Lição 10 A Origem da Diversidade Cultural da
Humanidade
6 de Dezembro de 2015
TEXTO ÁUREO
"[...] Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é
o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles
intentarem fazer" (Gn 11.6).
VERDADE PRÁTICA
Apesar da multiplicidade de línguas e dialetos, decorrente da confusão
de Babel, o Evangelho de Cristo pode ser perfeitamente entendido em todos os
idiomas e culturas.
LEITURA DIÁRIA
Segunda- Gn 11.1-9 Torre de Babel, um monumento à soberba humana
Terça- Gn 10.20 Os povos e nações são divididos em línguas
Quarta- Is 66.18 Povos e línguas contemplarão a glória de Deus
Quinta- Dn 3.4-7 Nações e línguas curvam-se à idolatria
Sexta- At 21.37-40; 27.31 Paulo, um missionário poliglota escolhido pelo Senhor
Sábado- At 2.1-4 A reversão de Babel em o Novo Testamento
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 11.1-9
1 - E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala.
2 - E aconteceu que, partindo eles do Oriente, acharam um vale na terra
de Sinar; e habitaram ali.
3 - E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem.
E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume, por cal.
4 - E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume
toque nos céus e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a
face de toda a terra.
5 - Então, desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos
dos homens edificavam;
6 - e o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma
língua; e isto é o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para
tudo o que eles intentarem fazer.
7 - Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda
um a língua do outro.
8 - Assim, o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e
cessaram de edificar a cidade.
9 - Por isso, se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o
Senhor a língua de toda a terra e dali os espalhou o Senhor sobre a face de
toda a terra.
OBJETIVO GERAL
Mostrar como se deu a diversidade cultural da humanidade.
HINOS SUGERIDOS: 71, 458,464 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve
atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os
seus respectivos subtópicos.
- Saber
a respeito da torre de Babel;
- Analisar como se deu a confusão de línguas;
- Mostrar que a multiplicidade linguística e cultural, depois
da Torre de Babel, tornou-se um fato.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos a respeito da construção da Torre de
Babel. Veremos que um dos fatores que contribuíram para que a depravação da
humanidade viesse a crescer de forma vertiginosa foi o monolinguismo. A Terra
havia sido purificada pelas águas do dilúvio, mas a semente do pecado estava em
Noé e em seus descendentes. Não demorou muito para que o pecado se alastrasse
novamente. Já que não havia impedimento quanto a língua, os homens cheios de
soberba, e com um espírito de rebelião se unem para fazer um monumento que
seria símbolo da sua empáfia. Deus não estava preocupado com a construção ou
com o tamanho da torre, mas com a arrogância que dominava, mais uma vez o
coração do homem. O Senhor abomina a altivez, o orgulho (Pv 6.17). Que venhamos
guardar os nossos corações destes sentimentos tão nefastos.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Um dos fatores que levaram a primeira civilização humana à depravação
total foi o monolinguismo. Entre os filhos imediatos de Adão e Eva, inexistiam
fronteiras idiomáticas, culturais e geográficas. Eis por que os exemplos de
Caim e Lameque alastraram-se logo por toda a terra.
Na lição de hoje, encontraremos a família noética correndo o mesmo
perigo. Temendo um novo dilúvio, e recusando-se a povoar a terra, puseram-se os
descendentes de Noé a construir uma torre, cujo topo, segundo imaginavam,
tocaria os céus.
A fim de impedir a degeneração da segunda civilização, o Senhor
confunde-lhes a língua, levando a linhagem de Sem, Cam e Jafé a espalhar-se
pelos mais longínquos continentes.
Deste episódio, surge a multiplicidade línquística e cultural da
humanidade.
PONTO CENTRAL
O monolinguismo contribuiu para que a primeira civilização humana se
tornasse uma civilização depravada e distante do Criador.
I - A TORRE DE BABEL
Não sabemos quanto tempo se havia passado desde que Noé saiu da arca
até a construção da torre de Babel. De qualquer forma, seus filhos, Sem e Jafé,
não puderam impedir seus descendentes de cair na apostasia de Cam.
1. O monolinguismo. Naquele tempo, a humanidade ainda era monolíngue; todos falavam uma
só língua (Gn 11.1). Sobre o idioma original da humanidade, há muita
especulação.
Alguns sugerem o hebraico. Nada mais ilógico. Abraão, ao deixar a sua
terra natal, falava o arameu (Dt 26.5) que, nos lábios de seus descendentes,
sofreria sucessivas mudanças até transformar-se na belíssima língua hebreia. O
interessante é que depois do cativeiro babilônico, os israelitas voltariam a
usar o aramaico, inclusive Jesus (Mc 15.34).
2. Uma nova apostasia. Se por um lado o monolinguismo facultava a rápida disseminação do
conhecimento, por outro, propagava com a mesma rapidez as apostasias da nova
civilização. E, assim, não demorou para que a revolta, misturada ao medo, se
tornasse incontrolável. Por isso,
revoltam-se os descendentes de Noé contra Deus: "Eia, edifiquemos nós uma
cidade e uma torre cujo cume toque nos céus e façamo-nos um nome, para que não
sejamos espalhados sobre a face de toda a terra" (Gn 11.4).
Se Deus não tivesse intervindo a situação ficaria mais insustentável do
que no período anterior ao Dilúvio.
3. Um monumento à soberba humana. Apesar das garantias divinas de que não haveria
outro dilúvio, os filhos de Noé buscavam agora concentrar-se num lugar alto e
forte. Entregando-se ao medo, acabaram por erguer um monumento à soberba e à
rebelião.
A ordem do Senhor àquela gente era clara: espalhar-se até aos confins
da terra (Gn 9.7; Mt 28.19,20). Séculos mais tarde, o Senhor Jesus Cristo
também ordenou aos seus discípulos que fossem proclamar o Evangelho até os
confins da Terra. Quando não a obedecemos, edificamos dispendiosas torres, onde
a confusão é inevitável. Cada um fala a sua língua, e ninguém se entende
mais.
SÍNTESE DO TÓPICO I
A soberba dos homens da primeira civilização os levaram a desejar construir
uma torre, um monumento a soberba humana.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, é importante que você leia com os alunos o capítulo 10 de
Gênesis antes de introduzir a lição. Explique que os "descendentes de Sem
povoaram as regiões asiáticas, desde as praias do Mediterrâneo até o oceano
Índico, ocupando a maior parte do território de Jafé e Cam. Foi entre eles que
Deus escolheu seu povo, cuja história
constitui o tema central das Sagradas Escrituras.
Os descendentes de Cam foram notavelmente poderosos no princípio da
história do mundo antigo. Constituem a base dos povos que mais relações
travaram com os hebreus, seja como amigos, seja como inimigos. Eles
estabeleceram-se na África, no litoral mediterrâneo da Arábia e na Mesopotâmia.
Os descendentes de Jafé foram os povos indo-europeus, ou arianos.
Embora não tivessem sobressaído na história antiga, tornaram-se nas raças
dominantes do mundo moderno" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de
Janeiro: CPAD, 1995, p. 47). Se desejar, reproduza, da referida Bíblia, o mapa
e a tabela abaixo para seus alunos.
CONHEÇA MAIS
*A Torre de Babel
“Como a humanidade, descendendo novamente de uma única família,
tornou-se tão dividida? A história da Torre de Babel explica. Deus introduziu
idiomas que dividem o povo como um ato de julgamento quando os descendentes de
Noé tentaram arrogantemente alcançar os céus.
O capítulo 11 de Gênesis nos mostra os descendentes de Sem, a linhagem
da qual surgiram Abrão e, em última análise, Cristo.” Para conhecer mais leia
Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 31.
II - A CONFUSÃO DE LÍNGUAS
1. Uma cidade à prova d'água. A engenharia dos descendentes de Noé era bastante
avançada. De início, projetaram uma cidade cujo epicentro seria uma torre que,
segundo imaginavam, arranharia o céu (Gn 9.4). Aquele lugar se tornaria uma
fortaleza impenetrável, mas independente dos planos dos homens, Deus lhes
frustraria os objetivos e cumpriria sua vontade espalhando-os pela terra.
Em seguida, prepararam o material: tijolos bem queimados e betume. O
seu objetivo era construir uma cidade à prova d'água. Se houvesse algum
dilúvio, escalariam a torre, e tudo estaria bem. Na verdade, não queriam
cumprir o mandato cultural que o Senhor confiara ao patriarca: repovoar e
trabalhar a terra (Gn 9.4).
2. A torre que Deus não viu. Aos olhos dos homens, a torre parecia alta. Mas, à
vista de Deus, nada era. Ironicamente, o Altíssimo teve de baixar à terra para
vê-la: "Então, desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos
dos homens edificavam" (Gn 11.5).
Assim são os projetos firmados na vaidade humana. Aos nossos olhos,
muita coisa; à vista de Deus, tolas pretensões. Se o Senhor não tivesse
intervindo, a segunda civilização tornar-se-ia pior do que a primeira (Gn
11.6). Nenhum limite seria forte o bastante para conter aquela gente, que já
começava a depravar-se totalmente.
3. Quando ninguém mais se entende. Por isso mesmo, o Senhor decreta: "Eia,
desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do
outro" (Gn 11.7). Nascia ali, na planície de Sinear, o multilinguismo.
Como ninguém mais se entendia, os descendentes de Noé foram
apartando-se uns dos outros, e reagrupando-se de acordo com a sua nova
realidade idiomática. Os filhos de Sem formaram uma grande família linguística,
da qual se originaram o aramaico, o moabita, o árabe e, mais tarde, o hebraico.
O mesmo fenômeno deu-se entre as linhagens de Jafé e Cam. É bem provável que
Pelegue tenha nascido nesse período (Gn 10.25).
Apesar da confusão da linguagem humana, Deus permitiu que os idiomas
conservassem evidências de um passado, já bastante remoto, quando todos os
seres humanos falavam uma só língua.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Como uma forma de dificultar os intentos perversos dos homens, Deus
confundiu as línguas.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"A história nos conta que, em assembleia, os novos habitantes de
Sinar tomaram uma decisão totalmente fora da vontade de Deus. O propósito da
ação é claro. Queriam fama (Gn 11.4). E desejavam segurança: 'Para que não
sejamos espalhados sobre a face de toda a terra'. Ambas as metas seriam
alcançadas somente pelo empreendimento humano. Não há dúvida sobre a
ingenuidade das pessoas. Não tendo pedras, fabricaram tijolos de barro e depois
queimaram bem. Viram a utilidade do betume abundante na área e o usaram como
argamassa.
O interesse principal desse povo não estava numa torre, embora também
houvesse a construção de uma cidade. A torre ia alcançar os céus. Nada é dito
sobre um templo no topo da torre, por isso não está claro se a torre era como
os zigurates que houve mais tarde na Babilônia.
O paganismo está indiretamente envolvido nesta história, pois havia um
ímpeto construtivo em direção ao céu e o único verdadeiro Deus foi
definitivamente omitido de todo planejamento e de todas as etapas. Mas Deus não
estava inativo. O julgamento de Deus logo veio. Para demonstrar que a unidade
humana era superficial sem Deus, Ele introduziu confusão de som na língua
humana. Imediatamente estabeleceu-se o caos. O grande projeto foi abandonado e
a sociedade unida, sem temor de Deus, foi despedaçada em segmentos confusos. Em
hebraico, um jogo de palavras no versículo 9 é pungente. Babel significa
'confusão' e a diversidade de línguas resultou em balbucis ou fala ininteligível"
(Comentário Bíblico Beacon. Vol 1. 1.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 55).
III - A MULTIPLICIDADE LINGUÍSTICA E CULTURAL
O episódio da torre de Babel criou diversas fronteiras entre os
descendentes de Noé: linguísticas, culturais e geográficas.
1. Linguísticas. Da barreira idiomática, surgiu a noção de nacionalidade, responsável
pela criação de países e reinos. Só os impérios, geralmente antagônicos a Deus,
buscam unificar o que o Senhor separou em Sinear (Dn.3.7). A multiplicidade linguística
dos povos oprimidos, porém, torna inviável tal unificação, ainda que possa ser
considerada "duradoura", como foi o império romano.
Já imaginou se toda a humanidade falasse o russo ou o alemão? Homens
como Stalin e Hitler teriam certamente dominado toda a terra.
2. Culturais. A diversidade linguística trouxe também a diversidade cultural. Cada
povo, uma língua, uma cultura e costumes bem característicos. Tais fatores
tornam inviável um Estado totalitário mundial. O governo do Anticristo, aliás, reinará
absoluto por apenas 42 meses (Ap 13.5). Logo após, será destruído.
3. Geográficas. Acrescente-se a essas dificuldades as fronteiras naturais: rios,
mares, montanhas, vales, etc. Cada povo com o seu território. Deus sabe o que
faz.
SÍNTESE DO TÓPICO III
A confusão das línguas contribuiu para a multiplicidade linguística e
cultural da humanidade.
CONCLUSÃO
O episódio de Babel não impediu a proclamação do Evangelho, pois no
Pentecostes, "todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em
outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem" (At
2.4). A Palavra de Deus, atualmente, encontra-se em quase todas as línguas. O
que parecia maldição fez-se bênção para todos os povos.
PARA REFLETIR
A respeito do livro de Gênesis:
O que levou os descendentes de Noé a construírem a torre de Babel?
Eles queriam fama e desejavam segurança. Foram movidos pelo orgulho.
Como eles construíram a torre?
Eles prepararam o material: tijolos bem queimados e betume.
O que teria acontecido se eles tivessem alcançado o seu intento?
O homem não teria cumprido o mandato cultural que Deus havia lhe dado.
O que, hoje, separa os seres humanos?
A diversidade linguística, cultural e geográfica.
Que episódio bíblico é considerado o contraponto da torre de Babel?
A proclamação do Evangelho, pois no Pentecostes, "todos foram
cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o
Espírito Santo lhes concedia que falassem" (At 2.4).
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 64, p. 41.
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assuntos.
SUGESTÃO DE LEITURA
Introdução à Teologia da História
O autor expõe o quanto pode ser prejudicial ao cristão apressar-se em
classificar como inúteis todas as considerações e conclusões a que chega a
teoria secular da História. O leitor perceberá, ao longo da leitura, que a
Ciência tem seus proveitos, mas todo conhecimento científico produzido distante
de Deus conduz o ser humano para mais longe de seu Criador.
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Neste primeiro volume, os teólogos suecos Carlo Johansson e Ivan
Hellström fazem uma abordagem panorâmica dos primeiros livros das Santas
Escrituras.
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origens, a saída dos israelitas do Egito, o recebimento da Lei, o culto
religioso no Tabernáculo e muitos outros assuntos.
Perfeitamente Imperfeito
O ser humano tem muitas falhas e defeitos. Através dos exemplos
bíblicos do AT podemos perceber que Abraão, Moisés, Elias e tantos outros
passaram por momentos de desespero e aflição, mas foram usados por Deus, apesar
de suas imperfeições. Deus capacita os incapacitados, fortalece os fracos,
consola os oprimidos e refrigera os aflitos.
Fonte:
CPAD, Revista, Lições Bíblicas Adultos, professor, 4º trimestre 2015.
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