Lição
9 JESUS E A COBIÇA DOS HOMENS.
31/05/2015
Texto do dia
"E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos
da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que
possui" (Lc 12.15).
Síntese
O cristão verdadeiro não fundamenta sua vida
nos bens materiais e não se deixa vencer pela cobiça e pelo orgulho.
Agenda de leitura
SEGUNDA - Cl 3.5 A idolatria da avareza
TERÇA - 2 Pe 2.3 Avareza e palavras fingidas
QUARTA - 1 Tm 6.10 O amor ao dinheiro
QUINTA - Pv 30.13 Geração de olhos altivos
SEXTA - Pv 16.18 A soberba precede a ruína
SÁBADO - Pv 18.12 Diante da honra vai a
humildade
TEXTO
BÍBLICO
Mateus
6.19-24
19.
Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde
os ladrões minam e roubam.
20.
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde
os ladrões não minam, nem roubam.
21.
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
22.
A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons,
todo o teu corpo terá luz.
23.
Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto,
a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!
24.
Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou
se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
Lucas
22.24-27
24.
E houve também entre eles contenda sobre qual deles parecia ser o maior.
25.
E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm
autoridade sobre eles são chamados benfeitores.
26.
Mas não sereis vós assim; antes, o maior entre vós seja como o menor; e quem
governa, como quem serve.
27.
Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está
à mesa? Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A lição deste domingo trata de temas que exigem
o máximo de cuidado do crente: cobiça, avareza e orgulho. Não bastasse a
natureza decaída do homem que, por si só, nos atrai a cair nessa tentação, o
mundo e o Diabo também tentam, por todos os meios e artimanhas, levar o cristão
a cair no desejo por bens materiais, consumismo, fama, poder e prestígio,
fazendo-o perder o foco do Reino de Deus. Por isso, precisamos receber com
muita atenção e zelo as advertências de Jesus contra esses vícios morais, os
quais somente são vencidos quando morremos para o mundo e permitimos Cristo
viver em nós (Gl 2.20). Aproveitemos essa lição para refletir sobre o
significado da verdadeira humildade, segundo as Escrituras Sagradas e exemplo
do Mestre.
I - A
GANÂNCIA
1. O
perigo da avareza.
Jesus disse aos seus discípulos para tomar cuidado com a avareza, porque a vida
de qualquer pessoa não consiste na abundância do que possui (Lc 12.15). Avareza
(gr. pleonexia) significa "sede de possuir mais"; "apego e
desejo exagerado pelos bens materiais". O Mestre não está censurando o
trabalho para a manutenção das necessidades básicas da pessoa e de sua família,
e nem mesmo o anseio natural por melhores condições de vida. Sua advertência se
dirige à ganância, isto é, a atitude cobiçosa de nunca estar satisfeito com
aquilo que se possui. Tais pessoas, impulsionadas pelo desejo insaciável da
carne, sempre procuram adquirir algo novo, "edificar novos celeiros"
e formar um "depósito com muitos bens" (Lc 12,19). A palavra de Deus
condena a ambição e a cobiça pois elas são fatais (Ec 6.7).
2. O deus
dinheiro.
Em sua sabedoria, Jesus alertou contra a ganância e a avareza pois Ele sabia
que o amor ao dinheiro é a origem de todos os males (1 Tm 6.10). Eis o motivo
pelo qual afirmou: "Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de
odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis
servir a Deus e a Mamom" (Mt 6.24). Desse modo, não é possível servir a
Deus plenamente ao mesmo tempo em que se ama ao dinheiro, afinal onde está o
tesouro de uma pessoa, aí também estará o seu coração (Mt 6.21). Deus não
divide espaço com ninguém e muito menos com o dinheiro. Logo, devemos fazer uma
profunda avaliação dos nossos corações para ver quem (ou o quê) ocupa, de fato,
a primazia de nossas vidas: Deus ou os bens materiais?
3. Tempo
de consumismo.
A forma mais sutil de ganância do nosso tempo é o consumismo inconsciente. O
desejo desenfreado de adquirir bens supérfluos condiciona a felicidade das
pessoas à compra de coisas novas. O consumista nunca se sente satisfeito e, por
isso, é levado a exagerar no uso do cartão de crédito e do cheque especial;
tudo para atender aos apelos da mídia e a ilusão do consumo. O consumismo,
portanto, não é fruto da necessidade, mas do descontentamento. É uma forma de
ingratidão. Contudo, o apóstolo Paulo deixou a receita para destruirmos esse
vício pessoal ao dizer: "[...] aprendi a contentar-me com o que
tenho" (Fp 4.11). Essa afirmação não é um atestado de passividade e
comodismo. É uma declaração de gratidão a Deus! Se você não está contente com o
que já tem, certamente não estará quando adquirir o que pretende ter. Por isso,
como cristãos, devemos agradecer a Deus por tudo o que possuímos, pois é dádiva
divina!
Pense
Se você não está contente com o que já tem,
certamente não estará quando adquirir o que pretende ter.
Ponto
Importante
Jesus nunca censurou o trabalho para a
manutenção das necessidades básicas da pessoa e de sua família, e nem mesmo o anseio
natural por melhores condições de vida. Ele advertiu contra a ganância.
II - A
COBIÇA POR PODER
1. Cobiça
pelo poder.
Além do dinheiro e dos bens materiais, o coração pecaminoso e egoísta do ser
humano cobiça o poder e a auto exaltação. Basta olharmos para a história do
mundo e percebemos essa realidade sombria, marcada pelas batalhas por poder e
dominação. Uma das artimanhas de Satanás, inclusive, é seduzir o homem na busca
insaciável pelo poder. O próprio Senhor Jesus foi tentado pelo Diabo, que lhe
ofereceu os reinos e a glória deste mundo em troca de adoração. Contudo, o
Mestre respondeu: "Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu
Deus, adorarás e só a ele servirás" (Mt 4.10). Não obstante, não são
poucos os que fazem de tudo para conquistar os reinos e as glórias na esfera
terrena, seja no ambiente político, empresarial e até mesmo religioso. Fiquemos
atentos para não sermos seduzidos por essa ambição egoísta, carnal e diabólica!
2. Os
primeiros assentos.
Um dos principais indicativos da cobiça pelo poder é o desejo ardente por
destaque. Algumas pessoas possuem o ego tão inflado que não suportam viver numa
posição na qual não possam ser notadas. Essas pessoas são obcecadas pelo
marketing pessoal. É sobre isso que Jesus adverte na parábola dos primeiros
assentos e dos convidados (Lc 14.7-11). Ele censura aqueles que buscavam a
proeminência e a auto exaltação, dizendo: "[...] qualquer que a si mesmo
se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será
exaltado" (v.11). Esse ensinamento do Mestre Jesus deve ecoar na sociedade
atual, dominada pelo narcisismo, egoísmo e pela cultura de autoajuda.
3. O
perigo do orgulho.
C. S. Lewis, um dos grandes cristãos do século passado, dizia que o orgulho, no
sentido de soberba, é o maior dos pecados.
É o mais completo estado de alma anti-Deus. O orgulho, afirmou o
escritor, "não sente prazer em possuir algo, mas apenas em possuir mais do
que o próximo". O orgulho foi a causa da queda de Satanás (Is 14.12-20; 1
Tm 3.6). A Palavra de Deus adverte que ele engana o coração (Jr 49.16) e
endurece a mente (Dn 5.20). Por isso, o Senhor abomina o altivo de coração (Pv
16.5) e abate o soberbo (Jó 40.11).
Pense
"O orgulho não sente prazer em possuir
algo, mas apenas em possuir mais do que o próximo"
(C. S. Lewis).
Ponto
Importante
Um dos principais indicativos da cobiça pelo
poder é o desejo ardente por destaque.
III - O
MAIOR NO REINO DE DEUS
1. A
disputa entre os discípulos. Em certa ocasião, os discípulos contenderam entre si para
saber quem era o maior (Lc 22.24). O episódio comprova que até mesmo o cristão,
se não estiver em constante vigilância, pode sucumbir ao desejo por alta
posição e prestígio. No meio evangélico contemporâneo, observamos essa triste
realidade, de disputa por poder eclesiástico, fama e sucesso ministerial.
Pregadores, pastores e cantores que, por terem perdido o foco do Reino de Deus,
se enveredaram numa busca frenética por glória humana e notoriedade popular.
Infelizmente, os ídolos do coração (Ez
14.1-5) da nossa época têm levado muitos crentes a perderem o foco de seu chamado, fazendo a obra segundo
os padrões do mundo. Segundo Nancy Pearcey, "o princípio de morrer para os
sistemas mundanos não se aplica somente aos pecados óbvios. Em uma cultura que
mede tudo em termos de tamanho, sucesso e influência, também temos de dizer
'não' a estes valores mundanos".
2. A
verdadeira grandeza.
Contrariando o modelo secular, no qual o maior é aquele que governa, no padrão
divino Jesus explica que o maior é aquele que serve (Lc 22.26). Aqui está a
lição do serviço. No Reino de Cristo, a grandeza não está no cargo, no título
ou na posição social, e, sim, na disposição em servir, sendo útil ao Reino e ao
próximo. Ao ensinar aos seus discípulos sobre a nobreza do servir, Jesus
enfatiza uma das principais virtudes morais: a humildade. Aqueles que querem
dominar, cedem ao orgulho. Mas aqueles que procuram servir, exercitam a
modéstia e a submissão. Por isso, o crente é convidado a servir com alegria, oferecendo
seus e dons e habilidades em prol da sociedade e da Igreja de Cristo.
3. A
humildade de Cristo.
O maior exemplo de humildade vem do próprio Mestre Jesus (Fp 2.7). Um momento
sublime que realça a singeleza do meigo Nazareno é a ocasião em que Ele lava os
pés dos seus discípulos (Jo 13.1-20). Com tal gesto, Ele compartilha com seus
discípulos a importância de servirem uns aos outros, com amor e abnegação.
Somente a verdadeira humildade demonstrada pelo Mestre é o padrão de virtude
capaz de desfazer a humildade formal e dissimulada que presenciamos em nosso
meio. A verdadeira humildade, além de nos levar a reconhecer os outros
superiores a nós mesmos (Fp 2.3), implica também em reconhecer nossa pequenez
diante de Deus e considerar que aquilo que somos, fazemos e possuímos é
resultado da graça do Senhor em nossa vida
Pense
No Reino de Cristo, a grandeza não está no
cargo, no título ou na posição social, e, sim, na disposição em servir, sendo
útil ao Reino e ao próximo.
Ponto
Importante
Somente a verdadeira humildade demonstrada pelo
Mestre é o padrão de virtude capaz de desfazer a humildade formal e dissimulada
que presenciamos em nosso meio.
CONCLUSÃO
Avareza, consumismo, cobiça e orgulho só têm
espaço da vida de uma pessoa quando ela entroniza o ego e o dinheiro como seus
ídolos. Se Cristo verdadeiramente ocupar a primazia em nossos corações, não
haverá espaço para outros senhores e ídolos (Mt 6.33), pois o Senhor nos
proporcionará completa satisfação. Paulo disse que aprendeu a se contentar com
aquilo que tinha (Fp. 4.11). Então, se temos Cristo, temos tudo. E nada mais
nos falta!
Hora da
Revisão
1. O que significa avareza?
2. Qual o exemplo de Paulo contra o consumismo?
3. Qual a causa da queda de Satanás?
4. Segundo Jesus, quem é o maior?
5. Quem é o maior exemplo de humildade?
Fonte: CPAD, Revista, Lições
Bíblicas Jovens, alunos, 2º trimestre 2015.
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