Lição 1 A Sobrevivência em Tempos de Crise.
02 de outubro de 2016.
TEXTO ÁUREO
(Jo 16.33)
"Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis
aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo."
VERDADE PRÁTICA
As crises podem ser superadas com sabedoria, fé e com a ajuda de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hc 1.1,2
O questionamento e o silêncio de Deus em meio à crise
Terça - Hc 1.3,4
Um profeta entristecido em meio à crise de violência e corrupção
Quarta - Hc 2.2
A resposta de Deus em meio à crise
Quinta- Hc 1.13
Deus usa o ímpio, em meio à crise, como
instrumento de correção
Sexta - Hc 3.17,18
A fé na provisão de Deus em tempos de crise
Sábado - Hc 3.19
Deus é a nossa força em tempos de crise
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Habacuque 1.1-17
1 - O peso que viu o profeta Habacuque.
2 - Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei:
Violência! E não salvarás?
3 - Por que razão me fazes ver a iniquidade e ver a vexação? Porque a
destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda
e o litígio.
4 - Por esta causa, a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o
ímpio cerca o justo, e sai o juízo pervertido.
5 - Vede entre as nações, e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos;
porque realizo, em vossos dias, uma obra, que vós não crereis, quando vos for
contada.
6 - Porque eis que suscito os caldeus, nação amarga e apressada, que
marcha sobre a largura da terra, para possuir moradas não suas.
7 - Horrível e terrível é; dela mesma sairá o seu juízo e a sua
grandeza.
8 - Os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos e mais
perspicazes do que os lobos à tarde; os seus cavaleiros espalham-se por toda
parte; sim, os seus cavaleiros virão de longe, voarão como águias que se
apressam à comida.
9 - Eles todos virão com violência; o seu rosto buscará o oriente, e
eles congregarão os cativos como areia.
10 - E escarnecerão dos reis e dos príncipes farão zombarias; eles se
rirão de todas as fortalezas, porque, amontoando terra, as tomarão.
11 - Então, passarão como um vento, e pisarão, e se farão culpados,
atribuindo este poder ao seu deus.
12 - Não és tu desde sempre, ó SENHOR, meu Deus, meu Santo? Nós não
morreremos. Ó SENHOR, para juízo o puseste, e tu, ó Rocha, o fundaste para
castigar.
13 - Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a vexação não
podes contemplar; por que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente e te
calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele?
14 - E farias os homens como os peixes do mar, como os répteis, que não
têm quem os governe?
15 - Ele a todos levanta com o anzol, e apanha-os com a sua rede, e os
ajunta na sua rede varredoura; por isso, ele se alegra e se regozija.
16 - Por isso, sacrifica à sua rede e queima incenso à sua draga;
porque, com elas, se engordou a sua porção, e se engrossou a sua comida.
17 - Porventura, por isso, esvaziará a sua rede e não deixaria de matar
os povos continuamente?
OBJETIVO GERAL
Mostrar que as crises que enfrentamos em nossa nação e no mundo são
resultado do mundo decaído.
HINOS SUGERIDOS:
50, 140, 474 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve
atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os
seus respectivos subtópicos.
Reconhecer que a crise
é uma realidade do mundo atual;
Mostrar que a crise
é consequência do pecado;
Explicar o porquê das
crises política, econômica e espiritual.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de
estudarmos a respeito das crises que nossa nação e o mundo vêm enfrentando:
crise espiritual, política e econômica. O comentarista do trimestre é o pastor
Elienai Cabral - escritor e conferencista
da Casa Publicadora das Assembleias de Deus.
Aproveite o tema do trimestre para mostrar aos seus alunos que o mundo
está em crise, mas os céus não. Deus é Soberano e Senhor. Ele tem o suprimento
para todos aqueles que nEle confiam.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos as crises que o mundo decaído vem
enfrentando ao longo do tempo. Jesus nos alertou que no mundo teríamos
aflições, mas prometeu estar conosco todos os dias, até a consumação dos
séculos (Mt 28.20). Não estamos sozinhos em meio às crises. Sabemos que o
Brasil enfrenta uma séria crise política, moral e econômica sem precedentes. Já
se fala em 11 milhões de desempregados. Muitas empresas estão fechando suas
portas; a indústria não consegue escoar a produção, pois o comércio não tem
para quem vender os produtos. E o resultado é a tão temida recessão econômica.
A crise também tem afetado a área da saúde. Os que buscam os hospitais públicos
sofrem nas filas de espera. Faltam médicos, remédios e leitos, e muitas pessoas
morrem sem conseguir atendimento. A Educação também tem enfrentado crises.
Vivemos em uma sociedade caótica, porém temos um Deus que cuida de nós. É o que
veremos nesta lição.
PONTO CENTRAL
A crise espiritual, política e econômica que o mundo enfrenta é consequência
do mundo decaído.
I - A CRISE COMO UMA REALIDADE
1. Deus criou um mundo perfeito. Deus criou um mundo perfeito e nele colocou o homem, para cuidar da
criação e com ela habitar. Adão recebeu do Criador a missão de governar a Terra
e cultivar o solo. Por um período de tempo (não sabemos quanto tempo), Adão e
Eva viveram sem crise e em harmonia, governando o mundo. Todavia, Adão e Eva
caíram na tentação do Diabo, desobedecendo à ordem de Deus. Com o pecado veio o
juízo divino sobre Adão, Eva e a serpente. A terra também sofreu as
consequências do pecado (Gn 3.17). O pecado deformou a raça humana e fez com
que o mundo viesse experimentar as diferentes crises que temos visto. A
primeira crise que Adão enfrentou foi no seu relacionamento com sua esposa, Eva.
Adão culpou a Deus e a mulher pelo seu erro (Gn 3.12). Em meio às crises, sejam
elas de diferente ordem, temos a tendência de sempre culpar alguém.
2. Uma sociedade em crise. Com a Queda,
vieram os males e as crises, que assolam a Terra até os dias atuais. A
apostasia tornou-se universal. Hoje parece não haver mais limites ao adultério,
a imoralidade e a corrupção. O homem está cada dia mais distante de Deus e
cometendo toda sorte de torpeza. Nossa geração assemelha-se a dos dias de Noé.
Contudo, Deus está no controle. O Dia do Senhor virá e a sua justiça será
feita. Vivemos em uma sociedade corrupta e perversa, mas não pertencemos a este
mundo, por isso, não podemos nos conformar com a sua maneira de pensar e agir
(Rm 12.2).
SÍNTESE DO TÓPICO I
A crise que atinge o mundo é real e é consequência da Queda.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Adão e Eva tentaram igualar-se a Deus e determinar seus próprios
padrões de conduta (Gn 3.22). O ser humano, através da Queda, tornou-se até
certo ponto independente de Deus, e começou a fazer o seu próprio julgamento
entre o bem e o mal. Neste mundo, o julgamento ou discernimento humano,
imperfeito e pervertido, constantemente decide sobre o que é bom ou mau. Tal
coisa nunca foi da vontade de Deus, pois Ele pretendia que conhecêssemos
somente o bem, e para isso, dependendo dEle e da sua palavra. Todos quantos
confessam Cristo como Senhor, retornaram ao propósito original de Deus para a
humanidade. Passam a depender da Palavra de Deus para determinarem o que é
bom" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 38).
CONHEÇA MAIS
*Habacuque
"Habacuque profetizou a Judá entre a derrota dos assírios, em
Nínive, e a invasão de Jerusalém pelos babilônios (605 - 597 a.C.). O livro é o
único no seu gênero por não ser uma profecia dirigida diretamente a Israel,
mas sim a um diálogo entre o profeta e
Deus. Habacuque queria saber por que Deus não fazia algo a respeito da
iniquidade que predominava em Judá. Deus lhe responde, então, que enviaria os
babilônios para castigar a Judá. Esta resposta deixou o profeta ainda mais
confuso: 'Por que Deus castigaria o seu povo através de uma nação mais ímpia do que ele?' No fim,
Habacuque aprende a confiar em Deus, e a viver pela fé da maneira como Deus o
requer: independentemente das circunstâncias."
Para conhecer mais leia, Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1336.
Noé repovoou a terra, porém o homem continuou com a semente do pecado
em seu coração. Não demorou muito para a crueldade adentrar na casa do próprio
Noé.
II - A CRISE COMO UMA CONSEQUÊNCIA DO PECADO
1. A crise na sociedade antediluviana. Depois da Queda, o pecado se alastrou pela raça humana como um vírus
letal (Gn 6.5). Porém, o mundo antediluviano ainda não vivia o caos. Segundo as
Escrituras Sagradas não havia fome e a saúde do homem era boa, pois a
expectativa de vida era bem elevada, chegando quase a mil anos (Gn 5.27).
Embora houvesse provisão, saúde e expectativa de vida, o homem continuava longe
de Deus e entregue a toda a sorte de torpeza. A terra encontrava-se
corrompida e cheia de violência (Gn
6.11). Muitos, erroneamente, acreditam que a violência é consequência da
modernidade e do capitalismo. A violência é consequência do pecado e da dureza
do coração do homem, que vive longe do Criador. Dizendo isso, não estamos
negando que a pobreza, o desemprego e a falta de acesso à educação contribuem
para o aumento da violência.
Deus é santo e não pode tolerar o pecado, por isso, decidiu frear a
maldade do homem trazendo o dilúvio (Gn 6.13). Mas Deus também é
misericordioso. Em sua bondade e misericórdia, Ele determinou que Noé
construísse uma arca. A arca serviria para abrigar Noé e sua família, os
animais e todos aqueles que acreditassem na pregação do servo de Deus. A arca
era um refúgio contra a ira de Deus. Mas aquelas pessoas não creram nas
advertências de Noé e não quiseram buscar refúgio em Deus. Somente Noé e sua
família foram salvos das águas do dilúvio formando uma nova civilização.
2. Crise na sociedade pós-dilúvio. Noé repovoou a terra, porém o homem continuou com a semente do pecado
em seu coração. Não demorou muito para a crueldade adentrar na casa do próprio
Noé. O servo do Senhor plantou uma vinha, fez vinho e se embriagou (Gn
9.20,21). Seu filho Cam, vendo o pai bêbado, expôs a sua nudez. Cam foi
amaldiçoado por Noé (Gn 9.25), numa mostra clara de que o pecado traz maldição
para a família e para a nação. Muitas vezes a crise é consequência do pecado.
Os homens se estabeleceram na antiga planície da Suméria e não demorou
muito para iniciarem a construção de uma torre. Esse era um monumento para
engrandecimento do homem. Era a busca pelo poder. Muitos, na atualidade estão
construindo monumentos para si mesmo (casas, carros importados, joias, roupas
de grife), mas não ajudam aqueles que estão necessitados. Deus não se agradou
desse projeto arrogante e fez com que cada um falasse uma língua diferente,
dificultando o ajuntamento das pessoas em um só lugar. A sociedade
pós-diluviana não se tornou melhor do que a antediluviana, pos a iniquidade humana
continuou a crescer.
3. Crise nos tempos de Jesus e
na Igreja Primitiva. Jesus nasceu na
terra de Israel, em uma região conhecida como Palestina. O Filho de Deus veio
ao mundo em um tempo em que o Império Romano dominava Israel. A tensão política
e a instabilidade social eram grandes. Era um tempo de crise política, social,
moral e espiritual. Mas, em meio às crises a luz raiou dissipando as trevas e
trazendo esperança para a humanidade. Nos dias de Jesus, havia muitos pobres e
necessitados. Por isso, o Mestre ensinava que era preciso cumprir o que fora
dito pelo profeta Isaías (Is 58.6,7). Não adiantava dizer que eram filhos de
Abraão, caso não desfizessem o jugo do oprimido e repartissem o pão com o
faminto. Isso nos faz lembrar que a fé sem as obras é morta (Tg 2.15-17).
A Igreja Primitiva enfrentou uma terrível perseguição. Havia muitos
necessitados, todavia os irmãos acudiam os pobres e necessitados. Em tempos de
crise, os bens eram partilhados (At
4.34,35). É em meio à crise que podemos ver o quanto as pessoas são generosas.
A generosidade aliada à comunhão fazia com que muitos fossem atraídos a Jesus
Cristo, contribuindo para o crescimento da igreja.
SÍNTESE DO TÓPICO II
A crise é uma consequência do pecado.
Deus não tolera o pecado. Para disciplinar seu povo, Ele usaria os
babilônios (Hc 1.5-12).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Maldade e violência
Essas palavras são usadas para caracterizar os pecados que causaram o
dilúvio de Gênesis. Maldade é rasab, atos criminosos que violam os direitos dos
outros e tiram proveito do sofrimento deles. Violência é hamas, atos
deliberadamente destrutivos que visam prejudicar outras pessoas. Quando
qualquer sociedade é marcada por situações frequentes de maldade e violência
corre o risco de receber o juízo de Deus.
Noé deve ser honrado por sua constante fidelidade. Ele trabalhou
durante anos na construção da arca numa planície sem água (Gn 6.3). Ele deve
ter sofrido zombaria sem piedade dos seus vizinhos, nenhum dos quais respondeu
às suas advertências acerca do juízo divino. Contudo, Noé não deixou de confiar
em Deus. Manteve uma postura obediente. Percebemos a qualidade de nossa fé
quando passamos por provações" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da
Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2012, p. 29).
III - A CRISE
1. A crise política. Israel enfrentou uma
terrível crise política depois da morte de Salomão. Roboão, o filho sucessor,
pede conselhos aos anciãos, mas ignora as orientações deles. Ele prefere seguir
os conselhos de seus amigos (1 Rs 12.10). Roboão buscou fazer aquilo que era
melhor para si e não para o seu povo. Os resultados foram os piores possíveis. A
nação foi dividida, afastando o povo de Deus. Essa divisão perdurou por muito
tempo trazendo dor e sofrimento para todos. Quando homens insensatos assumem o
poder, toda a nação sofre as consequências.
Atualmente, o Brasil está enfrentando uma crise política sem
precedentes. Ela tem sido destaque nos principais jornais do mundo. A cada dia
surge um novo escândalo. Estamos vivendo um momento muito delicado. A corrupção
tem se alastrado como um câncer, atingindo todos os poderes. Como Igreja do
Senhor, temos que orar em favor da nossa nação e lutar contra toda a forma de
corrupção, pois temos um Deus que é santo e que abomina tal condição. Quando
escolhemos, de forma errada, uma pessoa para nos representar tanto no Executivo
quanto no Legislativo, a injustiça se alastra e muitos problemas surgem, como
os que ocorreram em Israel (Dt 16.18-20; Is 1.23).
2. A crise econômica. Muitos países já
enfrentaram terríveis crises econômicas ao longo dos anos. Nas Escrituras
Sagradas, encontramos, no livro de Gênesis, a extraordinária crise de alimentos
pela qual passou toda a terra (Gn 41.55,56). Porém, a crise foi revelada a
Faraó por intermédio de um sonho (Gn 41.1-8). Deus deu a José a interpretação
do sonho e ele foi levantado como governador do Egito. José recebeu de Deus
sabedoria para administrar em tempos de crise. A crise foi tão intensa que
pessoas de todas as terras se dirigiam ao Egito para comprar alimento (Gn
41.57).
No Brasil, a crise econômica que estamos enfrentando está diretamente
ligada à crise política. Segundo alguns economistas, o "Brasil não sairá
da crise econômica se não resolver a crise política e ética". Em meio à
crise não podemos nos desesperar nem nos entristecer. Precisamos orar e confiar
no Deus de toda provisão.
3. A crise espiritual. No texto bíblico
dessa lição, o profeta Habacuque, que viveu e ministrou em Judá, questionou a
Deus a respeito da crise que seu povo estava enfrentando. O profeta estava em
meio a uma sociedade agonizante, e por isso, desejava algumas respostas de
Deus. Muitas vezes, como Habacuque, diante do caos também nos perguntamos:
"Por que Senhor?" O profeta ficou perturbado ao ver que os ímpios
prosperavam e os justos iam mal. Deus, entretanto, ouviu os questionamentos do
profeta. Ele ouve e responde nossas indagações, embora nem sempre tenhamos as
respostas no momento em que queremos. O Senhor não deixou Habacuque sem
resposta (Hc 2.1,2). O Senhor falou que o seu julgamento viria sobre Judá. Deus
não tolera o pecado. Para disciplinar seu povo, Ele usaria os babilônios (Hc
1.5-12).
Habacuque questiona a Deus, porém ele era um homem de fé. Suas
indagações não eram resultado de dúvida ou incredulidade. Ele confiava que Deus
poderia suprir as necessidades do seu povo mesmo não florescendo a figueira e
não havendo fruto na vide (Hc 3.17). Mesmo que não houvesse provisão, ele
continuaria confiando na fidelidade do Senhor. Confiar em Deus em tempos de
abundância é relativamente fácil; difícil é continuar confiando na provisão em
meio à escassez.
SÍNTESE DO TÓPICO III
A crise que a nossa nação está enfrentando é espiritual, política e
econômica.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
"O profeta Habacuque viveu em Judá, provavelmente durante o reinado de
Josias. Todavia, apesar do verniz superficial da religião, essa sociedade foi
arruinada pela injustiça.
No passado, muitos profetas já haviam identificado e condenado
duramente a sociedade injusta de Judá, mas foi sobre o governo de Manassés, avô
de Josias, que a sociedade hebraica comprometeu-se com a idolatria, atrelada
aos males sociais. Josias, que assumira o trono aos oito anos de idade,
conclamou a nação a que voltasse para Deus. Após ter encontrado um livro
perdido da lei de Deus, extirpou a idolatria, restabeleceu o Culto no Templo e
empenhou-se na administração da antiga lei de Deus. Muito embora, todos esses
procedimentos não tenham conseguido eliminar a corrupção, profundamente
enraizada entre o povo e suas instituições.
Habacuque, ao rogar a Deus por uma explicação do porquê Ele permitiria
que o iníquo pecasse e o inocente sofresse, recebe a resposta. Na época, Deus
estava preparando os babilônios para ingressarem no rol das potências mundiais.
O Senhor usaria as forças armadas desses pagãos para que seu próprio povo fosse
punido. Habacuque entendeu o plano de Deus, pois o uso de nações inimigas para
disciplinar Israel e Judá era um precedente bem arquitetado. Não obstante,
havia ainda um problema de ordem moral que perturbava o profeta. Como poderia
Deus usar um povo menos justo para disciplinar o mais justo? Desde o início, este tema palpitante tem
causado preocupação aos crentes de uma forma ou de outra. Por que permitiria
Deus que o iníquio alcançasse sucesso neste mundo? Por que Ele não tomaria
atitude alguma de sorte que os bons e não os ímpios prosperassem? As respostas
que encontramos em Habacuque deixam evidente que o ímpio não será bem-sucedido,
pois não há quem, bom ou mau, que possa evitar a mão disciplinadora do
Senhor" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de
Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012,
p. 560).
CONCLUSÃO
O mundo pode estar em crise, mas o Reino dos Céus não. O Senhor é
soberano e não perdeu o controle da situação. O governo está em suas mãos. O
Dia do Senhor virá e os justos e ímpios terão a sua recompensa. Não desanime.
Confie, pois em breve o Senhor virá em nosso socorro.
PARA REFLETIR
A respeito da sobrevivência em tempos de crise, responda:
Qual era a missão de Adão antes da crise se instalar na Terra?
Adão recebeu do Criador a missão de governar a Terra e cultivar o solo.
As crises enfrentadas no mundo são consequência de quê?
São consequência da Queda.
A sociedade pós-diluviana tornou-se melhor que a antediluviana?
Não! O homem continuou a pecar
de forma deliberada contra Deus.
Quais eram as crises e conflitos no tempo de Jesus?
A tensão política e a instabilidade social eram grandes. Era um tempo
de crise política, social, moral e espiritual.
Quem Deus usou para administrar a crise de alimentos no Egito?
José recebeu de Deus sabedoria para administrar a crise.
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 68, p. 36. Você encontrará mais
subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
SUGESTÃO DE LEITURA
É Possível Ser Feliz?
O que a Bíblia tem a nos dizer a respeito da busca da verdadeira
felicidade?
O autor discorre acerca da felicidade baseado nos Salmos de 1 a 15 e em
outros versículos bíblicos.
Deus Não Desistiu de Você
Esta obra o ajudará a prosseguir e a se apropriar das misericórdias de
Deus que se renovam a cada manhã
Billy Graham, Paz com Deus
Nesta obra Billy Graham lhe ajudará a buscar a verdadeira calma
espiritual em meio a uma vida cheia de estresse, fardo e desânimo.
Fonte: CPAD, Revista, Lições
Bíblicas Adultos, professor, O Deus de toda Provisão – Esperança e sabedoria
divina para a Igreja em meio as crises, Comentarista Elienai Cabral, 4º
trimestre 2016.
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