Lição 13
Recompensas da fidelidade.
29 de março de 2015
Texto
Áureo
“Disse-lhe o Senhor, muito bem, servo bom e
fiel, foste fiel no pouco sobre o muito te colocarei, entra no gozo do teu
Senhor.” Mt 25.21.
Verdade
Aplicada
Conscientizar que o homem fiel será abençoado
nesta vida e, por fim, alcançará vida eterna.
Objetivos
da Lição
Reconhecer que a recompensa de Deus ocorre nas
esferas espirituais, materiais e futuras;
Conscientizar que precisamos ser fiéis a Deus
no pouco;
Entender que a maior recompensa de Deus para os
fiéis é a vida eterna.
Glossário
Esfera: Área de atividade;
Prece: Oração;
Porfia: Contenda, discussão.
Textos de
referência.
Mt 25.19-22
19
Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas
com eles.
20 Então,
aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo:
Senhor, me confiou-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que
ganhei.
21
Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco,
sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
22 E,
aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, dois
talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei.
Leituras
complementares.
Segunda Pv
28.20
Terça Mt
25.23
Quarta Sl
101.5
Quinta 2Rs
20.1-6
Sexta 1Tm
1.12
Sábado Ap
22.12
Esboço da
Lição
Introdução
1. Recompensas temporais
2. Recompensas espirituais
3. Recompensas futuras
Conclusão.
Introdução
Ao longo de toda a Bíblia, a fidelidade de
Deus, uma parte essencial do Seu caráter, é celebrada e exaltada pelos Seus
servos (Sl 36.5). Mas, assim Seus servos, Ele espera que estes também sejam
fiéis a Ele (1Tm 1.12). A fidelidade honra a Deus e Deus honra a fidelidade (Jó
42.10-12). Vejamos a seguir alguns aspectos dessas recompensas:
1.
Recompensas temporais.
O homem que é fiel ao Senhor é revestido de
bênçãos (Pv28.20). Conheçamos, portanto, as graças recebidas concernentes ao
tempo, ou seja, as recompensas temporais advindas da fidelidade.
1.1. Prosperidade
que vem do Senhor.
Existe uma prosperidade que não vem do Senhor
(Mt 16.26): a prosperidade que visa somente as conquistas materiais e os
prazeres deste mundo. Em 3 João 2, temos o relato do que é ser próspero no
Senhor. A verdadeira prosperidade envolve todos os aspectos da vida: família,
finanças, relações sociais e profissionais, saúde e, principalmente, a vida
espiritual, que é o aspecto mais importante da existência humana. José era
próspero em tudo quanto fazia, mais jamais se esqueceu do seu Deus (Gn 39.2,
3).
1.2. Confiança
nas relações sociais.
Uma pessoa fiel a Deus certamente também será
fiel em suas relações sociais; isso fará com que alcance junto à sociedade, em
cujo contexto se encontra inserido, um bom nome, ou seja, respeito,
consideração e confiança (Pv 22.1). A fidelidade era a qualidade que Paulo mais
exaltava nos seus companheiros de ministérios (1Co 4.17; Ef 6.21; Cl 1.7; 4.9).
Por isso confiava tanto neles e os apresentava às igrejas como homens fiéis. O
maior patrimônio que um líder pode ter é cercar-se de companheiros fiéis.
1.3.
Poderá ter sua esfera de ação ampliada.
Embora o texto de Mateus 25.21 tenha um cunho
escatológico, ou seja, refere-se a recompensas futuras, ele pode ser aplicado à
vida cristã no momento presente, pois uma vida de fidelidade a Deus pode nos
conduzir a novas conquistas. Mateus fala de ser fiel no pouco, ou seja, quando
valorizamos as pequenas coisas que Deus nos dá, Ele, aos poucos, amplia essas
esferas de ações, seja no campo profissional, social, financeiro ou ministerial.
Dentre os muitos exemplos Bíblicos, podemos escolher Davi. Ele cuidava tão
fielmente de umas poucas ovelhas de seu pai, a ponto de defende-las de ursos e
leões (1Sm 17.34-36). Mesmo que ninguém o estivesse vendo, ele agia com
fidelidade. Todavia, o olhar de Deus o acompanhava sua fidelidade e o escolheu
para ser o maior rei de Israel de todos os tempos. Ele saiu detrás das ovelhas
para ser o rei de Israel (2Sm 7.8).
Recompensas temporais são
recompensas relacionadas a esta vida, ou seja, ao momento presente. A
fidelidade a Deus resulta em bênçãos já nesta vida e, embora essas bênçãos ou
recompensas possam variar de uma pessoa para outra, todos os fiéis são alvos
das bênçãos de Deus. Isso está de acordo com a resposta de Jesus a Pedro,
quando ele quis saber o futuro daqueles que tinham deixado tudo para seguir o
Mestre. Cristo respondeu que receberam o cêntuplo já no presente, por fim, a
vitória eterna (Mc 10.28.30).
2.
Recompensas espirituais.
O nosso Senhor Jesus Cristo nos abençoou com
toda a sorte de bênçãos espirituais (Ef 1.3). Bênçãos que não são passageiras,
nem perecíveis. Aprendamos um pouco mais sobre esse favor divino a nosso
respeito.
2.1.
Experimentará a constante presença do Senhor.
É grande o privilégio de ter o Senhor como
companhia constante. O próprio Deus procura pessoas para estarem com Ele (Sl
101.6). Estar na presença de Deus, no sentido de comunhão e intimidade, é a
bênção suprema da vida cristã. Deus não retira Sua presença daquele que O serve
fielmente. José estava no Egito, longe de sua terra, de seus familiares e de
amigos, mas permaneceu fiel. A expressão “O Senhor era com ele” se repete
quatro vezes noi texto como razão do seu sucesso. Deus estava com ele na casa
de Potifar (Gn 39.3), na prisão (Gn 39.21) e no trono (Gn 45.8). A fidelidade,
portanto, é uma das bases de sustentação da comunhão com Deus. Se permanecermos
fiéis a Ele, também desfrutaremos da Sua gloriosa presença.
2.2. Será
socorrido no tempo da angústia.
A experiência do rei Ezequias foi extremamente
angustiosa. Acometido por uma enfermidade mortal, Isaias, o maior profeta
daqueles dias ainda lhe trouxe uma dura mensagem (2Rs 20.1). O rei, porém teve
forças para recorrer a Deus em oração. É importante observar que, durante a sua
prece, ele lembrou ao Senhor que O havia servido com fidelidade, sinceridade e
feito o que Deus aprova. Todavia, a oração dele não é um apelo baseado em boas
obras ou méritos humanos para alcançar o favor divino, mas expressa o
reconhecimento de que o Senhor favorece, misericordiosamente, aqueles que O
servem com fidelidade e os socorrem. Como afirmava Paulo em Filipenses 1.19,
20, mesmo em face de um julgamento arbitrário, ele tinha certeza de que em nada
seria envergonhado e o Senhor lhe daria vitória. A fidelidade no servir a Deus
nos dará confiança na Sua proteção, mesmo nas horas mais difíceis.
2.3. Terá
a aprovação de Deus quanto ao ministério.
Não sabemos explicar todos os ministérios que
envolvem a chamada de uma pessoa para o ministério. O próprio Jesus disse aos
discípulos que não foram eles que escolheram Cristo, mas que o Senhor os havia
escolhido (Jo 15.16). Entretanto, Paulo diz “que Deus o considerou fiel
designando-o para o ministério” (1Tm 1.12). Embora o apóstolo fosse detentor de
muitas qualidades admiráveis, ele afirmou que Deus o colocara no ministério
porque viu nele um homem fiel. Isso, porém, não significa que todo aquele que
for fiel será chamado para o ministério, pois todo servo de Deus precisa ser
fiel. Entendemos que a fidelidade é uma virtude imprescindível para aquele que
deseja servir ao Senhor em qualquer esfera de ação na igreja. Principalmente em
cargos ministeriais (1Co 4.1). Ao dar os último0s conselhos a Timóteo (2Tm
2.2), Paulo aconselha seu filho na fé a apossar-se da revelação divina entregue
e a comunicá-la a homens fiéis, que, por sua vez, passariam a outros, e assim
sucessivamente até a vinda de Cristo.
O cristão não deve focar
simplesmente nas bênçãos temporais ou materiais. Embora sejam importantes, mais
relevantes são as bênçãos espirituais. As bênçãos materiais ficarão aqui, mas
as bênçãos espirituais nos seguirão por toda a eternidade. Deus já nos abençoou
com toda sorte de bênçãos espirituais. Veja que não são algumas são todas as
bênçãos alcançadas por intermédio de Cristo (Ef 1.3). Essas bênçãos não são
futuras, elas estão presentes na vida do cristão, podendo ser desfrutada agora.
3.
Recompensas futuras.
A volta de Jesus é iminente. Ele cedo virá e
abençoará a cada um conforme suas obras (Ap 22.12). Compreendamos os galardões
futuros prometidos à Igreja.
3.1
Receberá a vida eterna no presente.
A expressão “vida eterna”, embora ocorra com
muita frequência no Novo Testamento, não é fácil de conceituar, pois não é
definida totalmente. Em João 17.3, a vida eterna é descrita no seu aspecto
experiencial de conhecer a Deus e ter comunhão com Ele mediante Seu Filho Jesus
Cristo. Podemos, então, observar dois aspectos da vida eterna: presente (Jo
3.36; Mt 25.21b) e futuro (Mt 25.46). No seu aspecto presente, a vida eterna é
a dádiva que Deus outorga ao homem mediante a regeneração (Tt 3.5), que
corresponde às expressões: nascer de novo (Jo 3.3), nascido de Deus (Jo 1.13) e
a nova criatura (2Co 5.17). É a ressurreição espiritual (Cl 3.1), que nos
permite estar assentados com Cristo nas regiões celestiais (Ef 2.6). Dessa
forma, os cristãos já desfrutam, no presente, daquela comunhão que
caracterizará a eternidade.
3.2
Receberá a vida eterna no futuro.
Com relação ao futuro, embora haja muitos
mistérios como afirma 1 João 3.2 “e não se manifestou ainda o que haveremos de
ser”, nem todas as maravilhas da eternidade estão plenamente reveladas. Podemos
afirmar que não é simplesmente uma existência sem fim, mas a qualidade de vida
mais elevada que existe, porque desfrutaremos da presença de Cristo por toda a
eternidade (1Ts 4.17; Mt 25.46).
A Bíblia afirma que se esperarmos
em Cristo somente nesta vida somos os mais infelizes de todos os homens (1Co
15.19). Por isso os servos de Deus, conforme ensina a Bíblia, viveram na
expectativa da vida futura. Abraão viveu de forma peregrina na terra de Canaã
porque buscava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e
edificador (Hb 10.8-10). De igual modo, Moisés recusou os tesouros do Egito,
preferiu sofrer com o povo de Deus porque contemplava o galardão (Hb 10.24-26).
O apóstolo Paulo afirmou de forma categórica sua confiança em um futuro
abençoado por Deus, não só para ele, mas para todos quantos amam a vinda do
Senhor (2Tm 4.8).
3.3
Receberá galardões.
A doutrina a respeito dos galardões é para
aqueles que perseverarem em servir ao Senhor fielmente (Hb 10.35). O próprio
Cristo disse que os distribuiria (Ap 22.12); quão grande privilégio será
recebe-los das mãos do Senhor. Dois fatos, porém, de extrema importância
precisam ser observados quando falamos de galardões. Primeiro: termos o cuidado
para não desenvolvermos uma visão materialista dos galardões, como se fossem
“bens” materiais nos lugares celestiais, como mansões, coroas literais, etc. Os
galardões referem-se a valores espirituais. Segundo: observar o critério para
ser galardoado (2Co 5.10). Será um galardão com base na qualidade do trabalho
prestado ao Reino de Deus (1Co 3.13, 14) e não simplesmente na quantidade. A
oferta da viúva pobre teve mais valor que as enormes quantias dos ricos. Também
será galardoado de acordo com a motivação interna (1Co 4.5). Existem,
infelizmente, muitas pessoas fazendo a obra de Deus com motivações impuras;
buscam glória para si mesmo, competem umas com as outras, pregam por porfia e
inveja (Fp 1.15), outras estão simplesmente interessadas no lucro financeiro
(2Co 2.17).
Conclusão.
A fidelidade é uma das virtudes cardeais do
cristianismo e precisa acompanhar o cristão em sua jornada neste mundo, pois
ela resultará tanto numa vida cristã vitoriosa, bem como na aprovação de Deus
no futuro (Mt 25.21).
Questionário.
1. Qual a importância de manter-se fiel a Deus?
R: Essa atitude honra a Deus e resulta em
grandes bênçãos (Jó 42.10-12).
2. Qual é a importância da prosperidade que vem
do Senhor?
R: Ela envolve todos os aspectos da vida,
principalmente a vida espiritual.
3. Cite duas recompensas espirituais advindas
da fidelidade a Deus?
R: O prazer de experimentar a constante
presença do Senhor (Sl 101.6); ter a aprovação de Deus quanto ao ministério
(1Tm 1.12).
4. Dê o exemplo de um homem fiel.
R: Davi. Ele cuidava com fidelidade das ovelhas
de seu pai e Deus lhe confiou o povo de Israel (1Sm 17.34-36).
5. Quais são os dois critérios observados no
recebimento dos galardões?
R: A qualidade do trabalho prestado (1Co 3.13,
14) e a motivação interna (1Co 4.5).
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