Lição 5
Deus instrui Seu povo a ser grato e fiel.
29 de janeiro de 2017
Texto
Áureo
Deuteronômio 8.10
“Quando, pois,
tiveres comido e fores farto, louvarás ao Senhor, teu Deus, pela boa terra que
te deu”.
Verdade
Aplicada
Precisamos estar preparados para receber e
desfrutar das bênçãos de Deus para nossas vidas.
Objetivos
da Lição
Mostrar que há um propósito em
tudo que foi criado por Deus;
Reconhecer a dificuldade da
fidelidade a Deus em meio a bonança;
Compreender que o sucesso é fruto
da obediência a Deus e do esforço pessoal.
Glossário
Ciclo: Sequência de ações,
fatos ou fenômenos;
Legado: Aquilo que se passa de
uma geração a outra, que se transmite à posteridade;
Posteridade: Série de gerações
futuras.
Leituras
complementares
Segunda Dt 8.1
Terça Dt 8.2
Quarta Dt 8.3
Quinta Dt 8.4
Sexta Dt 8.6
Sábado Dt 8.7
Textos de
Referência.
Deuteronômio 8.11-14
11 Guarda-te para que te não esqueças do Senhor,
teu Deus, não guardando os seus mandamentos, e os seus juízos, e os seus
estatutos, que hoje te ordeno;
12 Para que, porventura, havendo tu comido, e
estando farto, e havendo edificado boas casas, e habitando-as,
13 E se tiverem aumentado as tuas vacas e as
tuas ovelhas, e se acrescentar a prata e o ouro, e se multiplicar tudo quanto
tens,
14 Se não eleve o teu coração, e te esqueças do
Senhor, teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão.
Hinos
sugeridos.
121, 154, 200
Motivo de
Oração
Ore pelo fortalecimento da igreja local.
Esboço da
Lição
Introdução
1. A chegada de um novo ciclo.
2. Os níveis da nova terra.
3. A grandeza do Deus que cedeu a
terra.
Conclusão
Introdução
Moisés descreve a Terra Prometida como um lugar
de bênçãos e fertilidade. A travessia do deserto, com todas as dificuldades que
enfrentaram, agora fazia parte do passado dos filhos de Israel.
1. A
chegada de um novo ciclo.
A história da humanidade se desenrola em
ciclos, independente da vontade ou das ações humanas. Na sucessão de ciclos,
alguns fatos se estendem, outros se modificam e outros se adaptam a um novo
ciclo. As gerações também são marcadas por ciclos e em cada um deles há um
propósito definido. Assim como as pessoas que fazem parte de uma geração de
discípulos de Jesus Cristo esperam a ação de Deus, da mesma forma, Ele também
espera que cada uma dessas pessoas cumpra o cumprimento da missão cristã.
1.1. Os
herdeiros da boa terra.
“Não entrareis na terra, pela qual levantei
aminha mão que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué,
filho de Num” (Nm 14.30). Daquela geração que saiu do Egito, de vinte anos para
cima (Nm 14.29), somente Josué e Calebe herdaram a terra Prometida. Por causa
da rebeldia e incredulidade, toda a geração morreu no deserto. A próxima
geração, seus filhos, que eles disseram que morreriam no deserto, é que
conquistaria e herdaria a Terra Prometida.
Liderar um povo na prosperidade tem
os seus desafios, pois na adversidade é natural as pessoas se aproximarem mais
de Deus. Contudo, na bonança, a tendência natural é usufruir dos bens e
afastar-se de Deus. O Senhor nos coloca em alguns caminhos muito dolorosos, mas
são esses caminhos que purificam o nosso caráter e nos tornam dependentes de
Sua pessoa. Caminhos que moldarão o nosso temperamento e nosso coração para uma
maior comunhão diante dEle. Nosso maior modelo de humilhação e dependência é
Jesus Cristo. A vida do nosso Mestre foi de cruz, isto é, humilhação, serviço e
submissão, Ele abriu mão de posição e status da Sua glória por causa desta
palavra: humilhação (Is 53.3,7).
1.2. Conhecendo
o Senhor.
O Senhor teve que tratar os filhos de Israel
antes de lhes dar a Terra Prometida (Dt 8.1-3) Deus combateu arduamente a
rebeldia e a dureza de coração do povo, pois queria que eles O conhecessem e
dependessem unicamente dEle. Todos os milagres e provisão mostravam o que Deus
poderia realizar. Deus sempre desejou ser íntimo do Seu povo e falar-lhes
abertamente (Êx 20.19).
Até hoje existem pessoas que só
conhecem a Deus através dos lábios de terceiros. Essas pessoas nunca buscaram
experimentar um relacionamento pessoal com Ele. Os filhos de Israel tiveram uma
grande oportunidade, mas rechaçaram-na. Em vez de aproximar-se de Deus, se
afastaram e morreram sem tê-Lo conhecido.
1.3. Tudo
tem um propósito.
A Terra Prometida possuía abundância de águas,
era rica em alimento e minérios (Dt 8.7-9). Não havia mais sequidão como no
deserto. O maná era apenas uma lembrança. Agora, o cardápio era variado e a
comida farta. A nova geração foi instruída a rever conceitos e alertada a não
repetir os erros de seus pais. Todavia, nem sempre o sofrimento é sinônimo de
uma nova natureza. Se uma pessoa não descobre a razão para a qual existe,
poderá viver eternamente fazendo o que lhe convém e nunca o que nasceu para
realizar. Poderá ser uma pessoa eternamente frustrada, gastando todo o tempo
atrás de um sonho que jamais irá realizar, porque não nasceu para isso (At
17.26-28; Ef 1.3-6).
Deus levou os filhos de Israel a uma
terra boa, cujos recursos agrícolas fariam vibrar a imaginação de um povo que
até então viverá uma existência nômade. A Terra Prometida tinha reservas
naturais de água, ribeiros, fontes e mananciais profundos que jorravam nos
vales e montes. Tais recursos hídricos garantiriam as colheitas de cereais e
frutas. Uma provisão tão abundante deveria gerar o contínuo louvor a Jeová, por
Sua bondade. Claramente, o Eterno Deus desejava que Seu povo desfrutasse
plenamente de Suas dádivas. Não é diferente em nossos dias. Deus desejava que
Sua Igreja se deleite em Sua graça e amor. Um fabricante jamais irá produzir
uma máquina e depois lhe perguntar o que ela pode realizar. Ele sabe porque a
fabricou Deus também não nos criou sem saber o porquê. Ele nos fez para um
propósito. Cabe a nós essa descoberta pela Palavra de Deus e Pelo Espírito
Santo, e, descobrindo seremos mais efetivos, alegres e estaremos em paz.
2. Os
níveis da nova terra.
O problema maior dos filhos de Israel não era
habitar a Terra Prometida, mas, sim, saber administrá-la. As palavras de Moisés
indicavam que eles deveriam saber lidar com três situações. São elas:
2.1.
Riqueza.
“Terra em que comerás o pão sem escassez, e
nada te faltará nela; quando, pois, tiveres comido e fores farto, louvarás ao
Senhor, teu Deus, pela boa terra que te deu” (Dt 8.9-10). Todo grande poder
traz em seu bojo grandes responsabilidades. O novo estilo de vida implicava em
uma mudança de mentalidade e o caminho para mudar era achegar-se a Deus.
Se o Eterno Senhor Deus dá posses a
alguém, é porque Ele tem projetos e fins específicos para quem os deu. Nossas
limitações sempre estarão condicionadas à maneira como enxergamos as coisas.
Precisamos entender que a vida é feita de fases e em cada ciclo de nossas vidas
devemos nos aperfeiçoar para poder avançar. Se nas pequenas coisas desanimamos,
como poderemos alcançar as grandes? (Jr 12.5).
2.2.
Crescimento.
“E se tiverem aumentado as tuas vacas e as tuas
ovelhas, e se acrescentar a prata e o ouro, e se multiplicar tudo quanto tens”
(Dt 8.13). A riqueza produz a fama e o crescimento torna-se algo natural e
comum. A Terra Prometida era tão abençoada que os tornaria senhores, algo que
eles nunca sequer pensaram, porque desde o nascimento só sabiam o que
significava o sofrimento e a escravidão. Eles iriam crescer para todos os lados.
Administrar o sucesso não é para qualquer um.
Vale a pena ressaltar que para todo
grande preparo existe uma grande recompensa. Podemos ver desertos, sequidão,
escassez e humilhações durante muito tempo. Mas, quando essa fase passar,
devemos estar prontos para administrar coisas grandes.
2.3. Esquecimento.
“Guarda-te para que te não esqueças do Senhor,
teu Deus” (Dt 8.11). Algo muito comum acontece quando as pessoas chegam ao
topo: esquecem-se de quem as fez ser o que são. Muitas pessoas pensam que
venceram por si só, ou pela sabedoria e inteligência que galgaram ao longo da
vida. Mas, se esquecem que alguém lhes ajudou a adquirir tanto o conhecimento
quanto a sabedoria. Qualquer pessoa, antes de se tornar um profissional, seja
em qual área for, será conduzida por inúmeros professores, até se qualificar.
Todos nós precisamos de alguém. Todos nós somos resultado de um investimento.
Obviamente, precisamos nos dedicar, pois sem alvos não iremos a parte alguma.
Porém, nunca nos esqueçamos das pessoas que nos ajudaram e, principalmente, do
Senhor (Sl 106.13).
O nome dado para esse tipo de
esquecimento é ingratidão. Ser ingrato é não atribuir honra a quem foi o
responsável por todo o sucesso que estamos vivendo. Esquecer por um momento
algum tipo de regra era até aceitável, mas abandonar as regras e o Deus que as
ditou implicava em fracasso. Precisamos constantemente pesar nossas escolhas,
para mais tarde não sermos vítimas do mal que escolhemos para nossas vidas (Sl
78.5-7).
3. A
grandeza do Deus que cedeu a terra.
Precisamos hoje de pessoas que estejam
dispostas a desempenhar seu papel encarando os desafios de sua época. Pessoas
capazes de ter uma visão otimista, imaginar grandes triunfos e fazer a
diferença. Pessoas que se descartem dos seus interesses egoístas para tornar
realidade propósitos eternos. Pessoas que construam um legado para sua
posteridade. O triunfo dos filhos de Israel estava atrelado à visão correta do
Deus a quem estavam servindo.
3.1. O
Deus que nos faz ser grandes.
“Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus que
ele é o que te dá força para adquirires poder” (Dt 8.18). Embora o Senhor Deus
não condene a riqueza, ser grande na Sua presença não é ser rico, mas, sim
desfrutar de um relacionamento íntimo e pessoal com Ele. A ótica do Eterno para
o sucesso requer do Seu povo obediência e não sacrifícios (1Sm 15.22).
Submeter-se a vontade de Deus é mais importante do que qualquer outra coisa e
isto exige de nós uma mudança de mentalidade (Rm 12.1-2). Para que os filhos de
Israel se mantivessem de pé e lograssem sucesso em tudo, a obediência era
fundamental. A geração passada pereceu por causa da desobediência. Essa nova
geração recebeu o mesmo aviso para que fosse prudente e se mantivesse na
posição (Dt 28.15).
Além da terra fértil, o Senhor Deus
fez uma promessa grandiosa para a nova geração: a de possuir nações maiores e
mais fortes, cidades instransponíveis e derrotar gigantes (Dt 9.1-2). É
importante destacar aqui que o Senhor não somente daria vitória aos filhos de
Israel, mas estaria com eles na batalha (Dt 9.3). O fator principal para o
avanço e a vitória era apenas um: obedecer.
3.2. O
Deus que cumpre alianças.
O Senhor fez questão de destacar dois pontos
importantes para a nova geração. Primeiro, Israel não tinha méritos. Deus
estava cumprindo uma aliança feita a seus pais. Em segundo lugar, Deus estava
lançando fora os ímpios para dar a terra ao povo que havia justificado (Dt
9.5). Deus honra muito uma aliança. Ele jurou a Abraão, Isaque e a Jacó fazer
esse povo herdar a Terra Prometida. Agora, diante dos olhos de toda aquela
nação, Deus diz que não é pela justiça do povo, mas pela fidelidade de Sua
Palavra e pela impiedade das nações que ali habitavam.
Não temos mérito algum e nada fizemos
de grandioso para que Deus tenha a obrigação de agir como Ele age (Ef 2.8-9).
Todavia, quando o Eterno Deus faz uma aliança, custe o que custar, ou passe o
tempo que passar, Ele irá honrá-la. Em nenhum momento a aliança era condicional
a qualquer ação ou prática por parte dos filhos de Israel, já que a aliança era
uma dádiva da graça divina. Aceitar a aliança, todavia, era alcançar uma
posição nobre e colocar-se no caminho que conduzia à bênção do Senhor Jeová.
3.3. A
presença do Deus dos deuses.
“Pois o Senhor, vosso Deus, é o Deus dos deuses
e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz
acepção de pessoas, nem aceita recompensas” (Dt 10.17). Moisés faz uma
exposição acerca da grandeza de Deus e da força de Seu poder sobre todas as
coisas. Moisés faz a nova geração compreender que não está só. Do mesmo modo
como seus pais foram libertos do Egito e seus inimigos foram exterminados, se
eles obedecessem e honrassem a Deus, não haveria quem pudesse abatê-los. O
discurso revela que a terra que estavam herdando estava sendo tanto observada
quanto cuidada pelo Senhor. Ele daria a essa terra fertilidade, fazendo-a
produzir todo tipo de riquezas para Seu povo. Na verdade, o próprio Deus
estaria presente nessa terra (11.11-15).
A majestade de Jeová e Sua tremenda
justiça ofereciam um motivo adicional para a obediência. Este é o Deus que nós,
cristãos também servimos (Hb 12.28-29). O notável acúmulo de títulos para Deus
descritos em Deuteronômio 10.17 tem como propósito, sem dúvida, enfatizar a
singularidade, a absoluta supremacia e a total soberania de Jeová sobre todos
os outros poderes do universo. É importante destacar que essa nova geração dos
filhos de Israel provaria o que a geração passada não provou. Eles ganharam uma
terra fértil e regada pelo próprio Deus. Uma nova página estava sendo escrita
na história do povo de Israel e se soubessem conduzir seus caminhos diante de
Deus, se tornariam temidos por todas as nações em derredor. Houve todo um
preparo mental antes que a posse da Terra Prometida lhes fosse outorgada (Dt
8.1-20).
Conclusão.
O que o Eterno Senhor Deus espera de cada um de
nós? A resposta é muito simples: fidelidade. Essa é a base para um
relacionamento saudável e uma vida de bênçãos incontáveis. O nosso Deus tem uma
terra fértil e boa para cada filho seu.
Questionário.
1. Da geração que saiu do Egito, de vinte anos
para cima, quem herdou a Terra Prometida?
R: Somente Josué e Calebe (Nm
14.30).
2. O que Deus sempre desejou?
R: Ser íntimo do seu povo e
falar-lhes abertamente (Êx 20.19).
3. O que a Terra Prometida possuía?
R: Abundância de águas, rica em
alimento e em minérios (Dt 8.7-9).
4. O que a nova geração recebeu do Senhor?
R: Um aviso para que fosse
prudente e se mantivesse na posição (Dt 28.15).
5. O que Deus honra muito?
R: Uma aliança (Dt 9.5).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Aprendendo com as Gerações Passadas, A importância,
responsabilidade e o legado de uma geração temente ao Senhor para enfrentar as
complexidades e os desafios da pós-modernidade, Jovens e Adultos, edição do
professor, 1º trimestre de 2017, ano 27, Nº 102, publicação trimestral, ISSN
2448-184X.
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