segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Lição 6 – A queda do império Babilônico

Lição 6 – A queda do império Babilônico
9 de Novembro de 2014

TEXTO ÁUREO

"E te levantaste contra o Senhor do céu, [...] além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de cobre, de ferro, de madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste"  (Dn 5.23).

VERDADE PRÁTICA

Se nos rebelarmos contra o Soberano e Santo Deus, Ele nos abaterá.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Sl 2.1-4; Is 44.23-28   Deus frustra os maus intentos
S
Terça  - Êx 34.5-7; Na 1.3    Deus é paciente e tardio em irar-se
T
Quarta - Nm 14.18-20    Deus não tem ao culpado por inocente
Q
Quinta - Gl 6.7     De Deus não se zomba
Q
Sexta - Is 42.8     Deus não dá a sua glória a outrem
S
Sábado - 1 Cr 29.10-14    Deus é Senhor sobre reis e nações
S

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Dn 5.1,2,22-30

INTERAÇÃO


Na lição de hoje estudaremos a respeito de um fato ocorrido durante o reinado de Belsazar. Este rei, tomado pelo vinho, decide zombar de Deus, utilizando os utensílios sagrados do Templo em um banquete. O Altíssimo não tolera escárnio. Naquela mesma noite o juízo de Deus foi visto por todos. Uma mão misteriosa escreveu uma sentença nas paredes do palácio. O rei aterrorizado quer saber a interpretação e mais uma vez o profeta Daniel entra em cena para desvendar os mistérios divinos. Deus revela os seus segredos aos seus profetas (Am 3.7). Naquela mesma noite, o rei foi morto e os persas passaram a dominar a cidade. Que venhamos realizar a obra de Deus com temor e reverência, pois um dia também seremos julgados pelo nosso Senhor.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber  a respeito do festim profano de Belsazar.
Compreender que o juízo de Deus é irrevogável.
Analisar a sentença contra Belsazar e a queda da Babilônia


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, converse com seus alunos explicando que Belsazar utilizou os utensílios do Templo em seu banquete e Deus condenou tal atitude. Em segui- da faça a seguinte indagação: "É licito utilizar aquilo que foi dedicado a Deus, como o edifício da igreja, para qualquer fim?" Ouça os seus alunos com atenção. Incentive a participação de todos. Leia Ezequiel 44.23. Conclua enfatizando que precisamos distinguir o que é santo do que é profano. Explique que não podemos utilizar as dependências da igreja ou os objetos consagrados ao Senhor, como instrumentos musicais, para outros fins. Precisamos ser cuidadosos com o que pertence ao Todo-Poderoso

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A lição desta semana mostra mais uma vez a soberania divina. Após a morte de Nabucodonosor, em 562 a.C., Evil Merodaque, o seu filho, sucedeu-o ao trono babilônico. Entretanto, dois anos depois, Evil Merodaque foi assassinado pelo seu cunhado, Neriglissar. Mas quem assumiu o trono foi Nabonido, o genro de Nabucodonosor. Nabonido era o pai de Belsazar, o qual se tornou corregente com o seu pai, três anos mais tarde. Cruel, devasso e profanador do sagrado são adjetivos, ainda leves, para qualificar a Belsazar. Foi numa noite de festa, regada a muito vinho e prostituição, que o rei Belsazar viu o reino escapar da sua mão e teve sua morte decretada. O reino babilônico daria lugar ao Medo-Persa, representado pelo peito e braços de prata da estátua sonhada por Nabucodonosor.

I. O FESTIM PROFANO DE BELSAZAR

1. A zombaria de Belsazar (Dn 5.1-4). O rei Belsazar deu um grande banquete para os maiorais do seu reino. A festa ocorreu no palácio babilônico, mas ele não demonstrou nenhum escrúpulo com a religião alheia, o Judaísmo. Embriagado, o rei mandou vir os utensílios sagrados do Templo de Jerusalém, trazidos como espólio de guerra por seu avô, Nabucodonosor, para serem usados no banquete por ele oferecido. Homens corruptos e prostitutas profanariam o sagrado. Uma orgia com o que era santo! Belsazar foi longe demais, pois para satisfazer os seus instintos baixos, frívolos e profanos, escarneceu do Deus de Israel e do seu povo.
2. A insensatez e a crueldade do autocrata Belsazar. Segundo os historiadores, enquanto o pai de Belsazar, Nabonido, estava no campo de batalha para defender os interesses do reino, ele, Belsazar, divertia-se com mulheres e amigos para satisfazer as suas paixões. O festim de Belsazar era incompatível com o período de enfraquecimento do império da Babilônia. Habituado a ter tudo ao seu alcance, o rei não hesitava em fazer sua vontade prevalecer, tanto para matar os seus oponentes quanto para se cercar de pessoas de sua estirpe. Belsazar era um homem cruel!
3. Uma  festa profana. A despeito da grandeza e da opulência imperial, a festa oferecida por Belsazar e dedicada aos maiorais do reino, era um festejo degenerado, pois ia desde as bebedeiras às orgias com homens e mulheres. Onde a luxúria, a riqueza e a ostentação predominam, há prazeres pervertidos e maldades. Assim foi aquela festa dedicada aos deuses babilônicos! Havia, a partir do palácio, uma forte influência dos demônios, o que confirma o que disse Paulo aos crentes coríntios (1 Co 10.20).

SINOPSE DO TÓPICO (1)

Belsazar não temia ao Senhor, por isso utilizou os objetos sagrados do Templo em sua festa profana

II. O IRREVOGÁVEL JUÍZO DE DEUS

1. O dedo de Deus escreve na parede (Dn 5.5). A resposta divina foi imediata: Deus interferiu naquela festa escrevendo sua sentença na parede do salão, diante dos olhos de Belsazar e de todos os seus convivas. Ali, o barulho das taças e dos jarros de vinhos, bem como a "alegria" de outrora, cessaram. De modo assombroso e assustador estava escrito a sentença contra o rei Belsazar e o seu reino. Aquela visão demonstrava o fruto do desprezo do rei babilônico ao Deus de Israel: o Reino da Babilônia foi rasgado. Fez-se um silêncio sepulcral no recinto!
2.  A  rainha  lembrou-se   do profeta Daniel (Dn 5.6-12). A mensagem na parede estava numa linguagem ininteligível (v.7). No primeiro momento, ninguém compreendia o que estava escrito. Belsazar convocou todos os sábios para decifrar o "enigma". Entretanto, eles foram incapazes de fazê-lo.
Quando ouviu as palavras do rei e percebendo um movimento diferente no palácio, a rainha, filha de Nabucodonosor, mãe  do  rei  B elsazar, entrou na presença do seu filho para saber o que acontecera. Após inteirar-se do assunto, a rainha lembrou-se de Daniel, um homem de confiança tanto do seu pai quanto do seu marido. Ele podia interpretar a mensagem que o rei vira. Mas Daniel não estava no palácio.
3. Daniel entra na presença de Belsazar (Dn 5.13). Belsazar não via a Daniel como servo do Deus Altíssimo, mas apenas como um dos sábios do palácio. A mãe de Belsazar, contrariamente, o conhecia e tinha certeza que Daniel era uma pessoa diferente e o seu Deus, poderoso. Ela mesma havia testemunhado as proezas do Deus de Israel em outras ocasiões da história daquele reino.
Daniel era um homem que não fazia concessões a sua fé. Ele entrou na presença do rei e após lhe oferecerem presentes, o profeta rejeitou-os diante do imperador (Dn 5.17).

SINOPSE DO TÓPICO (2)

O juízo de Deus contra o profano rei Belsazar era irrevogável e se cumpriu naquela mesma noite

III. A SENTENÇA CONTRA BELSAZAR E A QUEDA DE BABILÔNIA (5.22-28)

1. Os sábios não decifraram  as  palavras escritas na parede (5.15).  A mensagem era curta e objetiva, mas as palavras eram desconhecidas dos sábios do palácio e eles não puderam decifrá-la .  Por isso Daniel é chamado, não pelo rei Belsazar, mas por indicação de sua mãe, para desvendar-lhe o mistério. O profeta Daniel tinha o Espírito Santo em sua vida, por isso, Deus o revelou o significado daquelas palavras (Dn 5.10-12).
2.  As  quatro  palavras "misteriosas" (Dn 5.25). As palavras escritas na parede não foram interpretadas pelos sábios do império. Estes não achavam o sentido delas. Porém, sem medo e seguro, Daniel as interpretou. As duas primeiras palavras estavam repetidas - MENE, MENE - e significavam "contar ou contado". A palavra TEQUEL tinha o sentido de "pesado". A última palavra, PARSIM, significava "dividido" (Dn 5.25). Para interpretar a mensagem Daniel usou o termo " PERES", palavra correlata de PARSIM. O sentido daquela é o mesmo desta.
Então, dos versículos 26 ao 28, o profeta explicou cada uma das palavras: "Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas".
3. O fim repentino do império  babilônico (vv.30,31). Naquela noite fatídica Deus demonstrou a sua soberania sobre os reis da Terra. Ele é o Todo-Poderoso e tem o cetro do governo do mundo em suas mãos. Nada escapa aos seus olhos. Tão logo foi dada a interpretação da mensagem e as honrarias feitas a Daniel para ser o terceiro homem do império, o rei Belsazar foi morto e o exército de Dario entrou na cidade da Babilônia. Os medos e os persas passariam a reinar no lugar do império da Babilônia.
No capítulo cinco de Daniel, aprendemos a lição de que não podemos nos fechar em nós mesmos. Deus não suporta uma vida de egoísmo, soberba e perversidade. Não podemos profanar aquilo que o nosso Pai consagrou como santo. Não sejamos profanos. Santifiquemo-nos a Deus com as nossas vidas.

SINOPSE DO TÓPICO (3)

Deus é o justo juiz, Ele não aceita escárnio ou zombaria de homem algum.

CONCLUSÃO

A opulência da Babilônia, a crueldade de Belsazar e as orgias do reino tipificam uma vida tremendamente fechada em si mesma. A intervenção de Deus em meio aquela festa profana demonstra que Ele não admite a soberba e o egoísmo. O Pai Celestial, em Jesus Cristo, julgará a todos os que se mostram soberbos e arrogantes. A queda do império babilônico é uma lição para todos nós. Um dia, quando da segunda vinda gloriosa de Jesus, todos os povos serão julgados pelo nosso Senhor.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI


Subsídio Bibliológico
"A escritura  (5.25)
Não existem vogais na forma escrita da família de línguas às quais pertencem o hebraico e o aramaico. O manuscrito pode muito bem ter sido grafado como a 'mina', o 'siclo' e o 'peres' (meio siclo). Esta ordem é de valor decrescente, de acordo com a expressão monetária. Conquanto possa representar uma desvalorização progressiva do reino, certa feita liderado por Nabucodonosor, sua interpretação permanece um mistério. Daniel acrescenta vogais diferentes para que se possa  ler 'numerado, numerado, pesado, dividido'. Ainda assim, não tem significado algum até que os atos de Belsazar fossem explicados, cuidadosamente numerados, pesados e considerados insuficientes por Daniel. Seu reino estava prestes a ser dividido e dominado. Deus enumera e pesa os atos de todos os homens e mulheres. Que não nos encontremos em falta" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.517).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII


Subsídio Bibliológico
"Segurança falsa
O rei festejava com 'os seus grandes', pois todos supunham estarem protegidos pelas muralhas maciças. O que não podiam imaginar é que as forças persas haviam mudado o curso do rio que atravessava a cidade. Com a queda do nível de água, o inimigo simplesmente caminhou ao longo da cabeceira do rio, por baixo das grades de proteção, e surpreendeu os babilônios no interior da cidade.
Devido à vastidão do lugar, mesmo muito tempo depois que as áreas periféricas haviam sido tomadas, os habitantes ainda continuavam a ignorar o que vinha ocorrendo, pois, como estavam envolvidos na festa, continuaram dançando e se divertindo até que, finalmente tomaram conhecimento do ocorrido. Que semelhança entre tanta gente da atualidade, que se sente segura por trás dos muros da riqueza ou da posição social, jamais imaginando que a ruína está tão perto, até que seja tarde demais" (RICHARDS, Lawrence O. Guia  do  Leitor da  Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1. ed. Rio de  Janeiro: CPAD, 2005, p.517).


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

ZUCK, Roy B (Ed). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular  de Profecia Bíblica. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.


SAIBA MAIS

Revista Ensinador Cristão CPAD
nº 60. p.38

EXERCÍCIOS


1. O que o rei Belsazar mandou trazer para usar no banquete oferecido por ele?
R. Mandou trazer os utensílios sagrados do Templo.

2. Que tipo de festejo era o banquete oferecido por Belsazar?
R. Era um festejo degenerado, profano.

3. Belsazar via a Daniel como um servo de Deus?
R.  Belsazar não via a Daniel como servo do Deus Altíssimo, mas apenas como um dos sábios do palácio.

4. Quais os significados das palavras MENE, TEQUEL e PARSIM?
R. MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas.

5. O que aprendemos com o capítulo cinco de Daniel?
R. No capítulo cinco de Daniel, aprendemos a lição de que não podemos nos fechar em nós mesmos. Deus não suporta uma vida de egoísmo, soberba e perversidade. Não podemos profanar aquilo que o nosso Pai consagrou como santo.


Lição 06 – Elias e a Batalha dos deuses.

Lição 06 – Elias e a Batalha dos deuses.
09 de novembro de 2014

TEXTO ÁUREO
“Eis que eu sou o SENHOR, o Deus de toda a carne; acaso haveria alguma coisa demasiado difícil para mim?” Jr 32.27

VERDADE APLICADA
O mal só pode triunfar enquanto os bons estiverem calados, a missão da luz sempre será o extermínio das trevas.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Apresentar a vida espiritual da nação e a necessidade de uma voz profética para despertá-la;
2. Ensinar sobre o trabalhar de Deus na vida do profeta, e a maneira como realizou tal proeza;
3. Mostrar como a aliança entre Acabe e Jezabel tornou legal a atuação de Satanás na nação.

Textos de referência
1Rs 18.30, 32, 35, 35, 39
30  Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e reparou o altar do SENHOR, que estava quebrado.
32  E com aquelas pedras edificou o altar em nome do SENHOR; depois, fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente.
35  de maneira que a água corria ao redor do altar, e ainda até o rego encheu de água.
38  Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.
39  O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: o SENHOR é Deus! o SENHOR é Deus!

INTRODUÇÃO
A batalha de Elias contra Baal e seus profetas prefigura a luta do bem contra o mal. De todos os milagres retratados aqui, esse pode ser considerado singular, porque não é um milagre pessoal, mas um sinal que desmascara um governo espiritual dominante.

1. A crise espiritual e o surgimento de Elias
Deus tem seus elementos surpresas. Elias é um profeta que surge do nada, sem referência, sem genealogia, mas com uma palavra fulminante, que tornou inerte o “deus” da chuva e da fertilidade numa época em que ser profeta era passar pelo fio da espada.
1.1   A crise espiritual e a união de Acabe e Jezabel
Após a morte de Salomão e a divisão do reino, Israel passou por uma terrível sucessão de reis que contaminaram o povo com idolatria, maldade, traição, imoralidade, perversão e engano. O reino do mal se iniciava no coração daquele que estava no trono e se derramava sobre todas as pessoas daquela terra. A Bíblia traça um relato escuro de todos esses reis, e que faz questão de apontar o pior de todos eles, “Onri”, o pai de Acabe que também recebe destaque por se casar com Jezabel, a filha de Etbaal, o rei dos sidônios (1 Rs 16.25-31). O escritor sagrado se debruça para destacar Jezabel por dois motivos: Primeiro, porque era o parceiro dominante no casamento, o poder por trás de Acabe; segundo, porque foi a precursora da adoração a Baal.
1.2   A necessidade de uma luz em dias de trevas
O casamento entre Acabe e Jezabel tornou legal a entrada demoníaca de Baal e todas as suas hostes, desta união em diante o mal tinha acesso livre para operar. O teólogo F.B. Meyer faz essa declaração acerca de Jezabel: “Ela exibia todas as marcas da possessão demoníaca e, de acordo com o registro de seus feitos, era realmente a enviada de Satanás. Em termos espirituais este foi um tempo de desespero completo”. A separação entre Deus e seu povo havia atingido seu ponto mais distante. Esse é o relato das trevas demoníacas que envolviam Acabe: E levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificaram em Samaria. Também Acabe fez muito mais para irritar ao senhor Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele (1Rs 16.32-33).
1.3   Elias, o perturbador de Israel
“E sucedeu que, vendo Acabe a Elias, disse –lhes: És tu o perturbador de Israel?” (1Rs 18.17). Acerca de Elias J. Oswald Sanders escreveu: “Elias apareceu na hora “H” da história de Israel [...] Tal qual um meteoro, ele iluminou o negro céu da noite espiritual de Israel”. Ninguém poderia ter lidado melhor com um casal como Acabe e Jezabel do que Elias. O rude e sombrio profeta de Tisbé tornara-se o instrumento de Deus. A forma nominal do verbo hebraico que significa “perturbar, trazer calamidade” é aqui traduzida como “perturbador”. Há ocasiões em que esta palavra hebraica é usada com o sentido de “víbora, áspide ou cobra”. Acabedeclara como se sente em relação a Elias, que para ele se tornou um problema nacional, o homem que fechou os céus com uma palavra, e que tornou inerte o portentoso Baal.

2. Elias, uma luz em meio às trevas
Durante muitos anos Israel viveu sob a égide da descrença e da impiedade de seus governantes. Como se não bastasse, Acabe e Jezabel, sua parceira dominadora, eram os piores da turma. Naquele instante, surge no cenário um profeta sem referências, que não marca audiência, e entra na presença do rei com dedo em punho dizendo: a partir de hoje não chove mais em Israel (1Rs 17.1).
2.1 Elias um profeta declarado
“Vive o Senhor Deus de Israel, perante cuja a face estou...” (1Rs 17.1). No palácio, diante do rei e de todo seu exército, esse homem aparece sem audiência prévia e diante do rei e todo o seu exército, sem sequer hesitar pronuncia a sentença Divina: “nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra”. Elias está com o dedo na face de Satanás, está pondo as coisas em pratos limpos, e desmascarando todo um sistema de governo. Baal era a divindade da chuva, toda a colheita e prosperidade eram atribuídas a ele. Dizer que não iria mais chover era ridicularizá-lo diante de todos. Elias estava afirmando que a colheita iria fracassar, o gado morreria, e a fome iria se espalhar. Ou seja, a festa acabou, agora vocês vão ver quem está mandando! Elias estava anunciando publicamente a falência de Baal (Ez 22.30).
2.2 Três anos de treinamento e disciplina
Após tal sentença, o Senhor resolveu esconder seu servo para treiná-lo no anonimato (1Rs 17.2-3). O Senhor tinha coisas que queria tratar no profundo da alma de Elias, trabalhando situações E EVITANDO QUE, UM Elias despreparado fosse destruído. Assim envia Elias para o isolamento, onde ele não apenas seria protegido, mas equipado para uma missão ainda maior. Elias obedece e sai de diante das luzes dos holofotes, ele estava disposto a servir a Deus de maneira pública ou reservada, no palácio ou no ribeiro. Essa é a escalada da vida profética: um dia no palácio, outro dia no ribeiro, o pior é quando o ribeiro seca e nossos únicos amigos são os corvos! Mas quando estivermos prontos Deus nos enviará e nos usará ainda mais (1Rs 18.1).
2.3 O desafio e a resposta Divina
Finalmente, depois de três anos de anonimato, Deus fala a Elias: “Vai, apresenta-te a Acabe” (1 Rs 18.1-2). Elias confronta primeiro o povo para que tome uma posição, em seguida convoca seus inimigos para um duelo onde o Deus que respondesse por fogo seria o “Deus verdadeiro” (1 Rs 18.17-24). O povo de Israel já havia penetrado no campo radical da idolatria, estavam divididos e indecisos. Elias fez tudo conforme a revelação do Senhor, não fez um altar por conta própria (1 Rs 18.36). Elias zombou deles, mostrou que para Deus nos ouvir não é preciso berrar, se cortar, nem fazer malabarismo, é somente ter intimidade. Coisa que os profetas de Baal e os sacerdotes de Asera não possuíam (1 Rs 18.37-39). A resposta à oração não trouxe apenas fogo, ela trouxe de volta a Deus os corações das pessoas, e livrou o país dos profetas de Baal.

3. A verdade por trás da batalha
Quando a situação da nação era de declínio espiritual e o povo estava em cima do muro, Deus encontrou coragem em um homem para confrontar o que era errado. Todavia, a verdadeira batalha não era no campo físico, mas sim, no espiritual. Vejamos algumas lições importantes:
3.1 Uma aliança demoníaca
A cegueira da nação e toda a sua escravidão espiritual se iniciaram quando Acabe e Jezabel contraíram matrimônio. Seja qual for a união que venhamos nos associar; deve ser muito bem pensada (2 Co 6.14-15). Depois tornamos algo legal no mundo espiritual, as consequências podem ser fatais e não somente drásticas. Jezabel teve livre arbítrio para matar os profetas de Deus, ela era legalmente uma autoridade (1 Rs 18.13). Ela era a cabeça de Acabe, era feiticeira, e usou seu poder para amedrontar, dominar, e surrupiar tanto a fé do povo quanto o lugar de adoração a Deus (1 Rs 16.30-33). Hoje muitos casamentos podem se tornar um inferno em vez de bênçãos, muitas alianças podem matar em vez de dar a vida.
3.2 O duelo dos deuses
Elias chama toda a nação para reparar não um altar de pedras, mas o altar da própria vida. O que faltava na vida do povo era água (palavra), o povo não sabia mais discernir quem era Deus e quem não era. O altar é o lugar onde sacrificamos o que temos de mais valioso para nossas vidas, e o que mais valia nos dias de Elias era a água. De outro modo, durante três anos houve seca, morte, e escassez de alimentos. E foi nesse altar que se revelou o grande mistério da batalha. A água simbolizava Baal (o deus da chuva), o fogo é um símbolo do próprio Deus. É comum a água apagar o fogo, e nunca o fogo secar a água. O fogo “lamber” a água significa que Deus literalmente engoliu a Baal, a verdade venceu a mentira, e só o Senhor é Deus. Oh glória!  (1 Rs 18.38-39).
3.3  Deus precisa de um homem na brecha
Jamais devemos subestimar o poder de uma vida totalmente dedicada (At 20.24). Todo esse episódio gira em torno de uma vida dedicada: a vida de Elias. Ele era apenas um homem, cercado e suplantado em número por um rei ímpio, a ímpia e poderosa esposa do rei, 850 profetas e sacerdotes pagãos e me um incontável número de israelitas descrentes. E todos eles foram silenciados e intimidados por aquele único homem dedicado a Deus. Nada intimida aqueles que sabem que aquilo em que creem está baseado no que Deus disse. Quando sabemos que estamos dentro da vontade de Deus, somos invencíveis.

CONCLUSÃO
Assim como Deus fez através de Elias, o Senhor Jesus confirmará sua Palavra dada a nós, mesmo que para isso Ele mande fogo dos céus. Esse fogo será uma resposta não apenas para o seu povo acuado, mas também aos seus inimigos, para que temam e se convertam de seus pecados.
Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel.
Revista: Milagres do Antigo Testamento – Editora Betel - 4º Trimestre 2014

Questionário
1.       O que tornou legal o poder operante da idolatria em Israel?
2.       Qual o profeta que desafiou o rei Acabe?
3.       Qual a primeira coisa que Elias restaurou no Carmelo?
4.       O que provocou Elias com sua palavra diante do rei?
5.       Quanto tempo durou o anonimato de Elias?




 Lição 4                27 de Janeiro de 2013

Elias e os Profetas de Baal

TEXTO ÁUREO


"Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada"  (1 Rs 18.21).

VERDADE PRÁTICA


O confronto entre Elias e os profetas de Baal marcou definitivamente a separação entre a verdadeira e a falsa adoração em Israel.

HINOS SUGERIDOS 124, 342, 454

LEITURA DIÁRIA


Segunda – 2 Rs 1.2,Rejeitando os falsos deuses
S
Terça – 1 Rs 18.19   Rejeitando os falsos profetas
T
Quarta – 2 Rs 10.11    Rejeitando os falsos sacerdotes
Q
Quinta – Êx 12.38      Rejeitando o sincretismo religioso
Q
Sexta –1 Rs 18.21  Rejeitando a falsa adoração
S
Sábado –1 Rs 18.24    Promovendo a verdadeira adoração
S

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE



 1 Reis 18.36-40

INTERAÇÃO


Não são poucos os falsos profetas que tentam atormentar a vida daqueles que servem a Jesus. O pior é que estes em geral conhecem os sentimentos e as fragilidades espirituais dos que os ouvem, e não perdem a oportunidade de lembrá-los de que tem autoridade para determinar-lhes a "vontade divina". Prezado professor, não são poucos os casos com que nos deparamos com esse tipo de pessoa, por isso, oriente seus alunos quanto a esse perigo. Encoraje-os a não temerem os falsos profetas. A ordem de Jesus para nós em relação a estes enganadores é: "Acautelai-vos".

OBJETIVOS



Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Destacar a importância de se confrontar os falsos deuses.


Explicar quais são os perigos de dar crédito aos falsos profetas.


Conscientizar-se da necessidade de confrontar a falsa adoração.




ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, para concluir o terceiro tópico da lição, reproduza o esquema abaixo de acordo com as suas possibilidades. Explique aos alunos que a adoração vai muito além do culto semanal. Ela é um estilo de vida. Não há como enganar a si mesmo vinte e quatro horas por dia. Adoração verdadeira é fruto da sinceridade do coração. Não há lugar para dissimulação, perversidade e mentiras. Mas sim para a verdade, o amor e a voluntariedade. É tudo aquilo que revela a essência da vida. Sejamos, pois, verdadeiros adoradores!

CARACTERÍSTICAS DA ADORAÇÃO
VERDADEIRA
FALSA
• Produz verdade;
• Produz sinceridade;
• Produz sentimento nobre;
• Produz arrependimento;
• Produz bom caráter;
• Produz entrega e voluntariedade.
• Produz mentira;
• Produz dissimulação;
• Produz sentimento egoísta;
• Produz espetáculo;
• Produz um mau caráter;
• Produz avareza e ganância..

COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

O confronto de Elias com os profetas de Baal, conforme narrado no décimo oitavo capítulo do livro de 1 Reis, foi um dos fatos mais significativos da história bíblica.  Mais significativo ainda foi a vitória que o profeta de Tisbe obteve sobre os falsos profetas: significou a continuidade da existência de Israel como povo a quem Deus havia escolhido para cumprir seu propósito salvífico com a humanidade. Nesta lição, estudaremos como o profeta Elias foi usado pelo Senhor para confrontar os falsos profetas com seus falsos deuses, fazendo com que o povo de Deus abandonasse a falsa adoração.

I.CONFRONTANDO OS FALSOS DEUSES

1. Conhecendo o falso deus Baal. Baal era uma divindade cananeia (1 Rs 16.31). Por diversas vezes fizemos referência a esse fato, mas aqui iremos conhecer mais detalhadamente esse falso deus, e assim entender porque ele causava tanto fascínio no mundo cananeu e também em Israel. A palavra Baal significa proprietário, marido ou senhor. Os estudiosos observam que esse nome traz esses significados para demonstrar que a divindade pagã exercia controle e posse não somente sobre o lugar onde se encontrava, mas também sobre as pessoas. Os profetas estavam conscientes de que não se podia admitir tal fato entre o povo de Deus, e por isso levantaram suas vozes em protesto contra a divindade pagã (1 Rs 21.25,26).
2. Identificando a falsa divindade Aserá. A crença cananeia dizia que El seria o deus principal, isto é, o pai dos outros deuses, e Aserá era a deusa-mãe. O texto bíblico de 1 Reis 18.17-19, faz referência a essas duas divindades. A palavra poste-ídolo neste texto é a tradução do termo hebraico `ashera ou Aserá, e mantém o significado de bosque para adoração de ídolos. Aserá, conhecida também como Astarote ou Astarte, era uma deusa ligada à fertilidade humana e animal e também da colheita. No texto bíblico observamos que ela exerceu uma influência grandemente negativa entre o povo de Deus (Jz 2.13, 3.7; 1 Rs 11.33). Assim entendemos o porquê da resistência profética a esse culto.

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

O livro do profeta Amós pode ser dividido em duas partes principais: oráculos provenientes pela palavra (1-6) e pelas visões (7-9).

II.CONFRONTANDO OS FALSOS PROFETAS

1. Profetizavam sob encomenda. Os fatos ocorridos no reinado de Acabe vêm mais uma vez confirmar uma verdade: nenhum sistema é profético, nenhum profeta pertence ao sistema. O texto de 1 Reis 18.19 destaca essa verdade. Os profetas de Baal eram, de fato, profetas, mas comiam da mesa de Jezabel. Eram profetas, mas possuíam seus ministérios alugados para Acabe e sua esposa. Eles profetizavam o que o rei queria ouvir, pois faziam parte do sistema estatal de governo. Nenhum homem de Deus, nem tampouco a igreja, podem ficar comprometidos com qualquer esquema religioso ou político. Se assim o fizerem, perdem suas vozes proféticas (1 Rs 22.13,14).
2. Eram mais numerosos. Acabe e sua esposa, Jezabel, haviam institucionalizado a idolatria no reino do Norte. Baal e Aserá não eram apenas os deuses principais, mas também os oficiais. O culto idólatra estava presente em toda a nação, de norte a sul e de leste a oeste. Dessa forma, para manter a presença da religião pagã na mente do povo, a casa real necessitava de um grande número de falsos profetas. O texto sagrado por diversas vezes destaca esse fato (1 Rs 18.19). E Elias pôs isso em evidência na presença do povo (1 Rs 18.22). Não havia verdade, autenticidade e tampouco qualidade no falso culto, mas apenas quantidade.

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

Os falsos profetas de Acabe eram mais numerosos e profetizavam por encomenda.

III. CONFRONTANDO A FALSA ADORAÇÃO

1. Em que ela imita a verdadeira.  O relato do capítulo 18 de 1 Reis revela que a adoração a Baal possuía rituais que tinham certa semelhança com o ritual hebreu. Usavam altar, havia música, danças e também havia sacrifícios. Elias, porém, sabia que aquela religião falsa, apesar de suas crenças e rituais, jamais conseguiria produzir fogo (1 Rs 18.24). O teste seria, portanto, a produção de fogo! Observamos que os profetas de Baal ficaram grande parte do dia tentando produzir fogo e não conseguiram (1 Rs 18.26-29). Uma das marcas do culto falso é exatamente a tentativa de copiar, ou reproduzir, o verdadeiro. Encontramos ainda hoje dezenas de religiões e seitas tentando produzir fogo santo e não logram qualquer êxito. Somente o verdadeiro culto a Deus faz descer fogo do céu (1 Rs 18.38)
2. No que ela se diferencia da verdadeira. A adoração verdadeira se diferencia da falsa em vários aspectos. O relato do capítulo 18 de 1 Reis destaca alguns que consideramos essenciais. Em primeiro lugar, a adoração verdadeira firma-se na revelação de Deus na história (1 Rs 18.36). Abraão, Isaque e Jacó, foram pessoas reais assim como foram reais as ações de Deus em suas vidas. Em segundo lugar, verdadeira adoração distingue-se também pela participação do adorador no culto. Elias disse: "E que eu sou teu servo" (1 Rs 18.36). A Bíblia diz que Deus procura adoradores (Jo 4.24). Israel havia sido uma nação escolhida pelo Senhor (Êx 19.5). Elias invocou, como servo pertencente a esse povo, os direitos da aliança. Em terceiro lugar, ela diferencia-se pela Palavra de Deus, que é o instrumento usado para concretizar os planos e propósitos de Deus (1 Rs 18.36).

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

A verdadeira adoração firma-se na revelação de Deus na história.

IV. CONFRONTANDO O SINCRETISMO RELIGIOSO ESTATAL

1. O perigo do sincretismo religioso. O dicionário da língua portuguesa de Aurélio define o vocábulo sincretismo como "a fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais originais". Essa definição ajusta-se bem ao culto judeu no reino do Norte durante o governo de Acabe. A adoração verdadeira havia se misturado com a falsa e o resultado não podia ser mais desastroso. Esse problema da "mistura" do culto hebreu com outras crenças foi uma ameaça bem presente ao longo da história de Israel (Êx 12.38; Ne 13.3). O sincretismo religioso foi uma ameaça, ainda o é e sempre o será. A fé bíblica não pode se misturar com outras crenças!
2. A resposta divina ao sincretismo. O texto sagrado diz que logo após o Senhor ter respondido com fogo a oração de Elias (1 Rs 18.38), o profeta de Tisbe deu instrução ao povo: "Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou" (1 Rs 18.40). Parece uma decisão muito radical, mas não foi. O remédio para extirpar o mal precisava ser tomado. A decisão de Elias não foi tomada por sua própria conta, mas seguia a orientação divina dada pelo Senhor a Moisés. A lei deuteronômica dizia que era necessário destruir todos aqueles que arrastassem o povo de Deus para a idolatria (Dt 13.12-18; 20.12-13).

SINÓPSE DO TÓPICO (4)

O Deus de Israel é rigorosamente contrário a idolatria. Nele não há sincretismo religioso.

CONCLUSÃO

O desafio do profeta Elias contra os profetas de Baal foi muito além de uma simples luta do bem contra o mal. Ele serviu para demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e, portanto, merecedor de toda adoração. Foi decisivo para fazer retroceder o coração do povo até então dividido. Mostrou que o pecado deve ser tratado como pecado e que a decisão de extirpá-lo deve ser tomada com firmeza. A luta contra a falsa adoração continua ainda hoje por parte dos que desejam ser fiéis a Deus. Não há como negar que ao nosso redor ecoam ainda os dons advindos de vários cultos falsos, alguns deles travestidos da piedade cristã. Assim como Elias, uma igreja triunfante deve levantar a sua voz a fim de que a verdadeira adoração prevaleça.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsidio Teológico
"O fruto  é discernido espiritualmente
Jesus deixa claro que devemos julgar os profetas pelos seus frutos. Paulo e João também nos instruíram a 'provar' ou 'julgar' os profetas (1 Ts 5.21; 1 Jo 4.1; 1 Co 14.29). Este fruto não é distinguido pelos nossos cinco sentidos naturais, nem é identificado de modo intelectual - deve ser discernido espiritualmente. Paulo escreveu: 'Mas o que é espiritual discerne bem tudo... comparando as coisas espirituais com as espirituais' (1 Co 2.15,13). Quando nos arrependemos e limpamos os nossos corações de quaisquer motivos ímpios e aceitamos a verdade de Deus, ficamos então em condição de sermos suscetíveis ao direcionamento do Espírito Santo [...]Nos dias de Jesus existiam ministros que 'exteriormente pareciam justos aos homens' (Mt 23.28). Mas interiormente eles estavam cheios de hipocrisia e iniquidade. Sua aparência era enganadora até que os verdadeiros motivos fossem expostos pela luz da Palavra viva de Deus. Jesus comparou seus corações ao solo ruim que produzia frutos pecaminosos (Mt 13.1-23; 15.17-20)" (BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.166).


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.


SAIBA MAIS


Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 53, p.38.


EXERCÍCIOS


1. De acordo com a lição, quais as duas divindades pagãs principais no reino do Norte?
R. El e Aserá.

2. Explique como alguém pode deixar de ser uma voz profética.
R. Quando por conveniência adota as mesmas práticas e atitudes do sistema vigente.

3. Como a verdadeira adoração se diferencia da falsa?
R. A adoração verdadeira se firma na revelação de Deus na história; na participação do adorador no culto; pela Palavra de Deus.

4. Defina "sincretismo".
R. Fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais originais

5. Por que o desafio entre Elias e os profetas de Baal foi muito além de uma guerra entre o bem e o mal?
R. Ele serviu para demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e merecedor de toda adoração.