezes, no livro de 2 Reis, o profeta Eliseu é chamado de "Homem de Deus" (2 Rs 4.7,9,16; 6.9). Sem dúvida esses textos demonstram que Eliseu era um instrumento de Deus para a operação de milagres. Deus usa homens! Esse é um fato fartamente demonstrado na Bíblia. Para formar uma nação e através dela revelar seu plano de salvação à humanidade, o Senhor chamou Abraão (Gn 12). Para tirar os israelitas do Egito, Deus usou Moisés (Êx 4.1-17). Para levar a mensagem do Evangelho aos gentios, o Senhor usou a Pedro (At 10 - 11). Deus também chamou a Paulo para ser "um instrumento escolhido" para levar seu nome perante os nobres (At 9.15). Para salvar-nos, Deus humanizou-se na pessoa bendita de Jesus Cristo (Jo 1.1,18; Fp 2.1-11). E para sua obra missionária, Ele conta com você! (Mt 28.19)
2. O instrumento divino. Quando uma grande fome assolava Samaria, o profeta Eliseu profetizou abundância de alimentos: "Então, disse Eliseu: Ouvi a palavra do Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, quase a este tempo, uma medida de farinha haverá por um siclo, e duas medidas de cevada, por um siclo, à porta de Samaria" (2 Rs 7.1).O cumprimento dessa profecia parecia pouco provável naqueles dias, a ponto de o capitão, em cujo braço o rei se apoiava, haver ironizado: "Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer isso?" (2 Rs 7.2). Mas a profecia cumpriu-se exatamente como Eliseu havia predito (2 Rs 7.16-20). O texto põe a Palavra do Senhor como agente causador do milagre. O cronista observa que esses fatos ocorreram "segundo a palavra do Senhor" (2 Rs 7.16). O que o Senhor faz, Ele o faz através de sua Palavra.

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

A Palavra do Senhor foi o agente causador do milagre na vida da viúva. O que o Senhor faz, Ele o faz através da sua Palavra

IV. O OBJETIVO DO MILAGRE

1. Uma resposta ao sofrimento. Todos os milagres realizados por Eliseu deixam bem claro que eles ocorreram em resposta a uma necessidade humana e também ao sofrimento (2 Rs 4.1-38; 5.1-19; 6.1-7). O Novo Testamento mostra-nos que o Senhor Jesus libertava e curava porque se compadecia do sofrimento humano (Lc 13.10-17; Mc 1.40-45).
2. Glorificar a Deus. Os milagres, portanto, são uma resposta de Deus ao sofrimento humano. Todavia, eles não se centralizam no homem, mas em Deus. Os milagres narrados nas Escrituras objetivam a glória de Deus. Em nenhum momento, encontramos os profetas buscando chamar a atenção para si através dos milagres que realizavam nem tirar proveitos deles. Quem tentou fazer isso e beneficiar-se de forma indevida foi Geazi, o servo de Eliseu. Entretanto, quando assim procedeu foi severamente punido (2 Rs 5.20-27). Em o Novo Testamento, observamos Pedro e Paulo pondo em destaque esse fato e mostrando que Deus, e não os homens, é quem deve ser glorificado (At 3.8,12; 14.14,15).

SINÓPSE DO TÓPICO (4)

Todos os milagres realizados por Eliseu ocorreram em resposta a uma necessidade humana e também ao sofrimento

CONCLUSÃO

O milagre da multiplicação do azeite é um testemunho do poder de Deus, que se compadece dos sofredores que o buscam de todo o coração. O foco, portanto, dessa bela história não é a viúva nem tampouco o profeta Eliseu, mas o Senhor que através da instrumentalidade do seu servo abençoa essa pobre mulher. A história faz-nos lembrar um outro feito extraordinário e muito mais relevante do que esse: a multiplicação dos peixes e pães por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele foi, é e sempre será a resposta a todo sofrimento humano.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO


Subsídio Devocional
"Feche a porta para a dúvida
Um fator muito importante na história deste milagre é o que aconteceu após a viúva ter tomado emprestadas as vasilhas vazias de seus vizinhos curiosos. Eliseu lhe disse: 'Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos...' Sempre haverá muitas pessoas para dizer ao contrário. Há os que replicam: 'Os antecedentes são contra isso. Tentamos antes e falhamos'. Há também os que se queixam: 'Não podemos suportar isso'. Eliseu simplesmente insistiu para que ela deixasse de fora os incrédulos, e fechasse os ouvidos para a dúvida.
Os vizinhos que estavam cientes de sua situação talvez fossem levados a pensar que as atitudes eram excêntricas e, com certeza, a ridicularizariam. Tachariam-na de tola por acreditar em algo tão impossível como que lhe propusera o profeta.
Jesus advertiu: 'Atentai no que ouvis' (Mc 4.24). Ele sabia que agimos e reagimos de acordo com aquilo que ouvimos daqueles que estão à nossa volta. Eliseu também sabia quão rapidamente as sementes de dúvida crescem no solo do desespero e da perversidade humana. Dessa maneira, recomendou à viúva que entrasse em sua casa e fechasse a porta da dúvida. Assim como Maria, mãe de nosso Senhor, devemos considerar alguns sonhos em nossos corações, ao invés de vê-los assassinados numa conversa casual (Mt 7.6)" (BARNETT, Tommy. Há um milagre em sua casa: A solução de Deus começa com o que você tem. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 36)

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


BARNETT, Tommy. Há um milagre em sua casa: A solução de Deus começa com o que você tem. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

SAIBA MAIS


Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 53, p.41.

EXERCÍCIOS


1. Segundo a lição, o que motivou a operação do milagre da multiplicação do azeite?
R. A necessidade da viúva e a misericórdia divina.

2. Como a viúva reagiu às instruções dadas pelo profeta Eliseu?
R. Agiu com fé e obediência.

3. Com qual expressão o cronista identifica o profeta Eliseu em seu relato?
R. "Homem de Deus".

4. Cite um dos objetivos envolvidos na operação de um milagre.
R. Uma resposta ao sofrimento humano ou glorificar a Deus.

5. Como Pedro e Paulo destacam a relação dos milagres com o homem e Deus?
R. Eles mostram que é Deus, e não o homem, quem deve ser glorificado nos milagres.














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