segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Lição 11 Calebe: um exemplo de visão, coragem e perseverança.

Lição 11 Calebe: um exemplo de visão, coragem e perseverança.
13 de dezembro de 2015.

Texto Áureo
Josué 14.11
“E, ainda hoje estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha força então, tal é agora a minha força, tanto para a guerra como para sair e entrar”.

Verdade Aplicada
As frustrações são obstáculos que nos influenciam a observar a beleza da vida.

Objetivos da Lição
Mostrar como um discurso negativo pode mudar o destino de uma nação, influenciando-a para o mal;
Ensinar que a incredulidade tem o poder de maximizar o problema, enquanto a fé vê as circunstâncias sob a ótica divina;
Explicar porque a perseverança é essencial e como é poderosa para construir um sólido caráter.

Glossário
Maximizar: intensificar, aumentar;
Vitalidade: energia;
Reveses: adversidades, perdas.

Leituras complementar:
Segunda       Hb 5.11-14
Terça              Is 40.29
Quarta           2Co 4.8, 9
Quinta           Pv 3.5, 6
Sexta             Dt 1.22, 23
Sábado          Nm 23.19.

Textos de Referência.
Josué 14.7, 8, 10
7 Quarenta anos tinha eu, quando Moisés, servo do SENHOR, me enviou de Cades-Barnéia a espiar a terra; e eu lhe trouxe resposta, como sentia no meu coração;
8 Mas meus irmãos, que subiram comigo, fizeram derreter o coração do povo; eu, porém, perseverei em seguir o SENHOR, meu Deus.
10 E, agora, eis que o SENHOR me conservou em vida, como disse; quarenta e cinco anos são passados, desde que o SENHOR falou esta palavra a Moisés, andando Israel ainda no deserto; e, agora eis que já hoje tenho já oitenta e cinco anos;

Hinos sugeridos.
75, 305, 609

Motivo de Oração
Ore para que a incredulidade não encontre brechas em seu coração.

Esboço da Lição
Introdução
1. Os malefícios da incredulidade
2. A confiança em Deus
3. A vitória da perseverança
Conclusão

Introdução
Nesta lição, observaremos como a incredulidade pode nos afastar das promessas divinas. Também aprenderemos como reagir diante das adversidades e a extrema importância de perseverar no Senhor.

1. Os malefícios da incredulidade.
Moisés escolheu doze homens para espiar a terra de Canaã. Eles deveriam observar o local, expor um relatório completo de tudo que iriam presenciar e trazer uma novidade do fruto daquela terra (Nm 13.18-20).

1.1. A influência negativa dos olhos.
Os próprios israelitas pediram a Moisés o envio de espias para saber como era aterra (Dt 1.22). Uma atitude desnecessária e incrédula da parte do povo, porque Deus já lhes havia dito que a terra da promessa era fértil e abundante. Que prova a mais esse povo necessitava? O povo não falhou diante da Terra Prometida, já havia falhado aqui, demonstrando incredulidade naquilo que Deus havia dito e preferido andar por vista em vez de agir por fé. Confiados apenas no que viram, sem atentar para o que ouviram da parte de Deus, deram ocasião á dúvida e assim desistiram de tomar posse da promessa (Pv 3.5, 6).

Explique para os alunos que, em meio ao motim criado pelo assombroso relato dos dez espias, o Senhor destaca um homem entre eles, Calebe, do qual dá testemunho dizendo que nele havia outro espírito e que perseverou em segui-lo (Nm 14.24). Ressalte para eles que a ordem era clara e não incluía suposições, porque aquela terra já lhes pertencia. Infelizmente, eles retrocederam, ignorando a promessa, e, por esse motivo. Deus rejeitou a todos, exceto Josué e Calebe (Nm 14.21-23). Esclareça também que, enquanto os olhos de Josué e Calebe visualizavam as maravilhas vividas desde a saída do Egito, os olhos dos espias viam a força dos inimigos. É incrível, mas dez homens destruíram o sonho de uma nação inteira (Hb 12.1).

1.2. A influência negativa de um discurso.
Os espias foram enviados para colher informações da terra prometida, não para fazer cálculos negativos de si mesmos, nem comparações acerca da estatura de seus moradores. Deus não disse nada a respeito, eles mesmos se inferiorizaram e disseram que não podiam (Nm 13.31-33). O problema todo estava na visão. Todos temeram, inclusive Josué e Calebe. Mas eles viram a questão de outra forma e acreditavam no mesmo poder que os havia libertado do Egito (Nm 13.30). O discurso dos dez espias conduziu o povo a cair na incredulidade, na derrota, na perda da herança e no juízo de Deus. Tanto a confiança quanto a incredulidade contagiam. Podemos animar ou desanimar através de nossas palavras e atitudes (Js 14.8ª).

Assinale para os alunos que as frustrações são obstáculos que nos influenciam a observar a beleza da vida na contrariedade. Reforce para eles que, através delas, os fortes esculpem suas personalidades, ganham coragem para viver e humildade para conquistar.

1.3. O benefício de uma sábia decisão.
A incredulidade do povo fez com que o Senhor emitisse uma sentença (Nm 14.22, 23). Porém, com Calebe, o Senhor agiu de maneira diferente dizendo: “Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me eu o levarei à terra em que entrou, e a sua descendência a possuirá em herança” (Nm 14.24). Houve um momento em que Calebe teve que decidir entre seguir o povo ou seguir a Deus. Ele escolheu ser odiado pelo povo, tomando a firme decisão de eleger o Senhor como seu Deus. Calebe não quis seguir sua vontade própria, nem a dos demais. Ele decidiu por Deus, mesmo não sendo o caminho mais fácil.

Mostre para os alunos que Calebe é um personagem que nos inspira até o dia de hoje. O testemunho que Deus dá a seu respeito é de um significado muito profundo. A expressão “outro espírito” significa que Calebe tinha um espírito distinto do que possuía o povo de Israel (Nm 13.30; 14.24). Ele se destaca pela fé e a confiança em possuir o que Deus já lhe havia assegurado. Calebe representa aquela pessoa empreendedora que começa algo e tem uma motivação poderosa no que faz.

2. A confiança em Deus.
Durante quarenta e cinco anos, Calebe foi condenado a andar em círculo com seus irmãos, mesmo estando certo de que aquela era a terra de sua herança. Ele possuía motivos para desistir e desanimar, mas perseverou em seguir ao Senhor de todo o coração e Deus honrou a sua fé.

2.1. Uma profunda confiança em Deus.
Calebe era possuidor de uma confiança que subjugava o medo, as circunstâncias e a morte (Nm 14.9). Enquanto ele via o inimigo como pão, os outros dez se viam como gafanhotos. A incredulidade sempre encontra um porquê e maximiza o problema. Não há relato de que foram vistos com desprezo pelos filhos de Enaque, mas eles disseram: “éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos” (Nm 13.33). Eles incendiaram a alma do povo com um relato maior que a realidade e, por esse triste relatório, foram os primeiros a morrer (Nm 14.37).

Apresente para os alunos a seguinte afirmativa: “Existem três classes de pessoas neste mundo Primeira classe: aquelas que dizem “quero”. Essas triunfam em tudo. Segunda classe: as que dizem “não quero”. Essas se opõem a tudo. Terceira classe: as que dizem “não posso”. Essas fracassam em tudo. Ressalte para eles que os dez espias conseguiram identificar Canaã como a “terra que nos enviaste” e “a terra pelo meio da qual passamos” (Nm 13.27, 32), mas não a viram como “a terra que o Senhor nosso Deus está nos dando”. Problemas é tudo aquilo que vemos quando tiramos os olhos de Deus. Eles olharam para a terra e viram gigantes; olharam para as cidades e viram muralhas enormes e portões trancados; olharam para si mesmos e viram gafanhotos. Se olhassem para Deus pela fé, teriam visto Aquele que vê as nações do mundo como gafanhotos (Is 40.22).

2.2 O poder de reação diante da adversidade.
O que aprendemos com Calebe não é a forma como vemos as coisas, mas como reagimos diante delas. Confiar em Deus não nos isenta de enfrentar problemas. Porém, se a perspectiva contém Deus e se é vista desde Sua ótica, tudo muda de forma radical. As circunstâncias enfrentadas serão as mesmas. Todavia, com Sua presença na batalha, teremos a força necessária para superar os obstáculos e ainda nos mantermos firmes até o final. A fé vê as circunstâncias através de Deus (Nm 13.30; 14.9). A incredulidade não vê Deus porque se fixa nas circunstâncias. Ela é caracterizada pela exclusão de Deus do seu raciocínio (Nm 13.31-33). Mas, se incluirmos Deus, todo o nosso raciocínio incrédulo se tornará anão diante de Sua maravilhosa e poderosa Presença (Hb 10.35-39).

Comente com os alunos que, mesmo que os relatórios que a vida lhe apresente sejam negativos, não devemos desistir. Existe uma promessa de Deus que inclui restauração, salvação, libertação, suprimento e paz (Nm 13.25-33; Sl 112.7). Enfrente o espírito de covardia (Nm 14.9c). A vida é difícil e muitas vezes ficamos inibidos pelas dificuldades e lutas diárias. A covardia promove acomodações. Não se acomode, tenha coragem, pois foi por coragem que Josué e Calebe herdaram a promessa (Js 1.7-9).

2.3. Uma confiança inabalável.
Por que Deus conservou Calebe em vida? (Js 14.10). Primeiro, para sustentar o que havia dito a seu respeito acerca de sua entrada na Terra Prometida, porque certamente não o deixaria morrer sem que essa palavra se cumprisse. Segundo, porque no deserto o Senhor o fortalecia (Js 14.11). Calebe conhecia ao peso da palavra do Senhor e sabia que, mesmo o deserto consumindo a todos, sua herança estava garantida (Nm 23.19). Quanto mais os anos se passavam, mais Calebe se fortalecia. Sua perseverança nos contagia, porque não é fácil suportar quarenta e cinco anos de humilhação e manter-se com a mesma força e vitalidade (Dt 8.3). Calebe viveu pelo que acreditava e esse foi o segredo de sua inabalável fé e perseverança.

Comente com os alunos que a vida de Calebe deve injetarem nós disposição e perseverança. Devemos sempre enfrentar o espírito de covardia que promove rendição desde antes da luta começar. Informe para eles que Calebe não teve medo de gigantes, nem de montanhas, porque ele sabia que o Senhor o ajudaria a conquista-los. Calebe sonhou com a promessa. A nossa esperança é que você encontre sua “montanha”. Lembre-se que a referência do seu sonho é a Terra Prometida.  

3. A vitória da perseverança.
Calebe não podia embasar sua confiança nos companheiros de missão, nem tampouco esperar qualquer reação de um povo impactado pelo medo. Ele teve que escolher entre seu povo e seu Deus. Perseverar foi para ele remar contra a maré e sofrer até que os dias de sentença se cumprissem.

3.1. A terra que pisou o teu pé.
Calebe jamais pensou em desistir da terra que pisou o seu pé. Ele sabia que, mesmo habitada por gigantes, aquela era a terra de sua herança e, se Deus havia escolhido essa, não lhe importava outra (Dt 1.36). Calebe quis o plano original, descartou a possibilidade de um plano “b”, não permitindo que o tempo nem as circunstâncias aniquilassem aquela promessa. Calebe se destaca porque tinha em seu coração uma real convicção de que Deus estava dirigindo sua vida (Js 14.7). O próprio Deus afirmou que Calebe era homem de um espírito diferente, não somente por sua posição de fé, mas porque sua forma de agir e pensar se destacou diante dos demais (Nm 14.24).

Explique para os alunos que, devido a sua fé incomum, Deus prometeu dar a Calebe a maior e melhor parte daquela terra. Informe para eles que o nome Calebe vem da palavra “Kalev” que, no hebraico, é uma palavra composta, algo muito comum do hebraico antigo. Assim, a sua origem pode ser decomposta em dois termos: “Kol”, que significa; “tudo ou todo”; e “Lev”, que significa “coração”. Daqui extrai-se que “Kalev”, no seu sentido mais remoto e profundo, significa “de todo o coração”.

3.2. Perseverança, a chave da conquista.
Para muitas pessoas, a vida, além de ser uma tarefa difícil, algumas vezes pode ser absolutamente insuportável. E por que precisamos de perseverança? Porque ela é essencial, a única chave que pode abrir a porta da esperança (Rm 5.3-5). É mediante a perseverança que se constrói um caráter forte, sólido e esperançoso, que nos motiva a viver e lutar por nossos ideais.

Esclareça para os alunos que perseverança pode ser definida como: “disposição para aceitar o que vier; a força para enfrentar os problemas de frente, determinação para manter-se firme e discernimento para ver a mão do Senhor em tudo”. Informe para eles que Calebe tinha um coração esperançoso (NM 14.7), uma mente perseverante (Nm 14.8). era animada pelas promessas divinas e tinha razões específicas pelas quais lutar (Nm 14.10-12).

3.3. Praticantes, não somente ouvintes.
Uma coisa é envelhecer no Senhor, outra bem diferente é crescer no Senhor, Calebe não somente envelheceu, ele conservou sua força através dos anos> Seria insano alguém ouvir o médico diagnosticar sua doença e pensar que, pelo fato de ter conversado com ele, o mal irá desaparecer repentinamente. Assim é a Palavra ouvida sem a prática (Tg 1.25). Infelizmente, Deus não ofereceu uma fórmula que produza cristãos amadurecidos da noite para o dia (Ef 4.13). Não há como fugir dos problemas, mas podemos nos preparar para confrontar nossos reveses, encará-los, sem atravessá-los e sairmos mais fortes em Cristo (Ef 6.10. 11).

Explique para os alunos que existem muitas pessoas que vão de igreja em igreja, de uma conferência bíblica para outra, enchendo caderno após caderno de notas, porém continuam sendo pessoas mal-humoradas, difíceis e irresponsáveis. Ressalte para eles que falta-lhes maturidade porque não praticam aquilo que ouvem (Tg 1.22).

Conclusão.
Calebe sofreu o desconforto de caminhar quarenta e cinco anos errante pelo deserto. Mesmo assim, conservou suas forças e expulsou os mesmos gigantes que seus irmãos se recusaram a enfrentar. Calebe se distinguiu dos demais por ser perseverante e diferenciado em espírito. Que essas qualidades nos contagiem!

Questionário.
1. De quem partiu a ideia de enviar espias para ver a terra?
R: A ideia partiu dos próprios israelitas (Dt 1.22).

2. Quais foram os dois homens contrários ao relatório??
R: Josué e Calebe (Nm 14.6-9).

3. Quais são as duas qualidades que Deus destaca em Calebe?
R: Perseverança e outro espírito (Nm 14.24).

4. Qual é a porta aberta pela perseverança?
R: A porta da esperança (Rm 5.3-5).

5. Por quanto tempo durou a espera de calebe??
R: A espera de Calebe durou quarenta e cinco anos (Js 14.10).


Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 4º trimestre de 2015, ano 25, Nº 97, Maturidade Espiritual.

Lição 11 Melquisedeque Abençoa Abraão


Lição 11 Melquisedeque Abençoa Abraão
13 de  Dezembro  de 2015
Dia da Bíblia

TEXTO ÁUREO
Gênesis 14.19
"E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra. "

VERDADE PRÁTICA
A bênção de Melquisedeque não se limitou a Abraão, mas alcança todos os que recebem Jesus Cristo como sacerdote eterno.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb 7.1    Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote de Deus
Terça - Hb 7.2          Melquisedeque, rei de Salém e rei de justiça
Quarta - Hb 7.3        Melquisedeque, um sacerdócio eterno
Quinta - Gn 14.20   Melquisedeque recebe os dízimos de Abraão
Sexta - Gn 14.18     Melquisedeque traz pão e vinho a Abraão
Sábado - Sl 110.4   Jesus, Sacerdote da ordem de Melquisedeque

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 14.12-20
12 - Também tomaram a Ló, que habitava em Sodoma, filho do irmão de Abrão, e a sua fazenda e foram-se.
13 - Então, veio um que escapara e o contou a Abrão, o hebreu; ele habitava junto dos carvalhais de Manre, o amorreu, irmão de Escol e irmão de Aner; eles eram confederados de Abrão.
14 - Ouvindo, pois, Abrão que o seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã.
15 - E dividiu-se contra eles de noite, ele e os seus criados, e os feriu, e os perseguiu até Hobá, que fica à esquerda de Damasco.
16 - E tornou a trazer toda a fazenda e tornou a trazer também a Ló, seu irmão, e a sua fazenda, e também as mulheres, e o povo.
17 - E o rei de Sodoma saiu-lhes ao encontro (depois que voltou de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele) no vale de Savé, que é o vale do Rei.
18 - E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus Altíssimo.
19 - E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra;
20 - e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu­lhe o dízimo de tudo.

OBJETIVO GERAL
Saber que a bênção de Melquesideque não se limitou a Abraão, mas alcança a todos que pela fé receberam a Jesus como Salvador

HINOS SUGERIDOS: 82, 126,198 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

Saber a respeito de Melquisedeque como rei de Salém;
Analisar a vida de Abraão como gentio;  
Mostrar que Melquisedeque ao trazer pão e vinho a Abraão abençoa o patriarca.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, animado para o estudo e o preparo de mais uma lição? Esperamos que sim, pois um professor entusiasmado e bem preparado é importante, fundamental no processo de ensino-aprendizagem. Na lição de hoje, estudaremos a respeito de dois personagens: Melquisedeque e Abraão. Segundo o pastor Claudionor de Andrade, a história de Melquisedeque é pequena, mas a teologia e a sua importância são grandes. Melquisedeque era rei de Salém, que mais tarde veio a se tornar Jerusalém. Ele é um tipo de Cristo. Melquisedeque não era apenas rei, mas também um sacerdote.  Seu nome significa "rei da justiça". Ao aceitar a bênção de Melquisedeque, Abraão demonstra reconhecer a sua autoridade sacerdotal. Abraão não somente aceitou sua bênção, mas lhe deu o dízimo de tudo (v. 20).

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A história de Melquisedeque é tão breve que o autor sagrado pôde narrá-la em apenas três versículos (Gn 14.18-20). Aliás, nem biografia possui o misterioso homem. Sabemos apenas que ele era rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo.
Se a história é pequena, a teologia é grande. A importância de Melquisedeque faz-se plena com a encarnação de Cristo que, desde o Calvário, exerce o seu sacerdócio junto ao Pai.
O rei de Salém entra em cena, quando sai ao encontro de Abraão, que vinha de uma renhida batalha para libertar a Ló, seu sobrinho. E ali na antiga Jerusalém, abençoa no patriarca toda a nação israelita. Nesta bênção, você também foi incluído.

PONTO CENTRAL
O Senhor Jesus como sacerdote pertencia à ordem de Melquisedeque.

I. MELQUISEDEQUE, REI DE SALÉM
Uma história sem biografia. Assim podemos definir a aparição de Melquisedeque no relato do Gênesis.  

1. Rei de Jerusalém. A antiga Salém, cujo nome em hebraico significa paz, é identificada com a Jerusalém atual. O objetivo deste reino era promover a paz através da justiça divina, já que o nome de Melquisedeque traz este glorioso significado: rei de justiça (Hb 7.2).
Portanto, sua função era difundir o conhecimento divino em toda aquela região, pois Israel ainda não existia como o povo sacerdotal e profético do Senhor.

2. Sacerdote do Deus Altíssimo. Melquisedeque foi o primeiro personagem da História Sagrada a receber o título de sacerdote. É claro que, desde o princípio, houve ações sacerdotais. Haja vista o oferecimento que Abel fez ao Senhor (Gn 4.4).
No texto bíblico, ele é identificado como sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18). Ao contrário do ofício de Arão, cuja continuidade era assegurada hereditariamente, o de Melquisedeque é eterno. Com um único sacrifício, o seu ministério plenificou-se. Sim, com a morte de Cristo foi-nos garantida eterna redenção perante Deus (Hb 7.23-28).

3. Figura de Jesus. Filho do homem, Jesus tem uma genealogia que, em Mateus, remonta a Abraão (Mt 1.1,2), e, em Lucas, vai até ao próprio Deus (Lc 3.38). Mas, como Filho de Deus, Ele é eterno: não possui genealogia (Jo 1.1-3). Nesse sentido, Melquisedeque é uma figura perfeita de Cristo (Hb 7.1-6).
Isso não significa que Melquisedeque fosse eterno, ou uma pré-encarnação de Jesus Cristo. O que o autor sagrado diz é que este personagem, apesar de sua importância, não possui uma biografia escrita. Moisés foi inspirado a não registrar-lhe o nome dos pais, a idade, a procedência, nem o dia de sua morte.

SÍNTESE DO TÓPICO I
Melquisedeque era sacerdote e rei de Salém.

SUBSÍDIO DIDÁTICO

"Em hebraico malkisedeq ou 'rei da justiça', é mencionado em Gênesis 14.18; Salmo 110.4; Hebreus 5.6,10; 6.20; 7.1,10,11,15,17. No livro de Gênesis ele é um rei-sacerdote cananeu de Salém (Jerusalém) que abençoou Abraão quando este retornou depois de salvar Ló, e a quem Abraão pagou o dízimo do espólio da batalha. Devido ao mistério que cerca seu repentino aparecimento no cenário da história, e seu igualmente repentino desaparecimento, ele tem sido identificado com um anjo, com o Espírito Santo, com o Senhor Jesus Cristo, com Enoque. Quanto à religião, ele era 'sacerdote do Deus Altíssimo'"(Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1247).

CONHEÇA MAIS
*Melquisedeque
"Melquisedeque (que significa 'rei de justiça') era tanto 'rei de Salém' (possivelmente a Jerusalém primitiva), como 'sacerdote do Deus Altíssimo'. Ele servia o único Deus verdadeiro, assim como Abrão. Melquisedeque é um tipo ou uma figura da realeza e sacerdócio eternos de Jesus Cristo." Para conhecer mais leia, Bíblia de Estudo Pentecostal CPAD, p. 54.

II. ABRAÃO, O GENTIO
Abraão era tão gentio quanto eu e você, quando Deus o chamou a formar o povo escolhido (Dt 26.5). No entanto, pela fé, tornou-se pai da nação hebreia e de todos os que creem. 

1. O pai da nação hebraica. Deus precisava de uma nação, através da qual pudesse redimir a humanidade, segundo anunciara a Adão e Eva (Gn 3.15). Esta nação teria de vir da linhagem de Sem, o filho mais velho de Noé (Gn 9.26,27). E, como todos sabemos, Abraão era semita. Sua escolha evidenciou-se por uma fé inabalável em Deus (Rm 4.3).
Nele seriam abençoadas todas as nações da terra, com a proclamação do Evangelho de Cristo (Gn 12.3). Afinal, Jesus, segundo a carne, veio da descendência de Abraão (Mt 1.1). A missão da família hebreia, portanto, era testemunhar ao mundo acerca do amor, da justiça e da Palavra de Deus (Rm 9.4,5). Apesar da aparente falha de Israel, sua missão foi plenamente cumprida, pois a salvação chegou-nos por intermédio dos judeus (Jo 4.22).

2. O pai dos crentes. Quando chamado por Deus, o gentio Abraão creu e, sem demora, aceitou-lhe a ordem. Imediatamente foi justificado (Gn 15.6). A partir daquele momento, passou a ser visto pelo Senhor como se jamais tivesse cometido qualquer falha: um homem justo e perfeito. Enfim, um amigo de Deus (Is 41.8).
Por esse motivo, todos os que creem em Deus, à semelhança de Abraão, são tidos como seus filhos na fé (Gl 3.7).

SÍNTESE DO TÓPICO II
Abraão, o pai da nação hebreia, era um gentio.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Melquisedeque e seu sacerdócio são exemplo de Cristo e de seu sacerdócio. O sacerdócio de Melquisedeque não estava limitado a raça humana ou a tribo, sendo, portanto, universal. Sua realeza não foi herdada de seus pais. E essa realeza também não foi transmitida a um descendente; e assim ela era eterna. Portanto, Melquisedeque é uma tipologia de Cristo e de seu sacerdócio eterno e universal' "(Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed.  Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1247).

III. A OCASIÃO DA BÊNÇÃO
Por causa da captura de Ló  por Quedorlaomer, rei de Elão, o patriarca viu-se obrigado a formar um exército para libertar o sobrinho (Gn 14.14). Na volta, já vitorioso, é recebido por Melquisedeque.

1. Objetivo da visita. Depois de uma vitória tão decisiva, Abraão, já nas imediações de Salém, agradece a Deus ao ser recepcionado por Melquisedeque. O maior recebe o menor (Hb 7.7). O patriarca sabia muito bem que estava diante do sacerdote do Deus Altíssimo. Por isso, reverencia-o com os dízimos de seus bens pessoais e não dos despojos de guerra, já que se recusou a recebê-los (Gn 14.20). Verdadeira adoração e serviço a Deus. Que exemplo para nós.

2. A autoridade de Melquisedeque. Por intermédio de Abraão, toda a nação hebreia reverenciou Melquisedeque, até mesmo os sacerdotes da tribo de Levi, que sequer haviam nascido (Hb 7.9). Ora, se o sacerdócio levítico era temporário, o de Melquisedeque não podia ser interrompido pela morte, pois é eterno. Um sacerdócio, aliás, que haveria de ser exercido por Cristo (Sl 110.4).

3. A simbologia da visita. Melquisedeque, ao trazer pão e vinho a Abraão, abençoa-o: "Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos" (Gn 14.19,20). O que poderia redundar numa derrota ao patriarca transforma-se num momento de triunfo. Seu pequenino exército dispersou as poderosas forças de Quedorlaomer.
No pão e vinho que Melquisedeque trouxera a Abraão estava a simbologia da morte de Jesus Cristo, o Cordeiro Imaculado. Mais tarde, o Filho de Deus servirá uma refeição semelhante aos seus discípulos (Mt 26.26-30). Com a morte do Filho de Deus cumpria-se o sacerdócio de Melquisedeque. 

SÍNTESE DO TÓPICO III
Melquisedeque abençoa Abraão e este lhe entrega os dízimos.

CONCLUSÃO
Em Abraão, todos os que cremos em Cristo fomos alcançados com a bênção de Melquisedeque. Hoje, temos o Senhor Jesus que, junto ao Pai, intercede por nós, conforme escreve o apóstolo João: "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo" (1 Jo 2.1,2).
 
PARA REFLETIR
A respeito do livro de Gênesis:

Quem foi Melquisedeque?
Melquisedeque era rei de Salém e sacerdote do Senhor. É um tipo de Cristo.

Qual o significado de seu nome?
Melquisedeque traz este glorioso significado: rei de justiça (Hb 7.2).

Descreva o sacerdócio de Melquisedeque.
Melquisedeque foi o primeiro personagem da História Sagrada a receber o título de sacerdote. No texto bíblico, ele é identificado como sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18). Ao contrário do ofício de Arão, cuja continuidade era assegurada hereditariamente, o de Melquisedeque é eterno. Com um único sacrifício, o seu ministério plenificou-se.

Faça um breve resumo da biografia de Abraão.
Abraão era gentio, quando Deus o chamou a formar o povo escolhido (Dt 26.5). No entanto, pela fé, tornou-se pai da nação hebreia e de todos os que creem. Abraão era semita. Sua escolha evidenciou-se por uma fé inabalável em Deus (Rm 4.3). Nele, seriam abençoadas todas as nações da terra, com a proclamação do Evangelho de Cristo (Gn 12.3).        

Por que Jesus é sacerdote, de acordo com a ordem de Melquisede?
Porque Jesus é anterior a Abraão, a Levi e aos sacerdotes levíticos e maior que todos eles. Melquisedeque serve como tipo de Cristo, cujo sacerdócio e jamais terá fim.

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 64, p. 41. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição.  São artigos que buscam expandir certos assuntos.


SUGESTÃO DE LEITURA
Orando os Nomes de Deus
Nomes fazem mais do que simplesmente distinguir uma pessoa da outra. Muitas vezes transmitem a natureza essencial do caráter de uma pessoa. Isto é especialmente verdadeiro quando se trata dos nomes de Deus na Bíblia.

Ouvindo Deus na Tormenta
Com ilustrações e parábolas do cotidiano, o autor leva-nos a ter uma vida mais rica com Deus e a confiar inteiramente no Pai Celeste, cujo alvo é levar-nos com segurança ao lar. Ele fará de tudo para que estejamos seguros.

A Difícil Doutrina do Amor de Deus
Entedender a doutrina do amor de Deus parece simples, especialmente quando a maioria das pessoas que creem em Deus o vê como um ser amoroso. Mas é exatamente isso que torna essa doutrina tão difícil.


Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Adultos, professor, 4º trimestre 2015.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Lição 10 Jesus renova as esperanças de João Batista.

Lição 10 Jesus renova as esperanças de João Batista.
6 de dezembro de 2015.

Texto Áureo
Isaias 59.19
“Então, temerão o nome do SENHOR desde o poente, e a sua glória desde o nascente do sol; vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a sua bandeira”.

Verdade Aplicada
O Evangelho nos conduzirá a uma vida eterna e pacífica ao lado Daquele que um dia veremos face a face.

Objetivos da Lição
Explicar a importância de João como profeta e sua humildade em servir ao propósito divino;
Ensinar que, mesmo sendo um homem de unção, João estava sujeito a fraquezas como todos nós;
Mostrar que as circunstâncias contrárias nos estimularão a desistir de nossos propósitos.

Glossário
Sucumbir: deixar-se vencer;
Ofício: serviço, dever;
Devotado: extremamente fiel.

Leituras complementar:
Segunda       Hb 11.6         
Terça              Is 40.3
Quarta           Jo 1.23
Quinta           Sl 139.14-16
Sexta             Sl 77.3
Sábado          Jr 17.10.

Textos de Referência.
Mateus 11.2-5, 11.
2 E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos,
3 A dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?
4 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes:
5 Os cegos veem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho.

11 Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.

Hinos sugeridos.
46, 187, 459.

Motivo de Oração
Ore para que o Senhor sempre renove suas convicções.

Esboço da Lição
Introdução
1. João Batista, preparador de caminhos.
2. A prisão de João Batista.
3. Renovando nossas convicções.
Conclusão

Introdução
João Batista não foi isento de ser tomado pela incredulidade, pela dúvida e pelo medo. Sua prisão e seus últimos instantes de vida revelam que todos nós podemos oscilar diante de uma grande provação.

1. João Batista, preparador de caminhos.
A verdade pregada por João o levou para a prisão e, no cárcere, as esperanças de vida do profeta estavam por terminar (Lc 3.19,20). Sabendo que o tempo se findava, João envia seus discípulos a perguntar se Jesus era ou não o Messias (Mt 11.2,3).

1.1. João Batista, um profeta anunciado.
João não era um homem qualquer. Ele nasceu com a missão de preparar o caminho do Senhor e para isso teve que viver uma vida diferente, solitária e consagrada nos desertos de Israel (Is 40.3; Jo 1.23; Lc 1.76; 3.4). Durante toda a sua vida, João foi preparado espiritualmente para anunciar a salvação através do Messias e identifica-lo em Sua chegada, para depois sair de cena e deixar que Jesus realizasse Sua Missão (Lc 1.80; 19.10). Preparar o palco para que alguém possa brilhar não é tarefa fácil. João nasceu, viveu e morreu somente para esse fim. Jesus afirmou que entre os nascidos de mulher não houve homem igual a João Batista, isso devido a sua responsabilidade profética e submissão à vontade de Deus (Mt 11.11).

Explique para os alunos que João Batista é a voz do deserto clamando Is 40.3). Malaquias disse que João haveria de preparar “o caminho diante” do Senhor (Ml 3.1, 2). O preparo espiritual de João Batista começa a sua obra identificando-se “Eu não sou o Cristo” (Jo 1.20). Ele foi a voz que preparou o caminho do rei (Jo 1.23). Um anjo resumiu a obra de João: “Ira adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado” (Lc 1.17). 

1.2. A mensagem profética de João.
Durante quatrocentos anos, a voz profética esteve interrompida e João fez com que essa voz renascesse outra vez. A mensagem de João era dura e denunciava intrepidamente o mal em qualquer lugar que o encontrasse (Mt 3.1-10). Se o rei Herodes pecava, contraindo um casamento ilegal e pecaminoso, João o reprovava. Se os saduceus e os fariseus, dirigentes da ortodoxia religiosa daquela época, estavam afundados em um formalismo ritualista, João os censurava. Se as pessoas comuns viviam afastadas de Deus, João lhes anunciava o arrependimento. João era uma luz acesa que denunciava a escuridão; uma cana agitada pelo vento do Espírito (Mt 5.14; 11.8).

Comente com os alunos que, onde estivesse o mal, João Batista intrepidamente o denunciava. O preparo para a vinda do Reino de Deus foi feito por meio da proclamação de advertência e da necessidade de arrependimento. João advertiu os fariseus e os saduceus (Mt 3.10). Multidões escutavam o apelo de João (Mt 3.2). Os que atendiam ao chamado e se arrependiam se tornavam um povo preparado para produzir “frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.8). Muitos foram batizados por João no rio Jordão. Uma geração de víboras rejeitou a mensagem, ao passo que outros permitiram que o mensageiro de Deus os preparasse.

1.3. A humildade de João Batista.
João apontava para além de si mesmo. Ele anunciava alguém maior que ele. João desfrutava de uma grande reputação e sua influência era enorme. Entretanto, dizia que não era digno sequer de desatar as sandálias daquele que havia de vir após ele, o que era o dever de um escravo (Mt 3.11). A atitude de João era negar-se a si mesmo e não atribuir a si mesmo glória. Sua única importância, tal como ele a entendia, era servir de indicador, isto é, anunciar a vinda daquele que havia de vir (Jo 1.19-23). João não somente era uma luz que iluminava o mal, uma voz que reprovava o pecado, mas, além disso, um sinal indicador do caminho para Deus.

Esclareça para os alunos que João Batista não desejava que os homens se fixassem nele. Seu objetivo era prepara-los para receber aquele que o havia nomeado. A mensagem pregada por João portava consigo uma apresentação positiva das exigências morais de Deus. Ela não somente denunciava a conduta dos homens por seus pecados e agravos, mas os convocava a fazer o que era correto. Sua mensagem desafiava os homens a ser o que deviam ser. Era uma voz que chamava os homens as coisas mais elevadas. Embora parecesse dura, sua mensagem era eficaz e muitos saíram da cidade para se batizar no deserto (Mt 3.5, 6).

2. A prisão de João Batista.
A prisão silencia a voz profética de João e surge uma grande dúvida em sua mente: Jesus é o Messias que havia de vir ou esperamos outro? João sabia que iria morrer e envia seus discípulos até Jesus para ter a certeza de que não lutou em vão.

2.1. A incrédula pergunta de João.
Quando jesus apareceu no Jordão, João disse: “Eis o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo” (Jo 1.29). Logo em seguida, atestou: “eu não o conhecia, mas o que me mandou batizar com água, esse me disse: sobre aquele que vires descer o Espírito e sobre ele repousar, esse é o que batiza com Espírito Santo” (Jo 1.32, 33). Ele declara diante de todos que recebera de Deus um sinal para conhecer Jesus e não batizar o Messias errado. E, por fim, conclui: “E eu vi e tenho testificado que este é o Filho de Deus” (Jo 1.34). Pelo valor da pergunta feita em Mateus 11.3, podemos sentir a profunda escuridão que se apossava da alma de João naquele momento. Essa pergunta pôs à prova tudo o que havia vivido até então.

Comente com os alunos que, para quem havia testificado a respeito do Messias, essa pergunta mostra como as convicções de profeta sucumbiram diante da provação. Explique para eles que nem mesmo João Batista esteve isento de ser vencido pelo medo e pela incredulidade. O que fazer quando a dúvida e a incredulidade se apossam de nossas mentes nos momentos críticos de nossas vidas? O mesmo que fez João Batista. Ele temeu estar errado e desejou que Jesus lhe confirmasse se havia cumprido ou não sua missão. Para sua alegria, Jesus lhe deu uma resposta positiva e ele se foi com a certeza de que não havia falhado, nem tampouco trabalhado em vão (1Co 15.58).

2.2. A poderosa resposta de Jesus.
Quando Jesus foi informado acerca do questionamento de João, não forneceu resposta direta, nem tentou convencê-lo de Sua divindade, Ele simplesmente respondeu com milagres e falou para os discípulos informa-lo acerca de tudo o que estava realizando (Mt 11.4, 5). Jesus sabia que João corria o perigo de ser vencido pela dor da incerteza. Sabia que mesmo sendo um homem de nível elevado de unção, João ainda estava sujeito a todos os sentimentos e paixões que são comuns a todos nós (Hb 4.15; Tg 5.17). A resposta de Jesus foi sobrenatural e é assim que Ele nos responde em tempos de grandes aflições (Jó 37.5).

Explique para os alunos que Jesus respondeu de maneira bem diferente do que nós responderíamos e do que esperaríamos dEle. Sua resposta consistiu menos de palavras do que obras. Ele mandou os discípulos olhar e ver o que estava acontecendo. Os dois discípulos de João viram todas essas coisas acontecendo diante de seus olhos. Mencionando tudo isso, Jesus deixou claro que Ele representava tudo o que havia sido profetizado acerca do Messias.

2.3. Heranças do pecado adâmico.
O medo, a vergonha e a timidez são reações do pecado adâmico que se refletem em todos nós, seres humanos (Gn 3.8-10). Segundo os psicólogos, essas reações geralmente afloram nas horas de angústias e intensas dificuldades. O Medo pode gerar dúvida; e a dúvida, a incredulidade; e quando esta penetra, distorce toda a verdade das coisas espirituais (Hb 11.6). Não estamos falando da vida de um homem devotado, que viveu todo tempo em consagração, aguardando o momento certo de se revelar e cumprir sua missão. João sabia que Jesus era o Cristo, mas a prisão e a certeza da morte foram tão fortes que ele buscou ter a certeza de que não havia apresentado ao mundo um homem errado (Jo 1.29).

Comente com os alunos que talvez eles imaginem que isto só acontece com quem não está firme na Palavra de Deus ou não cultiva uma vida de fé e oração. Mas, até mesmo um homem como João Batista viveu esse momento, o que não nos isenta de sentir o mesmo. As tragédias da vida podem minar a nossa fé e devemos estar atentos a isso, pois muitos grandes homens de Deus já passaram por essa oscilação. Enquanto estivermos nesse mundo, devemos estar vigilantes (Jo 16.33; 1Pe 5.9).

3. Renovando nossas convicções.
Quando as expectativas não acontecem de acordo com os planos, a frustração tenta se apossar e criar uma brecha para que o inimigo bombardeie a mente com pensamentos que contrariem os credos.

3.1. Lutando contra a esperança.
Entre a promessa e o cumprimento está a provação; ela é inevitável (Mt 6.34). Precisamos estar preparados para surpresas. Porque existem provações tão, difíceis que poderão abalar os alicerces de nossas vidas. A meta de Satanás é plantar uma semente de dúvida em nossa vida. João estava solitário e foi minado naquele cárcere. Por um momento, João se esqueceu de quem era e dos sinais que Deus lhe havia revelado (Jo 1.32-34). Quando estamos vulneráveis, somos alvos fáceis nas mãos do inimigo e ele não respeita pessoas ou lugares santos, sua meta é adulterar a verdade que recebemos de Deus. Devemos lutar por nossas convicções, mesmo que tudo diga o contrário (Rm 4.18).

Explique aos alunos que, por essa razão, devemos estar sempre atentos e lutar para que a nossa fé não desfaleça (Sl 77.3; Jn2.7). Comunique a eles que João teve uma resposta diferente de sua pergunta e o relatório trazido pelos discípulos fortaleceu novamente a sua fé (Mt 11.4, 5). O que deve sempre prevalecer em nossas vidas é o que Deus disse e nunca o que pensamos (Pv 16.1). Nossa fé deve ser comparada aos alicerces de uma casa, pois, quanto maior o alicerce, maior será a capacidade de suportar (Mt 7.24, 25).

3.2. O cumprimento de uma missão.
O cumprimento de uma missão poderá envolver sofrimento e morte (Jo 16.33). Temos muitos exemplos como: Jó, José, Daniel e seus três amigos, e muitos heróis da fé (Hb 11.37). Todos eles venceram, mas andaram por caminhos que jamais imaginariam. Servir a Deus e andar em conformidade com a verdade pode ser uma missão suicida. João hoje está na glória, mas aqui terminou o ministério com a cabeça em uma bandeja (Mc 6.7-29). Talvez João pudesse pensar que Jesus o salvasse sobrenaturalmente da prisão, mas isso não aconteceu. João terminou seu ministério, mas pagou um preço altíssimo pela verdade que anunciava.

Explique para os alunos que João Batista veio com a disposição e o poder de Elias (Lc 1.17). Em nenhum lugar isso é mais claro do que na descrição de Lucas 3.18, 19. O preparo para o reino espiritual que estava por vir exigia uma obra de escavação. Os vales tinham de ser preenchidos e os montes rebaixados. Assim como Elias fez o que pôde para tirar a idolatria, o assassínio e a desonestidade (1Rs 18,19), também João opôs-se aos pecados da nação e os desmascarou.

3.3. Um Deus que nos conhece.
Quando Deus compra uma vida, já sabe até o seu último pecado. Deus não compra ninguém enganado (Jr 17.10). Deus vê o futuro, conhece nosso amanhã. Somos tolos em ficar prostrados pensando que tudo acabou. O diabo tem surrado muitas vidas com setas de culpa, pondo dúvidas nos corações e desestimulando a sua fé (Mt 13.19). Deus não pode ser enganado, nem tampouco compra uma mercadoria sem saber seu conteúdo e valor. Deus espera que nos coloquemos de pé e caminhemos em Sua direção (Mt 11.28).

Merece ser destacado para os alunos que a Onisciência de Deus, descrita de forma clara e precisa no Salmo 139, deve interferir em nossa maneira de viver, nosso modo de ser, pensar, andar, agir e falar. Ele nos conhece e nos ama.

Conclusão.
Seja qual for o problema, jamais esqueçamos que foi Ele quem nos formou e conhece nos mínimos detalhes (Sl 139.14-16). Um fabricante dá a garantia de um produto porque conhece os defeitos. João recorreu ao fabricante, reclamou sua garantia e Jesus não o decepcionou com a resposta (Mt 11.5).

Questionário.
1. Como Jesus considerou João Batista?
R: Como o maior de todos os homens (Mt 11.11).

2. Onde encerraram João por causa da verdade?
R: No cárcere (Lc 3.19, 20).

3. Qual foi a missão de João Batista?
R: Preparar o caminho do Senhor (Jo 1.23).

4. Quais os perigos que podem envolver uma missão?
R: Sofrimento e morte (Jo 16.33).

5. De que maneira Jesus renovou a esperança de João?
R: Jesus renovou a esperança de João respondendo por meio de milagres (Mt 11.4, 5).


Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 4º trimestre de 2015, ano 25, Nº 97, Maturidade Espiritual.