segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Lição 2 A centralidade da adoração.



Lição 2 A centralidade da adoração.
9 de outubro de 2016.

Texto Áureo
Salmos 95.6
Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou.”

Verdade Aplicada
A adoração deve ser a prioridade de nossa vida.

Objetivos da Lição
Explorar a amplitude da adoração na Bíblia Sagrada;
Valorizar a adoração como prioridade da vida;
Enfatizar a centralidade da adoração na nossa vida.

Glossário
Celeuma: Algazarra, barulho, gritaria;
Displicente: Desleixo; desinteresse, indiferença; negligência;
Imolar: Matar vítimas para as oferecer em sacrifício sobre o altar; renunciar em atenção a alguém ou alguma coisa; sacrificar, perder.

Leituras complementares
Segunda Êx 15.1-11
Terça 1Sm 2.1-10
Quarta Ne 9.1-20
Quinta Jó 42.1-6
Sexta Sl 98
Sábado Hc 3.17-19

Textos de Referência.
Salmos 95.1-6
1  Vinde, cantemos ao Senhor; cantemos com júbilo à rocha da nossa salvação.
2  Apresentemo-nos ante a sua face com louvores e celebremo-lo com salmos.
3  Porque o Senhor é Deus grande e Rei grande acima de todos os deuses.
4  Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas.
5  Seu é o mar, pois ele o fez, e as suas mãos formaram a terra seca.
6  Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou.

Hinos sugeridos. 412, 454, 522

Motivo de Oração
Peça a Deus que lhe mostre o que tem lhe impedido de colocar Ele em primeiro lugar em sua vida.

Esboço da Lição
Introdução
1. Deus é o centro de tudo.
2. O objetivo da adoração.
3. Tudo para a gloria de Deus.
Conclusão

Introdução
Esta temática nos leva a assumir um profundo comprometimento, pois a primeira grande revelação que deve desapontar nesta “centralidade” é o conhecimento daquilo que significa a verdadeira adoração.

1. Deus é o centro de tudo.
Deus deve estar em primeiro lugar em nossas vidas. Nada é mais importante do que Ele. Se temos Deus no centro de nossas vidas, temos tudo o que  necessitamos. A vida não terá uma direção correta, se Deus não estiver no centro.

1.1. A adoração verdadeira tem Deus como o centro.
Quer O adoremos em particular ou em público; no nosso quarto, em família ou na assembleia dos santos; o centro tem que ser o próprio Deus! (Jo 4.24). No culto, por exemplo, Deus deve ser o centro da nossa reunião. Chegamos a Ele através de jesus Cristo, o Seu Filho. O cristão deve adorar somente a Deus. Podemos honrar os homens (Rm 13.7, 1Pe 2.17), mas adoramos somente a Deus. Podemos reconhecer as maravilhas da criação de Deus, mas adoramos ao Criador. Não se deve adorar a nenhum homem temente a Deus, santo ou anjo (At 10.25-26; Ap 22.8-9). Não devemos adorar imagens, estátuas religiosas, retratos nem quadros, todos são ídolos (Êx 20.4-6). Talvez alguém pergunte: “Mas como podemos adorar um Deus a quem não podemos ver nem tocar, e cuja voz não é audível ao ouvido humano?”. A resposta é: pela fé! (Hb 11.1).

A atitude de colocar Deus no centro requer o entendimento de que tudo na vida esteja ligado a essa “centralidade”, portanto, não podemos pensar no tema superficialmente, como um argumento para o preenchimento de uma pauta. É um exercício que envolve tudo na vida e a razão da compreensão da própria existência. Devemos tomar cuidado para que as maravilhas do mundo não nos afastem da presença de Deus, pois o mundo oferece muitos “caminhos” (Pv 14.12). Saber que Deus conhece todas as coisas é uma verdade admirável. A princípio pode trazer algum temos, no entanto, o melhor é a sensação de segurança para os que nEle confiam. O salmista Davi estava tão extasiado em pensar nisto, que afirmou: “Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta, que não a posso atingir.” (Sl 139.6). 

1.2. A verdadeira adoração é baseada na obra sacrificial de Cristo.
Para sermos aceitos, temos que estar no Amado, conforme nos aponta Efésios 1.6. Ninguém pode vir ao Pai sem ser pela obra meritória de Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6). Nosso acesso é “pelo novo e vivo caminho que Cristo nos consagrou pelo véu, isto é, pela Sua carne” (Hb 10.20). No versículo acima, a palavra “novo” significa “morto recentemente”. Em outras palavras, para chegarmos a Deus em adoração temos que ter como base o sangue derramado e a obra sacrificial de Cristo no Calvário!

Vemos isto muitas vezes no Antigo Testamento. Considere o livro de Levítico, que é principalmente um hinário de adoração. Os capítulos iniciais descrevem o sistema sacrificial e como um povo remido devia se aproximar da presença manifesta de Deus. Sem tentar entrar em detalhes, podemos observar que a expressão “tenda da congregação” (termo usado cerca de 50 vezes no livro de Levítico para se referir ao tabernáculo) corresponde a igreja do Novo Testamento, local onde nos reunimos para adorar a Deus publicamente. Quando o povo de Deus se reúne na igreja, há uma comunicação da mente e da Palavra de Deus (Lv 1). Além disso, quando o povo de Deus se reúne na igreja é com o propósito de adorar e, portanto, cada um de nós deve levar uma oferta!

1.3. A adoração verdadeira a Palavra de Deus.
Não podemos saber o que envolve a verdadeira adoração, nem o que Deus requer do adorador, a menos que achemos esta verdade revelada na Bíblia. A Bíblia é o manual do cristão. Se ignorarmos este manual e tentarmos simplesmente chegar a Deus em nossos termos, com certeza seremos rejeitados assim como Caim (Gn 4). Nossos sentimentos, opiniões, obras e palavras não têm mérito nenhum diante de Deus. Todos juntos não valem nada mais do que só devoção voluntária se não dermos atenção aos ensinamentos claros da Palavra de Deus.

Sem a Bíblia a adoração verdadeira é só um sonho. Deve haver uma fonte final de autoridade: algo ou alguém que nos dê a palavra final, que ponha fim a controvérsia e estabeleça aquilo no qual devemos crer, quem devemos ser e o que devemos ser e o que devemos fazer. Se a autoridade estiver na pessoa, então a opinião de um homem é tão boa quanto a de outro e a adoração de cada homem deve ser aceita. Mas, saibam todos que Deus não é tolerante! Deus é gracioso e perdoador, mas não é tolerante. O Deus justo e santo não pode (e nem vai) agir contrário a Sua Palavra. Portanto, cheguemos diante de Deus com a convicção de que tudo o que a Palavra de Deus ensina deve ser crido, seja qual for a ordem deve ser obedecida, seja qual for a recomendação deve ser aceita tanto como certa quanto útil, e, seja o que for que ela condene, isso deve ser evitado e entendido como sendo errado e nocivo. Nossa adoração e nossa própria vida devem estar centralizadas em Deus, baseadas na obra sacrificial do Calvário e firmadas nas descrições definidas da Palavra de Deus (1Tm 3.14-17).

2. O objetivo da adoração.
Tudo que nos vem às mãos deve honrar ao Senhor. O verbo “honrar” significa “distinguir, fazer diferença”. E é isto o que Deus espera de nós! Muito mais do que dízimos e ofertas, Ele espera que O honremos!

2.1. Devemos adorar com os nossos bens.
A vontade de Deus é suprir as necessidades materiais dos Seus filhos. Há diversas promessas na Bíblia que se referem a isto (Sl 23.1; Fp 4.19). Contudo, isto não acontece de forma automática. Esta promessa é condicional, ou seja, não se cumpre por si só, mas depende de cada um de nós para que possa ser concretizada. O texto bíblico acima pode ser dividido em duas partes: o que nós devemos fazer e o que Deus fará depois que fizermos a nossa parte. Essa promessa divina diz respeito à provisão e prosperidade (não entenda como “riqueza”), e revela a vontade do próprio Deus para Seus Filhos.

“Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda: e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares.” (Pv 3.9-10). Temos aqui uma promessa de deus que tem o Seu “Sim” e o Seu “Amém” (2Co 1.20). O texto de Provérbios fala de Deus suprindo abundantemente o Seu povo com a Sua provisão. Isto não se aplica somente a celeiros e lagares hoje, de forma literal como no caso dos judeus daquela época, mas também devemos entender que Deus está se referindo a uma provisão abundante. Contudo, muitos cristãos sinceros não experimentam a provisão e a prosperidade. Isto tem ocorrido justamente porque há uma dimensão de entendimento por trás dessa promessa que ainda não foi alcançada pela maioria dos cristãos.

2.2. Devemos adorar com a honra que Lhe tributamos.
O conselho de Deus nos dá por meio de Salomão é o de honrarmos ao Senhor com os nossos bens (Pv 10.22). O que está em questão aqui é a manifestação da honra, e não os bens em si. O uso dos bens é só um meio de expressarmos essa honra. Deus não está interessado em nossas ofertas, e sim na atitude que nos leva a entregarmos a Ele as nossas ofertas. Um dos maiores exemplos disso está no que Deus pediu a Abraão: o sacrifício de Isaque (Gn 22.1.-10). Na hora de imolar o filho, o patriarca foi impedido de fazê-lo e o Senhor deixou claro que Ele só queria a expressão da honra, e não o privar de seu filho.

Vale a pena ressaltar que, ao pedir justamente o que o patriarca Abraão mais amava, o Senhor estava lhe dando uma oportunidade de honrá-Lo tremendamente.

2.3. Devemos adorá-lo com a motivação correta.
Vemos o mesmo princípio revelado de forma inversa, quando Ananias e Safira trouxeram uma oferta de alto valor, mas com a motivação errada e recheada de mentira. O que aconteceu? Deus se agradou? DE forma alguma! Lemos em Atos 5.1-5 que o Senhor os julgou pelo que fizeram. O Pai Celestial não queria o dinheiro deles, e sim uma atitude de honra.

O termo “honrar” significa “distinguir, fazer diferença”. Portanto, o Eterno Senhor Deus deseja ser distinguido de todas as demais coisas em nossas vidas, mesmo as que temos como mais preciosas.

3. Tudo para a glória de Deus.
A primeira carta de Paulo aos coríntios é certamente uma daquelas cartas que poderia se encaixar no quesito “tarefa ingrata”, tamanha foi a repreensão que aquela igreja precisou receber de Paulo (1Co 10.31).

3.1. Nossas obras devem ser para a glória de Deus.
A obra não é nossa, por isso, nem a fama, a glória ou o louvor devem ser para nós, mas sim para o Senhor da seara (Rm 11.36). A nós, servos, deve bastar-nos a alegria e a bênção de sermos achados fiéis para servir na mais gloriosa tarefa que há no mundo: pregar Cristo, o Salvador do homem. Por que tanta celeuma, disputa e lutas no sentido de querermos que o nosso trabalho seja mais vistoso, “mais espiritual”, mais abrangente que o do nosso irmão? Deixemos essa tarefa de avaliação para o Senhor, nosso Deus. A nós, compete-nos fazer o nosso melhor. Entregarmo-nos totalmente nas mãos de Deus para que o nosso trabalho seja o melhor, o mais excelente. Deus o avaliará e recompensará.

Quantos, no final, não virão a dizer: “Senhor, não tocamos para Ti? Não dançamos em Teu Nome? Não fizemos.... Mas o Justo Juiz dirá: “Não vos conheço... Não sei quem sois, porque o que fizeste não foi para Mim.”.

3.2. Nossa entrega a Cristo deve ser sem reservas.
Paulo apresentou a maneira pela qual o novo homem deve viver: para a glória de Deus. Essa vida é descrita como a vida a ser desenvolvida diariamente e o caminho para ela é o caminho da consagração, da dedicação, da entrega da vida a Deus. É fácil na hora do culto glorificar a Deus. Mas como fazer isso sempre? “Portanto, quer comais quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.” (1Co 10.31). É a conscientização de que tudo que envolve a nossa vida deve ser para adorar a Deus. Para isto é necessário um verdadeiro novo nascimento (Jo 3.3).

É certo que nós muitas vezes não gostamos de confrontar as pessoas com a verdade e dizer a elas que estão vivendo de maneira equivocada, mas era justamente essa a tarefa de Paula. Vemos que o apóstolo Paulo tem que até mesmo criticar severamente as reuniões da igreja e o momento de tomarem a Ceis do Senhor: “Nisto, porém, que vou dizer-vos, não vos louvo, porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior.” (1Co 11.17).

3.3. Vivendo para a glória de Deus.
Atualmente, tem sido dito que viver bem significa buscar o máximo de satisfação própria em todas as áreas da vida, ainda que essa satisfação seja alcançada quebrando-se toda espécie de moral ou amor ao próximo. A verdade é que o “amor” que domina o mundo hoje é o amor a si próprio. As pessoas tornaram-se egoístas e vivem para si mesmas. No entanto, muito ao contrário do que a sociedade atual tem praticado, a Palavra de Deus nos ensina que o homem foi criado pelo Eterno, não para que viesse buscando o seu próprio prazer, mas o prazer daquele que o criou. A vida só passa a ter pleno significado quando damos conta desta magnífica e gloriosa verdade (1Co 10.31).

Existem grandes perdas na ausência da observação desses fundamentos da vida. Viver intensamente e abundantemente é viver tendo a compreensão de que o Eterno e Maravilhoso Senhor Deus é o centro de tudo, e que tudo aquilo que nos vem às mãos para fazer tem como principal objetivo adorar a Ele, pois tudo o que fizermos deve ser para a Sua glória. É exatamente isso que deve tomar o coração e mente de todos aqueles que se entregaram a Jesus Cristo, tendo-o como único referencial de vida (Fo 4.8).

Conclusão.
Centralizar nossa vida em atitudes de adoração exige, portanto, vigilância constante para que em nenhum momento nos desviemos deste exercício espiritual, pois, se porventura nos tornarmos displicentes, isso acarretará em sérios prejuízos para nossa vida.

Questionário.
1. Conforme Efésios 1.6, o que precisamos fazer para sermos aceitos?
R: Temos que estar no Amado (Ef 1.6).

2. Qual conselho que Deus nos dá por meio de Salomão?
R: Para honrarmos ao Senhor com os nossos bens (Pv 10.22).

3. O que Deus pediu a Abraão?
R: O sacrifício de Isaque (Gn 22.1-10).

4. O que Ananias e Safira fizeram?
R: Trouxeram uma oferta de alto valor, mas a motivação errada e recheada de mentira (At 5.1-5).

5. Como devemos viver?
R: Para a glória de Deus (1Co 10.31).

Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Adoração e Louvor, A excelência e o propósito de uma vida inteiramente dedicada a Deus, Jovens e Adultos, edição do professor, 4º trimestre de 2016, ano 26, Nº 101, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.

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