Lição 8 Não Matarás
22 de Fevereiro de 2015
Texto Áureo
22 de Fevereiro de 2015
Texto Áureo
"De
palavras de falsidade te afastarás e não matarás o inocente e o justo; porque
não justificarei o ímpio." (Êx
23.7)
Verdade Prática
O
direito à vida é um bem pessoal e inalienável; sua preservação e proteção devem
ser parte da responsabilidade do homem cristão.
Leitura Diária
Segunda - Gn 9.5,6 A vida deve ser protegida porque o homem é a imagem de Deus
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Terça - Dt 19.4 Pena para o homicídio culposo, quando não há intenção de matar
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Quarta - Dt 27.24,25 Pena para o homicídio doloso, quando há intenção de matar
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Quinta - 1 Sm 2.6 Somente Deus, o Doador da vida, tem o direito de tirá-la
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Sexta - Mt 5.21,22 O Senhor Jesus condenou o assassinato e o ódio
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Sábado - Jo 10.10 O Senhor Jesus veio para que todos tenham vida
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Leitura Bíblica em
classe
Êxodo
20.13; Números 35.16-25
13 Não matarás.
Números 35.16-25
16
Porém, se a ferir com instrumento de ferro, e morrer, homicida é; certamente o homicida morrerá.
17 Ou,
se a ferir com pedra à mão, de que possa morrer, e ela morrer, homicida é;
certamente o homicida morrerá.
18 Ou,
se a ferir com instrumento de madeira que
tiver na mão, de que possa morrer, e ela morrer, homicida é;
certamente morrerá o homicida.
19 O vingador
do sangue matará o homicida: encontrando-o, matá-lo-á.
20 Se
também a empurrar com ódio, ou com intento lançar contra ele alguma coisa, e morrer;
21 ou
por inimizade a ferir com a sua mão, e morrer, certamente morrerá o feridor;
homicida é; o vingador do
sangue, encontrando o homicida, o matará.
22
Porém, se a empurrar de improviso, sem inimizade, ou contra ela lançar
algum instrumento sem desígnio;
23 ou
sobre ela fizer cair alguma pedra sem o ver, de que possa morrer, e ela morrer,
e ele não era seu inimigo nem
procurava o seu mal,
24
então, a congregação julgará entre o feridor e o vingador do sangue,
segundo estas leis.
25 E a
congregação livrará o homicida da mão do vingador do sangue, e a congregação o
fará voltar à cidade do seu refúgio onde se tinha acolhido; e ali ficará até à
morte do sumo sacerdote, a quem ungiram com o santo óleo.
Apresentar o sexto mandamento,
ressaltando o propósito de Deus pela proteção da vida
Objetivos específicos
Ao
lado, os objetivos específicos referem-se aos que o professor deve atingir em
cada tópico.
Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I.
Tratar
a abrangência e o objetivo do sexto mandamento.
II.
Ressaltar
a importância da vida para Deus.
III.
Apresentar
o significado jurídico do homicídio.
IV.
Descrever
a punição do homicida.
Interagindo
com o professor
Vivemos em uma sociedade marcada pela
violência; por isso, esta é uma oportunidade ímpar para tratar a respeito do
sexto mandamento - não matarás. Para muitos que não conhecem a Deus e a sua
Palavra, a vida humana parece ter perdido o seu valor. Todos os dias milhares
de pessoas matam e morrem por coisas triviais. A vida é um dom de Deus e, ao
cometer um homicídio, além de estar infringindo a lei dos homens, a pessoa está
indo contra o próprio autor e galardoador da vida, Deus.
Comentário
Introdução
O sexto mandamento manifesta o propósito de
Deus pela proteção da vida. Sua vontade é que os seres humanos façam o mesmo. O
tema é abrangente e complexo, razão pela qual deve ser estudado com diligência.
A lei diz "não matarás". Isso não contraria a guerra, a pena capital
e o próprio pensamento cristão? Mas o assunto não se encerra por aí. Esse é o
tema do presente estudo.
I. O Sexto mandamento
1.
Abrangência.
Este é o primeiro mandamento que consiste em uma proibição absoluta, sem
concessão, expressa de maneira simples com duas palavras: "Não
matarás" (Êx 20.13; Dt 5.17). A legislação mosaica dispõe sobre o tema ao
longo do Pentateuco, cuja abrangência fala contra a violência, o assassinato
premeditado e o não premeditado. Temas como guerra, pena capital, suicídio,
aborto e eutanásia são pertinentes ao sexto mandamento.
2.
Objetivo.
O sexto mandamento reflete o ensino geral do Antigo Testamento sobre o respeito
à santidade da vida. O Senhor Jesus incluiu aqui o ensino sobre o amor (Mt
5.21,22). No novo concerto Ele inclui "pensamentos e palavras, ira e
insultos". O Novo Testamento considera homicida quem aborrece a seu irmão
(1 Jo 3.15). O objetivo deste mandamento é religioso e social, com o propósito
de proteger a vida e trazer a paz entre os seres humanos (Mt 5.44; Rm 12.18).
3.
Contexto.
"Não matarás" já era um mandamento antigo, mas agora é introduzido de
uma forma nova. O respeito à vida era conhecido na Antiguidade pelos
mesopotâmios, egípcios e gregos, entre outros. O Código de Hamurabi (1750
a.C.), rei da Babilônia, é um exemplo clássico, contudo não se revestia de
autoridade divina. Essa é a primeira distinção entre os códigos antigos e a
revelação do Sinai. A outra é que Deus pôs sua lei no coração e na consciência
dos demais povos (Rm 1.19; 2.14,15).
Ponto
Central
A vida é um dom de Deus e ninguém tem o direito
de tirá-la.
Síntese
do tópico I
Deus criou e deseja preservar a vida
humana.
Subsídio
Teológico
"Não matarás (20.13). 'Assassinar' é mais
precioso aqui do que 'matar'. A palavra hebraica rasah é a única sem paralelo em outras sociedades
do segundo milênio a.C.Ela identifica 'morte de pessoas'; e inclui assassinatos
premeditados executados com hostil intenção e mortes acidentais ou homicídios
culposos. Dentro da comunidade da aliança, precisava-se tomar um grande cuidado
para que ninguém perdesse a vida, mesmo por acidente. O termo rasah não é
aplicado em mortes na guerra ou em execuções judiciais" (RICHARDS,
Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse
Capítulo por Capítulo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 64).
II. Importância
1. Da
vida.
A vida é um dom de Deus e ninguém tem o direito de tirá-la (Gn 9.6). Somente
Deus, que criou o homem à sua imagem, tem o direito de pôr fim à vida humana
(Gn 1.26,27; Dt 32.39). Três grandes personagens da Bíblia pediram a morte e
não foram atendidas: Moisés, Elias e Jonas (Nm 11.15; 1 Rs 19.4; Jn 4.3). Tudo
isso nos mostra que a vida pertence a Deus, e não a nós mesmos. Deus sabe a
hora em que a vida humana deve cessar, Ele é o soberano de toda a existência.
2. Não
matar.
A proibição do sexto mandamento é não assassinar. O verbo hebraico ratsach,
"matar, assassinar, destruir", aparece 47 vezes no Antigo Testamento,
em sua maior parte nos textos legais. A primeira ocorrência é nos Dez
Mandamentos (Êx 20.13). A tradução mais precisa das palavras lo e tirtsach
seria: "não assassinarás", ou "não cometerás assassinato",
pois "não matarás" é uma expressão genérica. O dispositivo mosaico
proíbe o homicídio premeditado, o assassinato violento de um inimigo pessoal
(Êx 21.12; Lv 24.17). O termo refere-se também a homicídio culposo, aquele em
que não há intenção de matar (Dt 4.42; Js 20.3).
3.
Etimologia.
São raros os termos correspondentes ao verbo ratsach nas línguas cognatas; só
no norte da Arábia foi encontrado o verbo radaha, "quebrar em pedaços,
estilhaçar". O termo ratsach não é usado na guerra nem na administração da
justiça e não aparece no contexto judicial e militar. Parece haver uma única
ocorrência em que ele é aplicado à pena de morte (Nm 35.30), mas estudos
mostram que originalmente a ideia do verbo era de vingança de sangue.
Síntese
do tópico II
É Deus quem dá ao homem o fôlego de vida e
somente Ele tem o direito legal de pôr fim à vida.
III.
Procedimento Jurídico
1.
Significado do homicídio. O homicídio é o maior crime que um ser humano pode
cometer. A proibição do assassinato, apesar de constar dos códigos de leis
anteriores ao sistema mosaico, já havia sido estabelecido pelo próprio Criador
desde o limiar da raça humana: "Quem derramar o sangue do homem, pelo
homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua
imagem" (Gn 9.6). É contra Deus que o homicida está desferindo seu golpe
ao tirar a vida de alguém, pois a imagem é a representação de uma pessoa ou
coisa.
2.
Homicídio doloso
(Nm 35.16-21). Aqui são dadas instruções específicas acerca do procedimento
jurídico sobre o homicídio doloso. Se alguém ferir de morte seu próximo,
"com instrumento de ferro" (v. 16), "com pedra à mão" (v.
17) ou ainda "com instrumento de madeira" (v.17), ou por qualquer
outra forma (vv.20,21), e a pessoa golpeada morrer, o autor da ação é
considerado homicida. O substantivo "homicida", rotseach, vem do
verbo ratsach e aparece repetidas vezes aqui. Trata-se de homicídio doloso.
3.
Homicídio culposo
(Nm 35.22-25). Era o crime involuntário e acidental, razão pela qual o autor
não devia morrer, e a lei estabeleceu o procedimento a ser seguido para livrar
o réu da pena de morte. Ele precisava se refugiar numa das cidades de refúgio
até provar que o homicídio fora acidental (Dt 19.4-6). A outra maneira de
escapar das mãos do vingador do sangue era agarrar-se nas pontas do altar (Êx
21.12-14; 1 Rs 1.50, 51). Esses dois recursos equivalem ao habeas corpus
concedido atualmente.
Síntese
do tópico III
Ao tirar a vida de alguém, o homicida está
infringindo a lei dos homens e agindo diretamente contra o próprio autor da
vida, Deus
Subsídio
Teológico
"Cidades de Refúgio - Entre as 48 cidades
dadas aos levitas em Israel, seis, por ordem de Deus, foram indicadas como
cidades de refúgio, ou asilo, para o 'homicida' (Nm 35.6,7). O próprio Moisés
escolheu três delas no lado leste do rio Jordão: Bezer para os rubenitas,
Ramote, em Gileade, para os gaditas; Golã, em Basã, para os manassitas (Dt
4.41-43). Mais tarde, na época de Josué, as outras três foram indicadas na
parte oeste do Jordão. Elas estavam convenientemente situadas nas regiões norte, central e sul da terra que habitavam.
Seriam construídas e mantidas abertas estradas para essas importantes cidades
(Dt 19.3).
Em Hebreus 6.18 está indicado que as cidades de
refúgio eram um tipo de Cristo. O apóstolo faz alusão a isso quando fala
daqueles que fugiram procurando um refúgio, e também da esperança oferecida a
eles. Nós procuramos o refúgio em Cristo, e nEle estamos a salvo do Vingador do
sangue divino (Rm 5.9)" (PFEIFFER, Charles F. (Ed). Dicionário Bíblico
Wycliffe. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp. 417-18).
IV. Punição
1. O
sangue de Abel.
O termo "sangue" de Abel em "A voz do sangue do teu irmão clama
a mim desde a terra" (Gn 4.10), está no plural, no hebraico, que segundo o
Talmude, antiga literatura religiosa dos judeus, significa "sangue de sua
descendência" ou seja: "todo aquele que destruir uma vida em Israel a
Escritura reputa como se tivesse destruído o mundo inteiro" (Sanedrin
4.5). Tal crime interrompe para sempre a posteridade da vítima. Em Hebreus é
dito que o sangue da aspersão, de Cristo, fala melhor do que o sangue de Abel
(Hb 12.24). Isso porque o sangue de Jesus clama por misericórdia, mas o de Abel
por vingança (Gn 4.10,11).
2. O
vingador.
A lei dava o direito ao "vingador do sangue" (Nm 35.19,21b), goel, em
hebraico, "redentor, remidor, vingador", de matar o assassino onde
quer que o encontrasse. Vingar o sangue era, no Oriente Médio, uma questão de
honra da família (Êx 21.24; Lv 24.20; Dt 19.21). Era uma grande desonra para a
família não vingar o assassinato de um ente querido. Isso é mantido ainda hoje
nessa parte do mundo. Porém, o Senhor Jesus mandou substituir a vingança pelo
perdão (Mt 5.38,39).
3.
Expiação pela vida.
O crime de assassinato podia ser expiado por uma das duas maneiras
estabelecidas na legislação mosaica. A primeira, no caso de homicídio doloso,
em que uma vida é expiada por outra (Nm 35.31), o assassino deve ser morto, ou
seja, era "vida por vida" (Êx 21.23). A segunda diz respeito ao
homicídio culposo, a busca de proteção em uma das cidades de refúgio. A
expiação, nesse caso, é a morte do sacerdote da cidade (Nm 35.25)
Síntese
do tópico IV
Não havia expiação para homicídio doloso; já
para o homicídio culposo, havia as cidades de refúgio
Conclusão
O Senhor Jesus vinculou o sexto mandamento à
doutrina do amor ao próximo. Devemos manter nossa posição em favor da paz e da
fraternização dizendo "não" à violência em suas diversas modalidades,
para a glória de Deus
Para
Refletir
Sobre o
sexto mandamento:
O homem tem o direito de tirar a
vida do outro?
Não. Explique que a vida é um dom de Deus e
homem algum tem o direito de tirá-la.
O que você entende por "a
santidade da vida"?
Resposta livre, mas deixe claro que a vida é um
dom divino e, por isso, santa.
Por que ninguém tem o direito de
tirar a vida do outro?
Porque ela é um dom de Deus. Logo, somente Ele
tem o direito de dar fim aos dias de uma pessoa.
Deus perdoa quem comente o
assassinato?
Se houver arrependimento sincero, Ele perdoa.
Quanto ao "aborto", a
posição do crente deve ser contrária. Comente.
Sim. O aborto é o assassinato de uma vida.
Vocabulário
Homicídio
culposo
- Quando uma pessoa mata outra, mas sem que tivesse esta intenção.
Homicídio
doloso
- Quando há intenção de matar
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 61, p.40.
Você
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expandir certos assuntos.
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