segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Lição 1 Abraão, um adorador por excelência.



Lição 1 Abraão, um adorador por excelência.
4 de outubro de 2015.

Texto Áureo
Gênesis 22.5
“E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós”.

Verdade Aplicada
Abraão provou que seu amor e obediência à Deus estavam acima de tudo.

Objetivos da Lição

Mostrar a disposição de um coração adorador e a prontidão em atender a um pedido divino;
Ensinar que Abraão em nenhum momento questionou, mas creu porque conhecia a voz divina;
Esclarecer que Moriá é o lugar onde Deus remove os Isaques de nossos corações, para revelar-se e ampliar a bênção em nossas vidas.

Glossário
Albardar; Aparelhar o animal para carga;
Restrição; Sem permissão;
Crucial; Importante.

Leituras complementar:
Segunda       Hb 11.18
Terça              Gn 28.19
Quarta           Jo 8.51-58
Quinta           Sl 139.16
Sexta             Gl 3.6
Sábado          Rm 4.18

Textos de Referência.
Gênesis 22.1-4
1 E aconteceu depois destas coisas, que provou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.
2  E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.
3  Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e cortou lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.
4  Ao terceiro dia levantou Abraão os seus olhos, e viu o lugar de longe.

Hinos sugeridos.
126. 380, 545

Motivo de Oração
Ore para que o seu coração esteja sempre pronto a obedecer a Deus.

Esboço da Lição
Introdução
1. As atitudes de um adorador
2. Chegando ao lugar de destino
3. Deus proverá o cordeiro
Conclusão

Introdução
Deus ordena a Abraão que sacrifique em um altar o seu único e amado filho (Gn 22.2). O patriarca não replica e sai em direção ao monte Moriá, obedecendo, sem restrições, à ordem divina.


1. As atitudes de um adorador.
Sacrificar Isaque em Moriá não era uma tarefa fácil para Abraão. Era simplesmente assustador. Todavia, seria no cume daquele monte que receberia a maior revelação de sua vida (Jo 8.51-58). Antes de chegar a Moriá, Abraão segue alguns passos interessantes, que revelam as atitudes do coração de um adorador.



1.1. Disposição para atender.
Qual a pessoa que levantaria de madrugada para sacrificar o próprio filho em obediência a Deus? Parece incrível, mas o Senhor pediu exatamente o que havia dado como promessa a Abraão por sua lealdade e obediência. Durante vinte e cinco anos, ele sonhou em ser pai e, quando já era da idade de cem anos, sem qualquer possibilidade humana, Deus interveio na situação e gerou do ventre estéril de Sara o filho da promessa (Gn 12.4; 21.5). Não sabemos se ele dormiu, apenas que levantou de madrugada disposto a atender sem restrições o pedido do Senhor (Gn 22.3).

Comente com os alunos sobre o que pensaria Sara a respeito da atitude de Abraão. Talvez seja esse o motivo de se levantar pela madrugada, exatamente para não ser impedido por ela. Pois qual a mãe que não questionaria o Senhor ao ter que sacrificar aquilo que recebeu como promessa? Merece ser especialmente destacado para eles a sensibilidade de Abraão em discernir a voz de Deus e sua prontidão em obedecê-lo sem qualquer murmuração.
 
1.2. Disposição para o trabalho.
Abraão tinha empregados, mas não delegou a nenhum deles estas tarefas (Gn 22.3). Existem provações que são somente nossas. São batalhas que não poderemos contar com a participação de ninguém. Existem obstáculos que temos que saltar sem auxílio algum para chegar ao nível que Deus quer. Abraão carregou seu fardo sozinho e somente seu coração sabia o que estava passando. Não é por acaso que o texto omite a pessoa de Sara. Ela, com seu amor de mãe, certamente, o impediria e ele, por sua vez, não alcançaria o testemunho de fé (Hb 11.17, 18).

Explique para os alunos que, durante toda a sua vida de comunhão com Deus, Abraão sempre foi um homem de altares e sacrifícios. Porém, agora, Deus lhe pede que sacrifique num altar o seu único e amado filho (Gn 22.2). Uma tarefa humanamente impossível de se cumprir. Comente com eles que, mesmo assim, Abraão não replica e sai em direção ao monte Moriá, obedecendo, sem restrições, à ordem divina.

1.3. Direção para prosseguir.
Abraão saiu para sacrificar seu filho, mas não saiu sem direção (Gn 22.3). Deus não nos pede algo para nos deixar confusos. Abraão está indo em direção ao monte Moriá porque conhece a voz de Deus, está acostumado a ouvi-lo, tem intimidade, se relaciona. Assim como um filho conhece a voz do pai à distância, Abraão segue adiante porque sabe que aquela voz lhe é familiar. Abraão vai chegar a seu destino por dois motivos: primeiro, porque está familiarizado com Deus; segundo, porque quem conhece a voz de Deus jamais andará sem direção, mesmo quando nada faz sentido.

Esclareça para os alunos que é comum pedir auxílio e ajuda em oração quando passamos por momentos tempestuosos em nossas vidas. Informe para eles que, no entanto, existem provações que ficamos a sós com Deus e devemos avançar calados, sem murmuração, acreditando que Ele sempre sabe o que é melhor para nossas vidas.

2. Chegando ao lugar de destino.
Durante três dias, Abraão caminhou em direção a seu destino e, mesmo com o coração apertado em ter que sacrificar seu próprio filho, ele vê o lugar de longe (Gn 22.4). O terceiro dia é sempre dia de grandes revelações e Abraão estava prestes a presenciar algo marcante em sua vida.

2.1. Ele viu de longe o lugar.
Abraão era um homem de visão e, chegando a Moriá, disse algo profético: “Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e havendo adorado, tornaremos a vós” (Gn22.5). Existem níveis que poucas pessoas podem alcançar e subir a Moriá é um deles. Moriá é o lugar onde se sacrifica aquilo que mais se ama, aquilo que é único. Deus especificou o que queria no altar: “o único, a quem amas”. Era como se dissesse. “Existe algo entre mim e ti e precisa ser retirado”. Abraão tinha duas opções: ou sacrifica Isaque ou sacrificava o próprio Deus. Como sabia que Deus era a fonte, não temeu em obedecer (Rm 4.18).

Explique para os alunos que o patriarca Abraão sempre foi um homem temente e obediente a Deus. Todavia, nenhum teste poderia ter sido mais severo do que esse. Abraão provou para toda a humanidade que a sua amizade com Deus estava acima de qualquer bem. Ressalte para eles que Deus usou a fé de Abraão como um exemplo para todas as gerações futuras (Gn 15.6).

2.2. O centro da vontade de Deus.
Após três dias de caminhada Abraão chega ao momento crucial de sua vida (Gn 22.9). Ele tem de imolar seu próprio filho. Isaque vê a lenha, o fogo e o cutelo, mas não vê o cordeiro para o holocausto. Isaque sabe que algo não está correto. Ele não é uma criança. Ele conhece os procedimentos do sacrifício. Mas, assim como Abraão confia em deus, Isaque confia em seu pai. Abraão sabia que deveria matar seu e Isaque sabia que deveria morrer; um deveria sacrificar, outro deveria ser o sacrifício. Estar no centro da vontade de Deus é exatamente isto (Gn 22.6-8).

Explique para os alunos que o0 ato de ordenar a Abraão que matasse seu filho com as próprias mãos, obrigava o patriarca a mata-lo primeiro em seu coração, assim não restaria dúvida nenhuma de que estava realmente morto (Jo 12.24). Não deixe de comentar com os alunos que jamais venceremos o externo se o interior não for realmente tratado. Deus não trabalha com aparência, mas sim com transformação, e esta começa no interior do coração de cada ser humano.

2.3. Disposto a ir até o fim.
É incrível como Deus tem formas magníficas de revelar a nós mesmos o que somos. Ele nos conhece, sabe de nossas limitações e o potencial que temos. Nós é que precisamos nos descobrir. Por isso, Ele nos prova, nos faz sangrar, chegar até as últimas consequências. Então, depois, o Eterno se revela com bondade, amor e grandeza. O patriarca Abraão estava realmente disposto a obedecer (Gn 22.10). Ele tinha consciência de que Deus havia gerado Isaque das entranhas do nada, apenas pelo poder de Sua Palavra. O escritor aos Hebreus afirma que Abraão considerou que deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar (Hb 11.18). Abraão não creu porque alguém disse algo a respeito de Deus. Ele creu em deus porque o conhecia.

Não deixe de comentar com os alunos que a fé de Abraão ressalta através de suas declarações. Na subida de Moriá, o patriarca disse aos seus moços: “Eu e o moço iremos até ali; e havendo adorado, tornaremos a vós” (Gn 22.5). E para seu filho afirmou: “Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto” (Gn 22.8). Reforce para eles que Abraão acreditava que, de algum modo, retornaria com o seu filho prometido.  

3. Deus proverá o cordeiro.
Moriá é o lugar onde Deus se revela com intensidade a Abraão, onde lhe renova as promessas e o torna exemplo de fé para todas as gerações. Em Moriá, Abraão avistou dois cordeiros: o que substituiu Isaque e o que substituiu a humanidade.

3.1. A revelação de Cristo vivo.
Na hora do sacrifício, Abraão é impedido por um anjo. No entanto, não é um anjo comum. É o próprio Senhor Jesus que se revela para ele, antes mesmo de ser gerado no ventre de Maria. Em Gênesis 22.1, 2, é o Senhor que ordena a Abraão que sacrifique Isaque em Moriá. Mas, em Gênesis 22.12, o anjo que impede Abraão diz a seguinte frase: “Não estenda a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho”. Observe atentamente a expressão “não me negaste”. A confirmação dessa revelação aparece em João 8.56-58, quando o próprio Jesus afirma que Abraão viu o Seu dia e se alegrou. Em outras palavras, Abraão teve o privilégio de ver o Cristo antes que a humanidade pudesse ver.

Esclareça para os alunos que o que era sacrifício para Abraão se tornou em memorial de fé para a humanidade e fonte de revelação para el. Reforce para eles que Abraão teve a coragem de mostrar para Deus que Ele era mais importante do que tudo o que havia lhe dado. Informe para eles que Deus, por Sua vez, prova para Abraão que não desejava Isaque, apenas o seu coração livre e liberto.

3.2. A porta dos inimigos.
Após revelar-se a Abraão, o Senhor lhe diz que, por sua obediência, lhe abençoaria de tal forma que a sua descendência possuiria “a porta dos seus inimigos” (Gn 22.16, 17). Fomos abençoados através de Abraão e não com uma medida de benção qualquer, mas, como descendência dele, o Senhor nos conferiu o dom de conquistar. A expressão “possuir a porta dos inimigos” fala de grandes conquistas, de posse e de prosperidade em todas as áreas de nossa vida.

Explique para os alunos que, naquela época já havia esta revelação e um entendimento claro sobre esse assunto. Se alguém conseguisse ter autoridade sobre as portas, então dominaria sobre a cidade ou sobre o adversário. Por isso quando as pessoas declaravam uma bênção, costumavam dizer “Que a sua descendência possua a porta dos inimigos (Gn 24.60). Ressalte para eles que possuir a porta ou cidade dos inimigos foi uma promessa feita a Abraão que se estende a todos os que estão em Cristo, pois, pela fé somos descendentes de Abraão (Gl 3.29). Informe para os alunos que podemos extrair duas coisas deste princípio. Primeiro, existem portas naturais e espirituais que o inimigo quer abrir ou fechar sobre nós. Segundo, quem possui a porta tem autoridade. Em outras palavras, quem possuir a cidade significa que possui as portas. Merece ser destacado para eles que, quando um inimigo queria invadir uma cidade, logicamente procurava possuir as portas porque dominando as portas dominaria uma cidade. Se, por alguma razão, o inimigo tivesse acesso às portas, teria acesso à cidade. Esclareça para eles que deus deu a nós, através da promessa feita a Abraão, o domínio das portas dos nossos inimigos.

3.3. Adorando a Deus.
A primeira menção da palavra “adorar” na Bíblia aparece exatamente no capítulo 22 do livro de Gênesis. Tal referência nos indica que o ato de adorar envolve três fatores: sacrifício, renúncia e obediência. Isaque representa toda a barreira que nos impede de contemplar o Senhor com exclusividade. Com Isaque em nosso coração, Deus fica em segundo plano. É extremamente importante compreender que o nosso Deus não aceita ninguém como rival (Mt 6.24). Por isso, devemos levar nosso Isaque a Moriá e entrega-lo a Deus. O nome Moriá vem da palavra “Morá”, que em hebraico, significa “temor”. Desta montanha, o temor de Deus percorreu a terra toda. Outra versão diz que vem de “ora”, que quer dizer luz. Curiosamente, esse é o mesmo lugar onde Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão, teve um encontro com Deus quando fugia de Esaú (Gn 28.19).

Explique para os alunos que, mil anos após o patriarcal, Salomão construiu o templo nessa elevação. A casa do Senhor, entretanto, foi destruída pelo rei da Babilônia, Nabucodonozor, em 587 a.C. Reconstruída no tempo de Esdras e Neemias, foi novamente destruída pelo general Tito, no ano 70 de nossa era. Informe para eles que, atualmente, sobre o Monte Moriá, encontra-se a Mesquita de Omar ou Domo da Rocha, um dos lugares mais sagrados para os mulçumanos. Informe para eles que, do templo de Salomão, restou apenas uma muralha na qual judeus de todo o mundo choram o seu exílio e suas amarguras. O Muro das Lamentações é o último resquício da glória passada de Israel.

Conclusão.
Matar seu filho com as próprias mãos obrigava o patriarca a matá-lo primeiro em seu coração (Jo 12.24). Jamais venceremos o externo se o interno não for realmente tratado. Deus não trabalha com aparência, mas sim com transformação e esta começa no interior do coração de cada ser humano.

Questionário.
1. O que Deus pediu que Abraão sacrificasse?
R: O sacrifício de Isaque, o seu único filho (Gn 22.2).

2. Onde Deus pediu que Isaque fosse sacrificado?
R: No monte Moriá (Gn 22.2).

3. No terceiro dia, o que Abraão viu?
R: O patriarca viu o lugar de longe (Gn 22.4).

4. O que viu Abraão em Moriá?
R: Ele viu o Cristo antes da revelação para a humanidade (Gn 22.12; Jo 8.56-58).

5.O que devemos sacrificar em Moriá?
R: Os Isaques de nossas vidas (Jo 12.24).


Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 4º trimestre de 2015, ano 25, Nº 97, Maturidade Espiritual.

2 comentários:

  1. Muito Bom esse material me ajudou muito somente Deus possa te abençoar. esta presente em minhas orações a partir de hoje.

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  2. MANDAR PARA OS MEUS ALUNOS DA ESCOLA DOMINICAL DE tREMEMBÉ

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