Lição 11
A Família Segundo o Coração de Deus.
11 de setembro de 2016
Texto
do dia.
(2 Pe 3.13)
"Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova
terra, em que habita a justiça."
Síntese
Deus sempre esteve no controle de tudo. O fim da história será a prova
disso.
Agenda de leitura
SEGUNDA - Is 24.1,2
A consumação das coisas
TERÇA - Is 24.21-23
A justiça final será feita
QUARTA - Is 25.6-9
O profeta anuncia a restauração final de Israel
QUINTA - Is 26.1-6
O povo confiará plenamente em Deus
SEXTA - Is 27.1; Ap 20.1,2
Deus destruirá de uma vez por todas o mal
SÁBADO - Is 27.12,13
Deus reunirá seu povo junto de si
Objetivos
MOSTRAR como será o julgamento dos maus
e a salvação dos justos;
COMPREENDER que Cristo está no centro da
história humana;
DISCUTIR a respeito do fim da história humana e o novo
começo em Deus.
Interação
O Salmo 46 fala a respeito da soberania de Deus sobre todo o universo.
Ele tem o domínio de todas as coisas e nada acontece sem sua permissão. É um
convite à confiança em tempos de angústia e uma mensagem de esperança de que
aquilo que Deus faz é agradável, perfeito e bom. Você poderá, ao final da
lição, ler esse Salmo com seus alunos.
Ressalte que, apesar das situações difíceis que o mundo tem enfrentado,
Deus está e estará no controle de todas as coisas. Seus filhos podem confiar
plenamente em seu cuidado e amor.
Orientação Pedagógica
A lição desta semana fala a respeito das profecias de consumação da
história. Eis um tema que desperta curiosidade e muita preocupação por parte de
todos. Ao fazer essa abordagem, sugerimos que você leve para a sala de aula o
trailer de um filme que fale a respeito do fim dos tempos. Diversos filmes
podem ser encontrados no Youtube como, por exemplo, "Deixados para
traz" (2000) e "O apocalipse" (2014). A partir do estudo desta
lição e da análise desses trailers, promova um debate acerca da consumação dos
tempos. Um bom debate e uma boa reflexão.
Texto bíblico
Isaías 24.4-6
4 A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha;
enfraquecem os mais altos do povo da terra.
5 Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores,
porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna.
6 Por isso, a maldição consome a terra, e os que habitam nela serão
desolados; por isso, serão queimados os moradores da terra, e poucos homens restarão.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Os capítulos 24 a 27 do livro de Isaías apresentam profecias que
apontam para o final da história. São textos complexos e de difícil
interpretação. Profecias de castigo aos israelitas e promessa final de
livramento e salvação. Reúnem profecias, cânticos (26.1-6; 27.2-5) e orações
(25.1-5; 26.7-19). Estão divididos entre julgamentos dos maus e salvação e
promessas de livramento para o povo de Deus. Nenhum desses textos (Is
24.1-27.13) fala do Messias, todavia precisam ser interpretados sob a
perspectiva de que somente será possível a redenção do povo de Deus na
consumação da história, mediante a obra do Messias consumada na cruz. Aqueles
que rejeitarem o Messias, que não aceitarem a redenção gratuitamente proposta e
oferecida por Deus, sofrerão a condenação eterna. A condenação será a eterna
separação de Deus, o autor da vida, e estes padecerão com Satanás, no lago de
fogo e enxofre.
I - O JULGAMENTO E A SALVAÇÃO
1. Como será o julgamento. A palavra
julgamento no grego (krinein) quer dizer separar (Mt 13.24-30), ou seja, será a
separação do bem e do mal, daquilo que é verdadeiro do que é falso, o ato final
de Deus onde se preservará apenas aquilo que não foi contaminado pela maldade e
pelo pecado. Na teologia dispensacionalista, presente na maioria das igrejas
pentecostais, esse período de julgamento se refere ao Juízo Final, na
consumação de todas as coisas, quando todos os povos e nações comparecerão
diante do trono de Deus para serem julgados por seus atos (Mt 25.31-33). No
Antigo Testamento, além do profeta Isaías, quem mais profetizou sobre o Juízo
Final foi Daniel (Dn 12.1-3). No Novo Testamento, o assunto foi tratado por
Jesus no Sermão Profético (Mt 24,25), bem como por Paulo, Pedro e João.
2. O destino dos maus. Para o Juízo Final
acontecerá a ressurreição dos maus de todos os tempos; os salvos já terão
ressuscitado para estarem no milênio com Cristo (Is 26.19; Ap 20.4). Ninguém
escapará da desolação e julgamento que sobrevirá: ricos, pobres, sacerdotes,
leigos (Is 24.2) e reis (Is 24.21). A terra, outrora abençoada, agora é maldita
por causa da injustiça (Is 24.5) e será abalada, provavelmente num grande
terremoto (Is 24.18-20), e o sol e a lua deixarão de brilhar (Is 24.23). Deus
destruirá todo o mal bem como todos os grandes poderes e impérios mundiais,
representados pelo leviatã, pela serpente sinuosa e pelo dragão (Is 27.1).
Aqueles que forem julgados como maus serão separados definitivamente de Deus, a
fonte da vida.
3. O destino dos bons. Aqueles que forem
julgados como bons e forem justificados pelo sacrifício de Cristo serão levados
para o Reino eterno, conforme Jesus mesmo afirmou em Mateus 25.34. O Reino de
Deus será um eterno desfrutar de alegrias, delícias e bem-estar, na presença de
todos os salvos de todos os tempos, mas o importante é que para sempre
estaremos com nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, cuja presença encherá a
terra com sua glória e majestade, conforme a visão de João (Ap 21.23).
Pense
O julgamento será uma realidade concreta para a humanidade.
Ponto Importante
Esse período de julgamento se refere ao Juízo Final, na consumação de
todas as coisas.
II - CRISTO, O CENTRO DA HISTÓRIA
1. O início da história humana. A história da humanidade pode ser revelada na criação, Queda,
redenção em Cristo e final dos tempos com Cristo. Isso porque Ele é o que
permeia a história humana com sua presença. Israel não foi fiel à aliança feita
com Deus; com isso, um remanescente (a semente, o troncorestante), que se
concentra em Cristo na sua morte, tornou-se precursor de um grande povo
composto por todas as tribos e nações que confessam a Cristo como Salvador.
2. A redenção da história humana. Toda a história da salvação está contida num único evento: a
intervenção de Cristo na história por meio da cruz. Dela brota todo o presente
e representa a garantia de todo o futuro. Entre a cruz de Cristo e a consumação
final da história dá-se a tensão e hostilidade entre a instalação de seu Reino
na terra "já agora" e no "ainda não" do Reino que está por
vir. A batalha decisiva e vitoriosa já foi travada na cruz do Calvário. Neste
momento, vive-se em hostilidade com o adversário, Satanás, que quer tentar
destruir a obra redentora em nós, embora já tenha sido vencido.
3. Ele é para todo sempre. Ele é antes
do início, foi crucificado ontem, reina agora de forma invisível e voltará no
fim dos séculos para estabelecer seu Reino eterno, onde a justiça e a paz
reinarão perpetuamente. Algumas vezes, o fim dos tempos é entendido como um
tempo caótico e terrível. Para alguns poderá ser mesmo, mas para os que forem
do Senhor será um tempo em que as qualidades humanas serão potencializadas e
nossa fidelidade ao Senhor não sofrerá mais os percalços que temos hoje, pois
Ele mesmo vai destruir toda infidelidade (Is 5.1-6).
Pense
Se Cristo é o centro da história, Ele precisa ser o centro de nossas
histórias pessoais.
Ponto Importante
Para a fé cristã, Jesus Cristo é o verbo que origina a história, se
encarna na história para redimir a história e no final Ele há de encerrar a
história. Cristo é o centro e o fim da história.
III - O FIM DA HISTÓRIA
1. A consumação. Quando se fala em
consumação da história, fala-se do seu fim. E fim significa término e também
alvo, ou seja, os filhos de Deus se esforçam para estabelecer seu Reino na
terra (alvo), mas esse esforço terá fim quando os céus e a terra passarem (2Pe
3.10). Entretanto, o seu Reino se concretizará em plenitude somente no fim dos
tempos, no término da história humana.
2. A história humana terá fim, mas a de Deus não. Deus está acima da história. Ele é a-histórico, pois
é eterno. Seu Reino se estabelece na história humana, por isso tem início, mas
nunca terá fim.
3. A Nova Jerusalém é o início da nova história humana. O Reino de Deus é sinônimo da Nova Jerusalém, o lugar
que Deus preparou para os salvos em Cristo, para passarem com Ele por toda a
eternidade, na casa do Pai (Jo 14.1-4), desfrutando eternamente de seu amor.
Pense
A melhor coisa na restauração final da história não será o Novo Céu e a
Nova Terra, mas sim a presença eterna e sublime de Deus.
Ponto Importante
Deus está acima da história, Ele é um ser a-histórico, pois é eterno.
O seu Reino se concretizará em plenitude somente no fim dos tempos, no
término
da história humana.
SUBSÍDIO 1
"Estudiosos bíblicos discutem se esses capítulos (24.1-27.13)
contêm profecias ou se eles apresentam um teor apocalíptico. Às vezes é difícil
distinguir entre os dois. A profecia geralmente prediz um futuro definido. Informações
apocalípticas dirigem a mente de forma mais abstrata e simbólica em direção ao
futuro, em contraste com o presente. Como o material apocalíptico é geralmente
repleto de visões, figuras simbólicas e nomes, ele pode ser compreendido mais
corretamente como uma expressão de fé do autor e sua filosofia da história. O
estudante dos textos apocalípticos deve aprender a não interpretar literalmente
todo simbolismo que encontra.
[...] Alguns dos temas apocalípticos com os quais Isaías trabalha são:
o julgamento de Deus por causa do pecado e dos pecadores; tribulações como
guerra, fome e pestilência; convulsões geológicas; desordens astronômicas;
guerra moral no reino espiritual; o triunfo final do programa divino; o
banquete escatológico em honra à vitória divina; a alienação da morte; a
ressurreição dos justos; a dor aguda de uma nova era" (Comentário Bíblico
Beacon. Vol 4: Isaías e Daniel. 2ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 79-80)
SUBSÍDIO 2
"O Reino e a Vinda do Filho do Homem (Lc 17.20-30)
O Jesus inspirado pelo Espírito fala profeticamente sobre a vinda do
Reino de Deus, incluindo sua própria vinda e o julgamento final. Lucas registra
dois dos maiores discursos de Jesus sobre os acontecimentos do tempo do fim (Lc
17. 20-37). O Reino, o governo de Deus, é uma realidade presente. A vida e ministério de Jesus
declaram de modo veemente e novo a presença do reinado régio de Deus. Mas a
vinda desse Reino também é um acontecimento futuro. Jesus se refere a ambos os
lados do reinado soberano de Deus aqui. Nos versículos 20 e 21, em resposta a
uma pergunta feita pelos fariseus, Ele explica a natureza futura do Reino.
Depois, nos versículos 22 a 37, Ele explica aos discípulos a futura vinda do
Reino.
Alguns fariseus perguntaram a Jesus quando Deus vai estabelecer o seu
Reino na terra. Não há que duvidar que eles ficaram impressionados com os dons
proféticos de Jesus, então agora eles desejam saber o momento quando Deus
começará a exercer seu governo sobre a humanidade. Eles querem um horário e
presumem que sinais visíveis precederão a vinda do Reino. Jesus explica que o
Reino de Deus é distinto dos reinos com os quais os fariseus estão
familiarizados. Sua vinda não corresponderá com sinais visíveis para que
ninguém possa predizer o tempo exato de sua chegada. As pessoas entendem mal o
caráter do Reino de Deus, quando dizem 'Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali!' Tais
predições são arrogantes e mostram-se falsas e decepcionantes a pessoas
persuadidas por elas (cf. At 1.6,7)" (Comentário Bíblico Pentecostal.
4.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2009,p. 432).
ESTANTE DO PROFESSOR
Teologia Sistemática Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008
CONCLUSÃO
O fim da história será a prova de que Ele sempre esteve no controle de
todas as coisas e aqueles que confiaram nEle entrarão para o descanso eterno,
preparado desde a fundação do mundo (Mt 25.34).
Hora da revisão.
Transcreva a oração que Isaías faz em 25.1 de seu livro.
Ó Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei e louvarei o teu nome, porque
fizeste maravilhas; os teus conselhos antigos são verdade e firmeza.
Que período escatológico acontecerá logo antes do Juízo Final?
O milênio.
Qual a característica principal do milênio?
Serão mil anos de paz do governo mundial em que Cristo será o rei.
Por que Cristo é o centro da história?
Toda a história da humanidade tem Cristo como seu precursor (Jo 1.1),
seu executor (Mt 28.18; Cl 1.17) e o seu fim (Fp 3.21).
Qual a essência que poderá ser vivida na vida eterna?
O perfeito amor de Deus.
Fonte: CPAD, Revista,
Lições Bíblicas Jovens, Isaías Eis me aqui, envia-me a mim, professor, 3º
trimestre 2016.
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