Lição
12 UMA VIDA EXEMPLAR DIANTE DE DEUS E DOS HOMENS
17/06/2018
Texto do dia
(2 Ts 3.6)
"Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de
nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que andar
desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebeu."
Síntese
Numa sociedade carente de exemplos, o
Cristianismo deve apresentar-se como a resposta de Deus para o relativismo
moral e a decadência espiritual deste tempo.
Agenda
de leitura
SEGUNDA - Hb 7.28
Cristo, o homem perfeito
TERÇA - Jo 17.14
Não somos como o mundo
QUARTA - Mt 10.16
Vivemos como ovelhas entre lobos
QUINTA - 2 Ts 3.13
Somos convocados para fazer sempre o bem
SEXTA - 2 Co 13.11
O Deus da paz
SÁBADO - 2 Co 3.5
O que temos de bom não procede de nós
Objetivos
APRESENTAR os modelos bíblicos
de comportamento e espiritualidade para o cristão;
REFLETIR a respeito da necessidade de sermos modelos
para esta sociedade;
DISCUTIR o modelo de vida a
ser adotado por cada cristão.
Interação
Com a aproximação do fim de mais um trimestre
é sempre importante realizarmos um momento de autoavaliação, tanto de nós como
educadores como de cada educando também. Aproveite que esta é a penúltima aula
do trimestre e promova, ou por meio de um questionário escrito a ser respondido
ou por meio de um bate-papo, uma atividade de reflexão sobre o desenvolvimento
das aulas durante o período. Indague a respeito dos pontos positivos os quais
precisam ser reforçados, mas também os negativos que precisam ser superados.
Conscientize seus educandos que as críticas
também têm seu caráter positivo, e que por isso ouvi-las, muitas vezes, nos
trazem grandes benefícios.
Lembre-se, as pessoas terão mais confiança de
nos ajudar em nossas limitações quando perceberem que nós temos maturidade para
assimilar as críticas como instrumentos de crescimento e desenvolvimento
pessoal.
Orientação
Pedagógica
Juntamente com seus alunos, construa uma
tabela com duas colunas de informações: na primeira, caracterizem e definam o
que seria uma profissão, sua finalidade e objetivos; em seguida, façam o mesmo
com o conceito de ministério. O objetivo desta atividade é debater em sua sala
as peculiaridades de cada um destes aspectos de nossas vidas, destacando a
importância de jamais profissionalizar nosso ministério, e sim, de reconhecer
nossa profissão como um ministério que Deus nos deu para servirmos a sociedade
e o Reino dos Céus através de nossos dons e talentos. Ao final, ore por seus alunos, pedindo que
portas de emprego possam ser abertas àqueles que já estão entrando no mercado
de trabalho, e que também a compreensão dos ministérios pessoais possa ser algo
naturalmente assimilado por cada um deles.
Texto
bíblico
2 Tessalonicenses 3.6-15
6 Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de
nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda
desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebeu.
7 Porque vós mesmos sabeis como convém
imitar-nos, pois que não nos houvemos desordenadamente entre vós,
8 nem, de graça, comemos o pão de homem
algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos
pesados a nenhum de vós;
9 não porque não tivéssemos autoridade, mas
para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes.
10 Porque, quando ainda estávamos convosco,
vos mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também.
11 Porquanto ouvimos que alguns entre vós
andam desordenadamente, não trabalhando, antes, fazendo coisas vãs.
12 A esses tais, porém, mandamos e exortamos,
por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego, comam o seu
próprio pão.
13 E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o
bem.
14 Mas, se alguém não obedecer à nossa
palavra por esta carta, notai o tal e não vos mistureis com ele, para que se
envergonhe.
15 Todavia, não o tenhais como inimigo, mas
admoestai-o como irmão.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Ao final de sua Segunda Epístola aos
Tessalonicenses, assim como fez na Primeira Carta, no capítulo 4, Paulo faz uma
série de orientações práticas àqueles irmãos, centradas especialmente na
questão da conduta pública do cristão: sua postura diante da sociedade
decadente em que estavam inseridos.
I- EXISTE
UM MODELO A SER IMITADO
1. Cristo é nosso supremo exemplo. Antes mesmo de falar
do ministério de Paulo e sua influência entre os Tessalonicenses, é necessário
deixar bem claro: nosso modelo é Cristo! Ele é o homem perfeito em quem somos
aperfeiçoados até a medida completa de nossa espiritualidade (Hb 7.28; Ef
4.13). Qualquer decepção com instituições, líderes, ou mesmo pessoas próximas a
nós deve ser deixada de lado pela compreensão de que Ele é o nosso modelo
vivificador. O mais sobrenatural nesse esforço de seguir a Cristo é que, quanto
mais parecidos com Cristo tornamo-nos, mais plenos nos acharemos. O Senhor não
rouba nossa identidade, não usurpa o que nós somos; pelo contrário, a plenitude
de Deus em nosso ser aperfeiçoa o que Deus nos tem feito ser.
2. Os heróis da fé devem ser nosso
modelo.
Há um conjunto de cristãos exemplares que palmilharam essa terra, os quais são
dignos de nosso respeito e consideração (Hb 11.1-40). Nenhum deles salva,
nenhum será capaz de transformar nossas vidas, entretanto, eles viveram como
salvos e demonstraram que é possível permitir-se ser tocado por Deus de tal
maneira que se possa testemunhar verdadeiras revoluções pessoais de vida.
Certamente há um grupo de pessoas que ainda hoje, refletem a glória de Cristo
nesta geração. Escândalos e desastres morais acontecem na humanidade desde o
princípio, contudo, devemos nos espelhar na vida daqueles que, em meio a tanta
corrupção, optaram por viver a beleza da pureza do Evangelho. A vantagem de
olhar para vida destes santos é perceber que o Reino de Deus já está entre nós.
Que o mal nunca nos inspire.
3. Ainda existem líderes
inspiradores (v.7).
Paulo é um desses homens tão íntegros que não teme afirmar: "Vocês em
Tessalônica querem um modelo? Olhem para mim!". Em tempos de escândalos,
em dias de discursos demagógicos e hipócritas, carecemos de líderes assim;
entretanto, louvado seja Deus, porque ainda existem muitos. Certamente cada um
de nós pode nomear, homens e mulheres, que foram responsáveis por nosso
crescimento espiritual; pessoas de testemunho e caráter, verdadeiros líderes
espirituais, que muitas vezes, sequer são reconhecidos institucionalmente.
Aproximemo-nos dessas pessoas, e sejamos, num futuro bem próximo, estes líderes
inspiradores para nossas igrejas. Lembre-se: não se torne, amanhã, um tipo de
cristão/líder que você reprova hoje. Que nossa trajetória seja como a da luz da
aurora (Pv 4.18).
II-
COMO SE PORTAR NUMA SOCIEDADE DESORDENADA?
1. Um distanciamento precisa ser
notório (v.6).
É impossível que os princípios de um cristão genuíno o aproximem, sem qualquer
tipo de conflito, com o padrão do mundo. Jesus deixou bastante claro que o
modelo de sociedade vigente nos rejeitaria (Jo 15.18; 17.14). Na verdade não é
uma questão pessoal, mas a respeito do Deus a quem amamos. Por isso, a
existência de um distanciamento (moral e espiritual) é inevitável. O que nos
surpreende é perceber que existem cristãos que, de maneira hipócrita e
anticristã, criam muros para separarem-se das demais pessoas. Como estas serão
evangelizadas e impactadas pelo testemunho? Nosso distanciamento não é social
(somos ovelhas enviadas para viver entre lobos Mt 10.16), deve ser com relação
a nossos valores, princípios e modelos. A igreja não pode tornar-se uma
"Sodoma e Gomorra Gospel". Nós não apenas fazemos, mas somos a
diferença neste mundo.
2. Não é possível íntima comunhão
(v.14).
A exortação de Paulo é clara: "[...] não vos mistureis com ele
[...]". É inevitável estar entre pessoas que não são cristãs - no ônibus,
na faculdade, no trabalho. Logo a exortação de Paulo é para evitar aqueles que
se dizem crentes e querem andar segundo o mundo, os desobedientes. A ilusão de
um bairro só de cristãos, uma empresa só de salvos, um colégio exclusivamente
de santos, não deve ser alimentada pelo crente. A mistura aqui é interior, de
alma, posturas, opiniões. Cristãos defendendo liberação de aborto, legalização
de drogas pesadas, sexo antes do casamento, isso é a mistura que temos que
evitar e condenar. Mais preocupante do que viver entre os ímpios é viver entre
ímpios pensamentos (Pv 17.20). Não há acordo entre o Senhor e Belial, não há
mistura que seja benéfica ao coração daquele que é inconstante (Tg 1.8).
3. O amor deve ser o tema de
qualquer relacionamento.
Paulo afirma no versículo 15: "Todavia, não o tenhais como inimigo, mas
admoestai-o como irmão." Viver como um irmão é viver perto, junto,
próximo. Dos inimigos é que as pessoas tendem a se afastar, mas nós somos dos
que se aproximam, pois a finalidade última de todas as nossas ações, até mesmo
quando somos duros com os outros, deve ser o amor. O desobediente precisa viver
com o obediente para testemunhar o milagre de uma vida transformada e crer que
para ele isso também é possível. Já o salvo em Cristo não deve ter medo de
conviver com quem ainda não está liberto, ou será que este na verdade é um
hipócrita, travestido de cristão, que sabe da fragilidade de seu caráter, e por
isso teme o tempo todo que sua máscara caia?
III-
SOMOS CHAMADOS PARA VIVER DE QUE MANEIRA?
1. Como filhos de Deus, não como
fardos para a sociedade (v.8). Nós como cristãos não somos chamados para ser motivo de
enfado para ninguém. Por isso sejamos sempre proativos, lutemos por nossos
sonhos, acreditemos que o Senhor nos capacitará, inclusive para o mercado de
trabalho. Tenhamos Paulo, e não os "preguiçosos na fé", como
exemplo.
2. Sossegadamente. Não existe fórmula
mágica para ser bem-sucedido; tudo passa por muito trabalho e dedicação.
Fortunas que aparecem repentinamente, de um modo geral, também somem de modo
súbito. Os ideais que a mídia constrói, de jovens famosos e ricos, na maioria
dos casos escondem profundas tristezas, relacionamentos opressores e uma
escravidão no pecado. Acreditemos que o
contentar-se é muito melhor do que o desesperadamente desejar mais.
3. Em paz (v.16). É claro que existem
múltiplas maneiras de se ter paz; para alguns é no silêncio; para outros na
harmoniosa melodia do céu. Há aqueles que experimentam a paz enquanto caminham
em uma jornada, entretanto alguns vivem a experiência da satisfação ao ficar
onde estão. Mas de onde procede a concórdia que enche os nossos corações? É
claro que somente do Pai. Numa igreja repleta de dúvidas, incertezas, e
conflitos pessoais, somente Deus poderia juntar os pedaços dessa comunidade e
fazer com que aqueles irmãos experimentassem a verdadeira paz que deriva de um
relacionamento genuíno com o Senhor. Aquilo que o Pai faz por nós, transcende a
nossa vida, influencia até mesmo aqueles que estão à nossa volta (Pv 16.7).
Confiemos então naquEle que é apresentado nas Escrituras como o que governa
firmado sobre o fundamento da paz (Is 9.6; 2 Co 13.11; Fp 4.9).
SUBSÍDIO
1
"Os missionários tinham o cuidado de
evitar a acusação de serem parasitas ou aproveitadores. Mas, sobre este
assunto, Paulo sempre salvaguardava o direito apostólico de sustento, embora,
para o bem do evangelho, ele renunciasse o direito conscienciosamente. Não
porque não tivéssemos autoridade ('não porque não tivéssemos esse direito',
AEC, RA; cf. BJ, BV, CH, NTLH, NVI), mas para vos dar em nós mesmos exemplo,
para nos imitardes ('mas para que nos tornássemos um modelo para ser imitado
por vocês' - NVI; quanto a exemplo [typos], ver comentários em 1
Tessalonicenses 1.7; quanto à questão do trabalho do apóstolo em Tessalônica e
os motivos envolvidos a esse respeito, ver comentários em 1 Tessalonicenses
2.6,9. A força do argumento é que Paulo, o Apóstolo, tinha o direito de receber
sustento. Mesmo assim, enquanto esteve entre eles, ele vivia à custa do fruto
do seu trabalho. Muito mais deveriam os irmãos desordeiros trabalhar para
ganhar a vida, já que eles não tinham o direito de receber sustento!"
(Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol. 9. Gálatas a Filemom. Rio de Janeiro:
CPAD, 2006. p.429).
SUBSÍDIO
2
"Aquilo que estava errado no meio dos
Tessalonicenses, que é expresso:
1. De maneira mais geral. Havia alguns que
andavam desordenadamente e não segundo a tradição que receberam do apóstolo (2
Ts 3.6). Alguns irmãos eram culpados desse caminhar desordenado. Eles não
viviam da maneira certa, nem dirigiam sua vida de acordo com as regras do
cristianismo, nem estavam em conformidade com sua profissão de fé; não andavam
de acordo com os preceitos passados pelo apóstolo, nem davam a devida atenção.
Observe: As pessoas que receberam o evangelho e que professam sujeitar-se a ele
devem viver de acordo com esse evangelho. Se não o fizerem, são consideradas
pessoas desregradas.
2. Em particular. Havia entre eles
algumas pessoas ociosas e que faziam coisas vãs (2 Ts 3.11). O apóstolo foi
informado a esse respeito de fontes tão seguras que tinha razão suficiente para
dar ordens e orientações com relação a essas pessoas, como deveriam se
comportar, e como a igreja deveria agir em relação a eles. (1) Havia algumas
pessoas no meio deles que eram ociosas, não trabalhando, ou fazendo coisa
alguma. Não parece que eram glutões ou beberrões, mas ociosos, e, portanto,
pessoas desregradas" (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento.
2.ed. Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. p.680).
ESTANTE DO PROFESSOR
EARLE, R. (et al) Comentário Bíblico Beacon.
vol. 9, Gálatas a Filemom. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
CONCLUSÃO
O Cristianismo não é um conjunto de teorias a
respeito da realidade as quais declaramos simplesmente nossa adesão
intelectual. Servir a Cristo é uma experiência radical de mudança de vida, uma
corajosa escolha de viver profundamente diferente do mundo, segundo princípios
que evidenciam o caráter de Deus em nós.
Hora da
revisão
Por que devemos tomar Cristo como nosso maior
exemplo a ser seguido?
Por que Ele é o homem perfeito
em quem somos aperfeiçoados até a medida completa de nossa espiritualidade (Hb
7.28; Ef 4.13; Cl 2.10).
Qual a diferença entre respeitar o exemplo
dos heróis da fé e idolatrar os santos que vieram antes de nós?
Os santos do AT e do NT foram
pessoas como nós, sujeitos às mesmas tentações, por isso não devem ser
adorados, entretanto, seu exemplo é extremamente positivo e inspirador para
cada cristão nos dias de hoje.
O que Paulo deseja ensinar aos
tessalonicenses quando os orienta a não se misturarem com o mundo?
Paulo deseja que os valores e
princípios dos cristãos sejam guiados pela Bíblia Sagrada e nunca por conceitos
do mundo.
Qual a sugestão de Paulo para que os cristãos
em Tessalônica vivam sossegadamente?
Que eles trabalhassem com
dedicação e entusiasmo.
De que maneira, numa igreja local como
Tessalônica, cheia de conflitos e dúvidas, os cristãos poderiam viver em paz?
Por meio da ação de Deus, que
pode unir as diferenças, aperfeiçoar as fragilidades e conduzir tudo para o bem
do Reino de Deus.
Fonte: CPAD, Revista, Lições
Bíblicas Jovens, professor, A Igreja do Arrebatamento – O Padrão dos
Tessalonicenses para Estes Últimos Dias,
Comentarista Thiago Brazil, 2º trimestre 2018.
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