Lição 7 O altar
sempre aceso.
18 de Fevereiro de 2018
Texto
Áureo
Levítico 6.13
“O fogo arderá continuamente sobre o altar;
não se apagará”.
Verdade
Aplicada
A vida do salvo deve ser como um altar
continuamente aceso, sempre pronto para oferecer sacrifícios a Deus.
Objetivos
da Lição
Ensinar que no altar tudo é
oferecido a Deus;
Mostrar que o homem foi
criado com o propósito maior de ser um adorador:
Demonstrar que a alegria faz
parte do caráter do cristão.
Glossário
Cruento: Banhado em sangue;
ensanguentado, sangrento; cruel;
Mendicância: Estado ou condição de
quem mendiga, de quem vive de esmolas; miséria;
Transcendental: Que excede ou está
acima dos limites normais; Muito elevado; sublime, elevado.
Leituras
complementares
Segunda Lv 6.8-9
Terça Lv 6.11-12
Quarta 1Rs 18.37-39
Quinta 2Cr 7.1-3
Sexta At 2.1-4
Sábado Ne 13.31
Textos
de Referência.
Levítico 6.9-10, 12
9 Dá ordem a Arão e a seus filhos, dizendo:
Esta é a lei do holocausto: O holocausto será queimado sobre o altar toda a
noite até pela manhã, e o fogo do altar arderá nele.
10 E o sacerdote vestirá a sua veste de
linho, e vestirá as calças de linho sobre a sua carne, e levantará a cinza,
quando o fogo houver consumido o holocausto sobre o altar, e a porá junto ao
altar.
12 O fogo, pois, sobre o altar arderá nele,
não se apagará; mas o sacerdote acenderá lenha nele cada manhã, e sobre ele
porá em ordem o holocausto, e sobre ele queimará a gordura das ofertas
pacíficas.
Hinos
sugeridos.
5, 24, 122
Motivo
de Oração
Ore para que os jovens cresçam no
conhecimento da Palavra e em oração.
Esboço
da Lição
Introdução
1. O altar é lugar de entrega.
2. O altar é lugar de adoração.
3. O altar é lugar de alegria.
Conclusão
Introdução
O altar sempre aceso significa que tudo deve
ser colocado sobre ele. Não pode existir na vida do cristão nada tão valioso
que não possa ser colocado sobre o altar para ser queimado em oferta ao Senhor.
1. O
altar é lugar de entrega.
A instrução do Senhor para que o altar
ficasse sempre aceso caracteriza que tudo ali era colocado era para ser
queimado, isto é, para ser entregue a Ele. O altar é uma figura da cruz, onde
Jesus passou pelo fogo do juízo divino. O altar é um lugar de entrega de um
animal sem defeito e do derramamento de sangue; o lugar onde algo valioso é
entregue ao Senhor para ser queimado em adoração a Ele. Esses sacrifícios
repetitivos sobre o altar aceso são tipos do sacrifício único feito por Jesus
Cristo.
1.1. Entregar
no altar o que tem valor.
A exigência de Deus para que a oferta fosse
sem mancha demonstra que devemos trazer apara o altar de Deus o que é melhor,
isto é, algo de valor. Ao exigir que Isaque fosse oferecido em sacrifício e não
Ismael, Deus exige de Abraão o filho que lhe era mais querido. Todos que
desejam agradar a Deus no altar devem aprender com Abraão. Mesmo depois da
promessa se cumprir com o nascimento de Isaque, o mais importante é Deus e não
Isaque, e se for necessário oferecer Isaque em holocausto, será feito, pois é a
vontade do Senhor.
Colocar a oferta sobre o altar
aceso é querer oferecer ao Senhor por completo, tendo em vista que tudo será
consumido pelo fogo. Esse princípio bíblico permeia a vida dos que agradaram a
Deus em todas as épocas, de não valorizar nesta vida nada acima dEle. Na época
do profeta Elias, após anos sem orvalho e sem chuva, ele se apresentou no Monte
Carmelo e levantou o altar, colocando sobre este algo de grande valor: água
(1Rs 18.34-35). Quando é oferecido ao Senhor o que é valioso para o homem, Deus
reconhece e tem prazer nesta oferta. Este é o grande privilégio da Igreja, que
pode colocar sobre o altar aceso o que realmente agrada a Deus. E hoje, somente
a Igreja pode oferecer este sacrifício a Deus.
1.2. Altar
aceso é a lei do holocausto.
Deus estabelece que o fogo sobre o altar
deveria arder durante todo o dia e toda a noite (Lv 6.12). Durante a travessia
do deserto o cuidado com o fogo durante a noite deveria ser maior, pois no
deserto, à noite, a temperatura diminui bastante e pode fazer com que o fogo venha
a se apagar. Em tempo de frieza é mais difícil manter o fogo aceso e a Igreja
deve observar este detalhe para que a temperatura espiritual não diminua no
meio do povo de Deus. Jesus fala sobre o esfriamento do amor: “E, por se
multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.” (Mt 24.12).
Conforme a noite começa e os raios
solares se vão, começa a esfriar. Deus quer um altar aceso durante o dia e
também durante a noite. Já vivemos o adiantado da hora. Jesus disse que a noite
vem (Jo 9.4), e com a noite vem as dificuldades, como a falta de luz (Jo11.10).
A frieza espiritual tem tomado conta de muitas vidas e contemplamos o reflexo
desse fato nas nossas reuniões, em que muito entretenimento é oferecido com
intuito de atrair os crentes para o culto, quando deveria ser um prazer estar
na igreja para adorar ao Senhor. Há movimentos que, com o intuito de atrair as
pessoas, oferecem milagres, vendem indulgências e talismãs, e prometem bens
meramente terrenos. Resultado de um altar que se apaga lentamente devido ao
fato da noite ter chegado.
1.3. No
altar Deus cheira o suave cheiro.
O holocausto era uma oferta de cheiro suave
ao Senhor e esse bom cheiro hoje é oferecido a Deus por uma Igreja separada
deste mundo, consagrada ao Senhor e santificada pelo sangue de Jesus, pela ação
da Palavra de Deus e pelo Espírito Santo. Deus nunca ficou sem testemunhas na
terra em todas as épocas e hoje também tem os fiéis, que perseveram em meio a
todas as adversidades, e estes colocam sobre o altar aceso uma oferta que Deus
recebe, uma oferta de cheiro suave (1Rs 19.18).
Toda pessoa que quer agradar a Deus
tem que conhecer a cruz. Sem o conhecimento da cruz tudo que é oferecido a Deus
é proveniente da carne e de modo nenhum pode agradar a Deus (Rm 8.8). Pessoas
que não conhecem a cruz são meramente religiosas no seu caráter. Julgam-se
capazes de oferecer a Deus alguma coisa do seu labor, da sua capacidade
natural, desconhecendo a si próprio e desconhecendo a Deus. Toda oferta que
agrada a Deus deve ser em Cristo oferecida. Somente assim Deus pode cheirar o
suave cheiro da oferta colocada sobre um altar que arde.
2. O
altar é lugar de adoração.
Deus criou o homem para que O adorasse. Jesus
disse que Deus procura verdadeiros adoradores (Jo 4.23). Um leproso ouviu de
longe, como ordenava a lei, o Sermão do Monte e a ação da Palavra em seu
interior agiu tão forte que ele entendeu que uma lepra não poderia impedi-lo de
cumprir o propósito pelo qual fora criado por Deus. Assim, se aproximou de
Jesus e O adorou: “E eis que veio um leproso e o adorou, dizendo: Senhor, se
quiseres, podes tornar-me limpo.” (Mt 8.2).
2.1. O
altar de bronze
Havia o altar de bronze (cobre) que ficava no
pátio do tabernáculo (Êx 27.2; 40.6) e o altar de ouro que ficava dentro do
santuário (Êx 30.1, 6) e o altar de ouro que ficava dentro do santuário (Êx
30.1, 6). O altar para sacrifício era o de bronze, onde o fogo deveria arder
continuamente. Nesse altar de bronze eram oferecidos os sacrifícios cruentos no
altar de ouro era queimado o incenso aromático pela manhã e tarde. Em ambos
altares o cheiro era agradável a Deus, isto é, Deus aceitava a adoração.
“Alguns estudiosos supõem que os
sacerdotes, por turnos, pusessem a intervalos os pedaços do sacrifício sobre o
altar, garantindo assim que sempre houvesse algo queimando. Mas considerando-se
que o combustível era somente a lenha, o sacrifício ficaria requeimando durante
a noite inteira, sem nenhuma ajuda. No entanto, parece que na época do segundo
templo, ficar alimentando as chamas fazia parte da prática dos sacerdotes” (R.
N. Champlin). É no altar de bronze que o nosso ego desaparece e tudo que está
relacionado com a carne é destruído. Renunciamos a nossa vida pela vida de Deus
(Gl 2.20).
2.2.
Uma oferta de fé.
A fé é essencial para a adoração do ofertante
no altar. Se aproximar do altar sem fé é apenas formalismo; é procurar
encontrar o Senhor Deus e entende-lo pela razão humana. O escritor aos Hebreus,
ao fazer menção dos primeiros atos de adoração registrados na história humana
(as ofertas oferecidas a Deus por Caim e Abel – Gn 4.1-7), enfatiza que Abel
foi movido pela fé (Hb 11.4), diferentemente de Caim. Foi também pela fé que
Abraão ofereceu Isaque (Hb 11.17). Não basta apenas ofertar (Hb 11.6).
Aprendemos pela Palavra de Deus a
importância de ofertarmos ao Senhor não simplesmente para cumprir uma ordenança
ou liturgia, ou um mero formalismo ritual, mas movidos pela confiança,
convicção, certeza concreta (Hb 11.1), que se expressa em ação, como
demonstrado por Abel, Abraão e outros.
2.3. Um
altar de adoração.
Quando uma oferta é trazida ao altar do
Senhor tem também o sentido da adoração. Quando o profeta Elias restaurou o
altar de Israel e Deus enviou fogo do céu para consumir a oferta (1Rs 18.38), o
povo adorou ao Senhor (1Rs 18.39). O altar da adoração deve estar levantado nas
nossas igrejas, nas nossas famílias e nas nossas vidas. Deus é adorado no céu
pelos seres que lá habitam e também deve ser adorado por todos aqueles que na
terra professam o Seu Santo Nome. A adoração só deve ser dada a Deus. Jesus disse
que somente Deus deve ser adorado (Mt 4.10).
Um altar aceso continuamente significa
uma adoração continuada, uma adoração que não para e que não esteja sujeita a
situações que o adorador venha passar. A adoração da Igreja não é afetada pelas
crises desta vida, pelas enfermidades ou pelas tempestades que possam advir.
Adorar a Deus é grande privilégio a nós concedido e por essa razão o inimigo de
nossas almas tenta de todas as maneiras atrair essa adoração para a pessoa
dele. Mas o Espírito Santo na vida do crente, na vida da Igreja, leva o povo de
Deus a adorar somente ao Senhor. Abel adorou a Deus oferecendo o sangue e a
gordura sobre o altar. O sangue manifesta a excelência da vida e a gordura a
excelência inerente à pessoa de Cristo, Sendo Deus Espírito, os seus adoradores
devem adorá-Lo em espírito e em verdade. Isso é possível, pois Deus nos deu a
Sua natureza através do Espírito Santo.
3. O
altar é lugar de alegria.
A alegria é uma das características do fruto
do Espírito (Gl 5.22). Alegria faz parte do caráter dos que se aproximam de
Cristo, reconhecendo a obra por Ele realizada. Sua morte e ressurreição nos deu
esta alegria por termos comunhão com Deus e pelas gloriosas promessas que estão
para se cumprir na vida de todos os que permanecerem fiéis, perseverando até o
fim (Mt 24.13).
3.1.
Alegria pelo perdão.
O perdão é necessário porque o homem pecou
contra Deus. Sendo o pecado uma ofensa à santidade de Deus, somente Ele pode
conceder o perdão. O Homem sem Deus procura de muitas maneiras se justificar
perante o Senhor, mas nenhuma delas consegue conceder alegria ao homem, pois
não lhe dá a certeza de ter alcançado o perdão. Fazer obras meritórias,
meditação transcendental, praticar a mendicância e outras formas criadas pelas
religiões não tem como conceder a certeza do perdão. Essa alegria só é
alcançada quando contemplamos Cristo, que foi sacrificado por nós. Por essa
razão, Davi orou pedindo: “Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me
com um espírito voluntário”. (Sl 51.12).
O perdão só pode ser dado porque
com Ele está o perdão (Sl 130.4). O perdão concede ao penitente: alegria
imediata, alívio da consciência culpada e restauração da comunhão com Deus.
Davi não pediu a Deus segurança do reino, um exército mais forte, mais riqueza,
mas, sim “alegria da salvação”. O perdão liberta o homem de todo o tipo de
escravidão, dá um novo motivo de vida. Uma pessoa perdoada é uma pessoa alegre,
que tem motivos para viver, e não apenas viver, mas viver uma vida com
abundância (Jo 10.10).
3.2.
Alegria pela presença de Deus.
O altar é lugar de encontro entre Deus e o
homem. O pecador, ao ouvir a voz de Deus, teme e se esconde (Gn 3.10), mas no
altar tem uma vítima que toma o lugar do pecador, que muda o medo em alegria
(Nm 10.10). O pecador pode entrar pelo átrio da casa do Senhor com alegria:
“Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei oferendas e entrai nos seus
átrios.” (Sl 96.8).
Na presença do Senhor há fartura de
alegria (Sl 16.11). Para o salvo a presença do Senhor é uma busca constante e
incessante, para poder desfrutar do que há de mais precioso. O salmista se
alegra pelo convite que lhes é feito, de ir à casa do Senhor (Sl 122.1). Todos
os que vivem uma vida totalmente entregue para Deus, e têm como fundamento da
vida cristã a obra que Jesus realizou, Sua morte e ressurreição, sempre terão
uma mensagem de alegria (Mt 28.8).
3.3.
Alegria por ser o altar de Deus.
O salmista se alegra por se chegar ao altar
de Deus: “Então irei ao altar de Deus, do Deus que é a minha grande alegria, e
com harpa te louvarei, ó Deus, Deus meu.” (Sl 43.4). A tradução livre do texto
“aminha grande alegria” é “a alegria da minha alegria”, como encontramos nos
rodapés de algumas Bíblias. O salmista está dizendo que, quando vai ao altar de
Deus, ele encontra uma alegria que alegra a alegria dele.
Existe a alegria humana (natural) e
a alegria que é uma das características do fruto do Espírito (espiritual). A
alegria natural está na alma, mas a alegria espiritual só tem os que nasceram
de novo, pois ela está no espírito do homem. Quando nos aproximamos do altar de
Deus, somos inundados pela presença do Espírito Santo e tomados pela Sua
alegria, que supera qualquer dificuldade que este mundo possa oferecer. É a
alegria do Espírito alegrando a alegria da alma.
Conclusão.
Temos de empreender todos os esforços para
que o altar esteja aceso continuamente, para que a qualquer momento que dele
nos aproximarmos possamos oferecer a nossa oferta de cheiro suave ao Senhor.
Seja no calor do dia, ou no frio da noite, que esta chama esteja sempre acesa.
Questionário.
1. O que Jesus disse que Deus procura?
R: Verdadeiros adoradores (Jo
4.23).
2. O que é essencial para a adoração do
ofertante no altar?
R: A fé (Hb 11.6).
3. Quando o profeta Elias restaurou o altar
de Israel e Deus enviou fogo do céu para consumir a oferta, o que o povo fez?
R: Adorou ao Senhor (1Rs 18.39).
4. Quem Jesus disse que deve ser adorado?
R: Somente Deus (Mt 4.10).
5. O que é a alegria?
R: Uma das características do
fruto do Espírito (Gl 5.22).
Fonte:
Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Levítico – O ministério sacerdotal
levítico e sua relevância para a Igreja. Adultos, edição do professor, 1º
trimestre de 2018, ano 28, Nº 106, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.
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