segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Lição 11 Calebe: um exemplo de visão, coragem e perseverança.

Lição 11 Calebe: um exemplo de visão, coragem e perseverança.
13 de dezembro de 2015.

Texto Áureo
Josué 14.11
“E, ainda hoje estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha força então, tal é agora a minha força, tanto para a guerra como para sair e entrar”.

Verdade Aplicada
As frustrações são obstáculos que nos influenciam a observar a beleza da vida.

Objetivos da Lição
Mostrar como um discurso negativo pode mudar o destino de uma nação, influenciando-a para o mal;
Ensinar que a incredulidade tem o poder de maximizar o problema, enquanto a fé vê as circunstâncias sob a ótica divina;
Explicar porque a perseverança é essencial e como é poderosa para construir um sólido caráter.

Glossário
Maximizar: intensificar, aumentar;
Vitalidade: energia;
Reveses: adversidades, perdas.

Leituras complementar:
Segunda       Hb 5.11-14
Terça              Is 40.29
Quarta           2Co 4.8, 9
Quinta           Pv 3.5, 6
Sexta             Dt 1.22, 23
Sábado          Nm 23.19.

Textos de Referência.
Josué 14.7, 8, 10
7 Quarenta anos tinha eu, quando Moisés, servo do SENHOR, me enviou de Cades-Barnéia a espiar a terra; e eu lhe trouxe resposta, como sentia no meu coração;
8 Mas meus irmãos, que subiram comigo, fizeram derreter o coração do povo; eu, porém, perseverei em seguir o SENHOR, meu Deus.
10 E, agora, eis que o SENHOR me conservou em vida, como disse; quarenta e cinco anos são passados, desde que o SENHOR falou esta palavra a Moisés, andando Israel ainda no deserto; e, agora eis que já hoje tenho já oitenta e cinco anos;

Hinos sugeridos.
75, 305, 609

Motivo de Oração
Ore para que a incredulidade não encontre brechas em seu coração.

Esboço da Lição
Introdução
1. Os malefícios da incredulidade
2. A confiança em Deus
3. A vitória da perseverança
Conclusão

Introdução
Nesta lição, observaremos como a incredulidade pode nos afastar das promessas divinas. Também aprenderemos como reagir diante das adversidades e a extrema importância de perseverar no Senhor.

1. Os malefícios da incredulidade.
Moisés escolheu doze homens para espiar a terra de Canaã. Eles deveriam observar o local, expor um relatório completo de tudo que iriam presenciar e trazer uma novidade do fruto daquela terra (Nm 13.18-20).

1.1. A influência negativa dos olhos.
Os próprios israelitas pediram a Moisés o envio de espias para saber como era aterra (Dt 1.22). Uma atitude desnecessária e incrédula da parte do povo, porque Deus já lhes havia dito que a terra da promessa era fértil e abundante. Que prova a mais esse povo necessitava? O povo não falhou diante da Terra Prometida, já havia falhado aqui, demonstrando incredulidade naquilo que Deus havia dito e preferido andar por vista em vez de agir por fé. Confiados apenas no que viram, sem atentar para o que ouviram da parte de Deus, deram ocasião á dúvida e assim desistiram de tomar posse da promessa (Pv 3.5, 6).

Explique para os alunos que, em meio ao motim criado pelo assombroso relato dos dez espias, o Senhor destaca um homem entre eles, Calebe, do qual dá testemunho dizendo que nele havia outro espírito e que perseverou em segui-lo (Nm 14.24). Ressalte para eles que a ordem era clara e não incluía suposições, porque aquela terra já lhes pertencia. Infelizmente, eles retrocederam, ignorando a promessa, e, por esse motivo. Deus rejeitou a todos, exceto Josué e Calebe (Nm 14.21-23). Esclareça também que, enquanto os olhos de Josué e Calebe visualizavam as maravilhas vividas desde a saída do Egito, os olhos dos espias viam a força dos inimigos. É incrível, mas dez homens destruíram o sonho de uma nação inteira (Hb 12.1).

1.2. A influência negativa de um discurso.
Os espias foram enviados para colher informações da terra prometida, não para fazer cálculos negativos de si mesmos, nem comparações acerca da estatura de seus moradores. Deus não disse nada a respeito, eles mesmos se inferiorizaram e disseram que não podiam (Nm 13.31-33). O problema todo estava na visão. Todos temeram, inclusive Josué e Calebe. Mas eles viram a questão de outra forma e acreditavam no mesmo poder que os havia libertado do Egito (Nm 13.30). O discurso dos dez espias conduziu o povo a cair na incredulidade, na derrota, na perda da herança e no juízo de Deus. Tanto a confiança quanto a incredulidade contagiam. Podemos animar ou desanimar através de nossas palavras e atitudes (Js 14.8ª).

Assinale para os alunos que as frustrações são obstáculos que nos influenciam a observar a beleza da vida na contrariedade. Reforce para eles que, através delas, os fortes esculpem suas personalidades, ganham coragem para viver e humildade para conquistar.

1.3. O benefício de uma sábia decisão.
A incredulidade do povo fez com que o Senhor emitisse uma sentença (Nm 14.22, 23). Porém, com Calebe, o Senhor agiu de maneira diferente dizendo: “Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me eu o levarei à terra em que entrou, e a sua descendência a possuirá em herança” (Nm 14.24). Houve um momento em que Calebe teve que decidir entre seguir o povo ou seguir a Deus. Ele escolheu ser odiado pelo povo, tomando a firme decisão de eleger o Senhor como seu Deus. Calebe não quis seguir sua vontade própria, nem a dos demais. Ele decidiu por Deus, mesmo não sendo o caminho mais fácil.

Mostre para os alunos que Calebe é um personagem que nos inspira até o dia de hoje. O testemunho que Deus dá a seu respeito é de um significado muito profundo. A expressão “outro espírito” significa que Calebe tinha um espírito distinto do que possuía o povo de Israel (Nm 13.30; 14.24). Ele se destaca pela fé e a confiança em possuir o que Deus já lhe havia assegurado. Calebe representa aquela pessoa empreendedora que começa algo e tem uma motivação poderosa no que faz.

2. A confiança em Deus.
Durante quarenta e cinco anos, Calebe foi condenado a andar em círculo com seus irmãos, mesmo estando certo de que aquela era a terra de sua herança. Ele possuía motivos para desistir e desanimar, mas perseverou em seguir ao Senhor de todo o coração e Deus honrou a sua fé.

2.1. Uma profunda confiança em Deus.
Calebe era possuidor de uma confiança que subjugava o medo, as circunstâncias e a morte (Nm 14.9). Enquanto ele via o inimigo como pão, os outros dez se viam como gafanhotos. A incredulidade sempre encontra um porquê e maximiza o problema. Não há relato de que foram vistos com desprezo pelos filhos de Enaque, mas eles disseram: “éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos” (Nm 13.33). Eles incendiaram a alma do povo com um relato maior que a realidade e, por esse triste relatório, foram os primeiros a morrer (Nm 14.37).

Apresente para os alunos a seguinte afirmativa: “Existem três classes de pessoas neste mundo Primeira classe: aquelas que dizem “quero”. Essas triunfam em tudo. Segunda classe: as que dizem “não quero”. Essas se opõem a tudo. Terceira classe: as que dizem “não posso”. Essas fracassam em tudo. Ressalte para eles que os dez espias conseguiram identificar Canaã como a “terra que nos enviaste” e “a terra pelo meio da qual passamos” (Nm 13.27, 32), mas não a viram como “a terra que o Senhor nosso Deus está nos dando”. Problemas é tudo aquilo que vemos quando tiramos os olhos de Deus. Eles olharam para a terra e viram gigantes; olharam para as cidades e viram muralhas enormes e portões trancados; olharam para si mesmos e viram gafanhotos. Se olhassem para Deus pela fé, teriam visto Aquele que vê as nações do mundo como gafanhotos (Is 40.22).

2.2 O poder de reação diante da adversidade.
O que aprendemos com Calebe não é a forma como vemos as coisas, mas como reagimos diante delas. Confiar em Deus não nos isenta de enfrentar problemas. Porém, se a perspectiva contém Deus e se é vista desde Sua ótica, tudo muda de forma radical. As circunstâncias enfrentadas serão as mesmas. Todavia, com Sua presença na batalha, teremos a força necessária para superar os obstáculos e ainda nos mantermos firmes até o final. A fé vê as circunstâncias através de Deus (Nm 13.30; 14.9). A incredulidade não vê Deus porque se fixa nas circunstâncias. Ela é caracterizada pela exclusão de Deus do seu raciocínio (Nm 13.31-33). Mas, se incluirmos Deus, todo o nosso raciocínio incrédulo se tornará anão diante de Sua maravilhosa e poderosa Presença (Hb 10.35-39).

Comente com os alunos que, mesmo que os relatórios que a vida lhe apresente sejam negativos, não devemos desistir. Existe uma promessa de Deus que inclui restauração, salvação, libertação, suprimento e paz (Nm 13.25-33; Sl 112.7). Enfrente o espírito de covardia (Nm 14.9c). A vida é difícil e muitas vezes ficamos inibidos pelas dificuldades e lutas diárias. A covardia promove acomodações. Não se acomode, tenha coragem, pois foi por coragem que Josué e Calebe herdaram a promessa (Js 1.7-9).

2.3. Uma confiança inabalável.
Por que Deus conservou Calebe em vida? (Js 14.10). Primeiro, para sustentar o que havia dito a seu respeito acerca de sua entrada na Terra Prometida, porque certamente não o deixaria morrer sem que essa palavra se cumprisse. Segundo, porque no deserto o Senhor o fortalecia (Js 14.11). Calebe conhecia ao peso da palavra do Senhor e sabia que, mesmo o deserto consumindo a todos, sua herança estava garantida (Nm 23.19). Quanto mais os anos se passavam, mais Calebe se fortalecia. Sua perseverança nos contagia, porque não é fácil suportar quarenta e cinco anos de humilhação e manter-se com a mesma força e vitalidade (Dt 8.3). Calebe viveu pelo que acreditava e esse foi o segredo de sua inabalável fé e perseverança.

Comente com os alunos que a vida de Calebe deve injetarem nós disposição e perseverança. Devemos sempre enfrentar o espírito de covardia que promove rendição desde antes da luta começar. Informe para eles que Calebe não teve medo de gigantes, nem de montanhas, porque ele sabia que o Senhor o ajudaria a conquista-los. Calebe sonhou com a promessa. A nossa esperança é que você encontre sua “montanha”. Lembre-se que a referência do seu sonho é a Terra Prometida.  

3. A vitória da perseverança.
Calebe não podia embasar sua confiança nos companheiros de missão, nem tampouco esperar qualquer reação de um povo impactado pelo medo. Ele teve que escolher entre seu povo e seu Deus. Perseverar foi para ele remar contra a maré e sofrer até que os dias de sentença se cumprissem.

3.1. A terra que pisou o teu pé.
Calebe jamais pensou em desistir da terra que pisou o seu pé. Ele sabia que, mesmo habitada por gigantes, aquela era a terra de sua herança e, se Deus havia escolhido essa, não lhe importava outra (Dt 1.36). Calebe quis o plano original, descartou a possibilidade de um plano “b”, não permitindo que o tempo nem as circunstâncias aniquilassem aquela promessa. Calebe se destaca porque tinha em seu coração uma real convicção de que Deus estava dirigindo sua vida (Js 14.7). O próprio Deus afirmou que Calebe era homem de um espírito diferente, não somente por sua posição de fé, mas porque sua forma de agir e pensar se destacou diante dos demais (Nm 14.24).

Explique para os alunos que, devido a sua fé incomum, Deus prometeu dar a Calebe a maior e melhor parte daquela terra. Informe para eles que o nome Calebe vem da palavra “Kalev” que, no hebraico, é uma palavra composta, algo muito comum do hebraico antigo. Assim, a sua origem pode ser decomposta em dois termos: “Kol”, que significa; “tudo ou todo”; e “Lev”, que significa “coração”. Daqui extrai-se que “Kalev”, no seu sentido mais remoto e profundo, significa “de todo o coração”.

3.2. Perseverança, a chave da conquista.
Para muitas pessoas, a vida, além de ser uma tarefa difícil, algumas vezes pode ser absolutamente insuportável. E por que precisamos de perseverança? Porque ela é essencial, a única chave que pode abrir a porta da esperança (Rm 5.3-5). É mediante a perseverança que se constrói um caráter forte, sólido e esperançoso, que nos motiva a viver e lutar por nossos ideais.

Esclareça para os alunos que perseverança pode ser definida como: “disposição para aceitar o que vier; a força para enfrentar os problemas de frente, determinação para manter-se firme e discernimento para ver a mão do Senhor em tudo”. Informe para eles que Calebe tinha um coração esperançoso (NM 14.7), uma mente perseverante (Nm 14.8). era animada pelas promessas divinas e tinha razões específicas pelas quais lutar (Nm 14.10-12).

3.3. Praticantes, não somente ouvintes.
Uma coisa é envelhecer no Senhor, outra bem diferente é crescer no Senhor, Calebe não somente envelheceu, ele conservou sua força através dos anos> Seria insano alguém ouvir o médico diagnosticar sua doença e pensar que, pelo fato de ter conversado com ele, o mal irá desaparecer repentinamente. Assim é a Palavra ouvida sem a prática (Tg 1.25). Infelizmente, Deus não ofereceu uma fórmula que produza cristãos amadurecidos da noite para o dia (Ef 4.13). Não há como fugir dos problemas, mas podemos nos preparar para confrontar nossos reveses, encará-los, sem atravessá-los e sairmos mais fortes em Cristo (Ef 6.10. 11).

Explique para os alunos que existem muitas pessoas que vão de igreja em igreja, de uma conferência bíblica para outra, enchendo caderno após caderno de notas, porém continuam sendo pessoas mal-humoradas, difíceis e irresponsáveis. Ressalte para eles que falta-lhes maturidade porque não praticam aquilo que ouvem (Tg 1.22).

Conclusão.
Calebe sofreu o desconforto de caminhar quarenta e cinco anos errante pelo deserto. Mesmo assim, conservou suas forças e expulsou os mesmos gigantes que seus irmãos se recusaram a enfrentar. Calebe se distinguiu dos demais por ser perseverante e diferenciado em espírito. Que essas qualidades nos contagiem!

Questionário.
1. De quem partiu a ideia de enviar espias para ver a terra?
R: A ideia partiu dos próprios israelitas (Dt 1.22).

2. Quais foram os dois homens contrários ao relatório??
R: Josué e Calebe (Nm 14.6-9).

3. Quais são as duas qualidades que Deus destaca em Calebe?
R: Perseverança e outro espírito (Nm 14.24).

4. Qual é a porta aberta pela perseverança?
R: A porta da esperança (Rm 5.3-5).

5. Por quanto tempo durou a espera de calebe??
R: A espera de Calebe durou quarenta e cinco anos (Js 14.10).


Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 4º trimestre de 2015, ano 25, Nº 97, Maturidade Espiritual.

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