Lição 3 O
milagre da cura da mão mirrada.
19 de julho de 2015.
Texto
Áureo.
Hebreus 4.16
“Cheguemos, pois, com
confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar
graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”.
Verdade Prática.
O mais importante para Jesus não é a execução
correta de um ritual, mas sim a resposta espontânea ao clamor da necessidade
humana.
Objetivos
da Lição.
- Explicar como Jesus combateu os
ensinamentos errôneos acerca do sábado;
- Mostrar como Jesus transformou
a vida de um homem da mão mirrada;
- Ensinar que milagres são
possíveis e que precisamos acreditar em coisas novas.
Glossário.
Decálogo: Os dez mandamentos;
Incrustado: Grudado fortemente;
Reintegrar: Tornar a integrar;
voltar a ter direito.
Leituras
complementares.
Segunda Sl
137.5, 6
Terça 1Jo
1.9
Quarta Rm
4.17
Quinta Rm
6.9
Sexta Mt
22.39
Sábado Êx
20.7-11
Textos de
Referência.
Mateus 12.9-13
9 E, partindo dali, chegou à sinagoga deles.
10 E, estava ali um homem que tinha uma das
mãos mirrada; e eles, para o acusarem, o interrogaram, dizendo: É lícito curar
nos sábados?
11 E ele lhes disse: Qual dentre vós será o
homem que, tendo uma ovelha, se num sábado ela cair numa cova, não lançará mão
dela, e a levantará?
12 Pois, quanto mais vale um homem do que uma
ovelha? É, por consequência, lícito fazer bem nos sábados.
13 Então disse àquele homem: Estende a tua mão.
E ele a estendeu, e ficou sã como a outra.
Hinos
Sugeridos.
300, 476, 545
Motivo de
Oração.
Ore para ter uma perfeita compreensão da
Palavra de deus.
Esboço da
Lição.
Introdução
1. Compreendendo o sétimo dia.
2. Alcançando milagres.
3. Eis que tudo se fez novo.
Conclusão.
Introdução.
Jesus entrou numa sinagoga e lá avistou um
homem que tinha uma das mãos mirrada. Para aquele homem, o milagre foi o melhor
presente de sua vida, mas, para os líderes religioso, Jesus havia violado a Lei
(Mt 12.10).
1.
Compreendendo o sétimo dia.
O grande assunto que aparece com proeminência
nesta passagem é o dia de sábado. Os fariseus haviam feito muitos acréscimos ao
que as escrituras ensinavam a respeito do assunto e sobrecarregaram o
verdadeiro caráter desse dia com as tradições humanas (Mc 2.27; 3.4).
1.1.
Entendendo a lei do sábado.
A lei do sábado proibia todo trabalho nesse dia
e os judeus ortodoxos tomavam tão a sério essa lei que preferiam morrer,
literalmente, a que desobedecê-la. O historiador Flávio Josefo relatou que, na
época da rebelião de Judas Macabeu, alguns judeus se refugiaram nas cavernas do
deserto. Antíoco mandou uma legião de homens para atacá-los. Era um sábado e
esses judeus insurgentes morreram sem um só gesto de desafio ou defesa porque
lutar teria significado quebrar o sábado (Êx 35.1, 2).
Explique para os alunos que, segundo
a tradição judaica, havia trinta e nove atividades que não podiam ser
realizados no sábado. Esclareça para eles que Moisés havia proibido o trabalho
no sábado, mas não deu detalhes específicos acerca de que ou como (Êx 20.10). Leia
com eles as seguintes passagens, que mostram que não era permitido acender uma
fogueira para cozinhar, apanhar lenha, carregar fardos nem realizar negócios
(Êx 35.3; Nm 15.32; Jr 17.21; Ne 10.31; 13.15, 19). Esclareça para eles que a
tradição judaica desenvolveu por conta própria os detalhes acerca da Lei.
Assim, em vez de descanso, o sábado se tornou um fardo que escravizava religiosamente
toda a nação.
1.2. A
verdade em pratos limpos.
Embora tenha confrontado o pensamento dos
fariseus, Jesus não aboliu a lei do sábado (Mt 12.11, 12). Em suas refutações,
Ele a liberou das interpretações incorreta, trazendo-lhe purificação de adições
inventadas por eles. Não era intenção de jesus arrancar do decálogo o quarto
mandamento. Ele apenas o desnudou das miseráveis tradições pelas quais os
fariseus haviam incrustado o dia, transformando-o em uma carga insuportável, em
vez de bênção. Jesus deixou o quarto mandamento exatamente onde encontrou, isto
é, como parte integrante da eterna Lei de Deus, da qual não se pode retirar nem
sequer um til, a qual jamais passará (Mt 24.25).
Aplique essa lição aos dias atuais e
ensine para os alunos que devemos considerar suspeita qualquer lei religiosa
contrária à misericórdia e a o cuidado com a natureza. Mostre-lhe que Deus quer
encontrar em nossas vidas misericórdia e não sacrifícios religiosos; que não
somos diferentes desses fariseus e que muitas vezes pecamos no excesso de
santidade quando deveríamos amar mais ao nosso próximo (Mt 12.7). Comente com eles
que os fariseus se esforçavam para obedecer às leis do sábado, pensando estar
servindo a Deus e que nós também não estamos isentos desse zelo excessivo. Que
isso ocorre pela adição daquilo que Deus nunca exigiu que fizéssemos (Mt
22.29).
1.3. O
dia do descanso do Senhor.
Jesus apresentou aos fariseus o verdadeiro
princípio pelo qual o sábado veio a existir: “O sábado foi feito por causa do
homem, e não o homem por causa do sábado” (Mc 2.27). Nestas palavras de Jesus,
há uma fonte de profunda sabedoria. Deus estabeleceu o dia de descanso em favor
de em favor de Adão no paraíso; e renovou-o para Israel no monte Sinai (Êx
20.7-11). Esse dia não existe por causa de Israel. Ele foi estabelecido em
favor de toda a humanidade, visando o benefício e a felicidade do homem. Visava
o bem de seu corpo, de sua mente e de sua alma. Foi dado ao homem como uma
bênção e uma graça, não como um fardo. Assim foi sua instituição original. A
observância desse dia nunca teve a finalidade de interferir nas necessidades
humanas.
Explique para os alunos que o
mandamento não tinha o intuito de ser interpretado como prejudicial ao corpo do
homem ou como um empecilho aos atos de misericórdia em favor do próximo (Êx
20.8). Esse era o ponto crucial que os fariseus tinham esquecido ou sepultado
debaixo de suas tradições. Explique para eles que Jesus deixou claro que deixar
de fazer o bem no sábado (ou em qualquer outro dia) é o mesmo que fazer o mal.
Reflita com elas a seguinte mensagem deixada por Jesus: “Não existe um tempo
tão sagrado que não se possa usar para ajudar o próximo” (Mt 22.39).
2.
Alcançando milagres.
O sábado era o dia do descanso. Era costume dos
judeus se reunirem na sinagoga para ler a Torá e se prepararem para uma nova
semana. Foi exatamente nesse dia que esse homem resolveu sair de casa e ir à
sinagoga. Ele estava no lugar certo e na hora certa (Mc 3.1).
2.1. O
início de uma nova história.
Durante seis dias os judeus estudavam a Torá, a
qual era dividida de sete em sete capítulos. No sábado (Shabat), eles se
reuniram na sinagoga para terminar a leitura semanal e, viraram a página para
iniciar o próximo grupo de sete, referente à semana que se iniciaria no outro
dia (domingo). O sábado marcava o fim de um ciclo e o início de outro. Foi
nesse dia de transição que Jesus se dirigiu a sinagoga (Mt 12.9, 10). Embora o
texto comece com uma armadilha para tentar culpar Jesus de violar o sábado, a
história termina com Jesus libertando esse homem e escrevendo uma nova página
em sua vida, dando fim a uma fase e iniciando outra (Mt 12.13).
Explique para os alunos que, de
acordo com a tradição, qualquer coisa considerada como trabalho deveria ser
executada até a sexta-feira. Até mesmo um médico não podia operar porque usar
um instrumento era trabalho. Jesus estava sendo criticado por curar um enfermo,
mas Ele não usou instrumento algum. Ele usou o poder de Sua Palavra (Lc 24.19).
2.2. A
mão ressequida.
Há um detalhe muito interessante nesta
história. Se compararmos com Mateus 12.10-13 e Marcos 3.1-6, observaremos que
somente Lucas nos conta que o homem tinha seca sua mão direita. Aqui fala o médico,
interessado nos detalhes do caso (Lc 6.6). A mão direita ressequida era símbolo
de maldição e esse homem, segundo a Lei, deveria ser considerado imundo perante
o povo. A mão direita era a mão do relacionamento, do trabalho, da comunhão e
da restituição. Evitando ser discriminado, esse homem não declarou seu problema
e foi premiado por sua ousada fé. Jesus o mandou estender a mão e, de maneira
instantânea e milagrosa, ele foi curado apenas pelo poder da palavra de Jesus
(Mt 12.13).
Informe para os alunos que a mão
direita é considerada a mão principal. Comente com eles que, por ter a mão
ressequida, esse homem não podia trabalhar, logo, deveria estará em grandes
apuros por não ter como ganhar seu sustento (Sl 137.5, 6). Informe-os que a
situação desse homem era constrangedora. Ele era considerado imundo e até da
adoração estava excluído. Explique para eles que esse homem foi corajoso por entrar
desse jeito na sinagoga e Jesus o abençoou, honrando sua fé.
2.3. Vem
para o meio.
Essa palavra dita por Jesus parece ter exposto
esse homem diante dos fariseus. Mas Jesus jamais pensou em envergonhá-lo. Seu
propósito foi dar a ele a condição de reintegrar-se ao culto. Primeiro mandou
que estendesse a mão e, para que isso acontecesse, o homem deveria crer naquilo
que Jesus estava ordenando ser feito. Em seguida, Jesus o chamou para vir para
o meio, como se lhe dissesse: “A partir de hoje, você não precisa mais se
esconder, eu retirei de sua vida a maldição, agora você pode adorar como
qualquer um de nós”. Hoje Jesus também chama os pecadores para que estendam a
mão, exponham seus pecados e digam que área de suas vidas que está seca,
atrofiada e os impossibilita de agir, para que Ele os possa curar (Mt 12.13;
1Jo 1.9).
Chame a atenção dos alunos.
Instigue-os com a seguinte pergunta: no sentido espiritual, o que significa uma
mão ressequida? Busque interagir com eles e torne esse momento extremamente
participativo. Ouça-os com bastante atenção e depois comente com eles que a mão
mirrada pode significar espiritualmente: uma vida sentimental deprimente, um
relacionamento familiar infeliz, uma vida profissional sem prosperidade, a
saúde debilitada, o ministério estagnado, sonhos frustrados e uma vida
espiritual infrutífera na presença do Senhor. Reforce para eles que muitas
outras situações podem ser comparadas ao cenário do milagre da mão mirrada.
3. Eis
que tudo se fez novo.
A proposta do evangelho é tirar a atrofia da
vida de todo aquele que está inoperante em Sua casa. Jesus tem poder para
restaurar as áreas que não funcionam em nossas vidas. Ele nunca hesitou em
fazer milagres, basta-nos apenas crer em Sua Palavra (Mt 21.22).
3.1. De
volta à vida.
Em Isaias 41.10, o Senhor diz que nos toma pela
mão direita. Ter a mão direita restituída representava estar novamente inserido
no contexto da sociedade e apto para exercer tanto o trabalho quanto a adoração
a Deus. Com apenas uma palavra, Jesus reacendeu a chama da vida desse homem. Antes
ele se escondia, agora não tinha mais motivos para fazê-lo. Enquanto a doença o
limitava, a religião e o oprimia. Ao curá-lo, Jesus estava dando a ele a
oportunidade de ter sua mão de volta, ter de volta a comunhão, o trabalho e as
demais atividades que antes não podia realizar.
Merece ser especialmente esclarecido
para os alunos que, ao devolver a este homem sua saúde, Jesus lhe devolveu
automaticamente seu trabalho. Um homem sem trabalho é um homem sem honra; é em
seu trabalho onde encontra a si mesmo e encontra a sua realização (Pv 6.6-9;
30.25). Uma das melhores ações que se pode fazer um ser humano por outro é
dar-lhe trabalho. Ressalte para eles que, ao devolver-lhe saúde e trabalho,
Jesus lhe devolveu também sua autoestima. Um homem volta a ser homem quando
pode satisfazer com independência suas necessidades e as de quem está sob seu
cuidado.
3.2.
Imediatamente são.
Um novo ciclo começou na vida desse homem e
começou pelo estabelecimento de sua saúde. O que significa o Evangelho sem
milagres? Apenas um conjunto de rituais maçantes e cansativos que, em vez de
mudar a nossa consciência para ver coisas grandes da parte de Deus, nos torna
em seus inimigos. Para Jesus, a religião era serviço. Era o amor a Deus e o
amor aos homens. O ritual não carecia de valor algum, em comparação com o amor
posto em ação. Para Jesus, o mais importante de tudo não era a execução correta
de um ritual até o seu mínimo detalhe, e sim a resposta espontânea ao clamor da
necessidade humana.
Comunique para os alunos que estamos
vivendo os últimos momentos da Igreja nesse mundo. Ressalte para eles que, do
mesmo modo que esse homem vivia no anonimato, muitos de nós também precisamos
dessa palavra para que nos coloquemos de pé e sejamos fortalecidos nas áreas
ressecadas de nossas vidas. É necessário entender que este é um tempo de uma
grande restauração e de uma virada de página em nosso viver (Rm 8.19).
3.3.
Tempo de restauração.
A cura milagrosa desse homem nos fala de um
tempo de restauração. Ao esclarecer sobre a lei do sábado, Jesus fez questão de
curar esse homem para nos ensinar que Sua Palavra é poderosa e que a religião
somente impede o homem de achegar-se a Deus. Jesus chamou o homem diante de
todos, pediu para que se pusesse de pé e mandou estender sua mão. É preciso
compreender urgentemente compreender que o Evangelho nos tira da vergonha do
anonimato, ergue-nos da desventura e coloca em nossas mãos a força para receber
a graça (LC 6.8, 10).
Merece ser especialmente ressaltado
para os alunos que, na condição de imundo, esse homem deveria viver a margem da
sociedade, privado de seus sonhos e de suas esperanças. Comunique a eles que a
presença de Jesus naquele lugar foi o início de uma nova fase em sua vida (2Co
5.17).
Conclusão.
A lição que acabamos de estudar nos fala de um
tempo de recomeço. A prova maior disso foi o milagre realizado por Jesus, que
devolveu a esse homem sua vida e seus sonhos. Que possamos ter sempre em mente
e crer que não existe nada para Deus que seja impossível (Lc 1.37).
Questionário.
1. Qual foi o milagre que Jesus realizou na
sinagoga?
R: A cura de um homem da mão
mirrada (Mt 12.13).
2. Qual o verdadeiro princípio do sábado
apresentado por Jesus?
R: O sábado foi feito por causa
do homem (Mc 2.27).
3. Qual a finalidade de os judeus se reunirem
no sábado?
R: O objetivo era terminar a
leitura semanal da Torá (Mt 12.9).
4. O que representava ter a mão direita
restituída?
R: Representava estar novamente
inserido no contexto da sociedade (Lc 6.6).
5. De que nos fala a cura milagrosa desse
homem?
R: Fala-nos acerca de um tempo de
restauração (Lc 6.8, 10).
Fonte: Revista Jovens e
Adultos, professor, 3º trimestre de 2015, ano 25, Nº 96, Sinais, Milagres e
Livramentos do Novo Testamento.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirops Baixei e percebi que ta faltando os topicos (2.2) (3) (3.1)
ResponderExcluirGraça e paz querido, obrigado pelo aviso, já reparei as falhas, muito obrigado.
ExcluirNão tá faltando não varão.
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