Lição 13
O milagre do livramento da serpente em Paulo.
27 de setembro de 2015.
Texto
Áureo.
Atos 28.3.
“E, havendo Paulo ajuntado uma quantidade de
vides e pondo-as no fogo, uma víbora, fugindo do calor, lhe acometeu a mão”.
Verdade
Aplicada.
Não existe investida diabólica que não se
revele diante do fogo produzido por Deus ou que possa frear um crente cheio do
espírito Santo.
Objetivos
da Lição.
Ensinar as lições espirituais
da víbora e do fogo e a reação de Paulo diante da interpretação errônea do povo;
Mostrar a artimanha do inimigo
em tentar inutilizar nossas ferramentas de trabalho;
Explicar porque Paulo foi
conduzido por Deus até Malta.
Glossário.
Camuflada: Disfarçada,
escondida;
Desencadear: Soltar as cadeias,
desprender;
Retaliação: Ação de revidar uma
injúria ou agressão.
Leituras
Complementares.
Segunda 1Ts 5.8
Terça Ef 5.13
Quarta 1Co 3.13
Quinta Rm 4.18
Sexta Cl 1.23
Sábado Fp 3.12, 13.
Textos de
referência.
Atos 28.5-8
5 Mas, sacudindo ele a víbora no fogo, não
padeceu nenhum mal.
6 E eles esperavam que viesse a inchar ou a
cair morto de repente; mas tendo esperado já muito e vendo que nenhum incômodo
lhe sobrevinha, mudando de parecer, diziam que era um deus.
7 E ali, próximo daquele mesmo lugar, havia
umas herdades que pertenciam ao principal da ilha, por nome Públio, o qual nos
recebeu e hospedou benignamente por três dias.
8 E aconteceu estar de cama enfermo de febres e
disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos
sobre ele, e o curou.
Hinos sugeridos.
75, 368, 462.
Motivo de
oração.
Ore para que as armadilhas do diabo sejam
desfeitas em nome de Jesus.
Esboço da
Lição.
Introdução.
1. Uma víbora em meio ao fogo
2. As declarações do fogo.
3. Avivamento e provisão.
Conclusão.
Introdução.
A experiência do naufrágio havia sido
extremamente traumática e descansar era tudo o que aqueles homens precisavam e
antes de prosseguir a viagem. Estava escuro e frio e o apóstolo resolveu
acrescentar lenha na fogueira.
1. Uma
víbora em meio ao fogo.
Muito pior do que a situação que vivemos pode
ser a interpretação que as pessoas têm ao nosso respeito. Paulo viajava como um
prisioneiro, já havia sido injustiçado pelos judeus, havia passado por
julgamentos e acusações, encarou uma tremenda tempestade, sobreviveu a mais um
naufrágio e agora uma víbora se agarra à sua mão (At 28.4).
1.1. Com
a víbora na mão.
A vida de Paulo passa por uma cadeia de eventos
que parece não terminar. Agora, em Malta, uma víbora se agarra em sua mão (At
28.3). Existem momentos que devemos escolher entre lamentar ou agir, esperar
que a tela da provação se feche ou sacudirmos as mãos. Na interpretação das
pessoas, alguma maldição estava sob a vida de Paulo. Mas ele não se deixou
levar nem pela víbora, nem pela opinião alheia. Existem palavras que nos
paralisam e nessas horas é importante não somente sacudir as mãos, como também
a mente (Rm 12.1, 2). A atitude correta e a esperança (Rm 4.18; Cl 1.23; 1 Ts
5.8). Não importa quantas víboras se prendam à nossa mão, Deus não nos chamou para
sermos consumidos pelas víboras da desesperança e da dúvida, mas para
sacudi-las no fogo.
Paulo e os que viajavam no barco
foram lançados sobre a ilha de Malta. Explique para os alunos que no grego se
chama “barbaroiaos” – maltenhos; mas para os gregos os bárbaros eram pessoas
que diziam “barbar”, o que significa que falavam uma linguagem estrangeira
incompreensível e não a flexível e bela língua grega. Estamos mais perto do
significado quando simplesmente os chamamos de nativos. Mostre para eles que o navio
em que Paulo viajava foi obrigado a irem em direção ao sul, de Cnido até o sul
de Creta. Em vista da direção predominante dos ventos naquela tempestade, é
pouco provável que o navio tenha então dado meia-volta e navegado em direção ao
norte até Mljet ou a ilha perto de Corfu. Assim, é mais provável que a
localização de Malta fosse bem mais ao oeste. Isso faz da ilha de Malta, ao sul
da Sicília, o local mais provável do naufrágio.
1.2. Uma
víbora fugindo do fogo.
Os bárbaros foram solidários com os sobreviventes
do naufrágio (At 28.2). Por causa do frio e da chuva, eles foram se aquecer
diante da fogueira e Paulo juntou alguns gravetos secos para lançar no fogo já
existente. Então, para fugir do “calor”, a víbora se revelou de onde estava
camuflada (At 28.3). O texto é claro: “o fogo” revelou onde estava a víbora. Se
desejarmos de todo o coração um avivamento em nosso tempo, vamos ficar
surpresos em ver a atuação de Satanás em lugares e vidas aparentemente normais.
O fogo tem como característica iluminar e tudo o que estiver acobertado pelas
trevas há de se declarar (Dn 2.22; 1Co 3.13; Ef 5.13).
Informe aos alunos que os habitantes
de Malta conheciam muito bem o poder do veneno da víbora. Eles tinham plena
convicção de que Paulo iria morrer, porém nada lhe aconteceu. Eles esperavam
que o veneno deformasse a Paulo e que ele fosse afastado pelo inchaço. Há
pessoas assim em nossa sociedade. Pessoas deformadas no afeto, no ciúme, na
alma complexo de inferioridade, pessoas deformadas nos princípios e distante de
Deus. Reforce para eles que o fogo de Deus queima este veneno e pode
restabelecer vidas e restaurar conceitos morais até então perdidos e
esquecidos. O apóstolo Paulo levou a víbora até o fogo. Façamos como ele e
levemos as víboras que nos atacam a presença do fogo do Espírito Santo de Deus.
De uma coisa devemos ter certeza: Satanás não suporta o fogo; e nós temos em
nossas vidas o fogo do Espírito Santo de Deus.
1.3. Uma
víbora lançada no fogo.
Todos esperavam que Paulo morresse, mas ele de
modo simples sacudiu a víbora na fogueira e agiu como se nada houvesse
acontecido (At 29.4, 5). De repente, viram que Paulo já não era mais uma
maldição e passaram a compará-lo com um “deus” (At 29.6). Em nossa vida, sempre
haverá fases que irão nos marcar e depende de nós deixarmos que as situações
nos afoguem ou nos impulsionem a seguir em frente (Fp 3.12, 13). Estar nas mãos
de Jesus é sempre ir além do essencial (Fp 4.12). Não podemos ser parados pelo
que pensam ou acham de nós. Muitos não entendem como Deus está agindo conosco e
traçam um perfil de acordo com o que veem. Para uns somos malditos, para outros
somos deuses, mas o que importa, na verdade, é o que somos para Deus e o que
Ele é para nós.
Esclareça para os alunos que a cada
passo de nossa vida, Deus vai montando a nossa história. Se juntarmos tudo o
que já vivemos, vamos observar que grande parte do que somos foi gerado através
de cada circunstância vivida. Deus nos dá a informação à medida que vamos
passando por cada fase da vida. O perigo reside em pular essas fases (1Co 8.2).
2. As
declarações do fogo.
Os bárbaros eram politeístas e a “justiça” a
quem se referem estava personificada na deusa “Dike” que segundo suas crenças,
intervia para castigar os malfeitores (At 28.4). Paulo estava dentro do
propósito divino e as circunstâncias lhe criaram possibilidades para atuar em
nome do Senhor.
2.1.
Entre gravetos secos.
Traçando aqui um paralelo da vida espiritual,
entendemos que estar “seco” é estar sem vida (Ez 37.11; Mc 11.12-14; 20.21).
Observemos que a fogueira já estava acesa e Paulo conduzia gravetos secos para
adicioná-los ao fogo e este aumentar (At 28.2). A víbora entre os gravetos
secos é um símbolo da ação de Satanás numa vida sem frutos e sem comunhão (Pv
30.19). Quando essa vida é levada ao fogo da presença de Deus, o calor do
Espírito Santo gera o incômodo, fazendo com que o inimigo se manifeste e parta
em retirada. A unção que estava sobre a vida de Paulo era mais forte que o
veneno da serpente e assim também acontece com todo aquele que está cheio do
poder do Espírito Santo (Lc 10.19; Mc 16.17; Ef 6.16).
Informe para os alunos que o fogo é
purificador. Quando a presença de Deus entra em ação, os demônios se agitam e o
local fica pronto para ser preenchido e habitado pelo Senhor (Mc 10.17; Lc
9.42). Ressalte para eles que isso acontece porque os demônios agem ilegalmente
e não subsistem diante da verdade.
2.2.
Víbora agarrada na mão.
O fato de a víbora abocanhar a mão de Paulo nos
ensina como Satanás tenta nos frear, inutilizando nossas ferramentas de
trabalho que, neste caso, eram as mãos de Paulo (2Co 10.4; At 28.3). A mordida
não aconteceu somente pelo fato da víbora fugir do fogo, foi um golpe de
retaliação, um último golpe antes da derrota. Em vários casos de libertação e
batalha espiritual, a retaliação é certa, por isso devemos estar preparados
como Paulo que não se importando com a víbora, de pronto a lançou no fogo, que
é o seu lugar (Mt 25.41; Ap 20.10).
Explique para os alunos que o
propósito de Deus era usar Paulo para encorajar e abençoar outras pessoas em
ocasiões de dificuldade. Ressalte para eles que nós podemos também encorajar e
levar bênçãos a pessoas que estão angustiadas e doentes. Podemos servir a Deus
por meio de palavras e atos que animem outras pessoas. Para isso, devemos estar
preparados contra as investidas do maligno, que tenta, inutilmente, parar o
Corpo e o avanço do Reino de Deus.
2.3.
Maravilhas na ilha de Malta.
Paulo não permitiu que a rejeição e a crítica
frustrassem os projetos de Deus em sua vida. Públio, o chefe da ilha de malta,
era o principal representante romano dessa ilha. Seu pai estava doente e Paulo
teve a oportunidade de exercitar seu dom de curar e levar-lhe o consolo. Após serem
informados acerca do milagre, os demais moradores da ilha que estavam doentes
também vieram e foram curados pelas mãos de Paulo (At 28.9).
Explique para os alunos que a víbora
foi uma arma usada por Satanás para tirar Paulo de seu caminho. A tempestade
não afogou o apóstolo, mas quem sabe cairia numa armadilha escondida. Como
cristãos, devemos estar sempre alertas, pois a serpente ou o leão podem nos
atacar (2Co 11.3; 1Pe 5.8). Também devemos lembrar sempre que estamos sendo
observados e usar essas oportunidades para engrandecer o nome de Cristo.
3.
Avivamento e provisão.
A experiência nos ensina que as grandes
provações são sinais de grandes maravilhas por parte do nosso Deus. Após a
batalha com a víbora, Paulo se torna a esperança daqueles nativos e, como
gratidão pela benção alcançada, eles tanto honraram quanto supriram as
necessidades do apóstolo (At 28.9, 10).
3.1. O
vento do Espírito.
O Espírito impulsionou Paulo até Malta e o que
para muitos era uma grande provação, para Deus era uma oportunidade de atuar
com seu Servo. Paulo jamais chegaria lá se não fosse a força dos ventos
contrários (At 27.4). Não estava em seus planos estar em Malta; seu alvo era
Roma (At 23.11). Aquela víbora não mordeu outra pessoa a não ser Paulo, foi9
sua ação que a revelou e por causa desse incidente se desencadeou um avivamento
e a glorificação do nome de Jesus.
É interessante lembrar os alunos que
existe alguém dentro de nós que nos desafia a olhar além das circunstâncias e
da víbora, alguém mais poderoso que a tempestade e mais determinante que a
víbora. Um Deus pronto para entrar em ação, abrindo as janelas dos céus e
derramando do Seu bom tesouro para fazer prosperar a obra de nossas mãos. “O
vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para
onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito” (Jo 3.8).
3.2. A
provisão divina.
Adquirimos credibilidade quando nos conectamos
com indivíduos e mostramos um genuíno interesse em ajuda-los. Ao tocar os
corações das pessoas daquela ilha, Paulo e toda tripulação foram providos de
suas necessidades (At 28.10). Olhe para suas mãos! Sacuda as mãos. O que tens
nas mãos? Nada, porque a tempestade arrebatou. Sacuda as mãos esteja pronto
para ver o que Deus estará pondo sobre elas. Mais importante que mãos cheias, é
ver como Deus pode usar essas mãos vazias e com cicatrizes para curar os
enfermos, fazer milagres e abraçar aqueles que necessitam de esperança (Rm
4.18).
É preciso entender que Deus espera
que sejamos os mesmos cristãos tanto em momentos de bonança quanto em momentos
de aflição! Explique para os alunos que, quando passamos fiéis pela
adversidade, Deus transformará o agente da adversidade em agente de honra em
nossa vida! Mostre para eles que o texto de Atos 28.10 ilustra bem essa verdade
na vida do apóstolo Paulo: “os quais nos distinguiram com muitas honrarias; e,
tendo nós de prosseguir viagem, nos puseram a bordo tudo o que era necessário”.
3.3. O
propósito do poder sobrenatural de Deus.
No momento em que as pessoas viram a víbora
agarrada à mão de Paulo, elas tiraram suas próprias conclusões, interpretando
de forma errônea aquela situação. Se nesse exato momento Paulo estivesse
cônscio de sua missão e firme na fé, os comentários poderiam alterar sua
situação. Por que Paulo sacudiu a víbora no fogo? Porque sabia em quem podia
confiar. Quando confiamos em Deus e nos mantemos fiéis à sua Palavra, Ele
transforma a vergonha em honra e escassez em abundância (Is 61.3; At 28.10).
Reforce para os alunos que a vontade
do inimigo é tirar nossa credibilidade. O seu desejo é nos fazer pensar que
Deus nos abandonou e que não existe nada ou ninguém que possa nos ajudar.
Façamos como Paulo, lancemos não somente esse pensamento, mas também a própria
víbora no fogo.
Conclusão.
Nada nos acontecerá até que Deus faça conosco o
que determinou fazer. O que vai motivar isso é nossa atitude diante de cada
nova etapa com a qual nos depararmos. Vamos sacudir as mãos, lançar a víbora no
fogo e caminhar com firmeza até a próxima fase de nossas vidas.
Questionário.
1. Onde estava camuflada a víbora que mordeu
Paulo?
R: Entre os gravetos secos (At
28.3).
2. O que simboliza o calor, motivo da fuga da
víbora?
R: Simboliza o fogo da presença
do Espírito Santo (At 28.3).
3. Como as pessoas interpretaram a provação de
Paulo?
R: Como uma maldição (At 28.3).
4. O que simboliza a víbora entre gravetos
secos?
R: Simboliza a ação de Satanás
numa vida sem frutos (Pv 30.19).
5. O que a experiência nos ensina?
R: Ensina-nos que as grandes
provações são sinais de grandes maravilhas da parte do nosso Deus (2 Co 4.17,
18).
Fonte:
Revista Jovens e Adultos, professor, 3º trimestre de 2015, ano 25, Nº 96,
Sinais, Milagres e Livramentos do Novo Testamento.
Agradeço a Deus pela sua vida meu irmão , acrescentou e muito na minha vida e no meu aprendizado
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