Lição 5
Exercitando o amor no casamento.
31 de janeiro de 2016.
Texto
Áureo
1 Coríntios 13.1
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e
dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que
tine”.
Verdade
Aplicada
Amar não é somente o sentimento de querer o
bem de outra pessoa, mas praticar boas ações e tomar atitudes que demonstrem
este amor.
Objetivos
da Lição
Esclarecer que o amor é a força
motriz de Deus;
Mostrar que amar é fazer a
felicidade de outra pessoa;
Ressaltar que o amor não
termina de um dia para o outro.
Glossário
Arder: Estar em chama ou em
fogo; abrasar-se, inflamar-se; brilhar;
Exercitar: Pôr em atividade;
manifestar, desenvolver; cultivar;
Inconveniente: Que não é
conveniente, que não convém; impróprio.
Leituras
complementares
Segunda Rm 12.9
Terça 1Co 7.33
Quarta 1Co 7.34
Quinta Ef 5.25
Sexta Ef 5.26, 33
Sábado Cl 3.19.
Textos
de Referência.
1 Coríntios 13.3-7
3 E ainda que distribuísse toda a minha
fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser
queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.
4 A caridade é sofredora, é benigna; a
caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se
ensoberbece,
5 Não
se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não
suspeita mal;
6 Não
folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 Tudo
sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Hinos
sugeridos.
35, 396, 512
Motivo
de Oração
Interceda pelas famílias nas quais apenas um
dos cônjuges é convertido.
Esboço
da Lição
Introdução
1. A suprema excelência do
amor.
2. O amor não se porta com
indecência.
3. A dinâmica do amor.
Conclusão
Introdução
O amor é uma escolha, temos a liberdade e o
direito de escolhê-lo ou não. O amor é uma semente plantada nos nossos corações
e que precisa ser regada e adubada. Além disso, precisamos combater as pragas
que vêm para mata-los.
1. A
suprema excelência do amor.
O apóstolo Paulo nos dá uma aula e nos mostra
que o amor é o dom supremo, um caminho sobremodo excelente e descreve a
natureza do amor, com as suas nobres propriedades. Ele deixa bem claro que tudo
que se faça, não vale a pena fazer sem amor.
1.1. Paciente
e benigno.
O amor é paciente e longânimo. Não reage de
forma abrupta, não se irrita facilmente, não se ofende por qualquer coisa. O
amor espera um resultado sem desesperar e recebe injúria sem revidar. A
paciência é uma qualidade que em meio às provações e lutas da vida aguarda
serenamente as vitórias. A paciência é uma virtude do fruto do Espírito (Gl
5.22). O amor é benigno, agradável, suave, brando, não é perigoso nem maligno,
age de forma positiva e realiza feitos bondosos e também é uma virtude do fruto
do Espírito (Gl 5.22). A bondade operando em favor de outra pessoa faz uma
grande diferença. Este é o amor que se entrega em fazer o bem, em ser
prestativo, em ajudar em tudo a pessoa amada.
Comente com os alunos que a bondade
mostra a genuína presença do amor cristão, pois, além de ter compaixão de uma
situação desfavorável, não fica satisfeito só com o sentimento, mas sim procura
aliviar o sofrimento da pessoa amada com atitudes; procura sempre doar-se e dar
de si mesmo e não se acovarda na hora da ajuda.
1.2.
Tudo sofre e tudo crê.
O amor tudo sofre, experimenta coisas
desagradáveis ou danos. Sofre com humildade o sofrimento e a dor do outro. O
amor cobre como se fosse um telhado, protege como se fosse um escudo, aguenta
tudo em favor da pessoa amada. O amor serve de para-raios para defender; sofre
desapontamentos, passa por angústias, padece, é afligido e atormentado, mas não
desiste. O amor tudo crê, acredita na pessoa amada, não coloca em dúvida. O
amor crê na solução de um problema, mesmo que uma determinada situação não ande
bem, crê na sua mudança e espera o milagre. O amor demonstra a disposição de
confiar ao invés de suspeitar mal. Mesmo quando ocorre uma falha, ele não
desanima, busca força e acredita na sua real recuperação. O amor crê que o
potencial da outra pessoa irá se sobressair.
Enfatize para os alunos que sem o
amor o cristianismo seria inócuo, sem eficácia. O amor retrata a abrangência de
toda a nossa caminhada cristã. Todos os mandamentos foram resumidos por Jesus
em apenas dois (Mc 12.30-31): o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo
como a si mesmo. Ressalte para os alunos que aquele que não ama não conhece a
Deus, porque Deus e amor (1Jo 4.8).
1.3.
Tudo espera e tudo suporta.
O amor tudo espera, tem expectativa, sempre
espera a reconciliação, a volta atrás de uma posição radical. O amor não se
desespera, espera o amadurecimento chegar, a experiência ser adquirida, espera
que o futuro seja promissor com a pessoa amada (Sl 40.1). Há um ditado que diz:
“A esperança é a última que morre”. No nosso caso, a esperança não pode morrer
jamais, pois esperamos o agir de Deus na vida da outra pessoa. O amor tudo
suporta, tolera fraquezas, falhas, imperfeições, sem desistir da pessoa amada.
Serve de suporte e não desanima nas crises. Suporta passar por avalanches sem
desesperar, resiste às tempestades e ás chuvas de granizos sem se quebrar (Ct
8.7). O amor suporta silenciosamente o que seria impossível tolerar sem ele.
Esclareça para os alunos que, de
acordo com o escritor Leon Morris, a expressão “tudo espera” é o olhar
prospectivo (1Co 13.7). A ideia aqui não é de um otimismo irracional, que deixa
de levar em conta a realidade . É antes a recusa a tomar o fracasso como final.
Segundo Morris, a expressão “tudo suporta” traz a ideia de constância. A ideia
aqui é de uma fortaleza ativa, positiva. É a resistência do soldado que, no
calor da batalha, não fraqueja, mas continua a atirar sem parar, vigorosamente.
Ressalte para eles que o amor não se deixa vencer, mas faz a sua parte,
varonilmente, sejam quais forem as dificuldades.
2. O
amor não se porta com indecência.
O amor não é indiscreto. Não se porta ao
ponto de passar vergonha ou expor a pessoa amada ao ridículo. Não age de forma
inadequada na frente de outras pessoas. Não é leviano e não se veste de forma
vulgar, constrangendo a pessoas amada. Não se conduz com indecência, mas mantém
o respeito e a pureza moral.
2.1.
Não arde em ciúmes.
O amor não arde em ciúmes (1Co 13.4). Nesse
texto bíblico, o apóstolo Paulo está falando de um ciúme inflamado, muito
mordaz e enfermo. O ciúme doentio é desconfiado. O cônjuge não pode conversar
com ninguém, nem pensar em cumprimentar as pessoas. É a ideia do “trazer em
rédeas curtas”. Esta falta de liberdade traz mais prejuízos do que benefícios.
Ninguém pode prender o seu cônjuge com cadeados, trancas e correntes, mas,
infelizmente, muitos escravizam o outro com o seu ciúme doentio, alegando ser
“por amor”.
Esclareça para os alunos que o ciúme em larga
escala adoece a alma, que precisa urgentemente de cura, pois irá também adoecer
a outra pessoa. O ciúme doentio sufoca o cônjuge. Quem ama deve confiar
verdadeiramente na pessoa amada e dar liberdade para que ela tenha suas
atividades e desempenhe a sua profissão ou ministério sem suspeitar mal. No
entanto, a pessoa amada não pode dar motivos para que quem a ama venha
desconfiar da sua fidelidade.
2.2.
Não se alegra com a injustiça.
O amor se regozija com a verdade (1Co 13.6).
Não se alegra com a maldade que possa acontecer com a outra pessoa. Não aceita
injustiça contra o seu bem-amado. Nada tem a esconder, pois comunica a verdade,
que precisa prevalecer, mas com amor. A verdade tem que libertar e não matar
(Jo 8.32). Muitos, só porque estão com a verdade, falam de qualquer jeito,
ferindo os outros. Quando há verdade no falar e na conduta, não há engano nem
fingimento. O amor se alegra quando a pessoa amada trinfa dentro dos seus
direitos.
Comente com os alunos que, quando o
amor é verdadeiro, os cônjuges podem não concordar em tudo, mas tendem sem
pressão a aceitar um ao outro, procurando sempre resolver suas diferenças e
opiniões contrárias com respeito e sem desavenças, mostrando civilidade.
2.3.
Não busca os seus próprios interesses.
O amor não é egoísta (1Co 13.5), não usa de
conveniências nem procura se auto satisfazer. O amor procura o bem da outra
pessoa em detrimento de si próprio. Precisamos ter no coração o amor que vem de
Deus, para que possamos colocar os nossos próprios interesses e desejos de lado.
Ninguém busque o proveito próprio, antes cada um o que é de outrem (1Co 10.24).
Amar sem esperar nada em troca. O verdadeiro amor é incondicional. Para termos
este amor, precisamos nos tornar mais semelhantes a Cristo, que morreu por
todos, mesmo sabendo que muitos nunca O aceitariam. O amor genuíno faz com que
procuremos a felicidade da outra pessoa e automaticamente a felicidade dela nos
contagia e nos sentimos felizes pela alegria e satisfação da pessoa amada.
Ressalte para os alunos que, em
contrapartida, sempre esperamos o amor ser correspondido, pois o amor de uma
perna só fica capenga. Diga para eles que o amor de mão única fica incompleto.
Para o amor se completar, deve haver a reciprocidade, a mutualidade e a
cumplicidade.
3. A
dinâmica do amor.
As dinâmicas são de grande valia e eficácia
para motivar os cônjuges, criando vínculos mais estreitos e evitando ficar na
mesmice, cair na rotina, parar no tempo. As dinâmicas são uma procura por novas
formas e estímulos para exercitar o amor.
3.1. O
amor em operação.
O amor em operação não é estático nem
monótono. O amor não pode ser indolente nem preguiçoso. O amor não pode ser
empurrado com a barriga, não pode ser levado no “banho-maria”, do jeito que dá.
O amor se alimenta de atitudes, pois elas são os nutrientes e as vitaminas
necessárias à preservação do casamento. Não se compreende o amor só de
sentimentos e desejos que nunca saem do papel. Crie situações de passeios ou
lazer que privilegiem o casal. Surpreenda o seu cônjuge com coisas inesperadas
que alegram o coração, seja criativo na intimidade e cultive atos românticos.
Merece ser especialmente
esclarecido para os alunos que o amor é forte como a morte (Ct 8.6). De acordo
com o professor Michael Eaton, o termo “amor” usado em qualquer sufixo
pronominal tem sentido genérico. Deve ser observado nesse versículo bíblico o
caráter comparativo e não superlativo. Ressalte para os alunos que, assim como
a morte é o destino de todos – exceto os que estiverem vivos quando o Senhor
voltar – e quando a morte o chama, todos respondem, assim, também, quando o
amor convoca, seu apelo é irresistível (Jo 3.16; 1 Co 15.51-57; Ap 21.1-4).
3.2. O
amor é algo vivo.
Como todo ser vivo, o amor precisa de
cuidados especiais para manter-se com vida. Ele é dinâmico e é preciso
conservá-lo fervoroso, entusiasmado e progressivo. O amor se esfria porque não
fazemos nada para esquentá-lo. O amor fica raquítico e pálido porque não damos
o alimento necessário e balanceado. O amor vai para a UTI porque não fazemos os
primeiros socorros. O amor é sepultado porque não fazemos nada para
ressuscitá-lo.
Vale a pena salientar para os
alunos que, de acordo com o Dr. G. Lloyd Carr, na passagem bíblica de Cantares
de Salomão 8.7, o poder tenaz e persistente do amoré colocado em confronto com
estas enchentes e rios perenes, cujas águas são impotentes para desfazer o
amor, ou para apagar as suas chamas. Comente com os alunos que o amor no
matrimônio precisa ser cultivado dia após dia. Muitos são os casais que deixam
de manter bons hábitos, portanto, aconselhe os alunos a agradecer por uma
comida que foi preparada com muito carinho e amor; dar um beijo na hora de
voltar do trabalho; realizar as refeições juntos; dialogar sobre as
necessidades de cada um; escrever uma carta; declamar uma poesia; comprar
bombons, flores; surpreender o outro, colocando uma roupa especial, mesmo que
seja um dia comum; dormir de banho tomado, perfumado; organizar um jantar à luz
de velas, etc.
3.3. O
amor é real.
O amor não pode ser com máscara, com fingimento.
O amor seja não fingido (Rm 12.9). mas autêntico, cristalino e verdadeiro. Este
é o amor que vem de Deus e que produz resultados surpreendentes. As pessoas
podem vir com várias versões, mas o amor faz acreditar na pessoa amada. Não
acredita em boatos nem em conversas alheias. Mantém-se firme contra fofocas ou
pessoas maldosas que querem destruir o relacionamento conjugal. Muitas pessoas
usadas pelo diabo querem se infiltrar no casamento por interesses vários,
suscitando questões que desestabilizam. Precisamos fechar os ouvidos e as
brechas, orar, acreditar na pessoa amada e expulsar essas pessoas do nosso
convívio.
Destaque para os alunos que hoje a
pessoa pode não estar gozando o melhor momento da vida ou até entristecendo o
outro, mas o amor faz a pessoa amada esperar a mudança, aguardar que o quadro
atual se inverta. O amor não se exaspera. O amor não é melindroso nem
supersensível; não fica machucado ou ofendido por coisas mínimas; não se irrita
ou fica amargurada facilmente; não se ressente do mal nem quer vingar-se; não
dá o troco nem paga na mesma moeda; não se regozija com as falhas da pessoa
amada, antes ajuda a corrigir os erros sem jogar na cara um do outro. Sempre se
manterá em sua defesa. As pessoas podem se levantar contra, mas o amor faz a
pessoa amada sair em defesa do cônjuge. A união do casal, juntamente com a
presença de Deus, gera a força que resiste aos contrários. Mesmo que ele não
esteja totalmente certo, a pessoa amada sai em defesa do seu amor.
Conclusão.
Amar não é aceitar tudo, pois, onde tudo é
aceito, presume-se que haja falta de amor, pois nem Deus com Seu amor infinito
aceita tudo. Quem ama mostra ou abre os olhos da pessoa amada para aquilo que
não é certo. Quem não ama não se preocupa quando o outro está caindo no buraco.
Questionário.
1. Quem descreve o amor com muito
brilhantismo?
R: O apóstolo Paulo (1Co 13).
2. O que é paciência?
R: A paciência é uma virtude do
fruto do Espírito (GL 5.22).
3. De acordo com a lição, o que precisamos
ter no coração?
R: Precisamos ter no coração o
amor de Deus, para quer possamos colocar os nossos próprios interesses e
desejos de lado (1Co 10.24).
4. O que é dinâmica do amor?
R: É uma procura por novas
formas e estímulos para exercitar o amor (Rm 12.9).
5. Por que o amor é sepultado?
R: Porque não fazemos nada para
ressuscitá-lo (Ct 8.6).
Fonte: Revista Jovens e
Adultos, professor, 1º trimestre de 2016, ano 26, Nº 98, Casamento e Família.
Uma ótima ferramenta para estudo. Marcus Vinicius da Silva - Liberdade - MG.
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ResponderExcluirPARABÉNS PELA INICIATIVA! Antonio Nery IPORÁ-GO
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