segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Lição 9 Compreendendo a Lei da Semeadura.



Lição 9 Compreendendo a Lei da Semeadura.
29 de novembro de 2015.

Texto Áureo
Gálatas 6.7
Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.

Verdade Aplicada
A diferença entre pessoas de sucesso e as outras é a percepção e a atitude que tomam diante daquilo que Deus coloca em suas mãos para administrar.

Objetivos da Lição
Ensinar como as ações no mundo físico repercutem no mundo espiritual;
Mostrar a fonte de nossas bênçãos e o que Deus observa no ato da oferta;
Esclarecer os segredos da provisão divina e seu crescimento, a correta motivação para uma semeadura e o que devemos semear.

Glossário
Princípio: regra, lei, fundamento:
Quesito: interrogação, requisito;
Primícias: os primeiros frutos.

Leituras complementar:
Segunda       Fp 4.10-20
Terça              Dn 5.27
Quarta           Gl 6.7-10
Quinta           Pv 3.9, 10
Sexta             Lc 12.21
Sábado          Mt 19.21.

Textos de Referência.
2Coríntios 9.8-11
8 E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda suficiência, abundeis em toda a boa obra,
9 Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; A sua justiça permanece para sempre.
10 Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça;
11 Para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se deem graças a Deus.

Hinos sugeridos.
107, 438, 577.

Motivo de Oração
Ore para que as sementes lançadas em boa terra venham a frutificar.

Esboço da Lição
Introdução
1. Entendendo as leis do dar.
2. Princípios da contribuição financeira.
3. Os segredos de uma boa colheita.
Conclusão

Introdução
Todas as nossas ações no mundo físico têm repercussão no mundo espiritual. A lei do “dar” não está relacionada apenas com o aspecto financeiro, ela se relaciona a todas as áreas da nossa vida (Mt 7.1, 2; Lc 6.37, 38).

1. Entendendo as leis do dar.
Se desejarmos boas repercussões, devemos fazer boas ações. É evidente que esse princípio tem uma vida aplicação muito mais ampla em nossa vida, pois tudo o que fazemos é um investimento na carne ou no Espirito (Gl 6.7, 8). Trataremos agora em como o nosso dar se relaciona com a justiça de Deus.

1.1. Comer ou plantar?
Tudo o que investimos no Reino de Deus é comparado a uma semeadura e, muitas vezes, não semeamos porque não conhecemos a repercussão espiritual de uma semeadura (Lc 12.21; Mt 19.21). Existem pessoas no Corpo de Cristo que reagem de diferentes maneiras diante de um elemento que Deus lhes dá. Alguns fazem a opção correta de plantar a semente, outros simplesmente a comem. Lamentavelmente, a grande maioria de cristãos ao redor do mundo conhece apenas a parte do cristianismo que destila provas e decepções por não saber discernir e fazer bom uso das coisas que Deus coloca em suas mãos.

Pergunte aos alunos qual é o segredo dos vencedores. Por que, não importa o que façam, parece que somente com sua presença as coisas mais impossíveis se tornam realidade? Explique para eles que a diferença entre pessoas de sucesso e gente medíocre é a percepção e a atitude que tomam diante das coisas que Deus coloca em suas mãos para administrar. Merece ser destacado que é preciso orar, interceder, mas é preciso também agir. Esdras deveria chorar e lamentar pela situação do povo, mas deveria também agir (Ed 10.4). Neemias orou bastante, mas também agiu (Ne 4.9, 16; 13.25). “Eu quero colher, mas o que estou fazendo para que este sonho saia do mundo da abstração e concretize-se no real?”

1.2. O dar como princípio de gratidão.
O ato dar se relaciona com um princípio de amor que redunda como gratidão pela graça recebida (2Co 9.8). O dar como gratidão funciona bem, mas precisamos anexar a esse sentimento mais duas formas, que são: o dar como honra e o dar baseado na justiça de Deus (Pv 3.9, 10; 2Co 9.9, 10). A honra não busca receber nada. Ela compensa a gratidão recebida e a justiça é o reconhecimento divino baseado em nossa atitude de crer naquilo que somente Ele pode fazer. Ofertar não é algo que fazemos, mas algo que somos. É um estilo de vida para o cristão que compreende a graça de Deus. Além disso, a graça de Deus enriquece o servo do Senhor, moral e espiritualmente, de modo que cresce em caráter cristão.

Explique para os alunos que, assim como temos leis físicas que governam o universo, Deus estabeleceu leis espirituais para governar as nossas vidas. Essas leis fazem com que todas as nossas ações no mundo físico tenham repercussão no mundo espiritual. Ressalte para eles que a lei do “dar” não está relacionada apenas com o aspecto financeiro, ela se relaciona a todas as áreas da nossa vida (Mt 7.1, 2; Lc 6.37, 38).

1.3. A justiça compensatória de Deus.
A justiça de Deus é simbolizada por uma balança onde as nossas obras são pesadas (Dn 5.27). A balança tem dois lados. De um lado estão as nossas obras, do outro, o que Deus coloca para nos abençoar. Se colocarmos bastante de um lado, Deus se vê obrigado a colocar bastante do outro lado por causa da Sua justiça (2Co 9.10). Se colocarmos muito na balança das obras, Deus também não faz por menos (2Co 9.6). Quem planta pouco colhe pouco. Nossas ações determinam a quantidade da colheita.

Esclareça para os alunos que o agricultor que planta muitas sementes terá maior probabilidade de colher uma safra abundante. Comente com eles que o investidor que coloca uma grande soma de dinheiro no banco, sem dúvida, receberá mais dividendos, Reforce para eles que, quanto mais investirmos na obra do Senhor, mais frutos teremos (Fp 4.10-20).

2. Princípios da contribuição financeira.
A contribuição financeira é um ato tão espiritual quanto pregar ou distribuir folhetos. Se semearmos de acordo com os princípios da graça, a semente se multiplicará e suprirá nossas necessidades. Analisemos a fonte de nossas bênçãos, o que Deus observa no ato da oferta e o princípio pelo qual Deus nos enriquece.

2.1. Deus, o doador por excelência.
No ato de “dar” ninguém ganha de Deus. Paulo afirma que Ele é quem dá semente ao que semeia (2Co 9.6). Ele mesmo disse a Jó: “Quem primeiro me deu, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu” (Jo 41.11). Davi também sabia muito bem quem era a nossa fonte: “Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos” (1Cr 29.13b). Deus nunca precisou de oferta alguma de nossa parte, pelo contrário, Ele é quem primeiro semeia em nossas vidas para termos o que dar a Ele mesmo. E por que faz isso? Porque seu desejo é que sejamos supridos em todas as nossas necessidades e, tendo em abundância, outros sejam abençoados através de nossas vidas (2Co 9.6-12).

Mostre para os alunos que o texto bíblico de Êxodo 25.1-7 apresenta um modelo de oferta voluntária. Porém, olhando atentamente, veremos que no deserto o povo tinha o que dar ao Senhor. E por que tinham? Porque primeiro o Senhor lhes deu e depois pediu para que pudesse multiplica-los.

2.2. Quantidade e qualidade.
Deus estabeleceu o percentual da investidura em Seu Reino (2Co 9.6). Deus trabalha com quantidade, mas também exige qualidade. Muito se fala a respeito da oferta de Caim e Abel, mas, se observarmos bem, existem duas coisas que se destacaram na hora da entrega de ambos: Caim saiu em desvantagem porque ofereceu o fruto de uma terra amaldiçoada ao Senhor (Gn 3.17; 4,3). No entanto, o quesito principal observado por Deus no ato da oferta foi a pureza do coração dos ofertantes (Gn 4.4, 5; 1Jo 3.12).

Informe para os alunos que a qualidade do adorador pode anular a quantidade da oferta. Merece ser destacado para eles que esse é um princípio da justiça divina. Esclareça que o horizonte que o servo de Deus contempla vai bem adiante da sua aposentadoria. O cristão que tem sabedoria olha para a eternidade e trabalha pacientemente para colher nela os frutos do que tem semeado agora: “Sede pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5.7, 8).

2.3. Enriquecendo em tudo.
Na passagem de 2 Coríntios 9.11, o termo grego usado para expressar “Tudo” está na voz passiva. Significa que não atuamos, recebemos uma ação. Ou seja, não enriquecemos, somos enriquecidos. Esse é um princípio de justiça, porque se damos, Deus nos enriquece, e, em “tudo”. Isso não é teologia da prosperidade. É a Bíblia que está dizendo que Deus nos enriquece tanto no espiritual, quanto no material. Não há motivos para queixas. A resposta é que enquanto uns semeiam, outros comem a semente! Na casa de deus existem esses dois tipos de pessoas e a pergunta é: qual deles somos nós?

Comente com os alunos que, sempre que somos tentados a nos esquecer deste princípio, devemos nos recordar de que deus demonstrou para conosco generosidade suprema. “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Rm 8.32). Explique para eles que, tanto em Sua natureza quanto em Sua graça, Deus é um doador generoso. Reforce que deve seguir o exemplo divino aquele desejoso de ser piedoso.

3. Os segredos de uma boa colheita.
A leitura correta de uma oferta a Deus não é a base de troca, mas a alegria de levar ao altar do Senhor o reconhecimento por tudo o que Ele representa em nossas vidas. Observaremos agora três fatores importantes para uma boa semeadura: os segredos da provisão divina e seu crescimento, a correta motivação para uma semeadura e o que devemos semear.

3.1. O segredo da provisão do crescimento.
Quando um israelita consagrava suas primícias, isto é, os primeiros frutos do ventre de suas mulheres, do ventre de seus animais e também dos frutos da terra, tudo o que vinha depois estava santificado pelo Senhor. Paulo cita o exemplo da raiz, nos dando a entender que, se ela for santificada, seus ramos e tudo o que dela surgir também o serão (Rm 11.16). Foi essa a leitura que os judeus receberam da Lei de Moisés. Eles entendiam que, ao santificar ao Senhor as primícias de sua renda, todo o restante da renda que ficavam em suas mãos estavam também, santificado (Pv 3.9).

“Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus” (2Co 9.12). Comente com os alunos que o termo usado aqui se refere ao “serviço sacerdotal. Ressalte para eles que, neste ponto, Paulo eleva a prática de ofertar ao nível mais alto possível. Ele considera a coleta um “sacrifício espiritual” apresentado a Deus, da mesma forma que um sacerdote apresentava um sacrifício no altar.

3.2. Semear com a motivação correta.
Em qualquer atividade que façamos, a motivação é um fator de importância vital. Um agricultor planta porque sabe que seguindo as condições corretas ele vai colher o que plantou. Paulo fala que nossa contribuição deve ser motivada pela alegria, com desprendimento, de coração livre. Não como contribuintes “tristes”, que dão de má vontade ou que dão porque precisam. Ele afirma que o verdadeiro juízo de uma boa obra não é o que a Igreja ou o mundo possa pensar dela, mas sim, a estima em que Deus a tem.

Merece ser especialmente ressaltado para os alunos que “Deus”, conforme afirma o apóstolo Paulo, “ama ao que dá com alegria”. Ressalte para eles que esse é o ponto (Pv 22.9; 2Co 9.6). Paulo queria que o presente fosse um ato de generosidade pelo lado dos coríntios, não um ato de cobiça ou avareza de seu lado, onde ele de alguma forma exortaria o presente deles através da culpa ou de outra forma manipuladora (2Co 9.1-5). Em contraste com muitos pregadores atualmente, Paulo não usou da culpa para conseguir a bênção. A bênção não é a única coisa que é importante. É igualmente importante saber como a doação é dada. Comente com eles que usar a culpa para motivar as pessoas doarem está errado. O único motivador válido é o desejo do coração para doar.

3.3. O que devemos semear?
Não existe uma maneira de se saber com exatidão sobre como e quando iremos colher, mas uma coisa é certa, tudo o que plantamos iremos colher (Gl 6.7). Devemos sempre semear boas sementes, não confiados não em nós mesmos, mas no Senhor, certos de que essas sementes vão produzir a seu tempo bons frutos para nossa alegria. Uma má escolha poderá acarretar sérios transtornos mais adiante. Por esta razão, devemos pensar no futuro e tomar sábias decisões, porque a colheita pode até tardar, mas não falhará. Se o passado não bom conosco, não devemos ficar estagnados com relação ao futuro, devemos seguir o conselho de Salomão, lançar sementes, semear em todo o tempo e, com certeza, Deus nos abençoará (Ec 11.1-6).

Comunique aos alunos que esse é um princípio fácil de entender. Entregando a Deus o que lhe pertence, tudo o que nos restar, além de abençoado, será acrescido ainda mais. Ressalte para eles que, infelizmente, por não entendê-lo, muitas pessoas criam desculpas para não semear. Explique para eles que as leis da semeadura nos ajudam a compreender muitas coisas em nossas vidas. O porquê de muitas coisas pode ser explicado através deste ensino, pois “quem ceifa já está recebendo recompensa e ajuntando fruto para a vida eterna; para que o que semeia e o que ceifa juntamente se regozijem” (Jo 4.36). 

Conclusão.
Mais do que nunca, é preciso que tomemos as mesmas atitudes de um agricultor. Devemos arregaçar as mangas e lançar as boas sementes. É bem verdade que estamos diante de um mundo cheio de escolhas. Sendo assim, tudo o que temos de fazer é escolher as melhores sementes e lançá-las.

Questionário.
1. Onde repercutem nossas ações praticadas no mundo físico?
R: Elas repercutem no mundo espiritual (Gl 6.7, 8).

2. Enquanto uns plantam, o que fazem os outros?
R: Eles comem a semente (Gn 26.12).

3. O que significa semear em abundância?
R: Significa que nossas ações determinam a quantidade da colheita (2Co 9.6).

4. Qual a motivação correta para uma semeadura?
R: A alegria (2Co 9.7).

5. Qual o tipo de sementes que devemos semear?
R: Devemos semear boas sementes em todo o tempo (Ec 11.1-6).

Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 4º trimestre de 2015, ano 25, Nº 97, Maturidade Espiritual.

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