Lição 12
O milagre do livramento do naufrágio.
20 de setembro de 2015.
Texto
Áureo.
2Co 4.11 “E assim nós, que vivemos, estamos
sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se
manifeste também em nossa carne mortal”.
Verdade aplicada.
A provação é a porta de uma grande oportunidade
para os que estão na direção de Deus.
Objetivos
da Lição.
Expressar a confiança de Paulo no
Senhor;
Ressaltar a importância de Paulo
para que a tripulação chegasse a salvo;
Mostrar que alicerçados em
Cristo vemos as adversidades como grandes oportunidades.
Glossário.
Amotinar: Revoltar-se de comum
acordo;
Propina: Dinheiro obtido de
forma ilícita;
Confinado: Que não pode sair de
um espaço fechado.
Leituras
complementares.
Segunda At 27.20
Terça Ez 22.30
Quarta 1 Co 16.9
Quinta Sl 25.3
Sexta 1Co 11.1
Sábado Sl 119.157
Textos de
referência.
Atos 27.9; 11; 20-21
9 E, passado muito tempo, e sendo já perigosa a
navegação, pois, também o jejum já tinha passado, Paulo os admoestava,
11 Mas o centurião cria mais no piloto e no
mestre do que no que dizia Paulo.
20 E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem
sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda
a esperança de nos salvarmos.
21 E, havendo já muito que não se comia, então
Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Fora, na verdade, razoável, ó senhores,
ter-me ouvido a mim e não partir de Creta, e assim evitariam este incômodo e
esta perda.
Hinos
sugeridos.
1, 9, 194.
Motivo de
oração.
Ore para que a sua fé esteja cada dia mais
alicerçada em Cristo.
Esboço da
Lição.
Introdução.
1. Os ventos e a vontade de Deus.
2. Perderemos o navio, as almas
jamais.
3. Vencendo as tempestades.
Conclusão.
Introdução.
A poderosa pregação de Paulo feriu o ego dos
religiosos judeus de sua época. Por esse motivo, eles o levaram a prisão e lá
se amotinaram para acabar com sua vida. Mas Paulo testemunhava aos grandes com
graça e unção.
1. Os
ventos e a vontade de Deus.
Não existe nada que não esteja sob o controle e
a direção do Altíssimo. Mesmo quando algo dá errado para nós, Deus jamais perde
a rédea. Quando ainda estava preso, o Senhor apareceu a Paulo e lhe disse para
não temer porque como testificou em Jerusalém, o faria em Roma (At 23.11).
1.1. Uma
fiel testemunha de Cristo.
Paulo estava tão decidido a cumprir a ordem do
Senhor que pôs em jogo a própria vida para consegui-lo. Ele teve a oportunidade
para ser liberto. Mas a recusou em troca da oportunidade de aparecer diante de
César, a quem havia apelado. Foi uma escolha que ele fez unicamente em prol do
Evangelho (At 26.31, 32). Para ele não havia perigo em sofrer dano algum em
qualquer tempestade. A vontade de Deus era que testificasse em Roma e Deus
estava no controle. Do ponto de vista humano, Paulo era um prisioneiro no
navio. Para Deus, o apóstolo era o capitão e os demais eram os prisioneiros (At
27.21-26, 30, 31-34).
Explique para os alunos que Félix foi
substituído por Festo e, vendo que Paulo não lhe oferecia propina para ser
liberto da prisão, o deixou confinado por mais dois anos para ganhar prestígio
entre os judeus (At 24.26, 27). Paulo não sabia o que enfrentaria para executar
a missão, mas Deus já lhe assegurara que estava com ele. Ressalte para eles que
a experiência era como um símbolo de que Paulo vivia desde que foi preso em
Jerusalém. Ele navegava num mar tempestuoso de aflições havia dois anos! Deus,
porém, estava ao seu lado nessa tempestade como em todas as demais (At 23.11;
27.22, 23).
1.2.
Discernindo os tempos.
Não é de hoje que as pessoas confiam mais nas
conclusões de peritos e nas ciências do que nas advertências de homens de visão
espiritual (At 27.11). Devemos ter em mente que a ciência, divorciada do temor
de a Deus, pode destruir sociedades civilizações inteiras. Paulo já havia
passado por três naufrágios (2Co 11.25), tinha sensibilidade e discernimento,
sabia que algo não estava bem e alertou para o problema. Se existe uma coisa
que jamais seremos privados é de sinais de aviso. Podemos viver coma desculpa
de que o inimigo nos enganou ou com a certeza de que lhe abrimos a porta. Mas
uma coisa é certa: “Deus não nos deixara enganados” (Sl 25.3; Am 3.7; Jo 7.17).
Informe para os alunos que, há muitos
anos, o mundo está confiando totalmente nas ciências. De maneira geral, o povo
tem confiado mais em conclusões de peritos nas ciências do que nas advertências
dos homens de visão espiritual. Comente com eles que, porém, tem sido
comprovado que a ciência, divorciada do temor a Deus, pode destruir sociedades
e civilizações inteiras.
1.3. O contraste
entre Paulo e Jonas.
Comparando a ambos, vemos que Jonas fugia de
uma chamada; Paulo viajava para cumprir uma missão. Jonas se escondeu e dormiu
durante a tempestade; Paulo dirigia as operações e encorajava os passageiros. A
presença de Jonas no navio era a causa da tempestade; o navio em que Paulo
viajava seria preservado de todo dano se os tripulantes respeitassem seu aviso
(At 27.9, 10). Jonas foi disfarçado a dar testemunho acerca de Deus (Jn 1.8,
9); Paulo, com boa vontade e coragem, falou acerca da sua visão e do seu Deus.
A presença de Jonas no navio ameaçava vida dos gentios; a presença de Paulo era
uma garantia para a vida dos seus companheiros de viagem. Há muita diferença em
atravessar uma tempestade dentro e fora da vontade de Deus!
Esclareça para os alunos que a
tempestade os impedia de ver o Sol e a s estrelas, de modo que era impossível
determinarem sua posição. A situação parecia perdida e a razão de tudo isso foi
porque um homem se recusou a ouvir o mensageiro de Deus. Há momentos na vida em
que, espiritualmente falando, passamos por tempos sem “sol nem estrelas” (At
27.20) Ou seja, um período de trevas espirituais. No entanto, seja qual for a
causa, podemos ter ânimo: o sol da espiritualidade voltará a brilhar.
2.
Perderemos o navio, as almas jamais.
Uma pessoa cheia do Espírito Santo pode ser a
diferença até mesmo em um naufrágio e Paulo foi esse homem. Ele estava ali para
encorajar e comunicar a maneira correta de como salvar toda a tripulação
daquele navio.
2.1. O encorajamento
de um líder.
A crise não faz a pessoa, a crise mostra do que
a pessoa é feita e, normalmente, faz aflorar a verdadeira liderança. Paulo
repreendeu o centurião, o piloto e o capitão com brandura por ignorarem a sua
advertência. Em breve, descobriram que Deus poupara todos eles somente por
causa do Apóstolo. Às vezes, nos colocamos em meio às tempestades pelos mesmos
motivos: ficamos impacientes (At 27.9); aceitamos conselhos abalizados, porém
contrários à vontade de Deus, seguindo a maioria e nos fiando nas condições
“ideais” (At 27.13).
É interessante mostrar para os alunos
o seguinte detalhe: os tripulantes só seriam salvos por causa da presença do
apóstolo Paulo (At 27.22-24). O teólogo inglês Joseph Parker disse que Paulo
começou como prisioneiro, mas terminou como capitão. O apóstolo “assumiu o
controle” da situação quando ficou evidente que ninguém mais sabia o que fazer.
Paulo encorajou a tripulação e os passageiros, ajudando-os de maneira sábia.
Ressalte para os alunos que Paulo compartilhou com eles a revelação divina (At
27.22-26); e coordenou o evento de maneira correta e calma (At 27.27-31).
2.2. Deus
me deu a vida de vocês.
Enquanto todos estavam vendo a morte, Paulo
estava vendo anjos. Como a fé nos acalma! Podemos dormir profundo no meio do
rugido da tempestade e sonhar com os anjos quando nosso coração está apoiado em
Deus (At 27.24). Seus mensageiros podem abrir caminhos por céus fechados e
através de tempestades violentas para socorrer aqueles que necessitam de Seu
auxílio (At 18.9, 10; 23.11). O navio e a carga se perderiam, mas os
passageiros seriam poupados porque Paulo tinha uma missão (At 27.23).
Não se esqueça de lembrar aos alunos
os seguintes versículos, pois são uma bela confissão da demonstração de
confiança em Deus e de Sua poderosa mão agindo. “Porque esta mesma noite o anjo
de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não
temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos
quantos navegam contigo” (At 27.23, 24).
2.3. E
todos se salvaram.
Como é gratificante estar na posição que Deus
quer (Ez 22.30). Paulo, andando segundo o querer de Deus, em comunhão com Ele,
tornou-se benção para todos quantos atravessavam o perigo com ele. O navio,
finalmente, encalhou na praia de Malta, perto da Itália, onde começou a ser
despedaçado pelas ondas. Os soldados queriam matar os prisioneiros para evitar
que fugissem, pois era costume romano. A mão de Deus, porém, estava com o seu
mensageiro. Júlio foi impulsionado a poupar a vida de todos. Nenhum poder, nos
céus ou na terra, acabaria com Paulo enquanto Deus tivesse um plano especial
para sua vida. Ele pregaria o Evangelho em Roma (At 23.11; 27.24, 25). Conforme
Paulo anunciou, todos escaparam ilesos.
Informe para os alunos que havia uma
grande preocupação dos soldados para com os prisioneiros, pois, se um prisioneiro
escapasse, o soldado seria responsabilizado e passível de execução. Mais uma
vez, a presença de Paulo que salvou a vida deles. Como o Senhor havia
prometido, todos chegaram à praia em segurança e ninguém se perdeu.
3.
Vencendo as tempestades.
Existem situações que o Senhor nos coloca para
fazer aflorar em nossas vidas algumas qualidades e ações que, seguindo uma vida
de fé simples, jamais alcançaríamos. O mais importante nessas horas é em quem
confiamos; esse é o alicerce para que em meio à tempestade vejamos a luz da
vida em vez da sombra da morte.
3.1. Nem
estrela, nem esperança.
Podemos perder a visão durante a tempestade (At
27.20). Mas nem mesmo as piores tempestades podem esconder a face de Deus ou
frustrar Seus planos. Há momentos na vida em que não existe sol para nos
aquecer, nem estrelas para nos guiar. Ou seja, um período de trevas
espirituais. As causas podem ser variadas como: esgotamento físico, a não
utilização dos meios da graça, opressão por espíritos malignos ou provação da
fé. Mas, seja qual for a causa, não podemos perder o ânimo e, mesmo não
sentindo o calor espiritual, obedecer a Deus é de vital importância para a
sobrevivência (At 27.22-24).
Explique para os alunos que um
mensageiro visitou o apóstolo Paulo durante a noite, revelando que o navio e a
carga se perderiam, mas os passageiros seriam poupados. Mais uma vez, o Senhor
deu-lhe uma palavra especial de ânimo no momento certo (At 18.9, 10; 23.11).
3.2.
Transformando adversidade em oportunidade.
As adversidades podem ser a porta das grandes
oportunidades. O Senhor disse que Paulo iria testemunhar em Roma, mas não lhe
disse como chegaria lá. As adversidades fazem parte de vida humana. Mas, uma
coisa é estar nela porque escolhemos o caminho errado e outra porque o Senhor
nos comissionou. Deus pode consentir que fiquemos em situações vergonhosas e
difíceis como fez com Paulo e tantos outros ao longo da Bíblia. Todavia, nesses
casos, a finalidade é nos transformar em bênçãos para pessoas que, de outra
forma, nunca teríamos conhecido. Podemos até lastimar o fato de vivermos
determinadas situações, mas se estivermos na visão, o problema será a porta de
uma grande oportunidade (Sl 119.157; 1Co 16.9).
Esclareça para os alunos que, embora
Paulo soubesse que enfrentaria dificuldades, ele não sabia que forma
assumiriam. No entanto, ele não deveria permitir que sua alegria no ministério
fosse sufocada por ansiedades causadas por coisas que estavam além de seu
controle (Mt 6.27, 34). Paulo sabia que a vontade de Jeová era que ele aproveitasse
toda oportunidade para pregar as boas novas do Reino de Deus às pessoas, mesmo
às autoridades seculares (At 9.15). O Apóstolo Paulo estava decidido a viver à
altura de sua comissão, independentemente do que acontecesse. Essa também deve
ser a nossa determinação.
3.3.
Imitadores de Cristo.
A nossa identidade não pode ser nada além de
Cristo (1Co 11.1). Ela deve ser ancorada no que Ele fez por nós, não no que
fazemos para Ele. Isso significa que temos de fazer segundo a Sua voz nos
orienta, não segundo aquilo que os “especialistas do barco” nos dizem, É comum
encontrar no navio um aconselhamento especializado, mas devemos enfocar o
destino traçado por Deus (At 27.11). O nosso navio é apenas uma ferramenta para
chegarmos lá e o Senhor pode fazer com o navio o que Ele quiser.
É extremamente importante lembrar aos
alunos que Paulo se manteve calmo durante todo o tempo porque nunca tirou os
olhos do seu chamado. Havia 276 almas a bordo e Deus lhe revelou que cada uma
delas seria poupada. O navio de alguém afundaria, mas o plano divino jamais (At
27.44). “E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras,
desejando que viesse o dia” (At 27.29). Explique aos alunos que as tempestades
da vida nos submetem a tremendas sobrecargas. Em tais ocasiões, precisamos de
realidades espirituais sólidas, como âncoras para a alma. Confiar em Deus, por
exemplo, é uma âncora que nos traz firmeza em meio às tempestades (Hb 11.1; Sl
37.5). Comente com os alunos que, quando precisarmos de firmeza em meio às
tempestades, devemos lançar as âncoras da oração, coragem, comunhão e confiança
para sustentar nossa vida e nos salvar do naufrágio. Não importa quão grande
sejam as grandes realidades eternas segurarão nossa alma.
Conclusão.
As tempestades da vida servem para revelar o
caráter do cristão. Há ocasiões em que todo o ambiente pode ser mudado se tão
somente crermos em Deus. Independentemente de qual seja o destino final, a fé
nos permite ver as tempestades como oportunidades e não como provações.
Questionário.
1. Onde Paulo deveria testemunhar?
R: Em Roma (At 23.11).
2. O que o anjo revelou a Paulo?
R: Que Deus lhe deu todos quantos
navegavam com ele (At 27.24).
3. Quantas pessoas haviam no barco?
R: Duzentas e setenta e cinco (AT
27.37).
4. O que aconteceu com o navio?
R: O navio se perdeu (At 27.44)
5. O que podemos extrair de lição da
tempestade?
R: Que a tempestade é uma porta
de oportunidade (Sl 119.157).
Fonte:
Revista Jovens e Adultos, professor, 3º trimestre de 2015, ano 25, Nº 96,
Sinais, Milagres e Livramentos do Novo Testamento.
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