Lição 4 A
era da informação instantânea.
26 de julho de 2015.
Texto do
dia.
(Pv 3.13)
"Bem-aventurado o homem que acha
sabedoria, e o homem que adquire conhecimento."
Síntese.
A nossa opinião deve estar subordinada à
Palavra de Deus, e não ao que é veiculado pela mídia
Agenda de
leitura
Segunda - Pv 18.1 O isolamento traz ignorância
Terça - Pv 23.9 O arrogante despreza o
conhecimento
Quarta - Ec 1.13 Dispor-se a conhecer a
realidade
Quinta - 1 Co 8.1 Há formas de saber que fazem
inchar
Sexta - Dn 1.4,17 Jovens crentes tinham
conhecimento
Sábado - Os 4.6 A falta de conhecimento causa
destruição
Texto
bíblico
Êxodo 35.30-35
30. Depois, disse Moisés aos filhos de Israel:
Eis que o SENHOR tem chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da
tribo de Judá.
31. E o Espírito de Deus o encheu de sabedoria,
entendimento e ciência em todo artifício,
32. e para inventar invenções, para trabalhar
em ouro, e em prata, e em cobre,
33. e em artifício de pedras para engastar, e
em artifício de madeira, para trabalhar em toda obra esmerada.
34. Também lhe tem disposto o coração para
ensinar a outros, a ele e a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã.
35. Encheu-os de sabedoria do coração, para
fazer toda obra de mestre, e a mais engenhosa, e a do bordador, em pano azul, e
em púrpura, e em carmesim, e em linho fino, e a do tecelão, fazendo toda obra e
inventando invenções.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A lição de hoje trata de um assunto atualíssimo
que é o amplo acesso à informação. Tal realidade só se tornou possível por
causa das novas tecnologias que proporcionam aos meios de comunicação uma
maneira quase "onipresente" de informar. Reconhecer que o excesso de
informação é um perigo não significa rejeitar o saber e apoiar o obscurantismo.
Se o Criador dotou-nos de condições físicas e mentais para que conheçamos e
produzamos conhecimento, obviamente que não iria condenar-nos por isso (Gn
1.26-28; 2.15,19,20; Dn 1.17). Contudo, é preciso preocupar-se com a qualidade
da informação que recebemos, pois, a partir dela, acabamos formando nossa
opinião acerca de praticamente tudo à nossa volta (Fp 4.8).
I - AS
INVENÇÕES ANTES E DEPOIS DA QUEDA
1. O
trabalho como forma de administração da terra. Dizer que o trabalho é
uma consequência da Queda significa contrariar a Palavra de Deus, pois vemos
explicitamente que o Criador, antes da desobediência de Adão e Eva (Gn 3.6),
ordenou ao homem que cuidasse da terra (Gn 2.15). Ao obedecer à ordem divina, o
homem glorificava o seu Criador, da mesma forma como tudo o mais que existe no
Universo (Sl 148). Evidentemente que, para trabalhar, infere-se que o homem
precisou inventar ferramentas, assim como será no período do reino milenial de
Cristo (Mq 4.3).
2.
Invenções que afrontam a Deus. O saber dado ao homem deve proporcionar o bem
a todos e igualmente refletir a imagem do Criador em nós (Mc 2.17; Gl 6.10; Tg
3.9). Contudo, a torre de Babel, por exemplo, proporciona-nos uma visão do que
significa inventar ou produzir como forma de afrontar a Deus (Gn 11.1-6).
3. A arte
divinamente inspirada.
Quando da elaboração do projeto divino do Tabernáculo, Deus, por intermédio do
seu Espírito, inspirou dois homens - Bezalel e Aoliabe - enchendo-os de
"sabedoria do coração, para fazer toda obra de mestre, e a mais engenhosa,
e a do bordador, em pano azul, e em púrpura, e em carmesim, e em linho fino, e
a do tecelão, fazendo toda obra e inventando invenções" (Êx 35.35).
O exemplo de ambos ensina-nos que Deus, mesmo
após a Queda, continua permitindo que as pessoas projetem "invenções"
e ensinem outras a fazerem o mesmo, porém, tal conhecimento não deve servir
para manipulações, antes para engrandecer ao Altíssimo (1 Co 10.31).
Pense
Você acredita que, com o seu trabalho, pode
tornar o mundo um lugar melhor?
Ponto
Importante
No desempenho das atividades laborais, os seres
humanos glorificam, ou não, ao Criador
II - O
CONSUMISMO TECNOLÓGICO
1. A
quase ilimitada capacidade humana de projetar invenções. Já em seu tempo,
Salomão reconheceu que "não há limite para fazer livros" (Ec 12.12).
Em nossos dias, as invenções multiplicam-se em escala inimaginável. Uma vez que
o Altíssimo faz com que "o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva
desça sobre justos e injustos" (Mt 5.45), através da graça comum, que é a
capacidade com a qual o Criador dotou-nos para que tenhamos conhecimento e
assim projetemos invenções, não é difícil pressupor o que acontece em uma
sociedade divorciada do temor de Deus. A produção tecnológica, muitas vezes,
não é pensada com vistas a meramente facilitar a vida das pessoas, pois, muito
mais que utilidade, os aparelhos e as tecnologias são símbolos de ascensão e
inclusão sociais que distinguem as pessoas.
2. O assombroso
crescimento tecnológico. As modernas invenções tecnológicas deste novo século
denotam que chegamos a um período sem precedente (Dn 12.4). Como exemplo,
temos: laptops cada vez menores e mais leves, porém, com mais capacidade de
armazenamento de informações; smartphones; palmtops; ipads; ipods; TVs de
plasma, LED e de LCD, convencionais e também em 2, 3 e já se fala em até 4 Ds;
MP 15; GPS; etc.
Quem se lembra de disquete, disco de vinil,
fita cassete e VHS ou ainda retroprojetor? Todas essas tecnologias faziam parte
do nosso cotidiano, porém, foram substituídas por outras mídias que não apenas
têm a mesma função das anteriores, mas as suplantam e transcendem.
3. O
perigo do consumismo tecnológico. A Palavra de Deus em Isaías 55.2a,
adverte-nos: "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso
suor, naquilo que não satisfaz?" (ARA). Infelizmente, não poucos servos do
Senhor encontram-se endividados por atenderem aos apelos da mídia. O celular
ainda não foi utilizado e já se torna obsoleto com o novo modelo que acabou de
ser lançado. O computador mal foi tirado da embalagem, quando uma nova
propaganda surge dando conta de que o mais "inteligente" é o que
sairá no mês que vem. Assim, em um ritmo cada vez mais frenético, se não
tivermos cuidado, tornamo-nos reféns de um consumismo eletrônico que não se
justifica.
Pense
Existe forma de prevenção contra o consumismo tecnológico?
Ponto
Importante
É imprescindível que, em termos de consumo
eletrônico, saibamos administrar os impulsos para não sermos compelidos a
comprar desnecessariamente.
III - A
MANIPULAÇÃO MIDIÁTICA DA MENTE
1.
Analfabetismo digital. O aumento do acesso à informação é algo que vem em ritmo
crescente desde os últimos vinte anos. Contudo, foi mesmo nesta primeira década
do século 21 que a internet deixou de ser algo apenas remoto e limitado aos
aparelhos de "fax-modem" com acesso discado, para acesso irrestrito
através das "redes sem fio" (Wi-Fi e Wireless).
Já não é mais preciso estar em casa para
acessar a grande rede e verificar o e-mail ou conferir as notícias. É por isso
que, constantemente, ouve-se afirmar que o analfabeto do século 21 não é quem
não sabe ler, e sim a pessoa que não sabe lidar com as novas tecnologias.
O tempo passa a ser completa e totalmente
roubado com o excesso de envolvimento com as tecnologias, trazendo até mesmo
problemas profissionais e familiares. Na realidade, pesquisas já apontam que o
tempo que as pessoas passam conectadas à internet ultrapassa o período dedicado
à vida normal. Nestes tempos trabalhosos, até mesmo a infidelidade conjugal
tornou-se facilitada (2 Tm 3.1). É preciso redobrar a vigilância com o uso da tecnologia.
2. O
excesso de informação na era digital. Sabe-se que atualmente a quantidade de
informação que recebemos em apenas um dia é a mesma que uma pessoa levaria a
vida inteira para obter na Idade Média! É preciso que submetamos tais
informações ao crivo da Bíblia, pois senão corremos o risco de nos tornarmos
secularizados (Fp 4.8).
Além disso, é preciso cuidar-se para não formar
opiniões unilaterais baseadas unicamente no que é veiculado pelas agências de
notícias (1 Ts 5.21). Por falta de esclarecimento, muitos passam a defender
coisas erradas, inverídicas ou até mesmo certas, mas de forma equivocada.
3. A
mentalidade atual formada pela mídia. A mentalidade do povo é formada pela mídia.
Ela dita-lhe as modas e os pensamentos. Entretanto, a Bíblia recomenda-nos que
não nos amoldemos ou tomemos a forma do sistema pecaminoso, mas que nos
transformemos pela renovação do entendimento (Rm 12.2). O nosso padrão e modelo
de vida é Jesus Cristo (Ef 4.13), e também as palavras que são consoantes à sã
doutrina (1 Tm 6.3; 2 Tm 1.13), e não o que pensa determinado político, artista, pensador e até mesmo
obreiro que não falar conforme a Palavra do Evangelho (Gl 1.8,9,13).
Pense
É possível utilizar as novas tecnologias de
forma racional e cristã?
Ponto
Importante
Uma vez que a nossa opinião é formada com base
nas informações que absorvemos nos diversos meios, precisamos desenvolver uma
atitude crítica na triagem de tais conteúdos.
IV - AS
REDES SOCIAIS E OS RELACIONAMENTOS
1.
Comunicação humana.
Sendo um ser social, o ser humano depende de outros para sobreviver. Desde o
Éden, o próprio Criador disse: "Não é bom que o homem esteja só;
far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele" (Gn 2.18b). Ora, se a
própria Palavra de Deus diz que o Criador "visitava" o homem na
"viração do dia" (Gn 3.8), como poderia este estar só? A única
explicação é o fato de que o ser humano foi criado como um ser gregário e
sociável, tendo necessidade de comunicar-se (Gn 2.20-25).
2.
Comunicação antiga.
Em seus primórdios, certamente a comunicação só se fazia de forma presencial.
Posteriormente, a humanidade foi desenvolvendo outras maneiras, mas o fato
incontestável é que o ser humano tem essa necessidade de relacionar-se.
3.
Comunicação atual.
Nada pode ser comparado aos modelos de comunicação criados no século 21. É uma
verdadeira revolução no âmbito comunicativo. Através das chamadas redes
sociais, primeiramente com o extinto Orkut, suplantado pelo Facebook.
Atualmente, existem muitos outros canais (Twitter, por exemplo), sendo o
WhatsApp a sensação do momento. Entretanto, curiosamente, as pessoas
tornaram-se mais distantes. As redes sociais "aproximam" os distantes
e "distanciam" os próximos! Eis um dos grandes desafios da Igreja
nesse século 21.
Pense
Como comunicar-se com os de "fora"
sem perder o contato com os de "dentro"?
Ponto
Importante
A utilização consciente das redes sociais é um
fator importantíssimo nos dias atuais.
CONCLUSÃO
O que objetivou a presente lição não foi
demonizar a tecnologia, a mídia ou o saber. A advertência caminha apenas no
sentido de alertar o povo de Deus para a verdade de que devemos, assim como
Daniel e seus três amigos, influenciar, mas não sermos influenciados (Dn 3.29;
6.26). O excesso de informação ameaça mudar a nossa forma de pensar, porém
devemos levar "cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (2 Co
10.5 - ARA). Eis o nosso desafio.
Hora da
revisão.
De acordo com o que você estudou no primeiro
ponto da lição, o que significa dizer que o trabalho é uma consequência da
Queda?
Qual foi a forma que Deus providenciou para que
a humanidade, tanto ímpia quanto crente, produza tecnologia e saber?
Por que não devemos atender aos apelos do
consumismo?
Quem é o analfabeto do século 21?
Ao tratar deste assunto, qual é o objetivo da
lição?
Fonte:
CPAD, Revista, Lições Bíblicas Jovens, alunos, 3º trimestre 2015.
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