domingo, 15 de novembro de 2015

Lição 8 Lições de uma vida pródiga.



Lição 8 Lições de uma vida pródiga.
22 de novembro de 2015.

Texto Áureo
Isaías 60.1
“Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do SENHOR vai nascendo sobre ti”.

Verdade Aplicada
Não é difícil perceber a fraqueza daqueles que nos rodeiam; difícil é não ter a capacidade de enxergar a fraqueza que existe em nós mesmos.

Objetivos da Lição
Explicar as atitudes do irmão mais velho, sua incompreensão da graça e sua recusa a seu irmão;
Mostrar a posição inflexível e impiedosa tomada pelo irmão mais velho no momento em que se deparou com a música e as danças;
Esclarecer que enquanto um irmão reconhecia seus erros e voltava para pedir perdão, o outro buscava prestígio pelos serviços prestados.

Glossário
Pródigo: gastador;
Rechaçar: rebater, repelir;
Desventura: desgraça, infortúnio.

Leituras complementar:
Segunda       Ap 3.17
Terça              1 Co 1.28
Quarta           Ef 2.12
Quinta           Rm 5.8
Sexta             Cl 2.13
Sábado          Rm 8.31-39

Textos de Referência.
Lucas 15.26-30
26 E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.
27 E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.
28 Mas ele se indignou e não queria entrar. E, saindo o pai, instava com ele.
29 Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos.
30 Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.

Hinos sugeridos.
75, 151, 238.

Motivo de Oração
Ore para ter um coração mais amoroso e perdoador.

Esboço da Lição
Introdução
1. Conhecendo o pano de fundo.
2. A má interpretação da graça divina.
3. Diante de um pai amoroso e perdoador.
Conclusão

Introdução
A figura do irmão mais velho e bastante incomodado com a festa é uma representação dos fariseus. Eles acreditavam que eram perfeitos e preferiam antes a destruição de um pecador do que a sua salvação.

1. Conhecendo o pano de fundo.
A parábola do filho pródigo nos fala mais do amor de um pai que do pecado de um filho. Ela tem por base o perdão de Deus, que é estendido a todo aquele que se arrepende de coração. Nesta lição, nos deteremos apenas nas ações do irmão mais velho, que ficou indignado ao saber que seu pai havia matado o bezerro cevado e preparado uma festa para seu irmão pródigo (Lc 15.13).

1.1. Apenas um jornaleiro.
Segundo o doutor teólogo Kenneth E. Bailey, na Palestina, pedir herança ao pai vivo era afrontá-lo. Significava o mesmo que desejar sua morte. Outra grave afronta é que, pedindo parte da herança, o pai deveria vender uma parte da fazenda, porque, segundo os costumes da época, os funcionários ali residiam. Fica evidente que o pródigo recebera tudo o que lhe cabia, não tendo mais direito a nada em termos de herança. É por esse motivo que, ao “cair em si”, ele pensa em voltar como um dos jornaleiros de seu pai. O escravo comum era em certo sentido um membro da família, mas o jornaleiro podia ser despedido no dia. Não era absolutamente alguém da família (Lc 15.19).

Comente com os alunos que o pai do filho pródigo não lhe deu oportunidade de formular seu pedido, antes disso, ele o interrompeu. Ressalte para eles que a túnica simboliza a honra; o anel a autoridade, porque se um homem dava a outro o anel com seu selo era como se o designasse seu procurador; os sapatos diferenciam o filho do escravo, uma vez que os filhos da família andavam calçados e os escravos não. Sendo assim, realizou-se uma festa para que todos se alegrassem com a chegada do filho que se havia perdido.

1.2. Uma atitude surpreendente.
Em momento algum são citados os danos, os prejuízos ou o desequilíbrio moral do filho mais novo (Lc 15.20-24). O pai não lança em seu rosto os seus desvarios e, mesmo tendo ele falhado e causado tantos danos à família, o pai o aguardava, acreditava em sua restauração, o que demonstra um amor ilimitado por um filho que, na interpretação de muitos, de nada era merecedor. Assim como o pai agiu com esse filho, Deus também age conosco. É a misericórdia, a graça, o dom imerecido de Deus que recai sobre todos os seres viventes. Assim como Deus age, temos também que agir. Não precisamos buscar respostas, precisamos apenas obedecer. Essa é a vontade de Deus (Ef 2.8, 9).

Esclareça para os alunos que Deus na figura do Pai tem paciência com Seus filhos pecadores. Informe para eles que o pai descrito na parábola é muito paciente com o absurdo que o filho mais novo fez. Ele não estava preocupado com os bens materiais que se perderam, mas com o crescimento do filho. Esse pai soube esperar o filho crescer e se arrepender de seus pecados. Ressalte para os alunos que a paciência de Deus visa dar tempo para cairmos em si e nos arrependermos dos nossos erros. Deus sempre nos recebe de braços abertos quando somos humildes e nos arrependermos. Quando o pai vê a volta de seu filho arrependido, manda preparar uma festa (Lc 15.32).

1.3. Ouvindo a música e as danças.
Ao chegar do campo e ver a música e as danças, o irmão mais velho ficou indignado. Sentiu-se injustiçado e não acreditou que o pai fosse capaz de receber a seu pródigo irmão com uma festa (Lc 15.25-28). Ele não conhecia o poder do perdão. Em vez de se alegrar-se, ficou enciumado, desprezando não somente a festa, mas a alegria de seu pai. Sua mágoa era por causa do bezerro cevado. Era porque nunca teve uma festa. Porém, ele nunca saiu do aprisco, nunca viveu os pesadelos e as desventuras de seu irmão. Nunca perdeu tudo e mendigou, nunca foi escarnecido por seus erros, nunca se expôs ao ridículo, nem esteve do outro lado. É por isso que ele nunca teve uma festa de reconciliação.

Esclareça para os alunos que o pai saiu de casa duas vezes. Primeiro, ele saiu para receber um filho perdido e fazê-lo entrar em casa. Na segunda vez, ele saiu para atender um filho problemático que não queria entrar. Ressalte para eles que esse filho deveria estar ausente da casa há muito tempo porque uma festa não acontece da noite para o dia. Geralmente, os maiores causadores de problemas sempre estão fora da agenda da casa. Reforce para eles que, infelizmente, pessoas como esse filho preferem conviver com a indignação do que entrar na casa (Lc 15.28, 29).

2. A má interpretação da graça divina.
Quando soube da festa que seu pai havia promovido, o irmão mais velho ficou tão indignado que assentou em seu coração não fazer parte da festa. Seu pai muito insistiu para que fizesse parte daquele momento tão especial, mas ele, por não compreender o valor daquele momento, apresentou ao pai suas críticas.

2.1. Nunca me deste um cabrito.
Ele rejeitou o banquete porque carnalmente não entendia o motivo da festa. Ignorou o arrependimento do irmão e a bondade do pai. A única coisa que ele visualizou foi um cabrito (1Co 2.12-14). Era, na verdade, uma pessoa rica, coberta por uma pobreza de espírito. Enquanto o pai sacrificou o bezerro cevado, o filho brigava por um cabrito! É triste ser rico sem saber. Enquanto ele discutia por um cabrito, seu pai dizia: “Todas as minhas coisas são tuas” (Lc 15.31; Ap 3.17). O que o pai está dizendo é que o filho, mesmo vivendo com ele, jamais reconheceu o potencial que possuía. Pessoas que brigam por um cabrito jamais podem ver o que um cordeiro pode produzir.

Explique para os alunos que, talvez, no pensamento do irmão mais velho, seu irmão tivesse voltado como se nada tivesse acontecido e ainda havia ganhado de brinde uma festa. Comente com eles que ele não sabia o que estava no coração de seu irmão. A passagem indica que ele se arrependeu e que estava disposto a voltar como funcionário e não como filho (Lc 15.17, 21). Ressalte para eles que devemos evitar fazer juízos precipitados.

2.2. “Teu filho”, e não “meu irmão”.
“Vindo, porém, este teu filho...” (Lc 15.12a). Devemos observar essa frase com muita atenção porque, às vezes, sem entender a obra que Deus está realizando em uma vida, agimos como esse jovem, que achou injusta a recepção e o calor humano dado ao seu perdido irmão. Há tanta gente assim, doente no meio da Igreja, que não aceita ver Deus levantando gente que um dia foi escória da sociedade (1Co 1.28; 4.10). Assim, não entram na festa, fazem biquinho e não sentem o calor do culto. Todos pulam, louvam, dançam e se divertem, mas eles estão mumificados, bocas fechadas, corações empedrados e, a cada dia, mais mortos espiritualmente (At 7.51).

Comente com os alunos que, como o filho mais velho, muitas vezes focamos no menos importante ao invés do mais importante. Informe para eles que o filho mais velho fica extremamente preocupado com sua própria justiça e zelo e com os bens materiais que seu irmão desperdiço, achando-se superior. Estava tão cego que não conseguia enxergar a conversão de seu irmão, pelo contrário, dá a entender que preferia que seu irmão permanecesse no mundo (Lc 15.29,30).

2.3. Ele desperdiçou tua fazenda.
Tudo o que o pai desejava era ter o filho de volta. Não importava o que gastasse. Para o pai, o filho era mais importante que a própria fazenda. Esse é o exemplo claro do caráter de Deus. Ele perdoa os erros que cometemos mesmo quando lhe causamos prejuízos. A graça de Deus é indescritível e foi isso que o irmão mais velho nunca entendeu (Lc 15.30). Como pode uma pessoa desperdiçar tudo e ser restaurado? A resposta está na graça. Ela é um dom oferecido exatamente a quem nunca fez por merecer (Rm 5.8; Ef 2.12).

Comente com os alunos que valorizamos muito os dons espirituais, mas esquecemos de que todos eles desaparecerão e a única coisa que subsistirá será o amor. O maior exemplo de amor é Jesus Cristo, vemos isso através de Sua vida, Suas palavras e Suas atitudes (Ef 3.19). Esclareça para eles que, assim como Deus, aquele pai esperava que houvessem uma parte de sua essência em seu filho para que ao menos entendesse o motivo de sua alegria (Jo 3.16; Rm 8.35).

3. Diante de um pai amoroso e perdoador
Enquanto o irmão mais novo sai de uma vida de vergonha para um banquete, o mais velho fica travado na porta, expondo sua indignação diante dos funcionários de seu pai. Seu pai usa de muita sensibilidade no falar e, com muito amor, lhe convida a fazer parte da festa e a se alegrar junto a ele (Lc 15.32).

3.1. Teu filho... teu irmão.
Com um tom de insatisfação pelo glamour da festa, o irmão mais velho desconsidera o momento de alegria, perdão e regozijo. Ele se mantém como filho, mas não se considera irmão daquele que retornou do fracasso (Lc 15.30). E, com muita sensibilidade, o pai lhe diz: “Este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se” (Lc 15.32). A intenção do pai era reintegrar o filho perdido a família com todos os direitos de filho, pois, mesmo tendo ele desperdiçado tudo, jamais havia deixado de ser filho. Por razões egoístas, irmãos podem deixar de ser irmãos, mas filho jamais deixará de ser filho.

Merece ser especialmente ressaltado para os alunos que, até que esse encontro acontecesse, o tempo certamente passou. É bem provável que nesse tempo, o irmão mais velho trabalhou, reconstruiu a fazenda, alargou os termos e prosperou. Ressalte para os alunos que é possível compreender o porquê de sua insatisfação. Ele não queria dividir o que conquistou. Ele só não contava com uma coisa: tudo era do pai e, enquanto o pai estivesse vivo, este não desampararia um filho arrependido. Assim é a graça de Deus (Rm 11.6).

3.2. Era justo nos alegrarmos.
Em outras palavras, o pai está dizendo: “Filho, você deveria estar feliz juntamente comigo; todos os de fora estão alegres (Lc 15.9, 10, 25). Você é irmão dele! Deveria abraça-lo, chorar com ele. Dizer que sentiu muito sua falta, dizer que sentiu muito sua falta, dizer que o perdoa e está feliz pelo seu retorno. Filho, você tem vida, mas seu irmão estava morto. Será que você não possui sensibilidade? Filho, ele já sofreu bastante, esteve longe de nós, quase comeu bolotas de porcos! Viveu momentos de opressão, sentiu o sabor de derrota. Mas teve coragem de passar por cima do fracasso, do orgulho e voltou para se reconciliar” (Rm 8.31-39).

Comente com os alunos que a sutileza da sabedoria de Jesus ao contar a Parábola do filho pródigo impressiona. O patriarca, um homem de andar lento e solene, corre em direção ao filho, abraça-o e beija-o no rosto, na frente de todos. Informe para eles que aquela cena chocante contrariava todas as tradições do patriarcado. Por amor ao filho, o pai se humilha perante aldeia naquele gesto público. Esclareça para os alunos que, naquela região, até hoje, quando há um conflito, uma forma comum de resolução é a mediação, feita por uma pessoa de confiança dos litigantes. Se a questão for resolvida, o gesto que sela a paz é exatamente o beijo no rosto.

3.3. Todas as minhas coisas são tuas.
Enquanto ele discutia por um bezerro, seu pai dizia: “Tudo o que eu tenho te pertence”. Em outras palavras: “Você tem o mesmo direito potencial que eu tenho. Você é meu filho”. Essa palavra também indica que o pai tinha esperança de que seu filho mais velho tivesse sua essência, seu carisma, seu amor e sua compreensão. No entanto, enquanto seu irmão reconhecia seus erros, se humilhava e voltava para pedir perdão, ele buscava um reconhecimento pelos serviços prestados a seu pai (Lc 15.29).

“... Teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo” (Lc 15.27). Explique para os alunos que essa é a razão pela qual o bezerro cevado teve que morrer. Reforce que isso o irmão mais velho nunca entendeu. Aqui estão representados dois tipos de cristãos: os que procuram acertar, reconhecendo seus erros e confessando seus pecados: e os que justificam, cobrando os serviços prestados a igreja.

Conclusão.
A grande verdade dessa parábola é que o filho regressou havia voltado à condição antiga de todo ser humano (CL 2.13; Ef 2.5). O irmão mais velho não precisou sair para morrer. Ele estava morto dentro da própria casa. A parábola termina com um filho arrependido, mas não diz que o ouro entrou na casa.

Questionário.
1. Como o filho pródigo quis voltar?
R: Ele quis voltar como um empregado (Lc 15.18, 19).

2. Qual foi a posição que o irmão mais velho tomou ao ver a festa?
R: Ele não quis entrar (Lc 15.28).

3. Por que o irmão mais velho rejeitou entrar na festa?
R: Porque ele era carnal e não entendia o motivo da festa (Lc 15.25-30).

4. Qual era a intenção do pai?
R: A intenção era reintegrar o filho perdido a família (Lc 15.32).

5. Qual era o motivo da festa?
R: O retorno do filho perdido (Lc 15.27-32).

Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 4º trimestre de 2015, ano 25, Nº 97, Maturidade Espiritual.

Nenhum comentário:

Postar um comentário