Lição 10
O milagre da liberdade de Pedro.
06 de setembro de 2015
Texto
Áureo.
Atos 12.11.
“E Pedro, tornando a si, disse: Agora sei
verdadeiramente que o Senhor enviou o seu anjo, e me livrou da mão de Herodes,
e de tudo o que o povo dos judeus esperava”.
Verdade
aplicada.
A oração é a chave que nos dá acesso aos
compartimentos mais secretos do projeto divino. Ela pode nos revelar o como, o
quando e a maneira menos cansativa para a vitória.
Objetivos
da lição.
Ensinar que a perseguição
tinha por finalidade a extinção do cristianismo;
Mostrar o poder da oração
durante a intercessão da Igreja por Pedro;
Alertar quanto a necessidade
de estar preparados para receber o que pedimos a Deus em oração.
Glossário.
Miraculoso: Que não é comum;
Subestimar: Desqualificar sem
motivo;
Ilharga: Parte lateral do corpo.
Leituras
Complementares.
Segunda 1Co 8.2
Terça Pv 29.2
Quarta Rm 13.1-7
Quinta Ec 7.1
Sexta Lc 4.18, 19
Sábado Is 61.1
Textos de
Referência.
Atos 12.1-5
1 E por aquele mesmo tempo o rei Herodes
estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar;
2 E matou à espada Tiago, irmão de João.
3 E, vendo que isso agradara aos judeus,
continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos ázimos.
4 E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão,
entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem,
querendo apresentá-lo ao povo depois da páscoa.
5 Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a
igreja fazia contínua oração por ele a Deus.
Hinos
sugeridos.
3, 55, 107
Motivo de
oração.
Ore para que a vontade de Deus seja manifesta
em sua vida.
Esboço da
Lição.
Introdução.
1. A perseguição e a prisão de Pedro.
2. A oração que produz o sobrenatural.
3. Portas que se abrem.
Conclusão.
Introdução.
Era um tempo de perseguição a todos aqueles que
professassem o nome de Jesus. No entanto, a Igreja tinha uma arma poderosa: a
oração. Através dela, Pedro foi salvo da prisão de forma sobrenatural e
miraculosa.
1. A
perseguição e a prisão de Pedro.
A perseguição tinha como finalidade pôr fim ao cristianismo.
Para agradar aos romanos e alcançar o favor dos líderes judeus, o rei Herodes
usou a estratégia de acabar com os líderes, acreditando que a morte dos
pastores dissiparia o rebanho (At 12.1-3).
1.1.
Herodes, o perseguidor.
O rei Herodes Agripa I reinou na Palestina por
ordem do imperador Claudio, devido a serviços prestados aos romanos. Esse homem
perverso era neto de Herodes, o Grande, que havia mandado matar as crianças de
Belém, e sobrinho de Herodes Antipas, que havia ordenado a decapitação de João
Batista (Mt 2.13-8; Mc 6.14-29). Herodes pertencia a uma família dada a
intrigas e assassinatos, desprezada pelos judeus que não aceitavam a ideia de
serem governados por edomitas. Como era um político habilidoso, logo descobriu
a maneira fácil e barata de obter popularidade nacional: exterminar os líderes
cristãos. Ele fora informado que os cristãos eram considerados uma seita
fanática, apóstata, perigosa e sem possibilidade de ser recuperada para o
judaísmo. E para demonstrar zelo pela religião judaica, mandou executar Tiago e
encarcerou a Pedro, para mata-lo em seguida.
Informe aos alunos que Herodes foi um
instrumento do diabo para perseguir a Igreja, pois, naquele momento, o
Evangelho se espalhava pelo mundo, alcançando também os gentios. O diabo sabe
que a Igreja é vitoriosa e que as forças do mal jamais poderão destruí-la. Se
ele não pode destruir a Igreja, ele vai maltratar os cristãos. Herodes ordenou
a prisão de vários cristãos e alguns foram mortos, dentre eles o apóstolo Tiago
(irmão de João e primo de Jesus). Pedro seria a próxima vítima. Ressalte para
eles que o diabo perseguirá a Igreja maltratando a sua liderança. Se você
deseja destruir um grupo, destrua a sua liderança. O alvo do diabo era matar ou
maltratar os líderes da Igreja. Tiago já havia sido morto e o próximo seria o
Apóstolo Pedro, que estava preso, sob forte vigilância. Esta mesma tática é
usada hoje, quando os líderes da Igreja e suas respectivas famílias sofrem os
mais implacáveis golpes do inimigo. Por isso a Bíblia recomenda que a Igreja
ore pelos seus líderes espirituais e os tenham em alta consideração (Hb 13.7,
17; 1Ts 5.12-13).
1.2.
Dormindo na prisão.
Pedro tinha noção do risco que corria. Ele
sabia que Tiago já havia sido morto e era o próximo. Mesmo assim, antes de
dormir, tirou as sandálias, a capa e se preparou para uma boa noite de sono.
Será que conseguiríamos dormir diante da possibilidade de sermos executados no
dia seguinte? O fato é que Pedro dormiu e o sono foi tão tranquilo que o anjo
teve que despertá-lo (At 12.6.7; Sl 4.8). Mesmo na prisão, Pedro entregou toda
a situação ao Senhor e Deus lhe deu paz e descanso. Talvez, sua paz se
originasse de saber que a Igreja fazia contínua oração a Deus por sua vida.
Assim, mesmo não sabendo como ou quando Deus o livraria, sabia que o livramento
estava a caminho (At 12.5).
Comente com os alunos que Deus sempre
envia paz ao crente perseguido (At 12.6). Enquanto a Igreja orava, Pedro dormia
tranquilamente mesmo naquela situação. Somente a oração é capaz de nos trazer a
paz de deus em momentos de dificuldades (Is 41.10; Fp 4.6-7). Pedro se
apropriou da promessa de Deus: “Em paz me deito e logo pego no sono, porque
Senhor, só tu me fazes repousar seguro” (Sl 4.8).
1.3. A
morte de Tiago e a prisão de Pedro.
Pedro e Tiago eram homens dedicados e ao mesmo
tempo importantíssimos para a Igreja. Mas, em Sua vontade soberana, o Senhor
resolveu recolher Tiago e prosseguir com Pedro. Estava se cumprindo o que
pediram a Deus em oração após a segunda perseguição (At 4.29, 30). Herodes
estendeu sua mão para destruir a Igreja e Deus estava estendendo Sua mão para
realizar sinais e prodígios, a fim de glorificar Seu Filho. Deus permitiu que
Herodes matasse Tiago, mas o impediu de fazer mal a Pedro, mostrando que era o
trono celeste que estava no controle e não o governante da Terra.
Não se esqueça de ressaltar para os
alunos o quanto é bom saber que, por mais difíceis que sejam as provações ou
por mais decepcionantes que sejam as notícias, Deus ainda está assentado em Seu
trono e está no controle de todas as coisas. Talvez nem sempre compreendamos
Seus caminhos, mas sabemos que Sua vontade soberana é o que há de melhor.
2. A
oração que produz o sobrenatural.
Certamente, a situação de Pedro parecia sem
esperança no âmbito natural. Ele estava acorrentado entre dois soldados do lado
de dentro e do lado de fora havia dezesseis soldados que guardavam a prisão.
Herodes fechou todas as possibilidades humanas, só não contava com a divina,
que foi movida pela contínua oração da Igreja (At 12.5).
2.1. A
oração e sua eficácia.
O exercício que Jesus mais praticou quando
estava entre os homens foi a oração. Ela é a comunicação direta com o Pai,
tanto no sentido de comunhão, quanto das instrução, revelação, direcionamento,
governo e intervenções poderosas de Deus (Mt 21.22; Fp 4.6; 1Jo 1.15; Jo 14.3).
Jesus tinha por hábito orar à tarde, à noite e sempre pela manhã atuava com
grande poder. Ele ensinou que a oração pode tudo (Mt 11.24). A igreja do
primeiro século era alicerçada na oração e, conhecendo a maldade de Herodes,
buscou em Deus um milagre (At 2.42). O pregador puritano Thomas Watson disse
certa vez “Não devemos jamais subestimar o poder de uma igreja que ora!” O anjo
chamou Pedro na prisão, mas foi a oração que foi buscar o anjo.
Pergunte para os alunos o que se deve
fazer quando tudo parece estar perdido. Argumente com eles que a única
alternativa foi a tomada pela Igreja Primitiva, isto é, buscar a solução em
Deus. Se nos posicionássemos em oração para que de Deus viesse uma resposta,
não perderíamos tanto tempo. Certamente, descansaríamos em Deus e o céu se
moveria com certeza. Tenhamos sempre em mente o exemplo do apóstolo Pedro que
conseguiu dormir, um exemplo prático de quem confia a vida nas mãos de Deus.
2.2. Uma
luz vinda dos céus.
Deus enviou o livramento, mas o que provocou
tal visitação? A intercessão da Igreja (At 12.5). Mesmo com toda a precaução
tomada por Herodes, Deus prova que está no comando e, quando é acionado, envia sempre
em defesa dos Seus o melhor que possui (At 12.7ª). O cárcere representa o poder
das trevas, que amarra a vida humana tornando-a impotente. O poder de Deus é a
luz que penetra nas trevas e liberta os encarcerados (Sl 146.7, 8; Is 61.1; Lc
4.18, 19).
Informe aos alunos que Deus sempre
envia luz no meio das trevas (At 12.7). Enquanto a Igreja orava, Deus
iluminava. Uma luz sobrenatural foi derramada sobre a prisão. Não podemos nunca
nos esquecer de que Deus derrama luz nas nossas trevas (Sl 112.3).
2.3. O
toque da liberdade.
Uma noite antes da sentença e da execução,
Perro é visitado milagrosamente por um anjo (At 12.7). Antes de despertá-lo, o
anjo toca Pedro na ilharga e ele foi liberto das cadeias. Logo em seguida, foi
posto de pé para sair daquele cárcere. O milagre foi tão espetacular que Pedro
se tornou invisível aos olhos de toda a guarnição. Tanto a de dentro quanto a
de fora (At 12.9, 10). Pedro foi despertado, liberto e posto de pé. Como Pedro,
muitos dormem algemados e precisam de um toque que desperte e liberte suas
vidas.
Explique para os alunos que a Igreja
tem poder para interceder e para que milagres aconteçam. Precisamos acreditar
no sobrenatural, pois viver sem oração é como duelar sem armas. Ressalte para
eles que a oração é a grande arma que a Igreja possui para enfrentar as
perseguições do mal.
3. Portas
que se abrem.
“Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a
igreja fazia contínua oração por ele a Deus” (At 12.5). Esse pequeno e simples
advérbio “mas” muda tudo. Significa que, se estamos em ação, Deus muda o
quadro. Enquanto o inimigo se preparava para o golpe final, o Senhor se revelou
e mudou a situação.
3.1. Vem
e segue-me.
Para muitos. Pedro estava Preso; para Deus, ele
estava guardado (At 12.5). O anjo fez tudo de modo a revelar que Deus domina as
circunstâncias. Mandou Pedro se revestir, sem esquecer nenhuma peça de roupa
necessária para atravessar a cidade e à noite. Os soldados não eram problema,
tudo estava sob controle. Os planos e propósitos de Deus são tão firmes e
seguros que não há correria! Nada de preocupação para a vida espiritual de quem
está dentro de Seus planos. Pedro passou por três portões e o terceiro era de
ferro (At 12.10). Não são poucas as portas de ferro postas pelo inimigo para
nos impedir a libertação. Mas quando o Senhor está à nossa frente, elas se
abrem naturalmente.
Esclareça para os alunos que muitos
cristãos jamais alcançarão a experiência de Pedro. Porque mesmo que o Senhor
remova todas as suas cadeias e sejam libertos, eles ficam intimados ao
deparar-se com outras portas fechadas. Acham desencorajador e são tentados a
desistir. Mostre para eles que aqui se encontra uma grande chave: cada porta
pela qual Pedro passava era aberta de modo sobrenatural pelo anjo que ia a sua
frente. A função de Pedro era apenas continuar se movendo em fé.
3.2.
Pedro está às portas.
Deus faz o impossível, nos abre as primeiras
portas (At 12.13-16). Mas algumas, nós mesmos temos que abrir. E por que faz
isso? Ele sabe que mesmo com as nossas mais fervorosas orações ainda podemos
ter um cantinho de incredulidade no coração. Parece incrível que aquele povo
que orava pela libertação de Pedro não cresse que estava às portas.
Comente com os alunos que Deus sempre
espanta o Seu povo com milagres (At 12.11-16). Enquanto a Igreja Orava, deus
fazia milagres. Quando já solto, o anjo deixou Pedro livre e sozinho. Então,
Pedro, caindo em si, disse: Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o
seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de toda a expectativa do povo judaico
(At 12.11). Pedro se dirige a casa de Maria para dar a boa notícia de que Deus
havia respondido às suas orações. O problema é que, quando Pedro bateu a porta,
os irmãos não acreditaram que deus havia respondido às suas orações, exceto a
criada Rode (At 12.13-15). Os irmãos acreditavam em Deus, por isso oraram
incessantemente por Pedro. No entanto, quando a resposta bateu à porta de onde
eles oravam, eles se recusaram a crer. Merece ser especialmente comentado com
eles que repetiu-se a história de Zacarias pai de João Batista (Lc 1.5-25).
Sendo assim, Pedro continuou batendo até que eles abriram e viram o milagre de
Deus (At 12.16).
3.3. Tudo
é possível ao que crê.
É interessante como podemos não estar
preparados para receber o que pedimos a Deus em oração (Mt 21.22). Aqueles
fiéis irmãos não estavam abertos ao que Deus poderia fazer (At 12.12-16).
Quando finalmente abriram a porta, aqueles santos que oravam ficaram espantados
e se maravilharam diante da gloriosa libertação de Pedro, que não teria
ocorrido a menos que eles agissem baseados no que acreditavam acontecer. Em
cada uma de nossas comunidades, asa pessoas estão batendo à porta. Elas esperam
encontrar uma Igreja convicta de que Deus deseja libertar as pessoas do cárcere
de suas almas. Elas buscam esperança para o desespero, esperam encontrar em nós
um refúgio para suas angústias.
É extremamente importante lembrar
para os alunos que Deus sempre estará pronto para se mover em resposta às
nossas orações. Todavia, Ele precisa que acreditemos pela fé naquilo que
pedimos (Mc 9.23). Desse modo, veremos o Seu poder transformando estas vidas. A
oração nos conecta com aquilo que as possibilidades humanas não resolvem.
Conclusão.
Pedro não era apenas o refém de uma potestade
governamental. Ele foi preso por uma força espiritual que manipulava um homem
poderoso para fins demoníacos. Mas a Igreja fez o seu papel e Deus respondeu de
forma sobrenatural. A oração pode todas as coisas (Mc 9.23).
Questionário.
1. Como reagiu a Igreja ao saber da prisão de
Pedro?
R. A Igreja fez contínua oração
(At 12.5).
2. Quem mandou encarcerar a Pedro?
R. O rei Herodes (At 12.1-3).
3. Como Pedro se encontrava quando o anjo
chegou?
R. Pedro dormia (At 12.6).
4. O que aconteceu quando o anjo tocou em
Pedro?
R. Caíram-lhe as algemas (At
12.7).
5. Para muitos, Pedro estava preso, mas, para
Deus, como ele estava?
R. Para Deus, ele estava guardado
(At 12.5).
Fonte: Revista Jovens e
Adultos, professor, 3º trimestre de 2015, ano 25, Nº 96, Sinais, Milagres e
Livramentos do Novo Testamento.
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