Lição 1 Abraão,
um adorador por excelência.
4 de outubro de 2015.
Texto
Áureo
Gênesis 22.5
“E disse Abraão a seus moços:
Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado,
tornaremos a vós”.
Verdade
Aplicada
Abraão provou que seu amor e obediência à Deus
estavam acima de tudo.
Objetivos
da Lição
Mostrar a disposição de um
coração adorador e a prontidão em atender a um pedido divino;
Ensinar que Abraão em nenhum
momento questionou, mas creu porque conhecia a voz divina;
Esclarecer que Moriá é o lugar
onde Deus remove os Isaques de nossos corações, para revelar-se e ampliar a
bênção em nossas vidas.
Glossário
Albardar; Aparelhar o animal para
carga;
Restrição; Sem permissão;
Crucial; Importante.
Leituras
complementar:
Segunda Hb
11.18
Terça Gn
28.19
Quarta Jo
8.51-58
Quinta Sl
139.16
Sexta Gl
3.6
Sábado Rm
4.18
Textos de
Referência.
Gênesis 22.1-4
1 E aconteceu depois destas coisas, que provou
Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.
2 E
disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te
à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu
te direi.
3 Então
se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou
consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e cortou lenha para o
holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.
4 Ao
terceiro dia levantou Abraão os seus olhos, e viu o lugar de longe.
Hinos
sugeridos.
126. 380, 545
Motivo de
Oração
Ore para que o seu coração esteja sempre pronto
a obedecer a Deus.
Esboço da
Lição
Introdução
1. As atitudes de um adorador
2. Chegando ao lugar de destino
3. Deus proverá o cordeiro
Conclusão
Introdução
Deus ordena a Abraão que sacrifique em um altar
o seu único e amado filho (Gn 22.2). O patriarca não replica e sai em direção
ao monte Moriá, obedecendo, sem restrições, à ordem divina.
1. As
atitudes de um adorador.
Sacrificar Isaque em Moriá não era uma tarefa
fácil para Abraão. Era simplesmente assustador. Todavia, seria no cume daquele
monte que receberia a maior revelação de sua vida (Jo 8.51-58). Antes de chegar
a Moriá, Abraão segue alguns passos interessantes, que revelam as atitudes do
coração de um adorador.
1.1. Disposição
para atender.
Qual a pessoa que levantaria de madrugada para
sacrificar o próprio filho em obediência a Deus? Parece incrível, mas o Senhor
pediu exatamente o que havia dado como promessa a Abraão por sua lealdade e
obediência. Durante vinte e cinco anos, ele sonhou em ser pai e, quando já era
da idade de cem anos, sem qualquer possibilidade humana, Deus interveio na
situação e gerou do ventre estéril de Sara o filho da promessa (Gn 12.4; 21.5).
Não sabemos se ele dormiu, apenas que levantou de madrugada disposto a atender
sem restrições o pedido do Senhor (Gn 22.3).
Comente com os alunos sobre o que
pensaria Sara a respeito da atitude de Abraão. Talvez seja esse o motivo de se
levantar pela madrugada, exatamente para não ser impedido por ela. Pois qual a mãe
que não questionaria o Senhor ao ter que sacrificar aquilo que recebeu como
promessa? Merece ser especialmente destacado para eles a sensibilidade de
Abraão em discernir a voz de Deus e sua prontidão em obedecê-lo sem qualquer
murmuração.
1.2. Disposição
para o trabalho.
Abraão tinha empregados, mas não delegou a
nenhum deles estas tarefas (Gn 22.3). Existem provações que são somente nossas.
São batalhas que não poderemos contar com a participação de ninguém. Existem
obstáculos que temos que saltar sem auxílio algum para chegar ao nível que Deus
quer. Abraão carregou seu fardo sozinho e somente seu coração sabia o que
estava passando. Não é por acaso que o texto omite a pessoa de Sara. Ela, com
seu amor de mãe, certamente, o impediria e ele, por sua vez, não alcançaria o
testemunho de fé (Hb 11.17, 18).
Explique para os alunos que, durante
toda a sua vida de comunhão com Deus, Abraão sempre foi um homem de altares e
sacrifícios. Porém, agora, Deus lhe pede que sacrifique num altar o seu único e
amado filho (Gn 22.2). Uma tarefa humanamente impossível de se cumprir. Comente
com eles que, mesmo assim, Abraão não replica e sai em direção ao monte Moriá,
obedecendo, sem restrições, à ordem divina.
1.3. Direção
para prosseguir.
Abraão saiu para sacrificar seu filho, mas não
saiu sem direção (Gn 22.3). Deus não nos pede algo para nos deixar confusos. Abraão
está indo em direção ao monte Moriá porque conhece a voz de Deus, está
acostumado a ouvi-lo, tem intimidade, se relaciona. Assim como um filho conhece
a voz do pai à distância, Abraão segue adiante porque sabe que aquela voz lhe é
familiar. Abraão vai chegar a seu destino por dois motivos: primeiro, porque
está familiarizado com Deus; segundo, porque quem conhece a voz de Deus jamais
andará sem direção, mesmo quando nada faz sentido.
Esclareça para os alunos que é comum
pedir auxílio e ajuda em oração quando passamos por momentos tempestuosos em
nossas vidas. Informe para eles que, no entanto, existem provações que ficamos
a sós com Deus e devemos avançar calados, sem murmuração, acreditando que Ele
sempre sabe o que é melhor para nossas vidas.
2. Chegando
ao lugar de destino.
Durante três dias, Abraão caminhou em direção a
seu destino e, mesmo com o coração apertado em ter que sacrificar seu próprio
filho, ele vê o lugar de longe (Gn 22.4). O terceiro dia é sempre dia de
grandes revelações e Abraão estava prestes a presenciar algo marcante em sua
vida.
2.1. Ele
viu de longe o lugar.
Abraão era um homem de visão e, chegando a
Moriá, disse algo profético: “Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço
iremos até ali; e havendo adorado, tornaremos a vós” (Gn22.5). Existem níveis
que poucas pessoas podem alcançar e subir a Moriá é um deles. Moriá é o lugar
onde se sacrifica aquilo que mais se ama, aquilo que é único. Deus especificou
o que queria no altar: “o único, a quem amas”. Era como se dissesse. “Existe
algo entre mim e ti e precisa ser retirado”. Abraão tinha duas opções: ou
sacrifica Isaque ou sacrificava o próprio Deus. Como sabia que Deus era a
fonte, não temeu em obedecer (Rm 4.18).
Explique para os alunos que o
patriarca Abraão sempre foi um homem temente e obediente a Deus. Todavia,
nenhum teste poderia ter sido mais severo do que esse. Abraão provou para toda
a humanidade que a sua amizade com Deus estava acima de qualquer bem. Ressalte
para eles que Deus usou a fé de Abraão como um exemplo para todas as gerações
futuras (Gn 15.6).
2.2. O
centro da vontade de Deus.
Após três dias de caminhada Abraão chega ao
momento crucial de sua vida (Gn 22.9). Ele tem de imolar seu próprio filho.
Isaque vê a lenha, o fogo e o cutelo, mas não vê o cordeiro para o holocausto.
Isaque sabe que algo não está correto. Ele não é uma criança. Ele conhece os
procedimentos do sacrifício. Mas, assim como Abraão confia em deus, Isaque
confia em seu pai. Abraão sabia que deveria matar seu e Isaque sabia que
deveria morrer; um deveria sacrificar, outro deveria ser o sacrifício. Estar no
centro da vontade de Deus é exatamente isto (Gn 22.6-8).
Explique para os alunos que o0 ato de
ordenar a Abraão que matasse seu filho com as próprias mãos, obrigava o
patriarca a mata-lo primeiro em seu coração, assim não restaria dúvida nenhuma
de que estava realmente morto (Jo 12.24). Não deixe de comentar com os alunos
que jamais venceremos o externo se o interior não for realmente tratado. Deus
não trabalha com aparência, mas sim com transformação, e esta começa no
interior do coração de cada ser humano.
2.3. Disposto
a ir até o fim.
É incrível como Deus tem formas magníficas de
revelar a nós mesmos o que somos. Ele nos conhece, sabe de nossas limitações e
o potencial que temos. Nós é que precisamos nos descobrir. Por isso, Ele nos
prova, nos faz sangrar, chegar até as últimas consequências. Então, depois, o
Eterno se revela com bondade, amor e grandeza. O patriarca Abraão estava
realmente disposto a obedecer (Gn 22.10). Ele tinha consciência de que Deus
havia gerado Isaque das entranhas do nada, apenas pelo poder de Sua Palavra. O
escritor aos Hebreus afirma que Abraão considerou que deus era poderoso para
até dentre os mortos o ressuscitar (Hb 11.18). Abraão não creu porque alguém disse
algo a respeito de Deus. Ele creu em deus porque o conhecia.
Não deixe de comentar com os alunos
que a fé de Abraão ressalta através de suas declarações. Na subida de Moriá, o
patriarca disse aos seus moços: “Eu e o moço iremos até ali; e havendo adorado,
tornaremos a vós” (Gn 22.5). E para seu filho afirmou: “Deus proverá para si o
cordeiro para o holocausto” (Gn 22.8). Reforce para eles que Abraão acreditava
que, de algum modo, retornaria com o seu filho prometido.
3. Deus
proverá o cordeiro.
Moriá é o lugar onde Deus se revela com
intensidade a Abraão, onde lhe renova as promessas e o torna exemplo de fé para
todas as gerações. Em Moriá, Abraão avistou dois cordeiros: o que substituiu
Isaque e o que substituiu a humanidade.
3.1. A
revelação de Cristo vivo.
Na hora do sacrifício, Abraão é impedido por um
anjo. No entanto, não é um anjo comum. É o próprio Senhor Jesus que se revela
para ele, antes mesmo de ser gerado no ventre de Maria. Em Gênesis 22.1, 2, é o
Senhor que ordena a Abraão que sacrifique Isaque em Moriá. Mas, em Gênesis
22.12, o anjo que impede Abraão diz a seguinte frase: “Não estenda a tua mão
sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não
me negaste o teu filho, o teu único filho”. Observe atentamente a expressão
“não me negaste”. A confirmação dessa revelação aparece em João 8.56-58, quando
o próprio Jesus afirma que Abraão viu o Seu dia e se alegrou. Em outras
palavras, Abraão teve o privilégio de ver o Cristo antes que a humanidade
pudesse ver.
Esclareça para os alunos que o que
era sacrifício para Abraão se tornou em memorial de fé para a humanidade e
fonte de revelação para el. Reforce para eles que Abraão teve a coragem de
mostrar para Deus que Ele era mais importante do que tudo o que havia lhe dado.
Informe para eles que Deus, por Sua vez, prova para Abraão que não desejava
Isaque, apenas o seu coração livre e liberto.
3.2. A
porta dos inimigos.
Após revelar-se a Abraão, o Senhor lhe diz que,
por sua obediência, lhe abençoaria de tal forma que a sua descendência
possuiria “a porta dos seus inimigos” (Gn 22.16, 17). Fomos abençoados através
de Abraão e não com uma medida de benção qualquer, mas, como descendência dele,
o Senhor nos conferiu o dom de conquistar. A expressão “possuir a porta dos
inimigos” fala de grandes conquistas, de posse e de prosperidade em todas as
áreas de nossa vida.
Explique para os alunos que, naquela
época já havia esta revelação e um entendimento claro sobre esse assunto. Se
alguém conseguisse ter autoridade sobre as portas, então dominaria sobre a
cidade ou sobre o adversário. Por isso quando as pessoas declaravam uma bênção,
costumavam dizer “Que a sua descendência possua a porta dos inimigos (Gn
24.60). Ressalte para eles que possuir a porta ou cidade dos inimigos foi uma
promessa feita a Abraão que se estende a todos os que estão em Cristo, pois,
pela fé somos descendentes de Abraão (Gl 3.29). Informe para os alunos que
podemos extrair duas coisas deste princípio. Primeiro, existem portas naturais
e espirituais que o inimigo quer abrir ou fechar sobre nós. Segundo, quem
possui a porta tem autoridade. Em outras palavras, quem possuir a cidade
significa que possui as portas. Merece ser destacado para eles que, quando um
inimigo queria invadir uma cidade, logicamente procurava possuir as portas
porque dominando as portas dominaria uma cidade. Se, por alguma razão, o
inimigo tivesse acesso às portas, teria acesso à cidade. Esclareça para eles
que deus deu a nós, através da promessa feita a Abraão, o domínio das portas
dos nossos inimigos.
3.3.
Adorando a Deus.
A primeira menção da palavra “adorar” na Bíblia
aparece exatamente no capítulo 22 do livro de Gênesis. Tal referência nos
indica que o ato de adorar envolve três fatores: sacrifício, renúncia e
obediência. Isaque representa toda a barreira que nos impede de contemplar o
Senhor com exclusividade. Com Isaque em nosso coração, Deus fica em segundo
plano. É extremamente importante compreender que o nosso Deus não aceita
ninguém como rival (Mt 6.24). Por isso, devemos levar nosso Isaque a Moriá e
entrega-lo a Deus. O nome Moriá vem da palavra “Morá”, que em hebraico,
significa “temor”. Desta montanha, o temor de Deus percorreu a terra toda.
Outra versão diz que vem de “ora”, que quer dizer luz. Curiosamente, esse é o
mesmo lugar onde Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão, teve um encontro com
Deus quando fugia de Esaú (Gn 28.19).
Explique para os alunos que, mil anos
após o patriarcal, Salomão construiu o templo nessa elevação. A casa do Senhor,
entretanto, foi destruída pelo rei da Babilônia, Nabucodonozor, em 587 a.C.
Reconstruída no tempo de Esdras e Neemias, foi novamente destruída pelo general
Tito, no ano 70 de nossa era. Informe para eles que, atualmente, sobre o Monte
Moriá, encontra-se a Mesquita de Omar ou Domo da Rocha, um dos lugares mais
sagrados para os mulçumanos. Informe para eles que, do templo de Salomão,
restou apenas uma muralha na qual judeus de todo o mundo choram o seu exílio e
suas amarguras. O Muro das Lamentações é o último resquício da glória passada
de Israel.
Conclusão.
Matar seu filho com as próprias mãos obrigava o
patriarca a matá-lo primeiro em seu coração (Jo 12.24). Jamais venceremos o
externo se o interno não for realmente tratado. Deus não trabalha com
aparência, mas sim com transformação e esta começa no interior do coração de
cada ser humano.
Questionário.
1. O que Deus pediu que Abraão sacrificasse?
R: O sacrifício de Isaque, o seu
único filho (Gn 22.2).
2. Onde Deus pediu que Isaque fosse sacrificado?
R: No monte Moriá (Gn 22.2).
3. No terceiro dia, o que Abraão viu?
R: O patriarca viu o lugar de
longe (Gn 22.4).
4. O que viu Abraão em Moriá?
R: Ele viu o Cristo antes da
revelação para a humanidade (Gn 22.12; Jo 8.56-58).
5.O que devemos sacrificar em Moriá?
R: Os Isaques de nossas vidas (Jo
12.24).
Fonte: Revista Jovens e
Adultos, professor, 4º trimestre de 2015, ano 25, Nº 97, Maturidade Espiritual.
Muito Bom esse material me ajudou muito somente Deus possa te abençoar. esta presente em minhas orações a partir de hoje.
ResponderExcluirMANDAR PARA OS MEUS ALUNOS DA ESCOLA DOMINICAL DE tREMEMBÉ
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