Lição 4 O
milagre da filha de Jairo.
26 de julho de 2015.
Texto
Áureo
Apocalipse 1.18
“E o que vivo e fui
morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da
morte e do inferno”.
Verdade
Aplicada.
Jesus entrou na casa de Jairo para ressuscitar
o que estava morto. Essa é a proposta do Evangelho: dar vida com abundância a
todo o que nEle crer.
Objetivos
da Lição.
- Informar quem era Jairo e o que
implicava ele ir até Jesus;
- Mostrar a qualidade da fé que
Cristo almeja ver em nossas vidas;
- Ensinar que Jesus age no tempo
certo e o que Ele é tão surpreendente quanto poderoso.
Glossário.
Sinagoga: Templo onde se reúnem
os judeus para i exercício da sua religião:
Súplica: Oração, prece, petição;
Afortunado: Feliz, ditoso,
bem-aventurado; rico.
Leitura
Complementares.
Segunda Jo
11.25
Terça Hb
9.27
Quarta 2Cr
7.14
Quinta Mc
1.15
Sexta Mt
21.22
Sábado Jo
21.8
Textos de
Referência.
Marcos 5.22-24, 35-36.
22 E eis que chegou um dos principais da sinagoga,
por nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés,
23 E rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha
está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare,
e viva.
24 E foi com ele, e seguia-o uma grande
multidão, que o apertava.
35 Estando ele ainda falando, chegaram alguns
do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que
enfadas mais o Mestre?
36 E Jesus, tendo ouvido essas palavras, disse
ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente.
Hinos
Sugeridos.
18, 46, 58
Motivo de
Oração.
Ore para que as famílias sejam cada vez mais
unidas.
Esboço da
Lição.
Introdução
1. Jairo, o líder de uma sinagoga.
2. Alcançando milagres.
3. Desafiando o poder da morte.
Conclusão.
Introdução
Jairo era líder de uma sinagoga. Foi um homem
que abandonou tudo, até mesmo seus conceitos religiosos e se dispôs a ir até
Jesus em busca de uma solução para a enfermidade de sua filha (Mc 5.22).
1. Jairo,
o líder de uma sinagoga.
Ao chegar diante de Jesus, Jairo lhe faz um pedido
de socorro que comove o coração de Jesus. Ele diz: “Minha filha está moribunda;
rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos, para que sare, e viva” (Mc 5.23).
Sua afirmação revela a fé pelo qual foi até Jesus em busca de um milagre.
1.1.
Deixando de lado a religiosidade.
Pedir ajuda a Jesus publicamente não foi para
Jairo uma fácil tarefa, visto que os líderes religiosos que se opunham a Cristo
certamente não aprovariam essa atitude, nem mesmo os líderes da sinagoga.
Aquilo que Jesus havia feito e ensinado na sinagoga havia provocado a ira dos
escribas e fariseus, alguns dos quais provavelmente eram amigos de Jairo. Porém
como tantas outras pessoas que se aproximaram de Jesus, Jairo estava
desesperado. Preferia perder os amigos a perder sua filha (Mc 5.23).
Chame a atenção dos alunos para o
fato de que Jairo era um homem influente e importante na sinagoga. Explique
para eles que abandonar a sinagoga e ir pessoalmente ao encontro de Jesus era
não somente uma atitude de fé, mas uma afronta para aqueles que consideravam a
Jesus como um homem herege e perigoso (Jo 9.22). Comente com os alunos que
Jesus era alguém para quem estavam fechadas as portas da sinagoga e, qualquer
pessoa que apreciasse Seus ensinamentos, seria tão ignorado quanto Ele (Jo
12.42). Ir até Jesus significava para Jairo um caminho sem volta, era
desconsiderar seus amigos e peitar todo o sistema religioso do qual fazia parte
(Jo 16.12, 13).
1.2.
Jairo, o principal da sinagoga.
Jairo era o chefe administrativo da sinagoga.
Ele era responsável pela direção dos serviços, presidia a junta de anciãos e
zelava pelo bom funcionamento da sinagoga. Era responsável pela atribuição de
obrigações e de cuidar que fossem levados a cabo com toda correção e em ordem.
O principal da sinagoga era um dos homens mais importantes e mais respeitados
da comunidade (Lc 8.41). Jairo nos chama a atenção porque prostrar-se aos pés
de Jesus diante de uma multidão representava um significativo ato de adoração e
respeito. Era um público pedido de ajuda e uma declaração de que somente Jesus
tinha a solução (Mt 21.22; Mc 1.15; 5.22, 23).
Explique para os alunos que a filha
de Jairo já tinha doze anos e que, segundo o costume judeu, aos doze anos e um
dia, uma menina judia se convertia em mulher. É bem possível que a essa idade
poderia ter estado por casar-se. Esclareça para eles o que significava morrer
exatamente em meio a esse período de transição e como essa fatalidade se
consolidava em uma dupla tragédia para sua família. Comunique a eles que essa
menina era filha única e faça-os compreender que o amor de um pai é capaz de
tudo para socorrer um filho, até mesmo implorar de joelhos e humilhar-se diante
de uma multidão sem importar-se com posição ou nome importante (2Cr 7.14; Tg
4.10).
1.3. Duas
grandes realidades.
Estes versículos nos ensinam duas grandes
realidades. A primeira é que a posição de autoridade não isenta ninguém de ser
atingido pela tristeza. Jairo era um “dos principais da sinagoga”. Mesmo assim,
a enfermidade e a tristeza invadiram seu lar. Ele provavelmente tinha riquezas
e toda ajuda médica que essas riquezas pudessem obter. No entanto, o dinheiro
não pode manter a morte longe de sua filhinha. A morte chega tanto aos palácios
quanto as comunidades; tanto aos ricos quanto aos pobres. A morte não tem a
menor cerimônia. Fechaduras e barras de ferro não podem impedi-la de entrar (Hb
9.27). A segunda foi dita pelo próprio por Jairo em sua súplica: “Jesus pode
dar vida, pois somente Ele tem a chave da morte” (Mc 5.23; Ap 1.18).
Leia com seus alunos o versículo 23
do evangelho de Marcos e comente com eles acerca da afirmação de fé de Jairo.
Mostre para eles como era profunda a convicção que Jairo tinha acerca de Jesus
quando disse: “Venha, imponha as mãos sobre ela, e ela ficará curada”. Ele
afirma para Jesus que apenas com um toque de Suas mãos Ele poderia curá-la e
dar-lhe vida. Ele viu que o poder de Jesus se estende além da vida e da morte e
que, assim como despertamos alguém que dorme com a nossa voz, Jesus tem
autoridade sobre aqueles que a morte os venceu (Ap 1.18).
2.
Alcançando milagres.
Enquanto Jairo se aproxima de Jesus e relata o
que estava acontecendo com sua filha, a multidão começou a apertá-los e,
durante o tempo em que Jesus socorria a mulher do fluxo de sangue, Jairo é
informado que sua filha havia morrido e que deveria parar de incomodar o Mestre
(Mc 5.35).
2.1.
Quando tudo parece contrário.
Ao recorrer a Jesus, a situação da filha de
Jairo era descrita como uma grave enfermidade, mas a notícia de sua morte
acontece no momento em que Jesus está prestes a atendê-lo. Primeiro, a
multidão; depois o tempo gasto na cura da mulher; e, agora que parecia tudo
caminhar para a solução, essa indesejável notícia. Os acontecimentos nos levam
a crer que Jesus permitiu que o tempo acabasse para Jairo. Mas, por que o fez?
O que esperava ver em Jairo? O mesmo que espera ver em nós para que milagres se
tornem coisas normais em nossos dias: uma esperança que se estenda além dos
portais da morte que ultrapasse o limite da desesperança (Rm 4.17, 18).
Explique para os alunos que todo
grande milagre passa por etapas de preparação até que se concretize em nossas
vidas. Ressalte para eles que jesus não nos convocou para viver o óbvio. A vida
cristã nasce no sobrenatural e deve permanecer nele, senão, passará de apenas
mais uma religião governada por conceitos humanos (Hb 10.38).
2.2. Ele
tem a última palavra.
Jesus não era tão fácil como oferecemos hoje em
dia para as pessoas. Não era qualquer pessoa que o convencia a entrar em sua
vida (casa) e Jairo teve que ir até as últimas para alcançar o bem que
desejava. Alguns teólogos afirmam que as palavras de Jairo soavam como uma
ordem, visto que era um líder conceituado e, talvez, por isso, tenha chegado a
tais circunstâncias (Mc 5.22, 23). Jairo era o contraste, um nobre em meio à
plebe, porque não eram os nobres e afortunados que rodeavam Jesus em busca de
um milagre. Quando se acabam as esperanças, Jairo não tem mais motivos para
dirigir os passos de Jesus. Então, o Mestre é quem se oferece, dizendo: “Não
tenha medo, apenas acredite. “ (Mc 5.39).
Leve os alunos a percepção de que
Jairo era um homem de posição elevada e não era comum a um homem de sua
estatura estar entre a plebe buscando Jesus. Comente com eles que também agimos
como Jairo. Quantas vezes não nos humilhamos e pedimos ajuda para Jesus? Porém
quase sempre queremos impor ordens, achando que deve nos atender sem se
importar com o que pensa ser melhor para nós. Até aquele momento era Jairo que
estava tomando Jesus pela mão e querendo leva-lo. Agora era Jesus que tomava
Jairo pela mão e o levava para onde desejava (Jo 21.18).
2.3. Ela
apenas dorme.
Jairo recebeu uma notícia definitiva que acaba
de vez com todas as suas esperanças: “Estando ele ainda falando, chegou um dos
do príncipe da sinagoga, dizendo: A tua filha está morta, não incomode o Mestre”
(Lc 8.49). Quantas vezes, quando estamos perto de Jesus e prestes a alcançar um
milagre pelo qual tanto lutamos e nos humilhamos, não recebemos tristes
notícias como essa? “O teu ministério morreu, acabou; o teu filho morreu; seu
casamento acabou. Acabaram suas esperanças, foi melhor assim”. Entenda que
Jesus nunca desiste das nossas vidas. Tenha em mente que todas essas palavras
não significam absolutamente nada para Jesus. Ele é a vida ressurreta para tudo
aquilo que achamos estar morto (Mc 5.36).
É interessante perceber que as
palavras de Jesus para Jairo são as mesmas que Ele fala para todos os que
partem ao Seu encontro: “não temas, crê somente”. O mundo diz o contrário: “Não
tem jeito, já está morta a tua causa”. Quando nos entregamos à vontade do
mundo, que urge com a boca maldita, matamos o agir de Deus para nós. Porque a
fé não se baseia em vista nem em sentimentos, mas na Palavra de Deus. Não
esqueça de ressaltar para os alunos o quão foi incrível a atitude de Jairo! Ele
simplesmente se “desamarrou” das lisonjas daqueles que procuravam confortá-lo
festejando a morte. SE queremos transformar os ambientes de morte, fazer calar
os instrumentos de pranto e os lábios inflamados pelo inferno, olhemos sempre
para Jesus (Hb 12.2).
3.
Desafiando o poder da morte.
Quando tudo parecia perdido, Jesus se dispõe a
ir à casa de Jairo, dizendo-lhe que a menina apenas estava dormindo. Naquele
dia, Jairo e toda sua família iriam presenciar algo maior que a cura da
enfermidade de sua filha. Eles a veriam retornar de entre os mortos (Mc 5.41).
3.1. Ele
ouviu toda a conversa.
“E Jesus, tendo ouvido estas palavras, disse ao
principal da sinagoga: Não temas, crê somente.” (Mc 5.36). Jesus estava atento
ao que acontecia com Jairo e, antes que a desesperança tomasse conta de todo o
seu ser, Ele resolveu entrar em sua história e mudar todo o veredito contrário
de sua vida. Isso também acontece em nossos dias. Nossa vida não difere muita
da de Jairo, principalmente quando as coisas resolvem fugir do nosso controle,
quando parece que Jesus ouve a todos, menos a nós. No entanto, devemos crer que
Ele não mudou e que, com esse mesmo poder, vira em nosso auxílio (Sl 46.1).
Considere o modo como Jesus agiu
diante da notícia da morte e mostre para os alunos que o pior desastre humano
pode ser enfrentado com coragem e galhardia quando enfrentamos com Deus. Eles
riram de Jesus porque pensavam que Sua esperança era infundada e Sua calma
equivocada. Mas a grande realidade da vida cristã é que aquilo que do ponto de
vista humano é muito bom para ser verdade, torna-se felizmente verdade quando
Deus pode fazer (Mc 5.40-42).
3.2.
Menina, a ti te digo, levanta-te.
Segundo o relato do Dr. Lightfoot, descrito por
William Barclay, somos informados que era costume dos médicos, ao ministrarem
remédios para alguém, dizer: “Levante-se desta doença”. Em outras palavras, era
como se dissessem: “Nós desejamos que você consiga se levantar”. A diferença
entre a medicina humana e a divina é que Jesus curava apenas pela palavra
proferida. E, não somente isso, Sua autoridade era tão poderosa e efetiva que até
dos mortos uma pessoa voltava à vida. Jairo esperou, mas não voltou para casa
sem trazer consigo a solução (Mc 5.36-42).
Explique para os alunos que Jesus
opera enquanto ordena e opera através de Suas ordens. É por isso que Ele pode
ordenar o que desejar, até mesmo que os mortos ressuscitem. Assim é o chamado
do Evangelho para aqueles que, por natureza, estão “mortos em ofensas e
pecados” e não podem ressuscitar da morte pelas suas próprias forças, como essa
menina (Rm 6.9; 1Co 15.55-57).
3.3. Ação
antes do milagre.
Jesus já havia preparado o espírito de Jairo
para crer, quando expôs publicamente a cura da mulher do fluxo de sangue. O
problema era convencer as pessoas que estavam na casa de Jairo. Aqueles homens
e mulheres pensavam que Jesus não sabia o que estava fazendo, quando Ele lhes
pediu calma, ao dizer que a situação estava sob controle (Mc 5.39). É preciso
compreender que os risos representam a incredulidade. Por esta razão, Jesus
expulsou a todos. O Mestre permitiu que ficasse no ambiente somente aqueles que
estavam no mesmo nível de fé que Ele estava (Mc 5.40).
Explique para os alunos que é preciso
selecionar muito bem as pessoas que nos acompanham na obra de Deus. Pessoas
incrédulas são um muro diante do operar de Deus (Mt 13.58). Ressalte para eles
que, antes de operar o milagre, Jesus limpou o ambiente (Jo 20.27; Mc 9.23).
Conclusão.
Aprendemos nesta lição que nosso Senhor Jesus
entrou na casa de Jairo para dar vida. Quem sabe não estejamos precisando de
uma visita como essa em nossos lares? Existem muitas coisas em nossas casas que
morreram com o passar dos tempos e que precisam ressuscitar outra vez (Jo
11.25).
Questionário.
1. Quem era Jairo?
R: Ele era o principal de uma
sinagoga (Mc 5.22).
2. O que significava para Jairo ir até Jesus?
R: Significava deixar tudo para
trás, inclusive o apoio dos amigos (Mc 5.22).
3. O que aprendemos ao ouvir Jesus dizer a
Jairo para não temer?
R: Que Jesus é a vida para tudo o
que pensamos estar morto (Jo 11.25).
4. Qual a atitude de Jesus antes de ressuscitar
a filha de Jairo?
R: Ele colocou os incrédulos para
fora (Mc 5.39).
5. O que aprendemos sobre a ressurreição na
casa de Jairo?
R: Aprendemos que Jesus
ressuscita o que morreu em nossos lares (Mc 5.39).
Fonte: Revista Jovens e
Adultos, professor, 3º trimestre de 2015, ano 25, Nº 96, Sinais, Milagres e
Livramentos do Novo Testamento.
Deus é fiel quando confiamos no ssu poder.
ResponderExcluirPalavra muito abençoada
ResponderExcluirBoa essa palavra
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