Lição 1
Influenciando gerações através da conduta e exemplo de vida.
01 de Janeiro de 2017
Texto
Áureo
Josué 24.15
“Porém,
se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem
sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou
os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa
serviremos ao Senhor.”
Verdade
Aplicada
Servir ao Senhor é responder positivamente ao
Seu favor e reflete em bênçãos às futuras gerações.
Objetivos
da Lição
Ensinar as responsabilidades
de uma geração;
Mostrar a influência de
gerações futuras através de um bom testemunho;
Explicar que a base do
sucesso de qualquer família principia no lar.
Glossário
Oscilar: Ficar indeciso;
hesitar;
Portentoso: Extraordinário;
Velar: Tomar precauções;
acautelar-se, livrar-se.
Leituras
complementares
Segunda Jz 2.8-13
Terça Jz 2.10
Quarta Sl 145.4
Quinta Pv 18.21
Sexta Mt 16.26
Sábado 1Tm 3.4-13
Textos
de Referência.
2 Timóteo 1.3, 5-7
3 Dou graças a Deus, a quem, desde os meus
antepassados, sirvo com uma consciência pura, de quem sem cessar faço memória
de ti nas minhas orações, noite e dia;
5 Trazendo à memória a fé não fingida que em
ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou
certo de que também habita em ti.
6 Por este motivo, te lembro que despertes o
dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos.
7 Porque Deus não nos deu o espírito de
temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.
Hinos
sugeridos.
18, 186, 432
Motivo
de Oração
Ore para que os filhos de Deus sejam sal e
luz na Terra.
Esboço
da Lição
Introdução
1. A importância de uma geração.
2. Um legado para a outra
geração.
3. A influência familiar.
Conclusão
Introdução
Nas mais simples e nas mais complexas
situações de nossas vidas, seja o nosso exemplo de vida com Deus o mais
poderoso e valioso legado para as futuras gerações.
1. A
importância de uma geração.
Neste trimestre, estudaremos acerca da
importância das gerações. Este assunto é de vital seriedade, porque quando uma
geração não deixa um bom legado, os prejuízos futuros são incalculáveis (Jz
2.10).
1.1. A
responsabilidade de uma geração.
Cada nova geração deve empenhar-se em sua
própria experiência com Deus; não pode continuar vivendo às custas das
experiências espirituais dos heróis do passado. É bem claro que o paganismo
nunca esteve longe do povo de Deus durante toda a história de Israel. Quando
Josué e seus companheiros morreram, a nova geração não vivenciou suas
experiências de fé, nem tinha lembrança dos grandes livramentos que Deus lhe
trouxera. “E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra
geração após eles se levantou, que não conhecia ao Senhor, tampouco a obra que
fizera a Israel” (Jz 2.10).
O período dos juízes veio após a
conquista de Canaã sob a liderança de Josué, o que trouxe relativa paz e
estabilidade para os israelitas (Js 21.43-45). No entanto, a geração seguinte
fracassou em assegurar as bênçãos de Deus e falhou em expulsar as nações
remanescentes em Canaã. A consequência deste fracasso foi um enfraquecimento
frequente na vida dos filhos de Israel, marcado por conflito entre as tribos,
sincretismo religioso e a derrota diante das nações estrangeiras. Precisamos
compreender que uma geração sempre influencia outra geração. Todas as gerações
têm o seu propósito dentro do plano eterno de tornar conhecida a vontade de
Deus. Infelizmente a geração dos juízes viveu oscilante, sem estabilidade e
mergulhada na idolatria (Jz 2.8-13).
1.2. Uma
geração deve ensinar à outra geração.
É dever de cada geração fazer com que as
gerações futuras conheçam os atos portentosos de nosso Deus (Sl 145.4). Cada
geração de discípulos de Jesus Cristo precisa tornar conhecido o plano de
salvação do Senhor em seu tempo. E, assim, estará preparando o caminho para que
a seguinte cumpra o seu objetivo e se aproxime de Deus com sabedoria,
reverência e dignidade. Que O conheça como Deus e Senhor e que saiba como
chegar-se a Ele, confiar em Sua administração e obedecê-Lo de todo o coração.
Ensinar isso não é tarefa fácil, pois só ensina quem vivenciou experiências
genuínas com Deus (Jo 3.10).
Uma geração deve influenciar a
outra geração com o que aprendeu de seus antepassados. Nossa influência não
deve estar limitada apenas ao período de nossas vidas, mas devemos viver de
maneira que nossa influência transcenda gerações. Nossas maiores inspirações de
fé não se originam somente de pessoas próximas a nós, mas também daqueles que
já passaram por essa terra, porque seus exemplos inspiram outras gerações. Esse
sempre foi o desejo do Eterno, pois o primeiro lugar onde se aprende os
princípios divinos é em casa e isso deve se estender de geração a geração (Dn
6.3-9).
1.3. De
geração em geração.
A Palavra de Deus é bastante clara: a
responsabilidade de educar os filhos é dos pais (Sl 78.5). É o pai que deve
ensinar ao filho o caminho em que ele deve andar (Pv 22.6). Aqui está um grande
alerta, porque se fracassamos em nossos lares não teremos sucesso na Igreja
(1Tm 3.5). Antes de entregarmos nossos filhos para a escola, devemos
ensinar-lhes em nossas casas tudo o que aprendemos de Deus (Dt 5.7-23). Nossos
filhos precisam observar nossa conduta e serem atraídos por ela para viver um
relacionamento com Deus. Isso não se aprende na escola. Se todos assumirem suas
responsabilidades, o Reino de Deus avançará de forma sólida e inabalável.
A Palavra de Deus não tem lugar
neutro para a atitude dos pais (Sl 78.5-8). A responsabilidade de educar os
filhos foi dada aos pais. Não há meio termo. São os pais que ensinam seus
filhos a temer a Deus. Só é guiado pelo Eterno quem conhece Seus preceitos e
vivencia experiências com o Autor da Vida. Quando um homem ama a Deus de
maneira total, obedece alegremente às Suas palavras (Dt 6.7-9). A exigência do
amor a Deus implica em todas as outras. A disposição de amar a Deus abrange
tanto a disposição de obedecer os Seus mandamentos quanto a disposição de
comunicar tais mandamentos às gerações seguintes, de modo a preservar uma
atitude de amor e obediência entre o povo de Deus em todas as épocas.
2. Um
legado para outra geração.
A influência de uma geração pode ser tanto
positiva quanto negativa. Neste ponto, analisemos alguns tipos de influência,
inclusive a que se estende por gerações (1Tm 3.4-5).
2.1. Um
lar alicerçado é um lar influente.
No terceiro capítulo da primeira epístola de
Paulo a Timóteo, encontramos muitos ensinamentos para uma boa conduta,
principalmente na família. O apóstolo Paulo ensina que nossa conduta tem como
finalidade alcançar uma esfera maior de influência (1Tm 3.11-13). Ele diz que
aquele que administra bem sua casa receberá de Deus uma graduação mais alta de
confiança e de honra. Sua influência não somente crescerá porque as pessoas
veem seu exemplo. Crescerá porque sua casa está alicerçada e essa casa
produzirá uma segunda geração com influência, os filhos. Uma pessoa que educa
bem sua família transmite para a próxima geração o mesmo legado de honra no
qual viveu (2Tm 1.13; 2Ts 3.9).
Tudo o que fazemos seja na igreja
ou em qualquer outro lugar, o maior e melhor trabalho que podemos realizar é em
nossa casa. De que nos serve estar de posse de grande herança, ganhando muito
dinheiro, se ao mesmo tempo estamos perdendo nossa família? (Mt 16.26; LC
9.25).
2.2. A
fé verdadeira começa em casa.
Muitos pensam que uma forma de dedicar-se à
família é limitar-se a realizar cultos nos lares. Isso é ótimo e recomendável,
todavia, o ideal é compartilhar esse tempo através de diálogos e assim
transmitir o Evangelho, que já vivemos como conduta. As famílias necessitam de
pais (ou um parente próximo) que sejam uma boa influência para as gerações
seguintes. Precisamos dar nossos filhos a Deus. Devemos motivá-los a amar a
Deus e chegar-se a Ele. Devemos trabalhar de tal maneira que as gerações
seguintes recebam a influência correta do Evangelho de Cristo. Timóteo herdou
isso de sua mãe Eunice, a qual também havia herdado de sua mãe Lóide (2Tm 1.5;
Tg 4.8).
O desejo de Deus é que não sejamos
um grupo de evangélicos a mais, mas que tenhamos a fé de Jesus Cristo como
prática diária. Que sejamos uma geração que não se compromete com as coisas
deste mundo (1Tm 2.4). Vale ressaltar que a maior herança deixada a Timóteo por
sua mãe e avó foi a fé em Deus.
2.3. Uma
geração edifica a outra.
O apóstolo Paulo observou em Timóteo uma fé
não fingida, a mesma que demonstraram sua avó e sua mãe. Todavia, Paulo tinha
receio que Timóteo oscilasse na fé, por esse motivo, o anima para que lance
fora o espírito de covardia, pois, do contrário, não seria capaz de transmitir
essa mesma fé para a seguinte geração (2Tm 1.6-7). A covardia pode parar um
avivamento. A pressão, a crítica e o medo do sistema podem tentar nos parar. Devemos
ter cuidado com influências negativas. Nossa missão é sempre formar uma geração
que conheça o Senhor e levá-la a ter experiências com Ele. Devemos velar para
que nossos filhos, netos e bisnetos herdem nossa fé e desejo de servir ao
Senhor.
Timóteo sofreu uma grande
influência de sua avó, de sua mãe e do apóstolo Paulo. Devemos ter bastante
cuidado com os agentes da difamação e com as influências negativas. É bom
ressaltar que o conselho do apóstolo Paulo a Timóteo vale para todos nós: “Por
cujo motivo, te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela
imposição das minhas mãos” (2Tm 1,6); “E o que de mim, entre muitas
testemunhas, ouviste, confia-o a homem fiéis, que sejam idôneos para também
ensinarem os outros” (2Tm 2.2).
3. A
Influência familiar.
Uma das coisas que o coração humano mais
deseja é formar uma família. A Palavra de Deus diz que o que encontra uma
esposa acha o bem e alcança a benevolência do Senhor (Pv 18.22). Devemos aprender
a viver em família, ser boa influência para esta e para as futuras gerações.
3.1.
Referenciais dentro e fora de casa.
“Palavras do rei Lemuel, a profecia que lhe
ensinou sua mãe” (Pv 31.1). A influência dos pais é determinante sobre a
conduta de uma família. Observe o que o provérbio diz: “a profecia que lhe
ensinou sua mãe”. Pais sábios deixam um bom legado para seus filhos, deixam uma
fé forte e genuína, pois têm bastante cuidado com a herança que o Senhor lhes
confiou. Que nossos filhos não precisem buscar em outros aquilo que compete
anos, pais, oferecer. Que sejamos referencias para suas, dando-lhes não somente
o conhecimento da Palavra, mas a prática da mesma em ações e palavras, dentro e
fora de casa.
A vida e a morte estão no poder da
língua (Pv 18.21). Devemos usar nossa boca para abençoar nossos filhos e não
para amaldiçoa-los. Os filhos devem ser influenciados de forma positiva. A mãe
do rei Lemuel assim o fez. Filhos não devem ser chamados de estúpidos, néscios,
lesados, ou qualquer outra palavra torpe. Que fique bem claro aos nossos
corações: os filhos são herança do Senhor, e uma herança deve ser cuidada para
valorizar-se a cada dia.
3.2. O
poder da influência dos pais.
Maria e José foram exemplos de bons pais,
pois tinham experiências com Deus (Mt 1.18-25); eram guiados pelo Senhor (Mt
2.13-14,20-22); levaram o menino Jesus a Jerusalém, cumprindo assim a lei de
Moisés (Lc 2.21-24); conduziram Jesus à festa da Páscoa, quando este completou
doze anos (Lc 2.39-42); e, ainda, ensinaram a Jesus uma profissão (Mc 6.3).
Mães e pais devem influenciar de
forma positiva os seus filhos. Os filhos crescem observando quais são os
princípios aos quais seus pais se submetem. Que possamos sempre dizer para os
nossos filhos: “Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo” (1Co 11.1).
3.3.
Lâmpada e luz.
“Filho meu, guarda o mandamento de teu pai e
não deixes a lei de tua mãe” (Pv 6.20). Os mandamentos e ensinamentos (leis)
estão associados aos pais. Para que um lar cresça sadio, deve ter mandamentos e
ensinamentos (leis). Os pais não alcançam recompensas imediatas, mas, se
semearem corretamente e corrigirem seus filhos para que trilhem no caminho da
luz, mais tarde, eles se lembrarão o que disseram seus pais e não se desviarão
dos caminhos do Senhor (Pv 6.22-23).
Em nossa casa deve haver regras,
que devem ser cumpridas para que a educação seja efetiva. O que os pais não
ensinam com amor a seus filhos, infelizmente, o mundo ensinará com dores. Por
isso, pai e mãe devem sempre trabalhar em conjunto. Vale aqui ressaltar que o
livro de Deuteronômio dá importância especial à tarefa de ensinar a Lei do
Senhor para a família (Dt 4.9; 6.7-9, 20-25; 11.19). Precisamos entender que as
exigências da aliança do Eterno Deus devem ser o assunto da conversa a todo o
tempo, em casa, no caminho, de noite e de dia. Assim como os filhos de Israel
deveriam ensinar diligentemente a Lei a seus filhos, falar dela constantemente,
atá-la como sinal em várias partes do corpo e escrevê-la, assim nós, a Igreja,
devemos ensinar aos nossos filhos os princípios da Palavra de Deus. Mais do que
nunca, precisamos compreender que o amor de Deus e as exigências de Sua aliança
devem ser o interesse central e absorvente de toda a vida do homem.
Conclusão.
É bem verdade que o ensino da Palavra de Deus
deve começar dentro do lar. O trabalho de uma família prospera quando feito no
temor do Senhor, o Eterno Deus (Sl 128). Pais devem semear corretamente e
filhos devem fazer boas escolhas, para que a colheita seja abundante (Sl
102.18).
Questionário.
1. Qual é o dever de cada geração?
R: Fazer com que as gerações
futuras conheçam os atos portentosos de nosso Deus (Sl 145,4).
2. Quem é que pode ensinar de modo eficaz
sobre Deus?
R: Somente quem vivenciou
experiências genuínas com Ele (Jo 3.10).
3. De quem é a responsabilidade de educar os
filhos?
R: Dos pais (Sl 78.5).
4. O que a Palavra de Deus diz sobre quem
encontra uma esposa?
R: Acha o bem e alcança a
benevolência do Senhor (Pv 18.22).
5. O que é necessário para que um lar cresça
sadio?
R: Mandamentos e ensinamentos (Pv
6.20).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Aprendendo com as Gerações Passadas, A importância,
responsabilidade e o legado de uma geração temente ao Senhor para enfrentar as
complexidades e os desafios da pós-modernidade, Jovens e Adultos, edição do
professor, 1º trimestre de 2017, ano 27, Nº 102, publicação trimestral, ISSN
2448-184X.
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