LIÇÃO 10
– Eliseu e
o milagre do machado flutuante
07 de dezembro de 2014
TEXTO
ÁUREO
“Com a
sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes coisas, que nós não podemos
compreender” Jó 37.5
VERDADE
APLICADA
Por mais
simples que seja um milagre, ele pode ser capaz de produzir profundas e
inesquecíveis lições em nossas vidas, inclusive, nos despertar para outros
ainda maiores.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
1.
Mostrar que a vida não é um mar de rosas, e que é imprescindível o caminhar com
o Senhor;
2.
Ensinar aos alunos alguns passos para se recuperar aquilo que se perdeu;
3.
Estimar o valor da salvação que nos foi outorgada por Cristo no Calvário.
Textos de
referência
2Rs 6.1-6
1 Eliseu
dirigia um grupo de profetas. Um dia eles lhe pediram: —O lugar onde moramos
com você é muito pequeno.
2 Dê
licença para irmos até o rio Jordão a fim de cortar algumas árvores. Com elas
construiremos uma casa para a gente morar. —Podem ir! —respondeu Eliseu.
3 Um dos
profetas insistiu que Eliseu fosse com eles. Eliseu aceitou,
4 e eles
saíram juntos. Quando chegaram ao Jordão, começaram a trabalhar.
5 Um
deles estava cortando uma árvore, quando, de repente, o ferro do seu machado
escapou do cabo e caiu na água. —O que vou fazer, senhor? —gritou ele para
Eliseu. —O machado era emprestado!
6 Onde
foi que ele caiu? —perguntou Eliseu. O homem mostrou o lugar. Então Eliseu
cortou um pedaço de pau, jogou na água e fez o machado boiar.
Glossário
Incidente:
Acontecimento inesperado;
A priori:
O que vem antes de;
Vicário:
O que substitui.
Leituras
complementares:
Segunda
Ex 26.30
Terça Ez
43.10
Quarta Jo
13.15
Quinta
1Ts 1.7
Sexta 1Tm
4.12
Sábado Tt
2.7
INTRODUÇÃO
Fazer o
ferro do machado flutuar parece ter sido um milagre muito simples, todavia,
mesmo sendo um milagre não muito chamativo, sua essência é muito poderosa, pois
traz consigo imprescindíveis lições espirituais para as nossas vidas.
1. A
importância da presença de Deus
Elias
havia estabelecido uma escola de profetas em Jericó, e Eliseu deu seguimento, a
escola cresceu e o lugar ficou pequeno (2Rs 6.1). Com o desejo de melhora, os
jovens aprendizes, discípulos dos profetas, resolveram ir até o Jordão cortar
madeira, onde ocorreu o incidente e o milagre. Destacaremos três coisas
fundamentais nesse primeiro ponto:
1.1 O desejo
de crescer
O lugar
em que Eliseu ensinava aos jovens profetas estava pequeno para a quantidade de
alunos que possuía, e um deles sugeriu que fosse ao Jordão com eles, pois
cortariam madeira para ampliar o local. Enquanto trabalhavam, o ferro do machado
de um deles acidentalmente se soltou o cabo, e afundou nas profundas águas do
rio. O grande problema aqui não foi perder a haste do machado, mas porque era
emprestado (2Rs 6.5). O desejo de crescer é comum a todos nós, porém,
precisamos estar cientes que nem sempre as coisas sairão como pensamos, porque
estamos sujeitos a imprevistos e acidentes de percurso. Quando o ferro foi
perdido, eles não mergulharam na água, nem criaram uma estratégia para
recuperá-lo, eles se dirigiram a quem poderia resolver (2Rs 2.21; 4.2-7,34 e
41). Poderíamos agir assim também na hora de nossos desesperos!
1.2 A
presença do profeta e sua importância
A
presença de Eliseu entre os jovens tipifica a presença do Senhor em nosso meio.
Quando a ideia foi autorizada por Elizeu, eles não saíram sem antes
assegurarem-se que Elizeu iria com eles ao local (2Rs 6.3). Isso significa que
esse empreendimento iria contar com a presença Divina a cada passo do caminho.
Com o passar dos tempos muitos cristãos se apartaram desse tipo de relação tão
necessária e indispensável à caminhada por esta vida. Se agíssemos como esses
jovens, não erraríamos tanto. Não perderíamos tanto tempo para acertar.
Gastamos quase uma vida inteira para chegar a uma determinada coisa que se
estivéssemos conectados a Deus, não passaríamos por tantas decepções e tantas
incertezas. Deus tem o sobrenatural, precisamos caminhar juntos a Ele (Sl
77.11,14; Jr 33.3).
1.3 A
atitude que precedeu o milagre
Precisamos
aprender a conviver com o sobrenatural, Deus opera de forma imprevisível. Um
Evangelho que não manifesta o sobrenatural em nada difere das demais religiões.
Eles primeiro chamaram a companhia do Senhor, e depois clamaram a Ele. Eles não
ficaram criando meios de produzir um milagre, se dirigiram a quem vivia cotidianamente
com eles. Eles buscaram a saída correta para aquele momento de pavor. Devemos
entender que Deus não se move dentro da lógica, da física, matemática, e demais
regras de sabedoria humana. Sabemos que para Ele não existe impossíveis (Gn
18.14ª; Lc 1.37). Embora fosse possível tentar recuperar o ferro submerso, eles
recorreram ao sobrenatural.
2.
Recuperando o que se perdeu
Para que
serviria um cabo sem a haste do machado? Apenas como lembrança de que um dia
aquele cabo e aquela haste eram eficientes. Porém, somente unidos é que
poderiam ser o que eram. Um cabo sem a haste não corta, assim como uma pessoa
natural nada pode produzir na esfera sobrenatural. Vejamos algumas lições da
recuperação:
2.1 Onde
caiu?
A
pergunta de Eliseu é muito prática. Como poderemos recuperar algo que não
sabemos onde pode estar? Geralmente, quando esquecemos um documento importante
ou algo de valor e não sabemos onde pode estar? Geralmente, quando esquecemos
um documento importante ou algo de valor e não sabemos onde encontrar o que
fazemos? Paramos, respiramos, e tentamos recapitular cada passo dado durante o
dia, é como se voltássemos no tempo (Ap 2.5a). No mundo espiritual também é
assim. Temos que lembrar onde tudo começou a dar errado, onde a porta foi
aberta para o inimigo cirandar em nossas vidas, onde lhe demos legalidade. Se
um mal nos advém, não vem sem causa (Pv 26.2). Jesus perguntou ao pai do
lunático desde quando aquilo acontecia (Mc 9.21). Tudo na vida tem um começo,
nada na vida é sem resposta. Dificilmente não sabemos onde caiu nosso machado!
2.2
Reconhecer o valor é fundamental para a busca
O jovem
sabia o valor daquele pequeno ferro do machado. Ele valia sua liberdade, seu
futuro como profeta. Ele sabia o que estava em jogo, não era apenas uma pequena
haste de ferro, era uma ferramenta valiosa, mesmo sendo simples. Assim também é
a vida cristã! Por menor que seja a ferramenta que o senhor colocou em nossas
mãos devemos valorizá-la. Perder o talento é algo muito sério, compromete a
liberdade (a salvação). Por causa de uma moeda a mulher revirou a casa inteira.
Ela ainda tinha nove, mas essa era a fundamental, ela sabia o seu valor (Lc
15.8). Em nossos dias, muitos não somente estão perdendo a ferramenta mas
afundando juntamente com elas no rio (Ap 2.5).
2.3 Estende
a tua mão
“E disse
o homem de Deus: Onde caiu? E mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o
lançou ali, e fez flutuar o ferro. E disse: Levanta-o. Então ele estendeu a sua
mão e o tomou” (2 Rs 6.6-7). Assim como Eliseu, o Senhor deseja também nos
desenvolvera ferramenta perdida. Basta apenas que sejamos sinceros e digamos
onde caiu. O profeta cortou uma madeira para que o ferro pudesse levantar-se,
de igual maneira Cristo por sua morte no madeiro foi a madeira cortada e
lançada no mar da humanidade para que seus servos possam erguerem-se. Poucos
entendem, a importância desse ferro, ele custou a própria vida do Filho de
Deus, que foi sacrificada para que pudéssemos nos reconciliar com o Pai
Celestial (Cl 1.13; 2.13-14).
3. As
lições de um machado flutuante
Eliseu
era um homem simples, um profeta que se identificava com as pessoas. Como
mestre ele não somente ensinava, mas apresentava de forma nítida o poder do
Senhor a seus alunos. O milagre parece simples a priori, mas é recheado de
profundas verdades espirituais.
3.1 Corpo
sem cabeça
O maior
problema de Jesus antes de sua morte e ressureição residia em não possuir um
lugar para reclinar sua cabeça (Mt 8.18-20). Jesus tinha residência física
nesse tempo, ele não tinha residência espiritual. Ele sabia que uma cabeça sem
corpo fica sem governo. Se traçarmos um paralelo veremos que o ferro representa
a cabeça do machado, e a madeira seu corpo. Lucas destaca claramente esse
paralelo: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”
(Lc 19.10). Observe que não é “quem” (pessoas), mas “o que” (algo). Quando Adão
pecou não perdeu só a comunhão com o criador, ele perdeu também o governo da
humanidade. Por isso, Jesus veio ao mundo, e a salvação engloba tanto a vida
humana, quanto uma posição de governo na esfera espiritual (Mt 28.18; Ef
1.22-23; 2.1-6).
3.2 O
trabalho humano
Quando o
ferro do machado já flutuava e estava visível, Eliseu disse ao discípulo que
com ele estava: “Levanta-o. Então ele estendeu a sua mão e o tomou” (2 Rs 6.7).
Esta sincera conclusão do relato nos recorda que em todo o milagre existe uma
função Divina e outra humana. Existem coisas que para nós são impossíveis
realizar, das quais Deus se encarrega de fazer. Quando o ferro já estava
visível, a responsabilidade de extraí-lo da água já não era mais de Deus, e nem
tampouco de Elizeu. Era algo que o discípulo podia e devia fazer. A regra é
clara: Deus não fará por nós, aquilo que nós mesmos devemos fazer (Pv 6.6-11).
Ficaremos prostrados após a queda, ou levantaremos?
3.3 O
precioso resgate
Trazendo
esse relato para os nossos dias, podemos afirmar com toda a convicção que a
graça de deus pode levantar um coração duro e frio como o ferro. O Jordão nesse
tempo era muito profundo em relação aos nossos dias. Hoje ele comporta apenas
dez por cento do que possuía na antiguidade. O ferro flutuou de águas muito
profundas e escuras. Do mesmo modo, Deus pode fazer emergir um pecador da mais
profunda escuridão do pecado, pode elevar seus afetos para se interessar pelas
coisas de cima, onde Cristo está assentado, e conduzi-lo a uma profunda
satisfação e uma gloriosa esperança (1 Pe 1.3; 2 Pe 1.3-8).
CONCLUSÃO
A madeira
foi lançada ao mar para que o ferro pudesse ser recuperado. Cristo já fez a Sua
parte, agora cabe a cada um de nós estendermos as mãos e tomarmos posse desta
tão grande salvação que nos foi outorgada por Seu sacrifício vicário (Hb 2.3).
Fontes:
Bíblia
Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel.
Revista:
Milagres do Antigo Testamento – Editora Betel - 4º Trimestre 2014
Questionário
1 – Quem
eram os jovens que Eliseu seguiu até o Jordão?
2 – Qual
o desejo desses jovens?
3 – O que
representa na lição a presença de Elizeu?
4 – Qual
a tipologia da madeira lançada no rio?
5 – Qual
a nossa responsabilidade diante do rio?
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