segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Lição 5 Deus instrui Seu povo a ser grato e fiel.



Lição 5 Deus instrui Seu povo a ser grato e fiel.
29 de janeiro de 2017

Texto Áureo
Deuteronômio 8.10
Quando, pois, tiveres comido e fores farto, louvarás ao Senhor, teu Deus, pela boa terra que te deu”.

Verdade Aplicada
Precisamos estar preparados para receber e desfrutar das bênçãos de Deus para nossas vidas.

Objetivos da Lição
Mostrar que há um propósito em tudo que foi criado por Deus;
Reconhecer a dificuldade da fidelidade a Deus em meio a bonança;
Compreender que o sucesso é fruto da obediência a Deus e do esforço pessoal.

Glossário
Ciclo: Sequência de ações, fatos ou fenômenos;
Legado: Aquilo que se passa de uma geração a outra, que se transmite à posteridade;
Posteridade: Série de gerações futuras.

Leituras complementares
Segunda Dt 8.1
Terça Dt 8.2
Quarta Dt 8.3
Quinta Dt 8.4
Sexta Dt 8.6
Sábado Dt 8.7

Textos de Referência.
Deuteronômio 8.11-14
11 Guarda-te para que te não esqueças do Senhor, teu Deus, não guardando os seus mandamentos, e os seus juízos, e os seus estatutos, que hoje te ordeno;
12 Para que, porventura, havendo tu comido, e estando farto, e havendo edificado boas casas, e habitando-as,
13 E se tiverem aumentado as tuas vacas e as tuas ovelhas, e se acrescentar a prata e o ouro, e se multiplicar tudo quanto tens,
14 Se não eleve o teu coração, e te esqueças do Senhor, teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão.

Hinos sugeridos.
121, 154, 200

Motivo de Oração
Ore pelo fortalecimento da igreja local.

Esboço da Lição
Introdução
1. A chegada de um novo ciclo.
2. Os níveis da nova terra.
3. A grandeza do Deus que cedeu a terra.
Conclusão

Introdução
Moisés descreve a Terra Prometida como um lugar de bênçãos e fertilidade. A travessia do deserto, com todas as dificuldades que enfrentaram, agora fazia parte do passado dos filhos de Israel.

1. A chegada de um novo ciclo.
A história da humanidade se desenrola em ciclos, independente da vontade ou das ações humanas. Na sucessão de ciclos, alguns fatos se estendem, outros se modificam e outros se adaptam a um novo ciclo. As gerações também são marcadas por ciclos e em cada um deles há um propósito definido. Assim como as pessoas que fazem parte de uma geração de discípulos de Jesus Cristo esperam a ação de Deus, da mesma forma, Ele também espera que cada uma dessas pessoas cumpra o cumprimento da missão cristã.

1.1. Os herdeiros da boa terra.
“Não entrareis na terra, pela qual levantei aminha mão que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num” (Nm 14.30). Daquela geração que saiu do Egito, de vinte anos para cima (Nm 14.29), somente Josué e Calebe herdaram a terra Prometida. Por causa da rebeldia e incredulidade, toda a geração morreu no deserto. A próxima geração, seus filhos, que eles disseram que morreriam no deserto, é que conquistaria e herdaria a Terra Prometida.

Liderar um povo na prosperidade tem os seus desafios, pois na adversidade é natural as pessoas se aproximarem mais de Deus. Contudo, na bonança, a tendência natural é usufruir dos bens e afastar-se de Deus. O Senhor nos coloca em alguns caminhos muito dolorosos, mas são esses caminhos que purificam o nosso caráter e nos tornam dependentes de Sua pessoa. Caminhos que moldarão o nosso temperamento e nosso coração para uma maior comunhão diante dEle. Nosso maior modelo de humilhação e dependência é Jesus Cristo. A vida do nosso Mestre foi de cruz, isto é, humilhação, serviço e submissão, Ele abriu mão de posição e status da Sua glória por causa desta palavra: humilhação (Is 53.3,7).

1.2. Conhecendo o Senhor.
O Senhor teve que tratar os filhos de Israel antes de lhes dar a Terra Prometida (Dt 8.1-3) Deus combateu arduamente a rebeldia e a dureza de coração do povo, pois queria que eles O conhecessem e dependessem unicamente dEle. Todos os milagres e provisão mostravam o que Deus poderia realizar. Deus sempre desejou ser íntimo do Seu povo e falar-lhes abertamente (Êx 20.19).

Até hoje existem pessoas que só conhecem a Deus através dos lábios de terceiros. Essas pessoas nunca buscaram experimentar um relacionamento pessoal com Ele. Os filhos de Israel tiveram uma grande oportunidade, mas rechaçaram-na. Em vez de aproximar-se de Deus, se afastaram e morreram sem tê-Lo conhecido.

1.3. Tudo tem um propósito.
A Terra Prometida possuía abundância de águas, era rica em alimento e minérios (Dt 8.7-9). Não havia mais sequidão como no deserto. O maná era apenas uma lembrança. Agora, o cardápio era variado e a comida farta. A nova geração foi instruída a rever conceitos e alertada a não repetir os erros de seus pais. Todavia, nem sempre o sofrimento é sinônimo de uma nova natureza. Se uma pessoa não descobre a razão para a qual existe, poderá viver eternamente fazendo o que lhe convém e nunca o que nasceu para realizar. Poderá ser uma pessoa eternamente frustrada, gastando todo o tempo atrás de um sonho que jamais irá realizar, porque não nasceu para isso (At 17.26-28; Ef 1.3-6).

Deus levou os filhos de Israel a uma terra boa, cujos recursos agrícolas fariam vibrar a imaginação de um povo que até então viverá uma existência nômade. A Terra Prometida tinha reservas naturais de água, ribeiros, fontes e mananciais profundos que jorravam nos vales e montes. Tais recursos hídricos garantiriam as colheitas de cereais e frutas. Uma provisão tão abundante deveria gerar o contínuo louvor a Jeová, por Sua bondade. Claramente, o Eterno Deus desejava que Seu povo desfrutasse plenamente de Suas dádivas. Não é diferente em nossos dias. Deus desejava que Sua Igreja se deleite em Sua graça e amor. Um fabricante jamais irá produzir uma máquina e depois lhe perguntar o que ela pode realizar. Ele sabe porque a fabricou Deus também não nos criou sem saber o porquê. Ele nos fez para um propósito. Cabe a nós essa descoberta pela Palavra de Deus e Pelo Espírito Santo, e, descobrindo seremos mais efetivos, alegres e estaremos em paz.

2. Os níveis da nova terra.
O problema maior dos filhos de Israel não era habitar a Terra Prometida, mas, sim, saber administrá-la. As palavras de Moisés indicavam que eles deveriam saber lidar com três situações. São elas:

2.1. Riqueza.
“Terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; quando, pois, tiveres comido e fores farto, louvarás ao Senhor, teu Deus, pela boa terra que te deu” (Dt 8.9-10). Todo grande poder traz em seu bojo grandes responsabilidades. O novo estilo de vida implicava em uma mudança de mentalidade e o caminho para mudar era achegar-se a Deus.

Se o Eterno Senhor Deus dá posses a alguém, é porque Ele tem projetos e fins específicos para quem os deu. Nossas limitações sempre estarão condicionadas à maneira como enxergamos as coisas. Precisamos entender que a vida é feita de fases e em cada ciclo de nossas vidas devemos nos aperfeiçoar para poder avançar. Se nas pequenas coisas desanimamos, como poderemos alcançar as grandes? (Jr 12.5).

2.2. Crescimento.
“E se tiverem aumentado as tuas vacas e as tuas ovelhas, e se acrescentar a prata e o ouro, e se multiplicar tudo quanto tens” (Dt 8.13). A riqueza produz a fama e o crescimento torna-se algo natural e comum. A Terra Prometida era tão abençoada que os tornaria senhores, algo que eles nunca sequer pensaram, porque desde o nascimento só sabiam o que significava o sofrimento e a escravidão. Eles iriam crescer para todos os lados. Administrar o sucesso não é para qualquer um.

Vale a pena ressaltar que para todo grande preparo existe uma grande recompensa. Podemos ver desertos, sequidão, escassez e humilhações durante muito tempo. Mas, quando essa fase passar, devemos estar prontos para administrar coisas grandes. 

2.3. Esquecimento.
“Guarda-te para que te não esqueças do Senhor, teu Deus” (Dt 8.11). Algo muito comum acontece quando as pessoas chegam ao topo: esquecem-se de quem as fez ser o que são. Muitas pessoas pensam que venceram por si só, ou pela sabedoria e inteligência que galgaram ao longo da vida. Mas, se esquecem que alguém lhes ajudou a adquirir tanto o conhecimento quanto a sabedoria. Qualquer pessoa, antes de se tornar um profissional, seja em qual área for, será conduzida por inúmeros professores, até se qualificar. Todos nós precisamos de alguém. Todos nós somos resultado de um investimento. Obviamente, precisamos nos dedicar, pois sem alvos não iremos a parte alguma. Porém, nunca nos esqueçamos das pessoas que nos ajudaram e, principalmente, do Senhor (Sl 106.13).

O nome dado para esse tipo de esquecimento é ingratidão. Ser ingrato é não atribuir honra a quem foi o responsável por todo o sucesso que estamos vivendo. Esquecer por um momento algum tipo de regra era até aceitável, mas abandonar as regras e o Deus que as ditou implicava em fracasso. Precisamos constantemente pesar nossas escolhas, para mais tarde não sermos vítimas do mal que escolhemos para nossas vidas (Sl 78.5-7).

3. A grandeza do Deus que cedeu a terra.
Precisamos hoje de pessoas que estejam dispostas a desempenhar seu papel encarando os desafios de sua época. Pessoas capazes de ter uma visão otimista, imaginar grandes triunfos e fazer a diferença. Pessoas que se descartem dos seus interesses egoístas para tornar realidade propósitos eternos. Pessoas que construam um legado para sua posteridade. O triunfo dos filhos de Israel estava atrelado à visão correta do Deus a quem estavam servindo.

3.1. O Deus que nos faz ser grandes.
“Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus que ele é o que te dá força para adquirires poder” (Dt 8.18). Embora o Senhor Deus não condene a riqueza, ser grande na Sua presença não é ser rico, mas, sim desfrutar de um relacionamento íntimo e pessoal com Ele. A ótica do Eterno para o sucesso requer do Seu povo obediência e não sacrifícios (1Sm 15.22). Submeter-se a vontade de Deus é mais importante do que qualquer outra coisa e isto exige de nós uma mudança de mentalidade (Rm 12.1-2). Para que os filhos de Israel se mantivessem de pé e lograssem sucesso em tudo, a obediência era fundamental. A geração passada pereceu por causa da desobediência. Essa nova geração recebeu o mesmo aviso para que fosse prudente e se mantivesse na posição (Dt 28.15).

Além da terra fértil, o Senhor Deus fez uma promessa grandiosa para a nova geração: a de possuir nações maiores e mais fortes, cidades instransponíveis e derrotar gigantes (Dt 9.1-2). É importante destacar aqui que o Senhor não somente daria vitória aos filhos de Israel, mas estaria com eles na batalha (Dt 9.3). O fator principal para o avanço e a vitória era apenas um: obedecer.

3.2. O Deus que cumpre alianças.
O Senhor fez questão de destacar dois pontos importantes para a nova geração. Primeiro, Israel não tinha méritos. Deus estava cumprindo uma aliança feita a seus pais. Em segundo lugar, Deus estava lançando fora os ímpios para dar a terra ao povo que havia justificado (Dt 9.5). Deus honra muito uma aliança. Ele jurou a Abraão, Isaque e a Jacó fazer esse povo herdar a Terra Prometida. Agora, diante dos olhos de toda aquela nação, Deus diz que não é pela justiça do povo, mas pela fidelidade de Sua Palavra e pela impiedade das nações que ali habitavam.

Não temos mérito algum e nada fizemos de grandioso para que Deus tenha a obrigação de agir como Ele age (Ef 2.8-9). Todavia, quando o Eterno Deus faz uma aliança, custe o que custar, ou passe o tempo que passar, Ele irá honrá-la. Em nenhum momento a aliança era condicional a qualquer ação ou prática por parte dos filhos de Israel, já que a aliança era uma dádiva da graça divina. Aceitar a aliança, todavia, era alcançar uma posição nobre e colocar-se no caminho que conduzia à bênção do Senhor Jeová.

3.3. A presença do Deus dos deuses.
“Pois o Senhor, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas” (Dt 10.17). Moisés faz uma exposição acerca da grandeza de Deus e da força de Seu poder sobre todas as coisas. Moisés faz a nova geração compreender que não está só. Do mesmo modo como seus pais foram libertos do Egito e seus inimigos foram exterminados, se eles obedecessem e honrassem a Deus, não haveria quem pudesse abatê-los. O discurso revela que a terra que estavam herdando estava sendo tanto observada quanto cuidada pelo Senhor. Ele daria a essa terra fertilidade, fazendo-a produzir todo tipo de riquezas para Seu povo. Na verdade, o próprio Deus estaria presente nessa terra (11.11-15).

A majestade de Jeová e Sua tremenda justiça ofereciam um motivo adicional para a obediência. Este é o Deus que nós, cristãos também servimos (Hb 12.28-29). O notável acúmulo de títulos para Deus descritos em Deuteronômio 10.17 tem como propósito, sem dúvida, enfatizar a singularidade, a absoluta supremacia e a total soberania de Jeová sobre todos os outros poderes do universo. É importante destacar que essa nova geração dos filhos de Israel provaria o que a geração passada não provou. Eles ganharam uma terra fértil e regada pelo próprio Deus. Uma nova página estava sendo escrita na história do povo de Israel e se soubessem conduzir seus caminhos diante de Deus, se tornariam temidos por todas as nações em derredor. Houve todo um preparo mental antes que a posse da Terra Prometida lhes fosse outorgada (Dt 8.1-20).

Conclusão.
O que o Eterno Senhor Deus espera de cada um de nós? A resposta é muito simples: fidelidade. Essa é a base para um relacionamento saudável e uma vida de bênçãos incontáveis. O nosso Deus tem uma terra fértil e boa para cada filho seu.

Questionário.
1. Da geração que saiu do Egito, de vinte anos para cima, quem herdou a Terra Prometida?
R: Somente Josué e Calebe (Nm 14.30).

2. O que Deus sempre desejou?
R: Ser íntimo do seu povo e falar-lhes abertamente (Êx 20.19).

3. O que a Terra Prometida possuía?
R: Abundância de águas, rica em alimento e em minérios (Dt 8.7-9).

4. O que a nova geração recebeu do Senhor?
R: Um aviso para que fosse prudente e se mantivesse na posição (Dt 28.15).

5. O que Deus honra muito?
R: Uma aliança (Dt 9.5).

Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Aprendendo com as Gerações Passadas, A importância, responsabilidade e o legado de uma geração temente ao Senhor para enfrentar as complexidades e os desafios da pós-modernidade, Jovens e Adultos, edição do professor, 1º trimestre de 2017, ano 27, Nº 102, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.

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