segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Lição 11 O milagre da ressurreição de Dorcas.



Lição 11 O milagre da ressurreição de Dorcas.
13 de setembro de 2015.

Texto Áureo.
Atos 9.39 “Pedro atendeu e foi com eles. Tendo chegado, conduziram-no para o cenáculo; e todas as viúvas o cercaram, chorando e mostrando-lhe túnicas e vestidos que Dorcas fizera enquanto estava com elas”.

Verdade aplicada.
Dorcas era tão útil e importante que seus irmãos de fé não puderam suportar a sua morte. Por isto, Deus permitiu o retorno à vida de Dorcas.

Objetivos da Lição.
Aprender a importância do serviço cristão para a vida e para a eternidade;
Ensinar que devemos ser servos dedicados assim como Dorcas foi;
Desenvolver um estilo de vida marcado pela devoção a Deus.

Glossário.
Abnegar: Sacrificar-se a serviço de Deus ou em benefício do próximo;
Barganhar: Trocar, negociar;
Fachada: Aparência, exterior.

Leituras complementares
Segunda At 9.37
Terça At 9.38
Quarta At 9.39
Quinta At 9.42
Sexta Gl 6.9, 10
Sábado 1Co 15.58

Texto de referência.
Atos 9.36, 37, 40, 41.
36 E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que, traduzido, se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia.
37 E aconteceu, naqueles dias, que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto.
40 Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, assentou-se.
41 E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva.

Hinos sugeridos
127, 212, 415.

Motivo de oração
Ore para que sua vida seja cheia de fé e boas obras.

Esboço da Lição
Introdução
1. Dorcas, a notável discípula
2. Dorcas, o exemplo de fé e obras
3. Dorcas, a mulher ressuscitada
Conclusão.

Introdução.
A ajuda prestada a outros mostra que a Palavra de deus está na vida do servo de Deus. O cuidado com as necessidades diárias das pessoas prepara o solo do coração delas para que a Palavra de Deus crie raízes.
1. Dorcas, a notável discípula.
Dorcas era fervorosa e abnegada. Para ela, tudo era fácil. Ela não contava o tempo, nem media esforços. Não barganhava com a s pessoas, nem com Deus. O que ela tinha não era absolutamente dela e sentia um prazer tremendo em ajudar os outros, em deixar os outros felizes.

1.1. O reflexo da vida abundante.
Dorcas era uma pessoa que procurava sempre elevar o espírito e o ânimo daqueles que a rodeavam. Ela sabia como suprir as necessidades de cada um. Era extremamente caprichosa e tudo quanto fazia refletia sua beleza interior. Para Dorcas, ser cristã era uma aventura nova a cada dia. Na verdade, ela não era assim antes de sua conversão. Foi Jesus que implantou nela essa vida abundante e, todos aqueles que conviviam com ela, podiam beber dessa fonte de água viva que fluía do seu interior. Ela era verdadeiramente a mulher virtuosa (Pv 31.10). Ela era uma discípula notável. Onde Dorcas colocava as mãos, ficavam as marcas de sua graça e beleza interior.

Pergunte aos alunos como eles eram no seu primeiro amor com Jesus. Será que Dorcas não lembra um pouco nós mesmos? Não sentíamos uma alegria transbordante por ler a Palavra de deus, orar, poder ir aos cultos, poder estar com os irmãos, ajuda-los em suas necessidades, poder contribuir, ser consolo e esperança para as pessoas? Tudo na nossa vida possuía brilho muito intenso e sentíamos um gosto muito grande pela vida e era verdadeiramente feliz. Essa Tabita ou Dorcas está ainda conosco?

1.2. Uma discípula de Jesus.   
Em Atos 9.36 a Bíblia diz que Dorcas era uma “discípula” – uma pessoa da Igreja que se dedicava a aprender e viver os ensinamentos de Jesus Cristo. Após sua morte, um grupo de discípulos teve a ideia de mandar chamar o apóstolo Pedro que estava em Lida, cidade vizinha a Jope, cerca de 14 Km de distância (At 9.38). No decorrer do texto, os discípulos são chamados de “os santos” – separados para Deus (At 9.41). Assim, Dorcas era uma discípula de Jesus, fazia parte de uma comunidade de santos e tinha o testemunho de todos, especialmente de um grupo de viúvas, do quão bondosa e prestativa ela era.

Informe para os alunos que Dorcas era uma serva de Deus que revelava compromisso com o Mestre. Peça para eles observarem atentamente que ela é chamada de discípula. A palavra que a descreve é “matheria” usada somente no Novo Testamento e significa discípulo feminino. Reforce para eles a evidência de que, assim que ela aceitou a Cristo e ao Seu convite de segui-lo, também poderia ser chamada de seguidora ou serva. Dorcas nos desafia a também sermos servos discípulos de Jesus em nosso tempo e em nossa geração. Como tem sido nosso modo de vida como servo(a) do Senhor? Temos sido cristãos devotados e dedicados ao Senhor? O Mestre pode nos confiar como discípulos as tarefas e o cuidado de pessoas e de Sua obra?   

1.3. Um exemplo de vida.
Dorcas é um exemplo na Bíblia de como devemos viver nossas vidas. A Palavra de Deus afirma que há pessoas de quem “o mundo não é digno” (Hb 11.38). Ou seja, gente especial, útil, que dignifica a existência humana. Prova disto é que a igreja em Jope decidiu buscar em Deus algo até então inédito: a ressurreição da discípula morta. Inédito porque, desde que Jesus fora para o céu, este milagre ainda não havia acontecido.

Pergunte aos alunos se ainda podemos achar pessoas das quais o mundo não é digno. Sem dúvida, nos nossos dias ainda vivem pessoas que obedecem a uma ética superior. Elas não vivem o “olho por olho, dente por dente” que tem regido a humanidade por gerações. Quando ofendidas, perdoam. Quando ameaçadas, decidem orar. Coisas assim soam como loucura aos ouvidos de uma geração que tem provado de um mundo perverso. Nem por isso deixam de ser verdadeiras. Este mundo não é digno dos peregrinos porque eles não andam segundo os seus “brutais costumes”, mas obedecem à lei do amor.

2. Dorcas, o exemplo de fé e obras.
O cristão não pode viver uma vida de fachada. O cristão deve incluir em sua conduta de vida a oração, a Palavra de Deus, as boas obras e a fé. É preciso entender que o exercício da fé deve ser demonstrado com obras para ser genuíno (Tg 2.21, 22). A irmã Dorcas nos deixou essa excelente lição: uma vida de fé cheia de boas obras (Tt 2.14).

2.1. A prática de boas ações.
É bem certo que Dorcas ajudava muito as pessoas que precisavam dela e doou bastante de si mesmo. Havia muitas viúvas que não tinham agasalhos e roupas e Dorcas recolhia os tecidos e fazia túnicas ou vestidos para elas. Dorcas também ajudava os mais pobres, que não podiam comprar nem os tecidos e fazia roupas para eles. Essa valorosa mulher nos desfia a deixarmos as teorias a respeito de amar a Deus e amar ao próximo e colocarmos em prática o cuidado pelas pessoas.

Mostre para os alunos a importância de cuidar dos outros. Explique para eles que o amor ao próximo inclui o esclarecimento fraterno, a todo tempo em que se faça útil e necessário.

2.2. O desafio da generosidade.
Aprendemos com esta passagem bíblica que Dorcas era uma serva que ajudava financeiramente os mais pobres. Ela expressava sua piedade e amor ao Senhor cuidando dos mais necessitados. Muitas pessoas ganharam de presente de Dorcas as roupas de que precisavam e gostavam muito dela. Dorcas amava ao Senhor Jesus e fazia tudo com amor e boa vontade. A lição que podemos extrair da vida desta abnegada mulher é que, sempre que fazemos alguma coisa, devemos fazer com amor, porque fazemos para o Senhor. Essa generosa serva do Senhor nos desfia a amarmos mais a Deus e as pessoas do que ao dinheiro ou aos bens materiais (Mt 6.33).

Pergunte aos alunos como tem sido o seu ministério como servo(a) do Senhor neste tempo. Você tem se envolvido regularmente na prática de boas obras? Você tem gasto seu tempo, recursos e talentos para abençoar os menos favorecidos? AS pessoas que têm necessidades podem contar com a sua ajuda? Você tem um coração generoso para ofertar? Você tem um coração obediente para dizimar?

2.3. O progresso do Reino de Deus.
O mundo já se esqueceu de muitas coisas que aconteceram, mas as obras de Dorcas sempre serão lembradas, pois são citadas na Palavra de Deus (1Jo 2.17). A ferramenta de Dorcas era uma agulha com a qual trabalhava para vestir os pobres. A discípula que pregava o evangelho com a agulha era Dorcas e fazia isto porque amava Jesus e amava os pobres. A nossa pregação somente por meio de palavras pouco vale. Se amamos a Jesus nunca nos esqueceremos da beneficência (Hb 13.16), principalmente para com os domésticos da fé (Gl 6.10). Não importa qual seja nosso dom. O que importa é saber manejá-lo bem, para o progresso do Reino de deus e não para nosso próprio interesse. Dorcas usava seu talento com a maior graça. Após sua ressuscitação, certamente Dorcas voltou a servir às viúvas, aos órfãos e todos que necessitavam dela. Ela poderia interromper seu ministério, mas seu amor pela obra de Deus nos permite concluir que ela continuou servindo ao Senhor com alegria (Sl 100.1).

Indague aos alunos com a seguinte pergunta: Será que as nossas obras são tais que na nossa saída deste mundo, a Igreja sentirá tanta falta a ponto de chorar? Esclareça para eles o seguinte fato: entre um pequeno grupo de seguidores de Jesus, um milagre aconteceu e isto trouxe gozo indescritível para todos. Como será então quando ocorrer o arrebatamento? Mostre também para eles quão grande homem de Deus, cheio de fé e cheio do Espírito Santo era Pedro. Ressalte que a ressurreição de Dorcas foi um milagre de Deus, o mesmo Deus que servimos. Ele não mudou. Deus fez o choro se tornar alegria.

3. Dorcas, a mulher ressuscitada.
Através da ressuscitação de Dorcas, muitas vidas foram sacudidas de seu sono interior e se entregaram a Jesus. Aquele lugar de luto voltou a ser lugar de vida; um lugar de festa. Onde Deus está operando, torna-se um lugar bom para se viver. Todos querem estar onde o poder de Deus é sentido.

3.1. Morrer sem deixar saudades.
O capítulo 21 do segundo livro de Crônicas apresenta para nós a história de Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá. Este monarca foi tão maligno e cruel que morreu sem deixar saudades em ninguém (2Cr 21.20). Em contraste com a história de Jeorão, a virada de Dorcas foi bem diferente. Ela era discípula, santa e amorosa. Sua morte trouxe profundo pesar à Igreja. Ela era tão querida e estimada que enviaram emissários até o apóstolo Pedro para que viesse urgentemente a Jope. Eles criam na ressurreição daquela serva preciosa. Se havia alguém digno de tal milagre, este alguém era Dorcas.

Comente com os alunos como é triste alguém morrer e, simplesmente, os seus familiares, esquecerem dele. As histórias de Jeorão e Dorcas servem como exemplo para que possamos avaliar nossos procedimentos. Ressalte para eles que todos nós temos um legado em nossa vida. Construímos nossa história todos os dias, seja com boas ou más obras. Todos nós um dia partiremos. Será que deixaremos saudades?

3.2. O despertamento da fé.
Pedro foi um discípulo aplicado de Jesus. Ele procedeu exatamente como o Mestre na casa de Jairo (Mt 9.25). O apóstolo pediu que todos saíssem do quarto, a fim de interceder e exercer a fé no nome de Jesus. Ele sabia que a incredulidade impede a obra de Deus (Hb 3.12; 4.11). Para que o milagre seja notório e muitos possam crer no agir de Deus (At 9.42), a incredulidade precisa ser urgentemente afastada do nosso meio. Somente assim, o Senhor terá a liberdade de manifestar o Seu poder e a fé de muitos será despertada (Mt 13.58).

Explique para os alunos que a fé é a virtude que mais nos traz paz de espírito, pois é companheira inseparável da paciência e da aceitação, imprescindíveis para passarmos pelos sofrimentos e tribulações de nossa jornada terrena.

3.3. Compaixão, oração e fé.
Três fatores foram essenciais para que o milagre ocorresse. Primeiro, o poder da compaixão. Este fez com que Pedro tomasse uma atitude e assim houve uma reviravolta no episódio. Se Pedro não tivesse se deixado afetar pela dor daquelas viúvas, Tabita teria sido sepultada. Segundo, o poder da oração. Por quê? Porque por melhores que sejam nossos desejos, eles não têm o poder de mudar as coisas. Por isso, Pedro precisava orar. Pedro mandou que todos saíssem, o sonho era dele e portanto, a luta em oração era dele. Por último, o agir pela fé. Pedro não orou e ficou esperando desconfiado para ver o que iria acontecer. Uma vez convicto de que Deus ouvira sua oração, ele começou a agir, ordenando àquele corpo inerte que se levantasse.

Diga para os alunos que deixem-se comover pela perda das coisas boas. Não aceite pacificamente suas derrotas interiores. Deixe-se comover pelo vazio que a perda do seu primeiro amor por Jesus deixou em você e na vida daqueles que estão ao seu redor. Que esse sentimento o leve a sonhar uma Tabita ressuscitando da morte. Informe para eles que se eles desejam ter de volta Dorcas dentro de si, orem a Deus, pedindo que a ressuscite. Não espere que outro faça isso por você. Faça você mesmo. Somente você mesmo pode sentir exatamente sua compaixão, e expressar exatamente seu sonho a Deus. Explique que eles têm o direito de pedir a Deus, que Ele devolva a vida à discípula, cujo nome era Dorcas e que era notável pelas esmolas e pelas boas obras que fazia. Você deve fazer isso, porque isso é agradável a Deus e Ele quer ressuscitar Dorcas dentro de ti. Então, em um passo de fé, dê a mão a você mesmo e ordene que Dorcas se levante, no poder de Deus.

Conclusão.
A Igreja adiou o sepultamento da amada discípula Dorcas na esperança da intervenção divina. O apóstolo Pedro havia pouco tempo antes curado o paralítico Enéas e os devotos cristãos esperavam que ele, através da oração e da fé, restituísse a vida de Dorcas na autoridade do nome de Jesus.

Questionário
1. Por que os outros cristãos ficaram tristes quando Dorcas morreu?
R: Porque a amavam; porque ela os amava e os ajudava (At 9.39).

2. O que fizeram os cristãos quando Pedro chegou?
R: Eles mostraram as roupas que Dorcas fizera para eles (At 9.39).

3. Qual foi o procedimento do apóstolo Pedro?
R: Ele pediu que todos saíssem do quarto, a fim de interceder e exercer a fé no nome de Jesus (At 9.40).

4. O que a incredulidade impede?
R: Ela impede a obra de Deus (Hb 3.12).

5. Quais foram os três fatores para que o milagre ocorresse?
R: Compaixão, oração e fé (At 9.36-42).

Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 3º trimestre de 2015, ano 25, Nº 96, Sinais, Milagres e Livramentos do Novo Testamento.

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