Lição 2
Deus quer realizar grandes milagres em nossa vida.
8 de Janeiro de 2017
Texto
Áureo
Habacuque 2.3
“Porque a visão é ainda para o tempo
determinado, e até ao fim falará, e não mentirá; se tardar, espera-o, porque
certamente virá, não tardará”.
Verdade
Aplicada
A visão dada por Deus é como uma semente que
necessita de tempo para amadurecer. Tanto o que somos quanto o que iremos
realizar dependerá da fé que projetarmos nessa visão.
Objetivos
da Lição
Ensinar que nossa vida
determina nossa esfera de conquistas;
Mostrar que deus sempre age
por caminhos seguros;
Esclarecer que Deus é
sobrenatural e se revela sobrenaturalmente.
Glossário
Âmbito: Campo de ação ou de
domínio; esfera;
Intento: Objetivo; intenção,
propósito;
Veracidade: Qualidade ou atributo
do que é verdadeiro; verdade.
Leituras
complementares
Segunda Êx 13.17
Terça Sl 23.1-5
Quarta Is 55.8-9
Quinta Lc 4.18-19
Sexta Fp 2.15
Sábado 1Pe 2.5
Textos
de Referência.
Êxodo 14.2-4, 17
2 Fala aos filhos de Israel que voltem e que
acampem diante de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar, diante de Baal-Zefom; em
frente dele assentareis o campo junto ao mar.
3 Então, Faraó dirá dos filhos de Israel:
Estão embaraçados na terra, o deserto os encerrou.
4 E eu endurecerei o coração de Faraó, para
que os persiga, e serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército; e saberão
os egípcios que eu sou o Senhor. E eles fizeram assim.
17 E eis que endurecerei o coração dos
egípcios, para que entrem nele atrás deles; e eu serei glorificado em Faraó, e
em todo o seu exército, e nos seus carros, e nos cavaleiros.
Hinos
sugeridos.
75, 328, 370
Motivo
de Oração
Peça por proteção e perseverança da nova
geração de cristãos.
Esboço
da Lição
Introdução
1. Mudando a geografia da
mente.
2. A estrada da liberdade.
3. Nova geração, novas
diretrizes.
Conclusão
Introdução
Existem situações em nossas vidas que tudo
parece estar ao contrário. Nesses momentos, devemos estar firmados na certeza
de que o que Deus prometeu, Ele também é poderoso para cumprir.
1. Mudando
a geografia da mente.
O capítulo 14 de Êxodo descreve uma das
situações mais delicadas já enfrentadas pelo povo de Israel. O povo sobreviveu
e a história se tornou o evento mais celebrado em toda a existência judaica.
Eles viram a morte, mas Deus viu um marco na história.
1.1. A
visão determina nosso alcance.
Toda conquista está relacionada à revelação
que carregamos conosco. Deus não revela nada sem propósito, Ele deseja que
avancemos, sempre de acordo com Suas orientações. Estamos nesse mundo para
brilhar (Fp 2.15). Por esse motivo, precisamos entender os processos da vida,
pois as realizações dependem da forma como entendemos esses processos. Quando
Deus nos dá uma visão, Seu intento é que venhamos também realiza-la. Ao olhar
na ótica divina, as coisas terão outro sentido, tanto para os possuidores da
visão quanto para os que as observam (1Co 2.12).
Na ótica humana, o relato do
capítulo 14 do livro de Êxodo parecia a derrota final para Israel. No entanto,
na visão de Deus era o princípio de um marco histórico. O que eles viram como
um inimigo destruidor, o Eterno viu como um grupo que testemunharia, mais uma
vez, a manifestação do poder de Deus de Israel. E, hoje, mais do que nunca,
essa história é tão real quanto nos dias em que aconteceu. Em termos práticos,
visão é muito mais que enxergar com os olhos, é sentir na própria alma a
realidade daquilo que não está fisicamente presente.
1.2. Um
grande inimigo, uma grande vitória.
Um milagre desencadeia uma grande história.
Porém, uma grande história jamais poderá desencadear um grande milagre. Quando,
vivendo dentro da orientação do Senhor, Ele permite que nos defrontemos com
situações perigosas ou grandes ameaças, é porque tem algo a nos ensinar e o Seu
agir redundará em maior glória ao Seu Nome (Êx 14.13-14, 18). Infelizmente,
somos uma geração acostumada a viver sem grandes milagres. Contamos boas
histórias, falamos muito das coisas do passado, mas esquecemos que em nosso
tempo Deus é Poderoso para continuar a operar grandes coisas (Hb 13.8).
Todos nós somos responsáveis por
dar frutos (Jo 15.16). O eterno deus projetou um destino e uma missão para cada
um de nós (Mt 28.18-20). O apóstolo Pedro diz que somos pedras que compõem o
edifício de deus, pedras vivas e não mortas (1Pe 2.5). Pedras mortas até
aumentam o volume de material na construção, mas não cooperam para o
crescimento do edifício.
1.3. A
visão correta.
As pessoas podem estar em um mesmo lugar e
ver coisas diferentes (1Co 2.14-15). Dos doze espias, dez viram apenas os
gigantes e as dificuldades, enquanto dois deles, Calebe e Josué, viram as
possibilidades (Nm 14.7-9). Os israelitas haviam visto coisas tremendas,
milagres que indicavam veracidade nas palavras dita por Deus. Eles não tinham
motivos para duvidar, porque Deus anunciava antecipadamente o que ia realizar. Era
uma questão de ter a visão correta das coisas ao redor. Deus é sobrenatural e
não existe outro modo de caminhar com Ele, a não ser vivendo em esferas
sobrenaturais (Mc 9.23).
Todos nós temos uma forma de
perceber certas coisas. Esta maneira herdamos de nossos pais e de todos aqueles
que influenciaram nossas vidas. Essa forma de perceber as coisas pode estar
influenciada pelos temores e as limitações de nossos predecessores e também do
ambiente que nos rodeia (1Co 15.33). Especialistas afirmam que tal influência
pode gerar uma distorção em nossa capacidade de realização. Todavia, aqueles
que possuem fé vivem em uma nova perspectiva de vida, de modo a não somente sonhar
mas a realizar os projetos revelados por Deus.
2. A
estrada da liberdade.
Depois de quatrocentos anos de escravidão, os
israelitas caminham em liberdade e Deus vai se apresentando para eles em forma
de milagres. O maior desafio de Moisés não foi tirar o povo do Egito. Sua maior
batalha era tirar o Egito de dentro do povo.
2.1. O
caminho da liberdade é mais longo.
A estrada que nos conduz à Terra Prometida
tem percursos totalmente contrários aos que chamamos óbvios. Deus conduziu o
Seu povo pelo caminho mais longo do deserto, perto do Mar Vermelho (Êx 13.18).
O Mar Vermelho fazia parte do aprendizado que aquele povo deveria passar. A
Jornada estava apenas começando e Deus queria ensinar valiosas lições a esse
povo. A cada passo que Israel dava, Deus se manifestava de uma forma que
pudessem entender que Ele estava presente. Quanto mais longo o caminho, maior
será a glória revelada (Dt 29.29).
A impaciência nos faz agir a partir
de nós mesmos. Nos momentos em que o nosso coração se sente apertado, pensando
que é o fim, forças contrárias nos estimulam a fugir do aperto, a buscar um
atalho para nos livrar, a procurar quem nos cure do abandono e nos tire do
deserto. O povo de Israel vacilava em não acreditar que estava totalmente
protegido. Adiante deles estava uma nuvem, que os refrescava durante o dia, e,
à noite essa nuvem se transformava em uma coluna de fogo, para iluminar o
caminho, a fim de que pudessem caminhar também durante a noite (Êx 13.21-22)
2.2. A
estrada exige paciência e confiança.
Antes que o povo avançasse pelo caminho do
mar, Deus ordenou que o mesmo retrocedesse (Êx 14.2). Mas qual seria o intento
de tão estranha ordem, visto que Faraó vinha ao encontro de Israel para
exterminar a todos? Deus faz seu líder entender o porquê (Êx 14.3-4). Nem
sempre retroceder é perder. Às vezes, significa reorganizar.
Retroceder significa uma mudança de
direção. Voltar tratava-se de um desvio súbito de direção ao sul, ao invés de
continuarem marchando para o leste. De qualquer maneira, os egípcios iriam
interpretar a ação como a incapacidade dos israelitas de encontrarem a rota
direta para Canaã. Deus preparou o palco da derrota de Faraó. Na mente do
monarca egípcio, o povo de Israel estava desorientado, perdido e confuso. Na
mente dele, Israel parecia ter enveredado por um beco sem saída, já que o mar
barrava o caminho à sua frente e o deserto o cercava em todas as outras
direções. É importante ressaltar que Deus sempre deseja nos ensinar em tempos
difíceis.
2.3. A
estrada troca orgulho por dependência.
O povo de Israel estava com muito medo (Êx
14.10). Então, algo interessante acontece. Aqueles que caminhavam de forma
orgulhosa e independente, agora clamam a uma só voz. É a primeira vez que
aquele povo orgulhoso clama em massa. Não são raras as vezes em que o Senhor
nos conduz a situações difíceis para confrontar nosso espírito orgulhoso e fazer
brotar em nós uma dependência em Sua pessoa.
A maior luta do cristão é sempre
entender a vontade e os caminhos traçados por Deus. O que eles viram como o
fim, era apenas o começo. Se existe uma grande pressão sobre nós, e estamos sob
os cuidados de Deus, isto é sinal de que o palco de uma grande vitória foi
preparado para nós na presença de nossos inimigos (Sl 23). O povo de Israel
pode, sem sombra de dúvida, ter “clamado” a Deus por ajuda, mas sua primeira
reação, como aconteceu frequentemente no deserto (Êx 16.2-3), foi culpar
Moisés. Tal atitude foi errada e bem humana. Várias e várias vezes nós nos
reconhecemos em Israel. Deixemos o orgulho de lado e coloquemos a nossa vida em
inteira dependência ao Senhor.
3. Nova
geração, novas diretrizes.
O caminho aberto pelo meio do Mar vermelho
revela não somente o que Deus é capaz de fazer por Seu povo, mas com Ele cria
caminhos diferentes e extraordinários quando está a conduzir Seu povo com Sua
potente mão. Ser aliado do Todo Poderoso é sempre a opção para quem deseja
alcançar o cumprimento das promessas do Senhor.
3.1. O
problema humano nunca foi externo.
“Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios? Pois que melhor nos fora servir aos egípcios
do que morrermos no deserto” (Êx 14.12). Essa palavra é sempre interpretada
como incredulidade ou ingratidão, mas a situação era de pânico. Por um dado
momento, esse povo temeu um sistema que durante anos o escravizou. Parece
incrível, mas eles ainda estavam aprendendo a confiar em Deus. O Senhor, para
eles, era apenas um sonho da liberdade. Embora Moisés lhes dissesse que Deus
havia preparado tudo para que Faraó e seu exército sucumbissem, o conflito
deles ainda era escrava. O seu maior inimigo eram os pensamentos que portavam
dentro de si. Muito mais que tirá-los do Egito, o desafio era livrá-los do
sistema escravo que havia em suas almas.
Infelizmente, nos nossos dias,
muitas gerações vivem em conflito, a procura de uma libertação, porque
internamente ainda são escravos (Lc 4.18-19). Há pelo mundo uma geração cheia de
perguntas sem respostas, geração faminta e sedenta por Deus. É uma geração que
necessita da verdadeira liberdade (Jo 8.32, 36).
3.2. Caminhos
seguros.
Deus poderia ter resolvido o problema desde o
momento em que enviou Moisés diante de Faraó. Mas por que motivo Deus age
assim? Deus age com cada pessoa de acordo com o que planejou para ela. Ele não
precisava pedir que Abraão sacrificasse Isaque, nem precisava sacrificar Seu
Filho Jesus. Mas Ele estabelece regras, cria caminhos e em cada gesto Seu aprendemos
mais e mais sobre a Sua grandeza (Is 64.4).
Deus nos chama para caminhar no
sobrenatural e isto envolve confiar nEle, mesmo não entendendo, algo que
paulatinamente vamos aprendendo, porque é de glória em glória que somos
aperfeiçoados (2Co 3.18). Uma coisa é certa os caminhos de Deus são sempre
seguros. Nada falha, nada dá errado. Seus pensamentos são altíssimos e Sua
Palavra sempre exata (Is 55.8-9). Não há segredo! O caminho da bênção do
cristão é obedecer ao Eterno Deus, mesmo quando tudo parece contrário.
3.3.
Deus sempre criará uma saída para os Seus escolhidos.
Quando não havia mais saída, Deus abriu o
mar. A diferença entre o natural e o espiritual é que o natural escraviza e o
espiritual liberta. Deus é Espírito e onde estiver haverá liberdade (2Co 3.17).
A vida sobrenatural só assusta a quem não conhece a Deus, porque Ele é
sobrenatural e não trabalha no âmbito da lógica humana. Assim, a realidade de
nossas vidas será determinada pelo nível de revelação que tivermos de Deus. O
intelecto faz com que nos conformemos com uma vida natural e esse será sempre o
limite de quem não rompe. Deus não abriu somente o mar; Ele rasgou o véu, Ele
enviou o Espírito para revelar as coisas mais profundas que a humanidade é
capaz de ver (1Co 2.10-11).
É nessa dimensão que Deus deseja
nos inseri. Não pelo caminho que traçamos, mas pelo caminho que Ele projetou
para nós. A revelação de Deus sempre causará um choque naqueles que estão
acostumados a ouvir sempre um mesmo discurso. Quando as pessoas vivem sob a
antiga aliança, como alguns dos contemporâneos de Paulo (Gl 2.4), procurando
aceitação diante de Deus pelas obras da Lei, não há liberdade. Mas as
exigências da Lei não podem ser cumpridas e, por isso, tais pessoas permanecem
sob a condenação da Lei. Entretanto, sob a aliança do Espírito, há liberdade
para conhecer os caminhos de Deus, que nos são revelados pela Sua Palavra. Já
não há mais memória de pecados (Rm 4,6-8), nem condenação para o pecador (Rm
8.1).
Conclusão.
Nestes dias em que estamos vivendo, mais do
que nunca a oração da Igreja deve ser para que nossa geração se volte para o
Eterno Deus, torne-se urgentemente sensível a Sua voz e ande pelo caminho que
Ele deseja conduzi-la.
Questionário.
1. O que o capítulo 14 de Êxodo descreve?
R: A situação mais delicada já
enfrentada pelo povo de Israel (Êx 14).
2. O que é preciso para que nosso testemunho
adquira poder entre os homens?
R: Viver uma grande situação
(Tg 2.12).
3. Como o povo de Israel estava?
R: Com muito medo (Êx 14.10).
4. Na ótica divina, o que significa
retroceder?
R: Reorganizar (Êx 14.2).
5. Por que Deus enviou o Espírito?
R: Porque somente o Espírito é
capaz de revelar as coisas mais profundas que a humanidade pode ver (1Co
2.10-11).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Aprendendo com as Gerações Passadas, A importância,
responsabilidade e o legado de uma geração temente ao Senhor para enfrentar as
complexidades e os desafios da pós-modernidade, Jovens e Adultos, edição do
professor, 1º trimestre de 2017, ano 27, Nº 102, publicação trimestral, ISSN
2448-184X.
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