Lição 5 As Epidemias globais.
02 de agosto de 2015.
Texto do
dia.
"Porquanto se levantará nação contra
nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários
lugares." (Mt 24.7)
Síntese.
As epidemias que assolam o mundo apontam para
duas coisas: a Queda do homem e o retorno de Cristo
Agenda de
leitura.
SEGUNDA - Gn 3.1-24 A origem das epidemias e
doenças
TERÇA - Êx 7-11; 12.29-36 Pragas como punição
divina
QUARTA - Dt 7.12-15 A proteção divina em
relação às doenças
QUINTA - Sl 91.3,6,10 A proteção divina em
relação à peste
SEXTA - 1 Rs 8.37 A peste existe desde a
antiguidade
SÁBADO - Ap 22.18 Distorcer a mensagem traz
pragas sobre si
Texto
bíblico.
Deuteronômio 32.24-27
24. Exaustos serão de fome, comidos de
carbúnculo e de peste amarga; e entre eles enviarei dentes de feras, com
ardente peçonha de serpentes do pó.
25. Por fora, devastará a espada, e, por
dentro, o pavor: ao jovem, juntamente com a virgem, assim à criança de mama,
como ao homem de cãs.
26. Eu disse que por todos os cantos os
espalharia; faria cessar a sua memória dentre os homens,
27. se eu não receara a ira do inimigo, para
que os seus adversários o não estranhem e para que não digam: A nossa mão está
alta; o Senhor não fez tudo isso.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Neste domingo, a lição trata de um assunto que
preocupa não apenas as autoridades de saúde, mas a todos, desde os pobres até
os mais abastados, pois quando uma epidemia surge, os meios de comunicação
informam instantaneamente, fazendo com que em poucas horas o mundo inteiro
saiba que há uma nova ameaça à vida. Neste início de século, algumas epidemias
apareceram e a pergunta que precisamos fazer como Igreja do Senhor é: "Há
alguma relação dessas epidemias com a vinda de Cristo, ou são elas apenas consequência
do desmatamento e descaso com o meio ambiente, aliados à desenfreada e
crescente produção alimentícia de origem animal?"
Procuraremos, à luz da Bíblia, refletir sobre
essa questão, cientes de que a vontade de Deus é levada a efeito de muitas
formas, mesmo quando os homens pensam que estão agindo autonomamente ou à parte
do Criador (Ec 3.1; 8.6,7).
I - A
DESOBEDIÊNCIA - CAUSA DAS EPIDEMIAS
1. A
desobediência humana como fonte das enfermidades. Desde quando o ser
humano resolveu rebelar-se contra Deus, o mundo teve sua condição negativamente
alterada, possibilitando o surgimento de doenças e enfermidades (Gn 3.1-24).
Tal situação só será revertida quando Cristo instaurar, definitivamente, o seu Reino
(Ap 21.4).
No tempo do Antigo Testamento e até mesmo ainda
no do Novo, havia a equivocada ideia de que as enfermidades eram decorrentes de
algum pecado pessoal (Lc 13.16; 2 Co 12.7-9). É o caso de Jó (Jó 2.7) e do cego
de nascença (Jo 9.1-3), só para ficar com dois exemplos. Porém, tal raciocínio
não pode ser aplicado a todos os enfermos, pois muitas doenças não são fruto de
pecados pessoais.
2. A
quebra do concerto com Deus traria terríveis consequências a Israel. No último de seus
discursos, Moisés falou ao povo de Israel que a desobediência significaria
rebelião e, consequentemente, a quebra do concerto com o Senhor, que
"esconderia o seu rosto" (Dt 32.20), ou seja, abandonaria o povo à
própria sorte, assim como fez com a geração anterior (Dt 32.5-7,15-21). As
pragas, doenças e pestes que o Senhor impedira que viessem sobre Israel (Dt
7.12-15), por causa da desobediência, viriam sobre o povo escolhido por
permissão do próprio Deus (Dt 32.24-27).
Isto sucede pela simples verdade de o Senhor
ser justo, pois se as outras nações foram punidas por tal desobediência,
Israel, que conhecia o Eterno Deus, seria tratado com muito mais rigor (Dt
31.27,29).
3. A
"função" das pragas do Egito. A "função" das pragas do Egito (Êx
7-11; 12.29-36), e em qualquer outro lugar, é sempre a mesma: quebrar a
arrogância, demonstrar que a humanidade depende de Deus, não pode viver à parte
dEle e precisa reconhecer-lhe a soberania.
Acima de tudo, o teólogo Victor Hamilton, autor
do Manual do Pentateuco (CPAD), diz que a "ênfase no conhecimento do
Senhor alça as pragas para além de sua função de castigar severamente. As
pragas não são uma vingança contra Faraó. O Senhor não tem a intenção de deixar
no Egito um Faraó arrasado e destruído, nem tenciona fascinar o governante
egípcio com uma exibição de milagres".
Conclui-se, então, que o objetivo principal era
demonstrar que existe, perante as divindades pagãs, "o verdadeiro
Deus" (Êx 12.12; Nm 33.4). Se ainda assim os homens não reconhecem o Senhor
e endurecem o coração, a responsabilidade recai exclusivamente sobre eles (Rm
1.20).
Pense
Qual era o objetivo da punição divina no mundo
antigo?
Ponto
Importante
É preciso ter cuidado em relacionar as
enfermidades com o pecado.
II -
EPIDEMIAS DESTE SÉCULO
1. Sars. Mesmo estando no tempo
da graça, Deus manifesta seu poder por meio de pestes que despertam a
humanidade e demonstram a esta ser impossível construir o mundo perfeito à
parte do Criador (1 Ts 5.3). O século 21, marcado pela tecnologia e o avanço
científico, foi surpreendido, em novembro de 2002, com o aparecimento de uma
epidemia moderna. Surgida no sul da China e popularizada em 2003, a Sars -
Síndrome Respiratória Aguda Grave - em poucos dias infectou mais de oito mil
pessoas, com surtos em cerca de 30 países, fazendo aproximadamente 800 vítimas
em todo o mundo. Apesar de não mais se ouvir falar sobre esta primeira epidemia
mundial, ela acabou por despertar a humanidade para o fato de que, mesmo com
todos os avanços científicos, a fragilidade humana ainda é real e a sonhada
imortalidade não passa de ficção (Is 51.12).
2. Gripe
Aviária.
Em 2005, o mundo assustou-se com a chamada gripe aviária, doença que já existe
há séculos, mas que ressurgiu de modo surpreendente trazendo prejuízos à economia
mundial, particularmente ao Brasil, grande exportador de aves.
À época,
a conjectura de que a influenza H5N1, nomenclatura científica da epidemia,
fosse o "retorno" da gripe espanhola (pestilência que matou milhões
de pessoas no mundo todo no início do século passado), aumentou o pânico e o
terror entre as pessoas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) informa que a
gripe aviária fez, desde 2003, 331 vítimas fatais. Também matou ou provocou o
abate de mais de 400 milhões de aves domésticas em todo o mundo, causando um
dano econômico estimado em 31 bilhões de reais.
O vírus tinha sido eliminado da maioria dos 63
países infectados no pico da doença em 2006, que viu 4.000 focos em todo o
mundo. No entanto, continua endêmico em alguns países asiáticos e, em 2010, as
autoridades alertaram para o possível ressurgimento mundial da doença.
3. Gripe Suína. Quando o mundo ainda
encontrava-se assustado pelo surto da gripe aviária, em 2009 mais uma doença de
origem animal surgiu: a gripe suína (influenza H1N1). Quando o primeiro surto
apareceu no México, havia a suspeita de 149 mortes pelo contágio do vírus. O
Brasil, país afetado pela gripe suína, registrou 1.705 mortes em 2009, e em
2010, cerca de 50 vítimas.
Dados da OMS confirmam que a também chamada "gripe
A", foi responsável por quase 12 mil mortes em todo o mundo. Apesar de
controlada, autoridades governamentais ao redor da Terra ainda seguem vacinando
as suas populações contra a gripe suína
Pense
Você acha que o silêncio da mídia significa que
a epidemia se extinguiu?
Ponto
Importante
Apesar de, nas cidades de menor porte e
interioranas, quase não se falar da existência dessas epidemias, sabe-se que
muitos surtos, até mesmo não detectados, também se abatem sobre esses locais.
III -
EPIDEMIAS ESCATOLÓGICAS
1. O
início do tempo do fim. O "tempo do fim" será marcado também por graves
pestilências. Entretanto, é bom notar que ainda não será o fim, mas o começo
deste (Mt 24.6-8; Lc 21.9).
2. Pestes
apocalípticas.
Em toda a história, a humanidade sempre presenciou o surgimento de pestilências
e pragas que devastaram populações inteiras. As do presente século, apesar de
terem dizimado muitas pessoas, devido aos últimos avanços científicos, tiveram
uma intensidade bem menor em relação às que as precederam. Todavia, as pestes
apocalípticas, ou seja, as do tempo do fim, serão infinitamente piores do que
tudo que já se viu (Ap 6.8).
3. A
igreja diante das epidemias globais. Enviadas como castigo, ou permitidas pelo
Senhor para demonstrar a nossa dependência e finitude, é necessário que a
igreja ofereça uma palavra de esperança em meio à desolação das epidemias.
Assim como Moisés intercedeu pelo povo e Deus ofereceu uma solução (Nm 21.4-9),
devemos também assim proceder. Tenhamos, tal como Davi, compaixão das pessoas
(2 Sm 24.10-17).
Pense
Qual a relação entre as epidemias deste século
e a Vinda de Cristo?
Ponto
Importante
É importante não se fazer especulações a
respeito das epidemias, reputando-as como sinais inequívocos da Vinda de
Cristo.
IV - AS
EPIDEMIAS E A MISSÃO DA IGREJA
1. A Obra
de Cristo na Terra. Qual foi a missão de Jesus Cristo de Nazaré
quando esteve aqui na terra? O que o Filho de Deus fez? O apóstolo Pedro, na
casa de Cornélio, afirmou que Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com Espírito
Santo e com virtude, para fazer o bem e curar a todos os oprimidos (At 10.38).
O próprio Cristo disse que não veio para ser servido e sim para servir (Mt
20.25-28; Mc 10.42-45). Afirmou ainda que não veio condenar o mundo, mas
salvá-lo (Jo 3.14-17). Se Ele assim fez, qual é o nosso papel?
2. O
papel da Igreja em relação ao mundo. A Igreja tem um papel imprescindível na terra:
dar continuidade ao trabalho de Jesus Cristo (Mc 16.15-20; Mt 28.19,20;).
Emílio Conde escreveu em seu livro Igrejas sem Brilho (CPAD), que a
"igreja que não deseja afastar-se da revelação do Novo Testamento, deve
ter sempre presente que o poder de salvar não foi transferido a nenhum homem
nem a qualquer igreja ou religião: é Cristo quem salva".
3. O bem
como forma de pregação. Jesus não recomenda que se faça uma relação entre pecado
pessoal e infortúnio (Lc 13.1-5). O bem deve ser feito, independentemente do
tipo de pessoa que estamos assistindo (Gl 6.10; 1 Ts 5.15; Tg 2.8,9). Por isso,
devemos, em todo o tempo, fazer o bem (Tg 4.17), cuidando daqueles que sofrem,
pois essa é uma das melhores formas de pregar (Mt 5.16).
Pense
Qual deve ser o nosso papel diante das
enfermidades que assolam o mundo?
Ponto
Importante
Servir a sociedade é, ainda, uma das formas
mais eficazes de pregar o Evangelho.
CONCLUSÃO
É possível que o consumo exagerado e a criação
inadequada de animais tenham provocado as últimas epidemias. Seja qual for a
origem de tais pestes, na realidade o pecado sempre estará na raiz do problema,
seja este espiritual (rebelião contra o Senhor), seja social (ganância e falta
de responsabilidade). Cabe-nos estar alertas, mas não em pânico, pois,
abrigados à sombra do Altíssimo, certamente Ele nos livrará da peste perniciosa
(Sl 91.1,3).
Hora da revisão.
1 - Qual é a fonte de toda enfermidade?
2 - Explique por que nem toda doença tem como
causa o pecado pessoal.
3 - Qual é a "função" das pestes,
pragas ou epidemias?
4 - Cite as três epidemias mundiais que a
humanidade já vivenciou neste século.
5 - Qual é o papel da igreja diante dos surtos
epidêmicos?
Fonte:
CPAD, Revista, Lições Bíblicas Jovens, alunos, 3º trimestre 2015.
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