domingo, 8 de fevereiro de 2015

Lição 7 – A Fidelidade entre pais e filhos.

Lição 7 – A Fidelidade entre pais e filhos.
15 de fevereiro de 2015.

Texto Áureo
“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, pois isto é justo.” Ef.6.1

Verdade Aplicada
A fidelidade entre pais e filhos credencia a família a apossar-se de sublimes promessas de deus, de modo a viver muitos dias e viver bem.

Objetivos da Lição
a.    Expor resumidamente o papel de pais e filhos;
b.    Entender que disciplina, amizade e companheirismo devem conviver harmoniosamente;
c.    Destacar que a aplicação da Palavra de Deus traz resultados surpreendentes.

Glossário
Ônus: encargo, obrigação, responsabilidade;
Altruísta: solidário;
Exarados: entalhado, lavrado e talhado.

Hinos sugeridos
227, 380, 351

Textos de referência
Ef 6.1-4
1. Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, pois isto é justo.
2. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,
3. Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
4. E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.

Leituras Complementares
Segunda       Êx 20.12
Terça              Dt 27.16
Quarta           Jr 35.1-19
Quinta           Ml 4.6
Sexta             Cl 3.20,21
Sábado          Nm 36.1-13

Esboço da Lição
Introdução
1.    O desafio da Filadélfia entre pais e filhos
2.    O desafio de disciplinar com amor
3.    Resultados da fidelidade entre pais e filhos
Conclusão

Introdução
Fidelidade entre pais e filhos é a convivência na qual os pais assumem ônus da paternidade responsável (amor, carinho, proteção, etc.). Nesse convívio criam-se vínculos e laços de amor fraternal. Assim, o resultado da fidelidade paternal é amor, respeito e honra por parte dos filhos. Embora a realidade atual apresente mudanças no padrão do relacionamento família, veremos que a Bíblia possui princípios imutáveis para um relacionamento fiel entre pais e filhos.

1.  O desafio da fidelidade entre pais e filhos.
A crise familiar surgiu desde o momento em que o homem deixou de observar os princípios da Palavra de Deus (Gn 3.1-7), resultando em várias consequências: desrespeito aos pais (Gn 9.22, 24, 25), profanação (Gn 49.3, 4), incesto (2Sm 13.11-14), subversão (2Sm 15.12-14) e homicídio (Gn 4.8). Ainda hoje, esses males continuam ocorrendo pela inobservância da Palavra de Deus (2Tm 3.2; Ef 6.4).

1.1 O papel dos pais
O livro de Provérbios, verdadeiro manancial de conselhos paternos, exprime com muita clareza que os pais são responsáveis por legitimar ou repelir conhecimentos e valores adquiridos pelos filhos (Pv 1.8-19), exercer mediação entre os filhos e o mundo e empenhar-se no seu desenvolvimento físico, mental, social e profissional. Na família cristã, o pai, além de suprir as necessidades básicas, precisa ser sacerdote e continuamente apresentar sua família a Deus (Jó 1.5), e pastor, criando na vida dos filhos um padrão de moralidade com base nas Escrituras (Pv 2-3). Além de prover e educar, os pais devem impor limites de maneira sensata, transmitindo valores éticos sólidos, capazes de fazer com que os filhos ajustem seus comportamentos às exigências da vida dentro da coletividade e obedeçam a regras básicas de convivência (Pv 4-7).

1.2. O papel dos filhos
Os filhos ocupam um lugar especial na família. Eles são os responsáveis pela coroação da família, dando o sentido de um lar completo. A Bíblia é enfática ao afirmar que os filhos são herança do Senhor (Sl 127.3-5). Filhos ocupam um lugar de honra na família, contudo, devem submissão aos pais (Pv 15.20; 17.6). O texto Bíblico diz que isso é justo (Ef 6.1). Eles devem honra aos progenitores até mesmo depois de constituírem suas próprias famílias. Nessa fase os filhos terão dupla oportunidade: cuidar dos pais e chefiar seus lares.

1.3 Amizade e companheirismo
Os pais devem educar seus filhos, apoiá-los com firmeza e confiança e ser seus melhores amigos (Pv 4.3-27). Os laços de amizade e companheirismo entre pais e filhos tornam essa relação a parceria mais ideal e confiável (Sl 2.12). A amizade não é exigida, não se conquista de maneira forçada, sob pressões e ameaças, mas espontaneamente, independentemente de obtenção de recompensas ou favores. O filho que recebe dos pais a atenção devida, provinda de um amor verdadeiro, além de desenvolver autoconfiança, é altruísta, tolerante e aprende a valorizar. Nessa jornada, todas as oportunidades devem ser aproveitadas. Os pais devem promover atividades conjuntas, passeios e tempo com qualidades, abrindo mão de interesses próprios e se dedicando mais a família, fortalecendo a união e concretizando uma relação não apenas de pais e filhos, mas de amigos e parceiros.

O apóstolo Paulo exorta os filhos à obediência aos pais, bem como os pais a não provoca-los a ira, mas criá-los na disciplina e admoestação do Senhor (Ef 6.1-4; Cl 3.20, 21). A Bíblia refere-se ainda a esse assunto nos dez mandamentos, dizendo que os filhos devem honrar a seus pais (Êx 20.12). e faz questão de salientar que é o primeiro mandamento com promessa. Encontramos várias outras referências nas Escrituras enfocando o assunto, as quais contemplam a felicidade do lar, da família que teme a Deus e se compraz nos seus mandamentos e referem-se aos filhos como herança do Senhor. Só no livro de Provérbios, encontramos uma riqueza imensurável de ensinamentos que, aplicados à família, são o suficiente para uma vida equilibrada e harmoniosa.

2. O desafio de disciplinar com amor
As Escrituras nos advertem que desde o início a imaginação dos pensamentos do coração do homem era má continuamente (Gn 6.5). Se quisermos que nossos filhos tenham um caráter a toda prova, precisamos enfrentar desafios no processo instrutivo desde cedo, e isso envolve diálogo, prática e convivência sadia, firmeza e autocontrole. Disciplina implica em determinar limites.

2.1 Pelos princípios da Palavra de Deus
Devemos nos espelhar nas Escrituras, que nos exorta a instruir os filhos desde a mais tenra idade (Dt 6.6, 7) senão teremos uma colheita ruim (2Tm 3.1-9). A infância é o período de ouro do aprendizado, pois nessa fase a assimilação é mais fácil. Não meçamos esforços para que os princípios introduzidos nas mentes infantes se fixem de tal maneira que perdurem por toda vida. Os ensinamentos semeados garantirão colheita de bons frutos no futuro (Pv 22.6). Filhos bem preparados farão a diferença como referenciais para a Igreja e para a sociedade. Temos que acreditar na família. Famílias estruturadas e fiéis, células sadias, corpo saudável, Igreja forte. É dever do homem, como cidadão, viver de maneira ética. Como conhecedores da Palavra de Deus, maior responsabilidade temos de cooperar para que haja mais harmonia na sociedade através do Corpo de Cristo. A esperança da família está no viver a Palavra de Deus, aplicando os ensinamentos exarados nas Escrituras Sagradas.

2.2 Pela coerência na disciplina
Não raramente encontramos pais que preferem um filho em detrimento de outro, isso não é bom, causa divisão na família. Ser excessivamente rigoroso com um, enquanto outro desfruta de especial proteção não parece justo, cria ruptura na família. Outra situação não menos grave é quando há divergência na forma em que educam: um dos pais ensina de um modo e o outro desfaz, ensinando de maneira diferente. A falta de coerência nos métodos de formação dos filhos gera conflitos (Gn 37.3, 4;11; 25.28; 27.3-13), e instala a discriminação dentro do lar. O processo disciplinar exige equidade no tratamento com os filhos; antes de criticá-los é preciso ter interesse pelas coisas do universo deles. Também é preciso respeitar os limites dos filhos e estimular a superação dos mesmos, inspirando-lhes confiança.

2.3 Pelo exemplo
Somos observados pelos que nos rodeiam, principalmente por nossos filhos. Aprendemos a respeitar aos outros através da educação e disciplina, mas principalmente pelo exemplo. Os filhos fazem o que veem seus pais fazerem, (Mt 11.27; Tg 1.23-25). Se os pais são fiéis, os filhos aprenderão com eles. É grande a responsabilidade dos pais na lapidação do caráter dos filhos, pois estes herdam atitudes no aprendizado e no convívio e que, por sua vez, influenciam as novas gerações. As ações têm poder de convencimento. Elas falam por si mesma, ensinam mais que palavras.

A ausência dos pais, o desencontro com os filhos, seja pelo excessivo trabalho ou por displicência, roubam orientação, afeto, formação religiosa, etc. Por mais que tenhamos obrigações, elas jamais justificarão nosso dever de nos inteirar do mínimo de informações vitais dos nossos filhos: alimentação, companhias, uso adequado da TV, computador e internet, etc. Não é um favor que fazemos e sim uma prova de que os amamos. Atitude, postura, e limites são ingredientes indispensáveis para a lapidação de filhos saudáveis. Não adianta dar tudo aos filhos se não os amarmos verdadeiramente. Nada substitui o apoio, o carinho e a presença.

3 Resultados da fidelidade entre pais e filhos
A boa relação entre pais e filhos passa necessariamente por uma comunicação eficaz. Significa que a pessoa compartilha, em família, o que ocorre com ela. Através da comunicação as pessoas partilham diferentes informações entre si, tornando tal ato uma atividade essencial para a vida em sociedade.

3.1 Harmonia e estabilidade familiar
Pais omissos serão responsabilizados pela maneira como criaram os filhos (1Rs 1.5, 6). Aproveitemos o tempo que passamos com aqueles que realmente importam para nós, e nos foram confiados por Deus, a quem de fato pertencem (Sl 127.3). As atitudes dos pais para com os filhos e dos filhos para com seus pais determinam o grau de relacionamento e equilíbrio na família. Ninguém melhor do que os pais para conhecer o caráter, personalidade e temperamento de cada um dos filhos. É de se esperar que os pais sejam os primeiros e melhores mestres dos filhos. O convívio sadio, pacífico e harmonioso é o ideal para semearmos confiança e estabelecer diálogo, oportunidade para ouvir e ser ouvido, criando um elo permanente com eles.

3.2 Posse de sublimes promessas
A observância dos preceitos divino conduz pais e filhos a apossarem-se de promessas grandiosas, que contemplam a família no seu relacionamento mútuo e com deus (Dt 28.2-6; 30.6, 8, 9; Is 44.3). Nesse contexto, os pais se beneficiam ao serem honrados (Êx 20.12), os filhos por aplicarem este princípio e Deus é engrandecido pela observância da Sua Palavra.

3.3 Debaixo da bênção de Deus
O salmo 127.3-5 traça o perfil de uma família feliz e abençoada. O salmo 128 descreve o pai como abençoado, a mãe, videira frutífera, e os filhos, plantas de oliveira, herança do Senhor e flechas na mão do valente, e encerra com uma bênção de prosperidade e promessa de longevidade para o homem temente a Deus: ele terá paz e viverá o suficiente para ver seus filhos e seus descendentes. Portanto, a fidelidade entre pais e filhos coopera para a perpetuação das bênçãos na família de modo que serão como a oliveira verdejante na casa de Deus (Sl 52.8; 92.12-15).

A agressividade, a depressão, a tendência à rebeldia e a insubmissão dos filhos podem ser evitadas mediante o atendimento da carência afetiva deles. Não é suficiente estar fisicamente próximo durante a maior parte do tempo se não estiver disponível afetivamente. A presença dos pais representa a boa administração do tempo utilizado para o relacionamento com os filhos. A prudência deve nortear a escolha dos pais sobre quem irá conviver e cuidar dos filhos enquanto estiverem ausentes. Não é bastante ter filhos, precisamos ser pais, dar atenção e sermos acessíveis. Filhos necessitam mais da presença do que de presentes, inútil será trabalhar dia e noite a fim de lhes dar educação e qualidade de vida, se não nos doarmos a eles, correndo o risco de que o mundo o adote.

Conclusão
Aquele que com prudência, previne-se do mau tempo e alicerça sua casa na rocha, estará seguro (Mt 7.24-27). Se não nos preocuparmos com a fundação, seremos insensatos e a família correrá perigo. O alicerce, mesmo não sendo aparente, faz a diferença e valoriza a construção. A palavra de Deu, manual do fiel e fonte inesgotável de ensino e aprendizado, nos fornece todos os materiais necessários para construirmos uma família bem fundamentada, à prova de vendavais.

Questionário
1.    Como explicar tanta desavença entre pais e filhos na atualidade?
R. A inobservância dos princípios Bíblicos (2Tm 3.2; Ef 6.4).

2.    Além de provedores, que papel deverão os pais desempenhar para com os filhos?
R. O de sacerdote (Jo 1.5) e Pastor (Pv 2).

3.    Quem deve ser o melhor amigo dos filhos?
R. Os pais (Pv 4).

4.    Qual é a fase áurea na educação dos filhos?
R. A infância (PV 22.6).

5.    Qual a principal maneira dos filhos aprenderem com os pais?
R. Através do exemplo (Tg 1.23-25).




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