Lição 8
AS MUDANÇAS DOS VALORES MORAIS
23 agosto de 2015
Texto do
dia
"Agora, pois, ó reis, sede prudentes;
deixai-vos instruir, juízes da terra."
(Sl 2.10)
Síntese
Acima das leis humanas, está a Lei de Deus.
Quando as primeiras atropelam a segunda, a Igreja precisa sempre obedecer ao
Senhor, e não aos homens.
Agenda de
leitura
Segunda - Gn 18.25 O Juiz de toda a Terra
Terça - Êx 18.13 O primeiro legislador do povo
de Deus
Quarta - Dt 16.18 O estabelecimento dos juízes
Quinta - Lv 19.15 Julgar o povo com justiça
Sexta - Pv 21.3 O julgamento justo vale mais
que sacrifícios
Sábado - At 4.19 A Deus devemos toda a nossa
obediência
Texto
bíblico
Romanos 13.1-7
1. Toda alma esteja sujeita às autoridades
superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades
que há foram ordenadas por Deus.
2. Por isso, quem resiste à autoridade resiste
à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
3. Porque os magistrados não são terror para as
boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o
bem e terás louvor dela.
4. Porque ela é ministro de Deus para teu bem.
Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro
de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.
5. Portanto, é necessário que lhe estejais
sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
6. Por esta razão também pagais tributos,
porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
7. Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem
tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra,
honra.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
As leis que visam regulamentar a prostituição
como atividade profissional e tornar a "união civil entre pessoas do mesmo
sexo" reconhecida pelo Estado não pretendem outra coisa senão uma mudança
na concepção dos valores morais.
O proselitismo homossexual, inclusive com o
patrocínio do Estado, já é uma realidade. O que será das novas gerações? Quais
valores morais orientarão a vida das futuras famílias? A lição de hoje tem como
objetivo discutir o papel da igreja em relação a esse contexto.
I - A
EXISTÊNCIA DOS VALORES MORAIS DESDE O PRINCÍPIO
1. O
ilusório sonho de um mundo sem valores morais. A mentalidade moderna acostumou-se à
ideia de que um mundo melhor só será possível quando não mais houver nenhum
valor moral, nenhuma regra e quando cada um puder andar conforme os seus
caprichos. Já houve um tempo assim na história de Israel e, podemos seguramente
dizer, não deu certo (Jz 21.25). Nessa época houve a necessidade de o Senhor
levantar os juízes para orientar o povo (Jz 2.10-23).
2. A
existência dos princípios em um mundo perfeito. Ainda no Éden, em
meio a um mundo perfeito, o Criador orientou o casal progenitor, oferecendo-lhe
uma constituição que é básica para qualquer sociedade até os dias atuais:
a) Deveres: "E tomou o Senhor Deus o homem
e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar."
b) Direitos: "E ordenou o Senhor Deus ao
homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente,"
c) Restrições/Proibições: "mas da árvore
da ciência do bem e do mal, dela não comerás;"
d) Punições: "porque, no dia em que dela
comeres, certamente morrerás".
Adão e Eva não foram deixados à mercê da sorte
ou de suas vontades próprias, mas receberam, da parte do Senhor, as necessárias
normas para o seu viver e agir (Gn 2.15-17).
3. A luta
humana contra a inclinação para o mal. Ao primeiro assassino da história humana,
disse o Senhor: "Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à
porta, o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo" (Gn 4.7b,
ARA). Séculos depois, o apóstolo Paulo falou de uma luta interior constante que
existia em seu ser, de forma que mesmo querendo fazer o bem, não conseguia
fazê-lo. Trata-se do poder do pecado, inerente à natureza humana (Rm 7.7-24).
Inclinados naturalmente ao mal, todas as nossas
tentivas de livrarmo-nos, por nós mesmos e com mecanismos e exercícios
puramente humanos, da maldição do pecado, é como tentar fugir da própria
sombra. Precisamos do auxílio do Espírito Santo de Deus que nos ajuda e
acompanha-nos em nossas fraquezas (Rm 8.26; 2 Co 12.9). Na realidade, as
práticas religiosas que têm como objetivo "proteger" as pessoas do
pecado, redundam em fracasso e, invariavelmente, transformam muitos em
orgulhosos que vivem a contar vantagem, pois acreditam ser eles mesmos a causa
de seu próprio processo de santificação.
Pense
Sendo o homem perfeito, como se explica o fato
de Deus ter concedido um breve código legislativo a ele, mesmo antes da Queda?
Ponto
Importante
Inclinados ao mal, precisamos da graça de Deus
que, através do sacrifício de Jesus Cristo e da companhia do Espírito Santo,
nos capacita a viver em santidade.
II -
ALGUNS EXEMPLOS DAS ABSURDAS "NOVAS LEIS"
1. União
civil entre pessoas do mesmo sexo. Totalmente à revelia da própria Carta Magna, a
constituição federal (que fala acerca do casamento ser entre um homem e uma
mulher), ativistas políticos e judiciais propõem uma flexibilização no texto
constitucional, conferindo status de família à união civil entre pessoas do
mesmo sexo.
Para a aceitação popular da ideia, os
programas, seriados e folhetins televisivos, sob o patrocínio do próprio
Estado, fazem uma ampla divulgação, transformando-se em um verdadeiro
proselitismo homossexual. Tal perversão é condenada na Bíblia do Antigo ao Novo
Testamento (Gn 18.17-19.29; Lv 18.22; 1 Co 6.10).
A aprovação do casamento homossexual visa
institucionalizar o pecado, como se a legalidade pudesse fazer dessa atitude
algo admirável. Nesse caso, a Palavra de Deus não apenas reprova quem pratica
tais atos, mas inclui nessa mesma reprovação, os que os aprovam (Rm 1.32).
2. A
homofobia.
O que eles denominam crime de homofobia é a aversão à homossexualidade. O
cristão evangélico não tem aversão às pessoas, e sim aos seus pecados.
Biblicamente, o homossexualismo é algo imoral e pecaminoso (Rm 1.26-32). Não
podemos chamar o mal de bem (Is 5.20; 1 Co 6.10,11). Não obstante, nossa
condenação da prática do homossexualismo, é prudente lembrar que a incitação ao
ódio e outras posturas de reconhecido teor de violência, não devem ser visto
entre aqueles que foram chamados por Deus e aceitaram a Palavra do Evangelho.
3.
Entorpecentes e aborto generalizado. Lamentavelmente, todos os dias, milhares de
pessoas destroem suas vidas por causa das drogas. Portanto, a legalização de
entorpecentes, como a maconha, por exemplo, é uma perversão total dos bons valores.
É institucionalizar a destruição do próprio corpo (1 Co 3.16,17). A prática
criminosa do aborto é claramente condenada na Palavra de Deus (Êx 20.13), pois
a vida pertence ao bondoso Criador (Dt 32.39; Ne 9.6; Jó 33.4).
A ilusória promessa de que o uso de drogas e a
prática do aborto darão liberdade às pessoas, não leva em conta a questão do
pecado e muito menos os efeitos físicos e psicológicos que tais abominações produzem. São muitos os prejuízos
decorrentes desses crimes.
Pense
É possível ser combativo em relação ao pecado
sem incorrer na chamada homofobia?
Ponto
Importante
As novas leis que tramitam no Congresso soam, a
muitos desavisados, como um avanço social, mas na verdade subjugam o ser humano
ao levá-lo a cometer crimes que, mesmo dentro da legalidade humana, continuarão
sendo pecados graves.
III - A
IGREJA PREPARADA PARA ENFRENTAR UM MUNDO DE VALORES INVERTIDOS
1. As
autoridades como "ministros de Deus". Paulo fala sobre a
submissão às autoridades, e afirma que elas foram constituídas por Deus (Rm
13.1-7). Evidentemente que o Criador não poderia deixar uma humanidade,
divorciada dEle, fazer o que achasse correto (Gn 6.5; Rm 3.10). Assim, as
autoridades foram instituídas por Deus - Paulo utiliza a expressão
"ministro", querendo dizer que elas são instrumentos do Senhor - para
o bem da sociedade e, ao mesmo tempo, para punir o mal (Rm 13.4).
É nessa perspectiva que o apóstolo dos gentios
instrui-nos a sermos obedientes às autoridades, até mesmo na questão tributária
(Rm 13.6,7). Em outras palavras, Paulo fala de representantes do poder público
que têm compromisso com o bem-estar social, com a manutenção da ordem, e servem
para correção divina na terra (Rm 13.1,2).
Não obstante, fica a dúvida: E quando a
"lei" humana contraria a vontade de Deus? Nesse caso específico, a
nossa atitude deve ser a mesma dos apóstolos diante das autoridades religiosas,
pois não se acovardaram quando lhes proibiram de pregar, antes responderam:
"Mais importa obedecer a Deus do que aos homens" (At 5.29b). Assim
agiram também em relação às autoridades políticas (At 24.1-26.32). Aliás, o
fato de padecerem perseguições era motivo de alegria para os primeiros crentes
(At 5.40,41).
2. A
inversão dos papéis pelos legisladores. Pelos poucos exemplos das leis absurdas que
citamos concluímos que, infelizmente, os que deveriam servir como
"ministros de Deus" preferiram desobedecer tal chamado e passaram a
defender o indefensável. Nesse particular, a igreja não pode curvar-se à
imoralidade, ainda que essa tenha sido institucionalizada (Dn 3.1-30; 6.1-27).
Infelizmente esse é o cenário que temos diante
de nós ainda nesse início de século. O que será das gerações futuras? Qual
referência de família elas terão? Como podemos ajudá-las?
3. Uma
real e dolorosa conclusão. Diante do exposto, perguntamos: "Será que, em vez de
ficarmos unicamente tentando evitar que determinadas leis sejam aprovadas - uma
vez que mais cedo ou mais tarde elas acabarão sendo uma realidade -, não
deveríamos ensinar a igreja a lidar com tais situações?"
Tal raciocínio está não apenas correto, mas
também é bíblico, pois o próprio Cristo disse: "bem-aventurados sois vós
quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra
vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão
nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós" (Mt
5.11,12). Tal constatação leva-nos a refletir acerca da verdade de que, mesmo
lutando contra o pecado, não poderemos deter a marcha insana do mal no mundo
(Sl 11.3). O que podemos fazer?
Para enfrentarmos os tempos trabalhosos
prenunciados pelo apóstolo dos gentios (2 Tm 3.1-5; 4.1-5), uma das medidas
mais eficazes consiste em solidificar nossos valores cristãos, através de um
vigoroso e qualitativo programa de educação cristã na igreja local (At 2.42;
5.42; 15.35; 16.4,5; Ef 4.11-16; 6.4; 2 Tm 2.2; 3.14-17).
Pense
Enquanto cristãos, como proceder caso tais leis
sejam aprovadas?
Ponto
Importante
A conclusão de que, cedo ou tarde, tais leis
serão aprovadas, leva-nos a pensar em formas de, ainda que não aceitando,
conviver com tais práticas pecaminosas.
CONCLUSÃO
Precisamos, independentemente das
circunstâncias, estar preparados até mesmo a sofrer prisões e outros tipos de
crueldade por amor a Cristo (Jo 16.2; Fp 1.29). Demonstremos amor pelas pessoas
que não servem a Deus, mas sejamos rigorosos com os atos imorais, pois para
isso nos chamou o Senhor (Ef 5.11).
Hora da
Revisão
1.
Como é chamado o período histórico vivido por Israel quando o povo de
Deus ficou sem orientação?
2.
Cite os quatro pontos da constituição que Deus
determinou a Adão e Eva.
3.
Enumere os quatro exemplos de leis absurdas que
estão tramitando no Brasil.
4.
Que perfil devem ter as autoridades que Paulo
disse para obedecermos?
5.
Em vez de simplesmente combater, o que podemos
ensinar à Igreja em relação a tais leis?
Fonte:
CPAD, Revista, Lições Bíblicas Jovens, alunos, 3º trimestre 2015.
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