Lição 13
Enfrentando o falso culto.
25 de dezembro de 2016
Texto
Áureo
1Reis 18.24
24 Então, invocai o nome do vosso deus, e eu
invocarei o nome do Senhor; e há de ser que o deus que responder por fogo esse
será Deus. E todo o povo respondeu e disse: É boa esta palavra.
Verdade
Aplicada
Só podemos combater com eficácia o falso
culto através da Palavra de Deus, nossa regra de fé e prática.
Objetivos
da Lição
Conscientizar sobre a realidade do falso culto;
Encorajar o confronto, a partir dos princípios bíblicos, quanto ao
falso culto;
Destacar as características de um culto verdadeiro.
Glossário
Catarse: Purificação;
Coxear: Vacilar;
Tibieza: Fraqueza, frouxidão; falta de ardor.
Leituras
complementares
Segunda 1 Rs 18.23
Terça Ez 16.23-35
Quarta Mt 4.1-11
Quinta Mt 7.1-13
Sexta At 17.16-31
Sábado 1Co 10.14-22
Textos
de Referência.
1Reis 18.20-22; 30
20 Então, enviou Acabe os mensageiros a todos
os filhos de Israel e ajuntou os profetas no monte Carmelo.
21 Então, Elias se chegou a todo o povo, e
disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus,
segui-o; e, se Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada.
22 Então, disse Elias ao povo: Só eu fiquei
por profeta do Senhor, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta
homens.
30 Então Elias disse a todo o povo:
Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e reparou o altar do Senhor,
que estava quebrado.
Hinos
sugeridos.
122, 155, 336
Motivo
de Oração
Louve a Deus pela ação do Espírito Santo, que
não pode ser barrado por grades nem algemas.
Esboço
da Lição
Introdução
1. Como enfrentar o falso
culto?
2. Características do falso
culto.
3. Características do culto
restaurado.
Conclusão
Introdução
Enfrentar o falso culto não é uma tarefa
agradável, é, não raro, a antipatia é o menor preço da verdadeira profecia. Foi
assim com Elias, que teve um difícil trabalho, sob a ameaça de Jezabel, a
defensora do falso culto.
1. Como
enfrentar o falso culto.
Sob a orientação de Deus, Elias resolveu
chamar os profetas de Baal para um desafio (1Rs 18.19). Era o momento de o povo
de Deus decidir; ou servia ao Deus verdadeiro de modo verdadeiro ou a Baal no
seu falso culto (1Rs 18.21).
1.1. Enfrentar
o falso culto com convicção.
Para enfrentá-lo, devemos, na graça de Deus,
ter muita convicção. O profeta Elias chama o povo a uma convicção: “Até quando
coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal,
segui-o.” (1Rs 18.21). Nesta pergunta, vemos a fé vivida por Elias. Antes de
ver o fogo cair do céu e a grande vitória, Elias crê, e está convicto, de quem
é o verdadeiro Deus, pois o povo parece não saber e demonstra dúvida. A
ignorância leva a tibieza. Quando o povo fica na teologia do “acho”, não há
firmeza, e uma grande maioria fica em cima do muro. Até quando coxear entre
dois pensamentos? É preciso convicção e mais profundidade bíblica, mais amor
pela verdade e paixão pela Palavra de Deus.
A situação social na época do
profeta Elias era de muita insegurança (1Rs 18.5). Conspirações mudavam os
governos com frequências inesperadas. Na área social, muita corrupção e
injustiça. No aspecto moral, uma época de acentuada vaidade, em que o culto ao
corpo, evidenciado na própria maquilagem de Jezabel, tornou-se popular. Na
teologia e liturgia acontecem mudanças bruscas, sob a poderosa influência dos
cultos vizinhos, principalmente o assírio. O culto de Baal era um culto muito
sensual, agradável à vista e às emoções, era um culto de expressão afrodisíaca.
Gritos, danças sensuais e ritmos marcavam o tom do culto> Deus levantou o
profeta Elias. Ele não era um homem polido. Sua vestimenta, alimentação e
temperamento já mostravam alguém rude e impetuoso. A doutrina dos adoradores de
Baal e seu culto se misturavam com o culto verdadeiro e Elias rompeu com isso!
1.2. Enfrentar
o falso culto com definições claras.
A indefinição é característica do falso
culto. Vivemos num mundo de indefinições. Ser definido é ser dogmático, e ser
dogmático é algo, às vezes, detestável. As filosofias, a comunicação, a
experiência, a procura de paz e a boa convivência têm marcado o nosso tempo com
indefinições na área moral, eliminando a censura e, na honestidade, com
tibieza. Em tudo se procura “fazer média”, mantendo as aparências e identificando-se
com os pontos comuns (Ap 3.15). Elias chama o povo a uma definição: “Se o
Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o.” (1Rs 18.21). Por que ficar no
meio termo? Tentar servir a Deus e ao mundo? Precisamos de definições. A Igreja
não pode enamorar-se do mundo. É hora de definição moral, teológica e
litúrgica. É hora de abandonarmos a teologia relativista. É hora de definição.
Deus condenou o povo de Israel pela
boca do profeta Isaías (Is 29.13). O que estava nos lábios era correto, mas as
motivações do coração eram erradas.
1.3.
Enfrentar o falso culto com a Palavra de Deus.
“E há de ser que o deus que responder por
fogo, esse será Deus.” (1Rs 18.24). Somente através da confiança e grande
experiência com Deus poder-se ia propor tal desafio. Para enfrentar o falso
culto, precisamos estar calçados com a verdade e com a fé acima de tudo (Ef
2.8). O profeta Elias tinha conhecimento experimental de deus e isso o colocava
em grande vantagem perante os falsos profetas. Hoje temos a Palavra escrita que
é o filtro para esses falsos cultos (2Tm 3.16). A Palavra de Deus nos liberta
do mal e nos revela a clareza doutrinária (Sl 119.105). O nosso manual de fé e
prática é a Palavra de Deus. Quando nós obedecemos à verdade que está contida
na Palavra de Deus podemos estar certos da nossa salvação (Sl 1.3).
As expressões hipócritas não passam
de atos mecânicos. São invenções humanas que não se importam com a vontade de
Deus. O formalismo, associado à corrupção doutrinária, produz um tremendo
desvio do Senhor e um afastamento do verdadeiro culto que devemos a Deus.
2. Características
do falso culto.
Jesus denunciou o culto hipócrita, causado
pelo apego à mera formalidade, aos ritos, sem correspondência interior. Por
fora tudo estava correto, mas interiormente essas ações litúrgicas não eram expressões
de um coração agradecido. Era por essa razão que aquele culto se tornava uma
coisa abominável ao Senhor.
2.1. O
culto falso é seguido pela maioria.
Quando examinarmos o falso culto, aprendemos
que ele é sempre seguido pela maioria. Elias reclama que ele está só e que os
profetas de Baal são 450! (1Rs 18.22). Precisamos lembrar desta verdade solene:
a maioria se perderá. Foi assim na época de Noé e de Sodoma. O povo de Deus foi
dizimado e permaneceu o “toco”, a “santa semente”, salvou-se o “renovo”. Não é
diferente hoje. Muitos são chamados e poucos os escolhidos. Na época dos
profetas, a multidão ia ao templo, mas o seu coração estava longe do Senhor.
Nos tempos hodiernos, muitas igrejas
crescem em número e “poder”, mas, perdem na santidade, no caráter e na
fidelidade; e isto é um fato histórico. Todas as vezes que a igreja cresceu na
quantidade diminuiu na qualidade. Jesus disse que o caminho largo é seguido por
vasta maioria. Estamos adequando nossa fé, nossa religião aos reclamos do
mundo. Cristãos mundanizados enchem a Igreja hoje e avançamos mais para a
imitação do mundo. A nossa diferença com os ímpios desaparece. Pensamos como
eles, falamos como eles e nos divertimos como eles. Vivemos de igual modo.
Parece que nos enchemos de toda vaidade, quando nos acham parecidos com o mundo
(Hb 12.14). Isso não é normal!
2.2. O
culto falso tem um fogo falso.
O culto falso é um culto em que falsos fogos
são admitidos. Elias estabeleceu que o fogo deveria vir do céu (1Rs 18.23).
Deus não aceita fogo estranho em seu culto. Os dois filhos de Arão morreram por
causa disto: trouxeram fogo estranho ao culto do Senhor. Há muita coisa
estranha hoje no culto a Deus. Muitos por falta de conhecimento das escrituras têm
admitido no culto o fogo do “entusiasmo”, fabricados por “animadores” e
acrescentam novidades ao culto, tornando-o um “show”. Será que Deus está se
agradando de tudo isso?
Onde estão aqueles cultos simples,
sem muitos aparatos, mas que superavam em tudo os mais sofisticados cultos de
hoje? Não necessariamente a falta de logística, mas onde está aquela unção que,
até os ensaios, Jesus batizava com Espírito Santo e vidas eram transformadas?
2.3. O
culto falso tem um movimento estranho..
Os profetas de Baal desenharam uma
extraordinária coreografia. Eles dançavam. As religiões primitivas procuraram
servir aos seus deuses com danças (1Rs 18.26). O culto é chamado por Paulo de
culto racional (Rm 12.1-2). No Novo Testamento, o culto é pela fé, pois o justo
vive pela fé. Os profetas de Baal gritavam, manquejavam e se cortavam (1Rs
18.26-28). Era um culto longo. (1Rs 18.29). Muitos movimentos, muitas palavras,
muitas repetições. Nosso Deus é de ordem, paz e harmonia.
O falso culto é sempre voltado para
impressionar. Quanto mais pompa, menos poder. A busca desenfreada de emoções
pode ser uma compensação psicológica de vazio espiritual. Não foi assim na
época de Malaquias? Enganoso é o coração! Quanto cuidado devemos ter!
Resumindo, enfrentar o culto falso é um dever que exigirá de nós a profunda
convicção, fé que se põe contra todas as heresias; exigirá uma definição, uma
atitude de maturidade que não se encontra com a maioria; exige um apego à
verdadeira espiritualidade contra os pseudos “fogos” das armadilhas
psicológicas, que não se deixa impressionar pela manifestação que visa enganar
os incautos. Que Deus nos encha de sabedoria para termos vitória nesta luta (At
8.9-11).
3. Características
do culto restaurado.
O culto falso é mera catarse psicológica, mera
movimentação física. Resulta no vazio (Ef 2.11-12). O divórcio entre a adoração
e a vida prática é inevitável. É um culto templário apenas (At 17.16). É um
teatro, um “Show”, mas sem nenhum vínculo de vida prática.
3.1.
Restaurando o antigo altar.
Elias restaurou o antigo altar de seus pais
(1Rs 18.30). O mesmo altar em que adoravam seus antepassados. Há os que pensam
qu “novidade” é a marca do verdadeiro culto. Pensam que algo para ser bom tem
de ser novo. Criam preconceitos contra o antigo (Jó12.12). Esquecem as solenes
palavras do sábio de que “nada há novo debaixo do céu” (Ec 1.9). AS heresias
vão e voltam apenas com uma nova roupa. Os pecados dos homens continuam os
mesmos (Rm 3.23). O homem não inventou nova forma de pecar, pratica os mesmos
pecados condenados por Moisés. Não conseguiu outro escape, senão pelo
arrependimento e fé em Jesus (Ef 2.8). Devemos permanecer na “doutrina dos
apóstolos” (At 2.42). Nosso altar está delineado a na Palavra (Jo 4.23).
Na vida prática, o falso adorador é
mundano. Ele vive mentindo, fazendo falcatruas, traindo, escandalizando e sem
ética cristã alguma (At 13.6-12).
3.2. Um
culto de acordo com a Palavra.
Elias mostra precisão. Ele usa pedras e não
outro material (1Rs 18.31). Não quis fazer uso de sua criatividade. Obedece.
Doze pedras conforme a Palavra. Poderia ter feito um altar mais vistoso! Com
mais luzes! Também obedece ao horário (1Rs 18.36). Deus havia determinado a
hora do sacrifício. Elias obedeceu e invoca o nome do Senhor. O que temos de
gente criativa hoje, inventando novas formas cultuais (2Sm 6.3-7). Nosso culto
deve ser de acordo com a Palavra (1Co 14.26).
Enfrentar o falso culto é tarefa
para quem tem olhos para ver. Não podem enxergar os que estão com suas vistas
obscurecidas pela ignorância (2Co 4.4). Por isso é necessário ter convicção. S
convicção tem um resultado imediato que chamamos definição. Os que adoram a
Deus não podem viver titubeando. Não vão seguir a maioria. No culto verdadeiro,
fogo falso não tem lugar. Não se confunde entusiasmo, nem se provocam emoções
para alegrar ambientes. Na adoração verdadeira, o profeta Elias ensina que o
altar antigo em sua verdade revelada, não deve ser substituído, mas restaurado,
isto é, voltar à Palavra! Esse é o caminho.
3.3. Nosso
culto deve ser dirigido a Deus.
Elias se dirigiu a Deus da Aliança, Deus de
seus pais. Nosso Deus tem uma história com Seu povo. Ele é um Deus que se
revelou nos caminhos de Sua Palavra, na expressão de nossa história. Ele é o Deus
de Abraão, Isaque e Jacó (1Rs 18.36). Nosso culto é voltado para o Deus e Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo, o Deus trino de nosso credo. O Deus que nunca
abandonou Seu povo, mas que tem pelos milênios se mostrado Salvador (Mt 4.10).
O individualismo moderno criou
deuses diversos: deus do pastor beltrano e deus do missionário sicrano. E cada
deus tem seu cultinho ou o “show” que merece, de acordo com o meio econômico,
eletrônico e criativo. O culto de Elias se dirigiu ao Deus Soberano. Para
Elias, o Senhor é Deus. Isto conclui também o povo, após a adoração, com o
milagre do fogo, que caiu do céu e queimou o sacrifício (1Rs 18.39). Nosso Deus
é um Deus soberano, Ele opera maravilhas segundo a Sua vontade. Elias cria
neste Deus. Ele encheu o altar com águas (1Rs 18.34). Deus iria mostrar Seu
poder contrariando as leis naturais, a fim de que aquele povo cego visse. Para
Elias, Deus era o Senhor absoluto do coração do povo (1Rs 18.37). É Deus que
convence, salva, escolhe e chama. É Deus quem faz o coração do homem voltar-se
para Ele. Aqui está o cerne da doutrina verdadeira da salvação. A salvação
depende exclusivamente do Senhor. Ele manifesta Seu poder, é soberano e dirige
com determinação os destinos do mundo. O ministério do profeta Elias atesta a
universalidade da soberania divina.
Conclusão.
O culto deve ser como a Palavra de Deus
estabelece! Devemos adorar o Deus do nosso credo! O Deus de Abraão, Isaque e
Jacó! O Deus Soberano e Amoroso, que, em Cristo e por Cristo, nos abriu o
caminho até Ele na verdadeira adoração espiritual. Que o Eterno seja sempre
glorificado!
Questionário.
1. Quem chamou os profetas de Baal para um
desafio?
R: O profeta Elias (1Rs18.19).
2. De acordo com a lição, o que a Palavra de
Deus faz?
R: Ela nos liberta do mal e nos
revela a clareza doutrinária (Sl 119.105).
3. De onde deveria vir o fogo?
R: Do céu (1Rs 18.23).
4. Como as religiões primitivas procuravam
servir aos seus deuses?
R: Com danças (1Rs 18.26).
5. Como deve ser nosso culto?
R: De acordo com a Palavra
(1Co14.26).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Adoração e Louvor, A excelência e o propósito de uma
vida inteiramente dedicada a Deus, Jovens e Adultos, edição do professor, 4º
trimestre de 2016, ano 26, Nº 101, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.
Prezado Pr. Osny, mais um trimestre se encerra, e louvamos a Deus pela sua vida, pela sua dedicação em disponibilizar a todos nós esse rico material de aprendizagem e amadurecimento espiritual, que são os estudos semanais da EBD. Que seu final de ano seja muito abençoado, e que em 2017, nosso Deus redobre suas forças e te cubra de saúde, paz e prosperidade! Grande Abraço!
ResponderExcluirNossa pagina de estudos para EBD também está sempre disponível a você e seus distintos leitores. Fiquem com Deus.
http://admadureira-estiva.blogspot.com.br/p/blog-page_15.html
Obrigado queridos Irmãos! parabéns pela sua página, muito bem elaborada, Deus abençoe grandemente seu Ministério.
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