Lição 7 –
A Fidelidade entre pais e filhos.
15 de fevereiro de 2015.
Texto
Áureo
“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no
Senhor, pois isto é justo.” Ef.6.1
Verdade
Aplicada
A fidelidade entre pais e filhos credencia a
família a apossar-se de sublimes promessas de deus, de modo a viver muitos dias
e viver bem.
Objetivos
da Lição
a.
Expor
resumidamente o papel de pais e filhos;
b.
Entender
que disciplina, amizade e companheirismo devem conviver harmoniosamente;
c.
Destacar
que a aplicação da Palavra de Deus traz resultados surpreendentes.
Glossário
Ônus: encargo, obrigação,
responsabilidade;
Altruísta: solidário;
Exarados: entalhado, lavrado e
talhado.
Hinos
sugeridos
227, 380, 351
Textos de
referência
Ef 6.1-4
1. Vós,
filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, pois isto é justo.
2. Honra
a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,
3. Para
que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
4. E vós,
pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação
do Senhor.
Leituras
Complementares
Segunda Êx
20.12
Terça Dt
27.16
Quarta Jr
35.1-19
Quinta Ml
4.6
Sexta Cl
3.20,21
Sábado Nm
36.1-13
Esboço da Lição
Introdução
1.
O desafio da Filadélfia entre pais e filhos
2.
O desafio de disciplinar com amor
3.
Resultados da fidelidade entre pais e filhos
Conclusão
Introdução
Fidelidade entre pais e
filhos é a convivência na qual os pais assumem ônus da paternidade responsável
(amor, carinho, proteção, etc.). Nesse convívio criam-se vínculos e laços de
amor fraternal. Assim, o resultado da fidelidade paternal é amor, respeito e
honra por parte dos filhos. Embora a realidade atual apresente mudanças no
padrão do relacionamento família, veremos que a Bíblia possui princípios
imutáveis para um relacionamento fiel entre pais e filhos.
1. O desafio da fidelidade entre pais e filhos.
A crise familiar surgiu
desde o momento em que o homem deixou de observar os princípios da Palavra de
Deus (Gn 3.1-7), resultando em várias consequências: desrespeito aos pais (Gn
9.22, 24, 25), profanação (Gn 49.3, 4), incesto (2Sm 13.11-14), subversão (2Sm
15.12-14) e homicídio (Gn 4.8). Ainda hoje, esses males continuam ocorrendo
pela inobservância da Palavra de Deus (2Tm 3.2; Ef 6.4).
1.1 O
papel dos pais
O livro de Provérbios, verdadeiro manancial de
conselhos paternos, exprime com muita clareza que os pais são responsáveis por
legitimar ou repelir conhecimentos e valores adquiridos pelos filhos (Pv
1.8-19), exercer mediação entre os filhos e o mundo e empenhar-se no seu
desenvolvimento físico, mental, social e profissional. Na família cristã, o
pai, além de suprir as necessidades básicas, precisa ser sacerdote e
continuamente apresentar sua família a Deus (Jó 1.5), e pastor, criando na vida
dos filhos um padrão de moralidade com base nas Escrituras (Pv 2-3). Além de
prover e educar, os pais devem impor limites de maneira sensata, transmitindo
valores éticos sólidos, capazes de fazer com que os filhos ajustem seus
comportamentos às exigências da vida dentro da coletividade e obedeçam a regras
básicas de convivência (Pv 4-7).
1.2. O
papel dos filhos
Os filhos ocupam um lugar especial na família.
Eles são os responsáveis pela coroação da família, dando o sentido de um lar
completo. A Bíblia é enfática ao afirmar que os filhos são herança do Senhor
(Sl 127.3-5). Filhos ocupam um lugar de honra na família, contudo, devem
submissão aos pais (Pv 15.20; 17.6). O texto Bíblico diz que isso é justo (Ef
6.1). Eles devem honra aos progenitores até mesmo depois de constituírem suas próprias
famílias. Nessa fase os filhos terão dupla oportunidade: cuidar dos pais e
chefiar seus lares.
1.3
Amizade e companheirismo
Os pais devem educar seus filhos, apoiá-los com
firmeza e confiança e ser seus melhores amigos (Pv 4.3-27). Os laços de amizade
e companheirismo entre pais e filhos tornam essa relação a parceria mais ideal
e confiável (Sl 2.12). A amizade não é exigida, não se conquista de maneira
forçada, sob pressões e ameaças, mas espontaneamente, independentemente de
obtenção de recompensas ou favores. O filho que recebe dos pais a atenção
devida, provinda de um amor verdadeiro, além de desenvolver autoconfiança, é
altruísta, tolerante e aprende a valorizar. Nessa jornada, todas as
oportunidades devem ser aproveitadas. Os pais devem promover atividades conjuntas,
passeios e tempo com qualidades, abrindo mão de interesses próprios e se
dedicando mais a família, fortalecendo a união e concretizando uma relação não
apenas de pais e filhos, mas de amigos e parceiros.
O apóstolo Paulo exorta os filhos
à obediência aos pais, bem como os pais a não provoca-los a ira, mas criá-los
na disciplina e admoestação do Senhor (Ef 6.1-4; Cl 3.20, 21). A Bíblia
refere-se ainda a esse assunto nos dez mandamentos, dizendo que os filhos devem
honrar a seus pais (Êx 20.12). e faz questão de salientar que é o primeiro
mandamento com promessa. Encontramos várias outras referências nas Escrituras
enfocando o assunto, as quais contemplam a felicidade do lar, da família que
teme a Deus e se compraz nos seus mandamentos e referem-se aos filhos como
herança do Senhor. Só no livro de Provérbios, encontramos uma riqueza
imensurável de ensinamentos que, aplicados à família, são o suficiente para uma
vida equilibrada e harmoniosa.
2. O
desafio de disciplinar com amor
As Escrituras nos advertem que desde o início a
imaginação dos pensamentos do coração do homem era má continuamente (Gn 6.5).
Se quisermos que nossos filhos tenham um caráter a toda prova, precisamos
enfrentar desafios no processo instrutivo desde cedo, e isso envolve diálogo,
prática e convivência sadia, firmeza e autocontrole. Disciplina implica em
determinar limites.
2.1 Pelos
princípios da Palavra de Deus
Devemos nos espelhar nas Escrituras, que nos
exorta a instruir os filhos desde a mais tenra idade (Dt 6.6, 7) senão teremos
uma colheita ruim (2Tm 3.1-9). A infância é o período de ouro do aprendizado,
pois nessa fase a assimilação é mais fácil. Não meçamos esforços para que os
princípios introduzidos nas mentes infantes se fixem de tal maneira que perdurem
por toda vida. Os ensinamentos semeados garantirão colheita de bons frutos no
futuro (Pv 22.6). Filhos bem preparados farão a diferença como referenciais
para a Igreja e para a sociedade. Temos que acreditar na família. Famílias
estruturadas e fiéis, células sadias, corpo saudável, Igreja forte. É dever do
homem, como cidadão, viver de maneira ética. Como conhecedores da Palavra de
Deus, maior responsabilidade temos de cooperar para que haja mais harmonia na
sociedade através do Corpo de Cristo. A esperança da família está no viver a
Palavra de Deus, aplicando os ensinamentos exarados nas Escrituras Sagradas.
2.2 Pela
coerência na disciplina
Não raramente encontramos pais que preferem um
filho em detrimento de outro, isso não é bom, causa divisão na família. Ser
excessivamente rigoroso com um, enquanto outro desfruta de especial proteção
não parece justo, cria ruptura na família. Outra situação não menos grave é
quando há divergência na forma em que educam: um dos pais ensina de um modo e o
outro desfaz, ensinando de maneira diferente. A falta de coerência nos métodos
de formação dos filhos gera conflitos (Gn 37.3, 4;11; 25.28; 27.3-13), e
instala a discriminação dentro do lar. O processo disciplinar exige equidade no
tratamento com os filhos; antes de criticá-los é preciso ter interesse pelas
coisas do universo deles. Também é preciso respeitar os limites dos filhos e
estimular a superação dos mesmos, inspirando-lhes confiança.
2.3 Pelo
exemplo
Somos observados pelos que nos rodeiam,
principalmente por nossos filhos. Aprendemos a respeitar aos outros através da
educação e disciplina, mas principalmente pelo exemplo. Os filhos fazem o que
veem seus pais fazerem, (Mt 11.27; Tg 1.23-25). Se os pais são fiéis, os filhos
aprenderão com eles. É grande a responsabilidade dos pais na lapidação do
caráter dos filhos, pois estes herdam atitudes no aprendizado e no convívio e
que, por sua vez, influenciam as novas gerações. As ações têm poder de
convencimento. Elas falam por si mesma, ensinam mais que palavras.
A ausência dos pais, o
desencontro com os filhos, seja pelo excessivo trabalho ou por displicência,
roubam orientação, afeto, formação religiosa, etc. Por mais que tenhamos
obrigações, elas jamais justificarão nosso dever de nos inteirar do mínimo de
informações vitais dos nossos filhos: alimentação, companhias, uso adequado da
TV, computador e internet, etc. Não é um favor que fazemos e sim uma prova de
que os amamos. Atitude, postura, e limites são ingredientes indispensáveis para
a lapidação de filhos saudáveis. Não adianta dar tudo aos filhos se não os
amarmos verdadeiramente. Nada substitui o apoio, o carinho e a presença.
3
Resultados da fidelidade entre pais e filhos
A boa relação entre pais e filhos passa
necessariamente por uma comunicação eficaz. Significa que a pessoa compartilha,
em família, o que ocorre com ela. Através da comunicação as pessoas partilham
diferentes informações entre si, tornando tal ato uma atividade essencial para
a vida em sociedade.
3.1 Harmonia
e estabilidade familiar
Pais omissos serão responsabilizados pela
maneira como criaram os filhos (1Rs 1.5, 6). Aproveitemos o tempo que passamos
com aqueles que realmente importam para nós, e nos foram confiados por Deus, a
quem de fato pertencem (Sl 127.3). As atitudes dos pais para com os filhos e
dos filhos para com seus pais determinam o grau de relacionamento e equilíbrio
na família. Ninguém melhor do que os pais para conhecer o caráter,
personalidade e temperamento de cada um dos filhos. É de se esperar que os pais
sejam os primeiros e melhores mestres dos filhos. O convívio sadio, pacífico e
harmonioso é o ideal para semearmos confiança e estabelecer diálogo,
oportunidade para ouvir e ser ouvido, criando um elo permanente com eles.
3.2 Posse
de sublimes promessas
A observância dos preceitos divino conduz pais
e filhos a apossarem-se de promessas grandiosas, que contemplam a família no
seu relacionamento mútuo e com deus (Dt 28.2-6; 30.6, 8, 9; Is 44.3). Nesse
contexto, os pais se beneficiam ao serem honrados (Êx 20.12), os filhos por
aplicarem este princípio e Deus é engrandecido pela observância da Sua Palavra.
3.3
Debaixo da bênção de Deus
O salmo 127.3-5 traça o perfil de uma família
feliz e abençoada. O salmo 128 descreve o pai como abençoado, a mãe, videira
frutífera, e os filhos, plantas de oliveira, herança do Senhor e flechas na mão
do valente, e encerra com uma bênção de prosperidade e promessa de longevidade
para o homem temente a Deus: ele terá paz e viverá o suficiente para ver seus
filhos e seus descendentes. Portanto, a fidelidade entre pais e filhos coopera
para a perpetuação das bênçãos na família de modo que serão como a oliveira
verdejante na casa de Deus (Sl 52.8; 92.12-15).
A agressividade, a depressão, a
tendência à rebeldia e a insubmissão dos filhos podem ser evitadas mediante o
atendimento da carência afetiva deles. Não é suficiente estar fisicamente
próximo durante a maior parte do tempo se não estiver disponível afetivamente.
A presença dos pais representa a boa administração do tempo utilizado para o
relacionamento com os filhos. A prudência deve nortear a escolha dos pais sobre
quem irá conviver e cuidar dos filhos enquanto estiverem ausentes. Não é
bastante ter filhos, precisamos ser pais, dar atenção e sermos acessíveis.
Filhos necessitam mais da presença do que de presentes, inútil será trabalhar
dia e noite a fim de lhes dar educação e qualidade de vida, se não nos doarmos
a eles, correndo o risco de que o mundo o adote.
Conclusão
Aquele que com prudência, previne-se do mau
tempo e alicerça sua casa na rocha, estará seguro (Mt 7.24-27). Se não nos
preocuparmos com a fundação, seremos insensatos e a família correrá perigo. O
alicerce, mesmo não sendo aparente, faz a diferença e valoriza a construção. A
palavra de Deu, manual do fiel e fonte inesgotável de ensino e aprendizado, nos
fornece todos os materiais necessários para construirmos uma família bem
fundamentada, à prova de vendavais.
Questionário
1.
Como
explicar tanta desavença entre pais e filhos na atualidade?
R. A
inobservância dos princípios Bíblicos (2Tm 3.2; Ef 6.4).
2.
Além
de provedores, que papel deverão os pais desempenhar para com os filhos?
R. O de
sacerdote (Jo 1.5) e Pastor (Pv 2).
3.
Quem
deve ser o melhor amigo dos filhos?
R. Os
pais (Pv 4).
4.
Qual
é a fase áurea na educação dos filhos?
R. A
infância (PV 22.6).
5.
Qual
a principal maneira dos filhos aprenderem com os pais?
R.
Através do exemplo (Tg 1.23-25).
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