segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Lição 10 Jesus renova as esperanças de João Batista.

Lição 10 Jesus renova as esperanças de João Batista.
6 de dezembro de 2015.

Texto Áureo
Isaias 59.19
“Então, temerão o nome do SENHOR desde o poente, e a sua glória desde o nascente do sol; vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a sua bandeira”.

Verdade Aplicada
O Evangelho nos conduzirá a uma vida eterna e pacífica ao lado Daquele que um dia veremos face a face.

Objetivos da Lição
Explicar a importância de João como profeta e sua humildade em servir ao propósito divino;
Ensinar que, mesmo sendo um homem de unção, João estava sujeito a fraquezas como todos nós;
Mostrar que as circunstâncias contrárias nos estimularão a desistir de nossos propósitos.

Glossário
Sucumbir: deixar-se vencer;
Ofício: serviço, dever;
Devotado: extremamente fiel.

Leituras complementar:
Segunda       Hb 11.6         
Terça              Is 40.3
Quarta           Jo 1.23
Quinta           Sl 139.14-16
Sexta             Sl 77.3
Sábado          Jr 17.10.

Textos de Referência.
Mateus 11.2-5, 11.
2 E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos,
3 A dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?
4 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes:
5 Os cegos veem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho.

11 Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.

Hinos sugeridos.
46, 187, 459.

Motivo de Oração
Ore para que o Senhor sempre renove suas convicções.

Esboço da Lição
Introdução
1. João Batista, preparador de caminhos.
2. A prisão de João Batista.
3. Renovando nossas convicções.
Conclusão

Introdução
João Batista não foi isento de ser tomado pela incredulidade, pela dúvida e pelo medo. Sua prisão e seus últimos instantes de vida revelam que todos nós podemos oscilar diante de uma grande provação.

1. João Batista, preparador de caminhos.
A verdade pregada por João o levou para a prisão e, no cárcere, as esperanças de vida do profeta estavam por terminar (Lc 3.19,20). Sabendo que o tempo se findava, João envia seus discípulos a perguntar se Jesus era ou não o Messias (Mt 11.2,3).

1.1. João Batista, um profeta anunciado.
João não era um homem qualquer. Ele nasceu com a missão de preparar o caminho do Senhor e para isso teve que viver uma vida diferente, solitária e consagrada nos desertos de Israel (Is 40.3; Jo 1.23; Lc 1.76; 3.4). Durante toda a sua vida, João foi preparado espiritualmente para anunciar a salvação através do Messias e identifica-lo em Sua chegada, para depois sair de cena e deixar que Jesus realizasse Sua Missão (Lc 1.80; 19.10). Preparar o palco para que alguém possa brilhar não é tarefa fácil. João nasceu, viveu e morreu somente para esse fim. Jesus afirmou que entre os nascidos de mulher não houve homem igual a João Batista, isso devido a sua responsabilidade profética e submissão à vontade de Deus (Mt 11.11).

Explique para os alunos que João Batista é a voz do deserto clamando Is 40.3). Malaquias disse que João haveria de preparar “o caminho diante” do Senhor (Ml 3.1, 2). O preparo espiritual de João Batista começa a sua obra identificando-se “Eu não sou o Cristo” (Jo 1.20). Ele foi a voz que preparou o caminho do rei (Jo 1.23). Um anjo resumiu a obra de João: “Ira adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado” (Lc 1.17). 

1.2. A mensagem profética de João.
Durante quatrocentos anos, a voz profética esteve interrompida e João fez com que essa voz renascesse outra vez. A mensagem de João era dura e denunciava intrepidamente o mal em qualquer lugar que o encontrasse (Mt 3.1-10). Se o rei Herodes pecava, contraindo um casamento ilegal e pecaminoso, João o reprovava. Se os saduceus e os fariseus, dirigentes da ortodoxia religiosa daquela época, estavam afundados em um formalismo ritualista, João os censurava. Se as pessoas comuns viviam afastadas de Deus, João lhes anunciava o arrependimento. João era uma luz acesa que denunciava a escuridão; uma cana agitada pelo vento do Espírito (Mt 5.14; 11.8).

Comente com os alunos que, onde estivesse o mal, João Batista intrepidamente o denunciava. O preparo para a vinda do Reino de Deus foi feito por meio da proclamação de advertência e da necessidade de arrependimento. João advertiu os fariseus e os saduceus (Mt 3.10). Multidões escutavam o apelo de João (Mt 3.2). Os que atendiam ao chamado e se arrependiam se tornavam um povo preparado para produzir “frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.8). Muitos foram batizados por João no rio Jordão. Uma geração de víboras rejeitou a mensagem, ao passo que outros permitiram que o mensageiro de Deus os preparasse.

1.3. A humildade de João Batista.
João apontava para além de si mesmo. Ele anunciava alguém maior que ele. João desfrutava de uma grande reputação e sua influência era enorme. Entretanto, dizia que não era digno sequer de desatar as sandálias daquele que havia de vir após ele, o que era o dever de um escravo (Mt 3.11). A atitude de João era negar-se a si mesmo e não atribuir a si mesmo glória. Sua única importância, tal como ele a entendia, era servir de indicador, isto é, anunciar a vinda daquele que havia de vir (Jo 1.19-23). João não somente era uma luz que iluminava o mal, uma voz que reprovava o pecado, mas, além disso, um sinal indicador do caminho para Deus.

Esclareça para os alunos que João Batista não desejava que os homens se fixassem nele. Seu objetivo era prepara-los para receber aquele que o havia nomeado. A mensagem pregada por João portava consigo uma apresentação positiva das exigências morais de Deus. Ela não somente denunciava a conduta dos homens por seus pecados e agravos, mas os convocava a fazer o que era correto. Sua mensagem desafiava os homens a ser o que deviam ser. Era uma voz que chamava os homens as coisas mais elevadas. Embora parecesse dura, sua mensagem era eficaz e muitos saíram da cidade para se batizar no deserto (Mt 3.5, 6).

2. A prisão de João Batista.
A prisão silencia a voz profética de João e surge uma grande dúvida em sua mente: Jesus é o Messias que havia de vir ou esperamos outro? João sabia que iria morrer e envia seus discípulos até Jesus para ter a certeza de que não lutou em vão.

2.1. A incrédula pergunta de João.
Quando jesus apareceu no Jordão, João disse: “Eis o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo” (Jo 1.29). Logo em seguida, atestou: “eu não o conhecia, mas o que me mandou batizar com água, esse me disse: sobre aquele que vires descer o Espírito e sobre ele repousar, esse é o que batiza com Espírito Santo” (Jo 1.32, 33). Ele declara diante de todos que recebera de Deus um sinal para conhecer Jesus e não batizar o Messias errado. E, por fim, conclui: “E eu vi e tenho testificado que este é o Filho de Deus” (Jo 1.34). Pelo valor da pergunta feita em Mateus 11.3, podemos sentir a profunda escuridão que se apossava da alma de João naquele momento. Essa pergunta pôs à prova tudo o que havia vivido até então.

Comente com os alunos que, para quem havia testificado a respeito do Messias, essa pergunta mostra como as convicções de profeta sucumbiram diante da provação. Explique para eles que nem mesmo João Batista esteve isento de ser vencido pelo medo e pela incredulidade. O que fazer quando a dúvida e a incredulidade se apossam de nossas mentes nos momentos críticos de nossas vidas? O mesmo que fez João Batista. Ele temeu estar errado e desejou que Jesus lhe confirmasse se havia cumprido ou não sua missão. Para sua alegria, Jesus lhe deu uma resposta positiva e ele se foi com a certeza de que não havia falhado, nem tampouco trabalhado em vão (1Co 15.58).

2.2. A poderosa resposta de Jesus.
Quando Jesus foi informado acerca do questionamento de João, não forneceu resposta direta, nem tentou convencê-lo de Sua divindade, Ele simplesmente respondeu com milagres e falou para os discípulos informa-lo acerca de tudo o que estava realizando (Mt 11.4, 5). Jesus sabia que João corria o perigo de ser vencido pela dor da incerteza. Sabia que mesmo sendo um homem de nível elevado de unção, João ainda estava sujeito a todos os sentimentos e paixões que são comuns a todos nós (Hb 4.15; Tg 5.17). A resposta de Jesus foi sobrenatural e é assim que Ele nos responde em tempos de grandes aflições (Jó 37.5).

Explique para os alunos que Jesus respondeu de maneira bem diferente do que nós responderíamos e do que esperaríamos dEle. Sua resposta consistiu menos de palavras do que obras. Ele mandou os discípulos olhar e ver o que estava acontecendo. Os dois discípulos de João viram todas essas coisas acontecendo diante de seus olhos. Mencionando tudo isso, Jesus deixou claro que Ele representava tudo o que havia sido profetizado acerca do Messias.

2.3. Heranças do pecado adâmico.
O medo, a vergonha e a timidez são reações do pecado adâmico que se refletem em todos nós, seres humanos (Gn 3.8-10). Segundo os psicólogos, essas reações geralmente afloram nas horas de angústias e intensas dificuldades. O Medo pode gerar dúvida; e a dúvida, a incredulidade; e quando esta penetra, distorce toda a verdade das coisas espirituais (Hb 11.6). Não estamos falando da vida de um homem devotado, que viveu todo tempo em consagração, aguardando o momento certo de se revelar e cumprir sua missão. João sabia que Jesus era o Cristo, mas a prisão e a certeza da morte foram tão fortes que ele buscou ter a certeza de que não havia apresentado ao mundo um homem errado (Jo 1.29).

Comente com os alunos que talvez eles imaginem que isto só acontece com quem não está firme na Palavra de Deus ou não cultiva uma vida de fé e oração. Mas, até mesmo um homem como João Batista viveu esse momento, o que não nos isenta de sentir o mesmo. As tragédias da vida podem minar a nossa fé e devemos estar atentos a isso, pois muitos grandes homens de Deus já passaram por essa oscilação. Enquanto estivermos nesse mundo, devemos estar vigilantes (Jo 16.33; 1Pe 5.9).

3. Renovando nossas convicções.
Quando as expectativas não acontecem de acordo com os planos, a frustração tenta se apossar e criar uma brecha para que o inimigo bombardeie a mente com pensamentos que contrariem os credos.

3.1. Lutando contra a esperança.
Entre a promessa e o cumprimento está a provação; ela é inevitável (Mt 6.34). Precisamos estar preparados para surpresas. Porque existem provações tão, difíceis que poderão abalar os alicerces de nossas vidas. A meta de Satanás é plantar uma semente de dúvida em nossa vida. João estava solitário e foi minado naquele cárcere. Por um momento, João se esqueceu de quem era e dos sinais que Deus lhe havia revelado (Jo 1.32-34). Quando estamos vulneráveis, somos alvos fáceis nas mãos do inimigo e ele não respeita pessoas ou lugares santos, sua meta é adulterar a verdade que recebemos de Deus. Devemos lutar por nossas convicções, mesmo que tudo diga o contrário (Rm 4.18).

Explique aos alunos que, por essa razão, devemos estar sempre atentos e lutar para que a nossa fé não desfaleça (Sl 77.3; Jn2.7). Comunique a eles que João teve uma resposta diferente de sua pergunta e o relatório trazido pelos discípulos fortaleceu novamente a sua fé (Mt 11.4, 5). O que deve sempre prevalecer em nossas vidas é o que Deus disse e nunca o que pensamos (Pv 16.1). Nossa fé deve ser comparada aos alicerces de uma casa, pois, quanto maior o alicerce, maior será a capacidade de suportar (Mt 7.24, 25).

3.2. O cumprimento de uma missão.
O cumprimento de uma missão poderá envolver sofrimento e morte (Jo 16.33). Temos muitos exemplos como: Jó, José, Daniel e seus três amigos, e muitos heróis da fé (Hb 11.37). Todos eles venceram, mas andaram por caminhos que jamais imaginariam. Servir a Deus e andar em conformidade com a verdade pode ser uma missão suicida. João hoje está na glória, mas aqui terminou o ministério com a cabeça em uma bandeja (Mc 6.7-29). Talvez João pudesse pensar que Jesus o salvasse sobrenaturalmente da prisão, mas isso não aconteceu. João terminou seu ministério, mas pagou um preço altíssimo pela verdade que anunciava.

Explique para os alunos que João Batista veio com a disposição e o poder de Elias (Lc 1.17). Em nenhum lugar isso é mais claro do que na descrição de Lucas 3.18, 19. O preparo para o reino espiritual que estava por vir exigia uma obra de escavação. Os vales tinham de ser preenchidos e os montes rebaixados. Assim como Elias fez o que pôde para tirar a idolatria, o assassínio e a desonestidade (1Rs 18,19), também João opôs-se aos pecados da nação e os desmascarou.

3.3. Um Deus que nos conhece.
Quando Deus compra uma vida, já sabe até o seu último pecado. Deus não compra ninguém enganado (Jr 17.10). Deus vê o futuro, conhece nosso amanhã. Somos tolos em ficar prostrados pensando que tudo acabou. O diabo tem surrado muitas vidas com setas de culpa, pondo dúvidas nos corações e desestimulando a sua fé (Mt 13.19). Deus não pode ser enganado, nem tampouco compra uma mercadoria sem saber seu conteúdo e valor. Deus espera que nos coloquemos de pé e caminhemos em Sua direção (Mt 11.28).

Merece ser destacado para os alunos que a Onisciência de Deus, descrita de forma clara e precisa no Salmo 139, deve interferir em nossa maneira de viver, nosso modo de ser, pensar, andar, agir e falar. Ele nos conhece e nos ama.

Conclusão.
Seja qual for o problema, jamais esqueçamos que foi Ele quem nos formou e conhece nos mínimos detalhes (Sl 139.14-16). Um fabricante dá a garantia de um produto porque conhece os defeitos. João recorreu ao fabricante, reclamou sua garantia e Jesus não o decepcionou com a resposta (Mt 11.5).

Questionário.
1. Como Jesus considerou João Batista?
R: Como o maior de todos os homens (Mt 11.11).

2. Onde encerraram João por causa da verdade?
R: No cárcere (Lc 3.19, 20).

3. Qual foi a missão de João Batista?
R: Preparar o caminho do Senhor (Jo 1.23).

4. Quais os perigos que podem envolver uma missão?
R: Sofrimento e morte (Jo 16.33).

5. De que maneira Jesus renovou a esperança de João?
R: Jesus renovou a esperança de João respondendo por meio de milagres (Mt 11.4, 5).


Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 4º trimestre de 2015, ano 25, Nº 97, Maturidade Espiritual.


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