segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Lição 5 Exercitando o amor no casamento.



Lição 5 Exercitando o amor no casamento.
31 de janeiro de 2016.

Texto Áureo
1 Coríntios 13.1
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine”.

Verdade Aplicada
Amar não é somente o sentimento de querer o bem de outra pessoa, mas praticar boas ações e tomar atitudes que demonstrem este amor.

Objetivos da Lição
Esclarecer que o amor é a força motriz de Deus;
Mostrar que amar é fazer a felicidade de outra pessoa;
Ressaltar que o amor não termina de um dia para o outro.

Glossário
Arder: Estar em chama ou em fogo; abrasar-se, inflamar-se; brilhar;
Exercitar: Pôr em atividade; manifestar, desenvolver; cultivar;
Inconveniente: Que não é conveniente, que não convém; impróprio.

Leituras complementares
Segunda Rm 12.9
Terça 1Co 7.33
Quarta 1Co 7.34
Quinta Ef 5.25
Sexta Ef 5.26, 33
Sábado Cl 3.19.

Textos de Referência.
1 Coríntios 13.3-7
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.
4 A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece,
5  Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6  Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7  Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Hinos sugeridos.
35, 396, 512

Motivo de Oração
Interceda pelas famílias nas quais apenas um dos cônjuges é convertido.

Esboço da Lição
Introdução
1. A suprema excelência do amor.
2. O amor não se porta com indecência.
3. A dinâmica do amor.
Conclusão

Introdução
O amor é uma escolha, temos a liberdade e o direito de escolhê-lo ou não. O amor é uma semente plantada nos nossos corações e que precisa ser regada e adubada. Além disso, precisamos combater as pragas que vêm para mata-los.

1. A suprema excelência do amor.
O apóstolo Paulo nos dá uma aula e nos mostra que o amor é o dom supremo, um caminho sobremodo excelente e descreve a natureza do amor, com as suas nobres propriedades. Ele deixa bem claro que tudo que se faça, não vale a pena fazer sem amor.

1.1. Paciente e benigno.
O amor é paciente e longânimo. Não reage de forma abrupta, não se irrita facilmente, não se ofende por qualquer coisa. O amor espera um resultado sem desesperar e recebe injúria sem revidar. A paciência é uma qualidade que em meio às provações e lutas da vida aguarda serenamente as vitórias. A paciência é uma virtude do fruto do Espírito (Gl 5.22). O amor é benigno, agradável, suave, brando, não é perigoso nem maligno, age de forma positiva e realiza feitos bondosos e também é uma virtude do fruto do Espírito (Gl 5.22). A bondade operando em favor de outra pessoa faz uma grande diferença. Este é o amor que se entrega em fazer o bem, em ser prestativo, em ajudar em tudo a pessoa amada.

Comente com os alunos que a bondade mostra a genuína presença do amor cristão, pois, além de ter compaixão de uma situação desfavorável, não fica satisfeito só com o sentimento, mas sim procura aliviar o sofrimento da pessoa amada com atitudes; procura sempre doar-se e dar de si mesmo e não se acovarda na hora da ajuda.
 
1.2. Tudo sofre e tudo crê.
O amor tudo sofre, experimenta coisas desagradáveis ou danos. Sofre com humildade o sofrimento e a dor do outro. O amor cobre como se fosse um telhado, protege como se fosse um escudo, aguenta tudo em favor da pessoa amada. O amor serve de para-raios para defender; sofre desapontamentos, passa por angústias, padece, é afligido e atormentado, mas não desiste. O amor tudo crê, acredita na pessoa amada, não coloca em dúvida. O amor crê na solução de um problema, mesmo que uma determinada situação não ande bem, crê na sua mudança e espera o milagre. O amor demonstra a disposição de confiar ao invés de suspeitar mal. Mesmo quando ocorre uma falha, ele não desanima, busca força e acredita na sua real recuperação. O amor crê que o potencial da outra pessoa irá se sobressair.

Enfatize para os alunos que sem o amor o cristianismo seria inócuo, sem eficácia. O amor retrata a abrangência de toda a nossa caminhada cristã. Todos os mandamentos foram resumidos por Jesus em apenas dois (Mc 12.30-31): o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Ressalte para os alunos que aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus e amor (1Jo 4.8).

1.3. Tudo espera e tudo suporta.
O amor tudo espera, tem expectativa, sempre espera a reconciliação, a volta atrás de uma posição radical. O amor não se desespera, espera o amadurecimento chegar, a experiência ser adquirida, espera que o futuro seja promissor com a pessoa amada (Sl 40.1). Há um ditado que diz: “A esperança é a última que morre”. No nosso caso, a esperança não pode morrer jamais, pois esperamos o agir de Deus na vida da outra pessoa. O amor tudo suporta, tolera fraquezas, falhas, imperfeições, sem desistir da pessoa amada. Serve de suporte e não desanima nas crises. Suporta passar por avalanches sem desesperar, resiste às tempestades e ás chuvas de granizos sem se quebrar (Ct 8.7). O amor suporta silenciosamente o que seria impossível tolerar sem ele.

Esclareça para os alunos que, de acordo com o escritor Leon Morris, a expressão “tudo espera” é o olhar prospectivo (1Co 13.7). A ideia aqui não é de um otimismo irracional, que deixa de levar em conta a realidade . É antes a recusa a tomar o fracasso como final. Segundo Morris, a expressão “tudo suporta” traz a ideia de constância. A ideia aqui é de uma fortaleza ativa, positiva. É a resistência do soldado que, no calor da batalha, não fraqueja, mas continua a atirar sem parar, vigorosamente. Ressalte para eles que o amor não se deixa vencer, mas faz a sua parte, varonilmente, sejam quais forem as dificuldades.

2. O amor não se porta com indecência.
O amor não é indiscreto. Não se porta ao ponto de passar vergonha ou expor a pessoa amada ao ridículo. Não age de forma inadequada na frente de outras pessoas. Não é leviano e não se veste de forma vulgar, constrangendo a pessoas amada. Não se conduz com indecência, mas mantém o respeito e a pureza moral.

2.1. Não arde em ciúmes.
O amor não arde em ciúmes (1Co 13.4). Nesse texto bíblico, o apóstolo Paulo está falando de um ciúme inflamado, muito mordaz e enfermo. O ciúme doentio é desconfiado. O cônjuge não pode conversar com ninguém, nem pensar em cumprimentar as pessoas. É a ideia do “trazer em rédeas curtas”. Esta falta de liberdade traz mais prejuízos do que benefícios. Ninguém pode prender o seu cônjuge com cadeados, trancas e correntes, mas, infelizmente, muitos escravizam o outro com o seu ciúme doentio, alegando ser “por amor”.

Esclareça para os alunos que o ciúme em larga escala adoece a alma, que precisa urgentemente de cura, pois irá também adoecer a outra pessoa. O ciúme doentio sufoca o cônjuge. Quem ama deve confiar verdadeiramente na pessoa amada e dar liberdade para que ela tenha suas atividades e desempenhe a sua profissão ou ministério sem suspeitar mal. No entanto, a pessoa amada não pode dar motivos para que quem a ama venha desconfiar da sua fidelidade.

2.2. Não se alegra com a injustiça.
O amor se regozija com a verdade (1Co 13.6). Não se alegra com a maldade que possa acontecer com a outra pessoa. Não aceita injustiça contra o seu bem-amado. Nada tem a esconder, pois comunica a verdade, que precisa prevalecer, mas com amor. A verdade tem que libertar e não matar (Jo 8.32). Muitos, só porque estão com a verdade, falam de qualquer jeito, ferindo os outros. Quando há verdade no falar e na conduta, não há engano nem fingimento. O amor se alegra quando a pessoa amada trinfa dentro dos seus direitos.

Comente com os alunos que, quando o amor é verdadeiro, os cônjuges podem não concordar em tudo, mas tendem sem pressão a aceitar um ao outro, procurando sempre resolver suas diferenças e opiniões contrárias com respeito e sem desavenças, mostrando civilidade.

2.3. Não busca os seus próprios interesses.  
O amor não é egoísta (1Co 13.5), não usa de conveniências nem procura se auto satisfazer. O amor procura o bem da outra pessoa em detrimento de si próprio. Precisamos ter no coração o amor que vem de Deus, para que possamos colocar os nossos próprios interesses e desejos de lado. Ninguém busque o proveito próprio, antes cada um o que é de outrem (1Co 10.24). Amar sem esperar nada em troca. O verdadeiro amor é incondicional. Para termos este amor, precisamos nos tornar mais semelhantes a Cristo, que morreu por todos, mesmo sabendo que muitos nunca O aceitariam. O amor genuíno faz com que procuremos a felicidade da outra pessoa e automaticamente a felicidade dela nos contagia e nos sentimos felizes pela alegria e satisfação da pessoa amada.

Ressalte para os alunos que, em contrapartida, sempre esperamos o amor ser correspondido, pois o amor de uma perna só fica capenga. Diga para eles que o amor de mão única fica incompleto. Para o amor se completar, deve haver a reciprocidade, a mutualidade e a cumplicidade.

3. A dinâmica do amor.
As dinâmicas são de grande valia e eficácia para motivar os cônjuges, criando vínculos mais estreitos e evitando ficar na mesmice, cair na rotina, parar no tempo. As dinâmicas são uma procura por novas formas e estímulos para exercitar o amor.

3.1. O amor em operação.
O amor em operação não é estático nem monótono. O amor não pode ser indolente nem preguiçoso. O amor não pode ser empurrado com a barriga, não pode ser levado no “banho-maria”, do jeito que dá. O amor se alimenta de atitudes, pois elas são os nutrientes e as vitaminas necessárias à preservação do casamento. Não se compreende o amor só de sentimentos e desejos que nunca saem do papel. Crie situações de passeios ou lazer que privilegiem o casal. Surpreenda o seu cônjuge com coisas inesperadas que alegram o coração, seja criativo na intimidade e cultive atos românticos.

Merece ser especialmente esclarecido para os alunos que o amor é forte como a morte (Ct 8.6). De acordo com o professor Michael Eaton, o termo “amor” usado em qualquer sufixo pronominal tem sentido genérico. Deve ser observado nesse versículo bíblico o caráter comparativo e não superlativo. Ressalte para os alunos que, assim como a morte é o destino de todos – exceto os que estiverem vivos quando o Senhor voltar – e quando a morte o chama, todos respondem, assim, também, quando o amor convoca, seu apelo é irresistível (Jo 3.16; 1 Co 15.51-57; Ap 21.1-4).

3.2. O amor é algo vivo.
Como todo ser vivo, o amor precisa de cuidados especiais para manter-se com vida. Ele é dinâmico e é preciso conservá-lo fervoroso, entusiasmado e progressivo. O amor se esfria porque não fazemos nada para esquentá-lo. O amor fica raquítico e pálido porque não damos o alimento necessário e balanceado. O amor vai para a UTI porque não fazemos os primeiros socorros. O amor é sepultado porque não fazemos nada para ressuscitá-lo.

Vale a pena salientar para os alunos que, de acordo com o Dr. G. Lloyd Carr, na passagem bíblica de Cantares de Salomão 8.7, o poder tenaz e persistente do amoré colocado em confronto com estas enchentes e rios perenes, cujas águas são impotentes para desfazer o amor, ou para apagar as suas chamas. Comente com os alunos que o amor no matrimônio precisa ser cultivado dia após dia. Muitos são os casais que deixam de manter bons hábitos, portanto, aconselhe os alunos a agradecer por uma comida que foi preparada com muito carinho e amor; dar um beijo na hora de voltar do trabalho; realizar as refeições juntos; dialogar sobre as necessidades de cada um; escrever uma carta; declamar uma poesia; comprar bombons, flores; surpreender o outro, colocando uma roupa especial, mesmo que seja um dia comum; dormir de banho tomado, perfumado; organizar um jantar à luz de velas, etc.

3.3. O amor é real.
O amor não pode ser com máscara, com fingimento. O amor seja não fingido (Rm 12.9). mas autêntico, cristalino e verdadeiro. Este é o amor que vem de Deus e que produz resultados surpreendentes. As pessoas podem vir com várias versões, mas o amor faz acreditar na pessoa amada. Não acredita em boatos nem em conversas alheias. Mantém-se firme contra fofocas ou pessoas maldosas que querem destruir o relacionamento conjugal. Muitas pessoas usadas pelo diabo querem se infiltrar no casamento por interesses vários, suscitando questões que desestabilizam. Precisamos fechar os ouvidos e as brechas, orar, acreditar na pessoa amada e expulsar essas pessoas do nosso convívio.

Destaque para os alunos que hoje a pessoa pode não estar gozando o melhor momento da vida ou até entristecendo o outro, mas o amor faz a pessoa amada esperar a mudança, aguardar que o quadro atual se inverta. O amor não se exaspera. O amor não é melindroso nem supersensível; não fica machucado ou ofendido por coisas mínimas; não se irrita ou fica amargurada facilmente; não se ressente do mal nem quer vingar-se; não dá o troco nem paga na mesma moeda; não se regozija com as falhas da pessoa amada, antes ajuda a corrigir os erros sem jogar na cara um do outro. Sempre se manterá em sua defesa. As pessoas podem se levantar contra, mas o amor faz a pessoa amada sair em defesa do cônjuge. A união do casal, juntamente com a presença de Deus, gera a força que resiste aos contrários. Mesmo que ele não esteja totalmente certo, a pessoa amada sai em defesa do seu amor.

Conclusão.
Amar não é aceitar tudo, pois, onde tudo é aceito, presume-se que haja falta de amor, pois nem Deus com Seu amor infinito aceita tudo. Quem ama mostra ou abre os olhos da pessoa amada para aquilo que não é certo. Quem não ama não se preocupa quando o outro está caindo no buraco.

Questionário.
1. Quem descreve o amor com muito brilhantismo?
R: O apóstolo Paulo (1Co 13).

2. O que é paciência?
R: A paciência é uma virtude do fruto do Espírito (GL 5.22).

3. De acordo com a lição, o que precisamos ter no coração?
R: Precisamos ter no coração o amor de Deus, para quer possamos colocar os nossos próprios interesses e desejos de lado (1Co 10.24).

4. O que é dinâmica do amor?
R: É uma procura por novas formas e estímulos para exercitar o amor (Rm 12.9).

5. Por que o amor é sepultado?
R: Porque não fazemos nada para ressuscitá-lo (Ct 8.6).

Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 1º trimestre de 2016, ano 26, Nº 98, Casamento e Família.

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