segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Lição 06 - O caminho da fidelidade conjugal.

Lição 06 - O caminho da fidelidade conjugal.
08 de fevereiro de 2015

Texto Áureo
“Não obstante, vós, cada um em particular também ame a própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite ao marido” Ef 5.33

Verdade Aplicada
A fidelidade conjugal é uma decisão que se toma com consciência, regada e movida pelo amor.

Objetivos da Lição
1. Demonstrar que a fidelidade é um princípio bíblico;
2. Fortalecer a relação conjugal, entendendo que a mutualidade é o desenvolvimento de uma realidade partilhada entre o casal;
3. Desenvolver o amor incondicional, evidente na própria natureza de Deus.

Glossário
Mutualidade: Reciprocidade, troca;
Promiscuidade: Mistura confusa e desordenada;
Submissão: Ato ou efeito de submeter-se.

Textos de referência
Ef 5.22-25
22  As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor;
23  porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo.
24  Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido.
25  Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,

Leituras complementares
Segunda:      Ef 5.22-28
Terça              Nm 23.19
Quarta           Pv 4.23
Quinta           1Pe 3.7
Sexta             1 Jo 3.16
Sábado          Ml 2.14

Esboço da Lição
Introdução
1. O compromisso de fidelidade no casamento
2. Os desafios da fidelidade
3. Os benefícios da fidelidade
Conclusão

Introdução
Vivemos um tempo de escassez de fidelidade na área dos relacionamentos. A cultura do descartável prega cada vez mais a superficialidade, frieza e distância (Mt 24.12). A fidelidade conjugal é um caminho estabelecido pelo próprio Deus. É uma decisão movida pelo amor que se toma com consciência, liberdade e antecedência.

1. O compromisso de fidelidade no casamento
O casamento não é meramente um acordo sexual que se mantém inviolável, mas um compromisso santo diante de Deus. Por meio desse compromisso, o homem aceita a responsabilidade de agir com fidelidade em relação à sua esposa. O Senhor considera esses votos como uma prova do desejo do homem de amar a esposa assim como Cristo amou a Igreja (Ef 5.25). Quando o homem viola a lei do amor, quebra seus votos e enfraquece a aliança com sua mulher. As evidências desse compromisso de amor são o altruísmo, a vontade de fazer o bem à pessoa amada e o desejo de viver em unidade.

1.1  Amor e mutualidade entre homem e mulher
Para que uma relação perdure deve haver mutualidade, o que implica no envolvimento comum numa história de vida, no desenvolvimento de uma realidade partilhada entre o casal, na compreensão das semelhanças e diferenças entre eles e em um esforço mútuo para equilibrar a relação. Por isso a Palavra de Deus afirma que o marido deve amar sua esposa e a esposa deve, em uma missão conjunta, sujeitar-se a seu marido (Ef 5.22,25).

Amar e cultivar o romantismo, é investir no cônjuge, é buscar a sua felicidade e fazer do casamento não o cenário cinzento de uma vida monótona de rotina, mas um lugar de vida plena, radiante e cheia de conquistas.  (Hernandes Dias Lopes em “Casados e Felizes”).

1.2 Fidelidade dos cônjuges
A fidelidade conjugal é uma decisão que se toma com consciência regada e movida pelo amor. Ninguém é forte o suficiente para lidar com as paixões da carne sem ter se preparado para isso (Pv 4.23). Um cônjuge fiel fecha os olhos, tampa os ouvidos, evita lugares, pensamentos e momentos que o levarão ao pecado. O casamento precisa ser um jardim regado e cuidado todos os dias pela Palavra de deus. Por conseguinte, a prática do amor sacrificial levará à compreensão, comunhão e respeito e culminará na fidelidade (Ct 6.3). A cama do adultério pode ser macia e cheia de encantos, mas ela deixa espinhos no coração, peso na consciência e tormentos na alma. Somente o temor do Senhor, o compromisso de fidelidade e o amor altruísta podem livrar os cônjuges da sedução, das propostas fáceis e das ofertas tentadoras.

1.3 As necessidades sexuais de cada um
O apóstolo Paulo fala sem reservas e com clareza a respeito da importância e das realidades das relações sexuais no casamento (1Co 7.3-5). Em uma época em que a esposa era considerada legalmente propriedade do marido. Paulo faz uma declaração muito a frente do seu tempo. Essa declaração instrui os casais sobre a responsabilidade de se relacionarem sexualmente de forma fiel. O sábio Salomão também registrou essa importância dando a clara evidência de que homem e mulher têm o direito a relações sexuais mútuas no casamento (Ct 2.16).

Paulo diz aos cristãos casados que as relações sexuais proporcionam prazer a ambos e constituem uma parte importante da vida conjunta. Indica, portanto, que o sexo deve ser frequente e recíproco. Um cônjuge não têm permissão de negar o sexo ao outro. A Palavra de Deus é específica nesse sentido (1Co 7). A grande preocupação de cada cônjuge não deve ser de obter prazer sexual, mas de proporcioná-lo. O maior prazer sexual deve ser o de ver o cônjuge sentir prazer. O casamento é uma aliança estabelecida pela Palavra de Deus (Hb 13.4).

2. Os desafios da fidelidade
Fidelidade significa um compromisso duradouro com o bem-estar e o crescimento do outro. É comprometer-se com integridade e felicidade para que cada dom, talento e capacidade tenha a oportunidade de desabrochar e florescer. Tanto o marido quanto a esposa são chamados a sacrificar-se pelo progresso do outro. Fidelidade significa que nos recusamos a tomar atitudes superiores um para com o outro. Devemos rejeitar os jogos pelo poder, a falsa superioridade e a hierarquia artificial nos relacionamentos. A fidelidade está intimamente ligada à honestidade e à transparência de ambas as partes.

2.1 O amor incondicional do esposo
Quando Deus diz em Sua Palavra que o homem deve amar a esposa como Cristo amou a Igreja, cabe a ele descobrir como cristo o fez, para que saiba a maneira correta de agir (Ef 5.25). As evidências do amor são altruísmo, a vontade de fazer o bem à pessoa amada e o desejo de viver em unidade. Geralmente o amor entre os cônjuges é associado de forma romântica e apaixonada, pois a vida de encantamento. No entanto, a afirmativa de Paulo leva ao amor que se fundamenta na disposição de sacrificar, sem vantagens, sem benefícios, em favor da esposa. O amor que nivela as diferenças é o amor sacrificial, o amor de renúncia, de doação e de entrega.

O amor do esposo pela esposa é manifesto quando se perde vantagens em favor da esposa. É abrir mão do seu direito, é abrir mão do seu direito, é abrir mão da razão para ser feliz. É o amor do sacrifício. É dar a vida por ela como Cristo nos amou (1Jo3.16).

2.2 Submissão da mulher
O apóstolo Paulo ordena que a mulher seja submissa a seu marido (Ef 5.22-24). Infelizmente, uma das maiores artimanhas do inimigo é esvaziar o sentido das palavras. Nenhuma palavra foi mais distorcida do que “submissão”. Precisamos, então, compreender o significado deste termo. Para isso, vejamos o que não é submissão. Submissão não é inferioridade. Devemos desinfetar a palavra “submissão” de seus sentidos adulterados. A mulher não é inferior ao homem. Ela é tão imagem de Deus quanto o homem. A mulher, de acordo com a Palavra de Deus, é auxiliadora, do marido e não uma escrava. Os homens devem coabitar com as mulheres com honra (1Pe 3.7), isso é tão imperativo que está sob pena de suas orações serem impedidas. Nunca foi propósito de Deus que a mulher fosse hostilizada, como aconteceu ao longo da história, a ponto de serem mutiladas e impedidas em seus direitos civis e sociais. Muito pelo contrário, a mulher é vista na Bíblia como alguém tão digna de ser amada a ponto do homem ter que deixar pai e mãe para unir-se a ela, formando com ela uma só carne (Gn 2.24).

Sem as mulheres e suas virtudes naturais dadas por Deus, os homens tornam-se seres dedicados apenas ao trabalho, à matéria, ao concreto e aos resultados estatísticos e financeiros. As mulheres são aquelas que convidam o homem a enxergar um lado da vida que sozinho não poderia enxergar. Mulheres são mais intuitivas, relacionais, afetivas e amorosas. O desejo de deus não é que ela esteja nem abaixo, nem acima do homem. Ela foi criada para estar ao lado do homem.

2.3 Promiscuidade e pornografia
Em meio à enxurrada de informações do cotidiano, podemos receber com a maior facilidade o ataque desenfreado ao mais íntimo dos nossos pensamentos, com mensagens e convites para acesso fácil e rápido a pornografia. Ao mesmo tempo em que a tecnologia nos auxilia, também polui a nossa mente. Vê-se que a sexualidade está muito distorcida em nossos dias. Nossa tarefa, enquanto cristãos, é passar cuidadosamente e com integridade por tudo isso. Não devemos jamais alimentar nossa mente com pornografia, pois ela vagueia através dos pensamentos e pecamos, podendo inclusive nos levar a concretizar o pecado. A mente desocupada leva ao pecado (2Sm 11.2).

O pecado distorceu o sexo de muitas formas. A pornografia, seja por meio de revistas, da televisão ou da tela do computador, foi criada especificamente para alimentar pensamentos lascivos. Quanto mais os estimulamos, menos controle temos sobre eles. A pornografia é uma distorção da sexualidade, pois nela vemos uma sexualidade incompleta, voltada somente para o aspecto físico, uma atividade lasciva e um exercício manipulador sobre ouros. Somente com a ajuda do Espírito Santo podemos vencer a lascívia. Mesmo que os desejos da velha natureza guerreiem contra os membros do corpo, querendo que eles façam aquilo de que gostavam antes, nossa força vem da palavra de Deus (Gl 5.16).

3. Os benefícios da fidelidade
Deus valoriza a fidelidade e prometeu bênçãos transformadoras ao povo de Israel se fosse obediente e fiel a Ele (Lv 26.3-13). Na vida conjugal, quando nos comprometemos com o nosso cônjuge, desfrutamos das bênçãos que uma relação a dois pode proporcionar.

3.1 Segurança no casamento
A fidelidade traz segurança e estabilidade para o casamento. A Bíblia declara que no temor do Senhor há firme confiança e Ele será um refúgio para seus filhos (Pv 14.26). A fidelidade proporciona segurança espiritual e emocional que é indispensável ao bom relacionamento conjugal. Fator indispensável à estabilidade no casamento. Sem fidelidade, o casamento desaba, As estruturas do matrimônio não foram preparadas para suportar o peso da infidelidade, cujos efeitos sobre toda a família são devastadores. A fidelidade estabelece confiança e segurança no casamento, que por sua vez cria um ambiente de estabilidade, um relacionamento seguro e duradouro em alicerces sólidos. É através da fidelidade que se cumpre em nossas vidas a Palavra de Deus (Mt 19.6).

3.2 Prosperidade no lar
A fidelidade é o princípio da verdadeira prosperidade entre casais e na família, e só é possível através do amor a Deus. Quem ama verdadeiramente é fiel. Se quisermos viver em prosperidade, precisamos buscar incessantemente a fidelidade. Ela traz em si a honra tanto para o Senhor quanto para o servo (Pv 8.17, 18). Aplicando em nossos corações o amor incondicional, o amor de Deus, experimentaremos a verdadeira prosperidade em nossas vidas.

3.3 Paz com Deus
O princípio da paz em Cristo rege-se pela fidelidade a Ele e à Sua Palavra. Quando nosso coração se aplica à fidelidade no relacionamento, podemos deitar em nossa cama e com mente tranquila ter paz com Deus e com nossa família. Paulo, ao escrever aos Filipenses (Fp 4.6-8), fala de uma paz que excede todo o entendimento que guarda nossos corações e sentimentos. Vale a pena ser fiel, o resultado será traduzido no lar com o cônjuge e os filhos, e, consequentemente, em toda nossa maneira de viver.

Conclusão
O voto solene de fidelidade no casamento não é uma mera formalidade, é um compromisso diante de Deus (Ml 2.14). A fidelidade deve ser praticada para preservação do casamento, da família e da comunhão com Deus.

Questionário

1.    Como Deus considera os votos do casamento?
R: Como uma prova do desejo do homem de amar a esposa, assim como Cristo amou a Igreja (Ef 5.25).

2.    De acordo com a palavra de deus, quem é a mulher?
R: Ela é tão imagem de Deus quanto o homem. É auxiliadora e aquela que está mais próxima do marido e não uma escrava (Gn 1.26; 2.18).

3.    O que acontece com a mente desocupada?
R: Ela concretiza o pecado (2Sm 11).

4.    O que a fidelidade traz para o casamento?
R: Segurança e estabilidade (Pv 14.26).

5.    Quais são os benefícios da fidelidade?
R: Segurança no casamento, prosperidade no lar e paz com Deus (Fp 4.6-8).


Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa – Editora Betel.

Revista: Fidelidade – Editora Betel – 1º Trimestre de 2015

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