Lição 13 – A relevância dos milagres em
nossos dias
28 de
dezembro de 2014
TEXTO
ÁUREO
“Na
verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que
eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai” Jo 14.12
VERDADE
APLICADA
Uma
igreja viva e atuante traz consigo além de uma poderosa mensagem de impacto,
uma manifestação contagiante que aproxima as pessoas de Deus.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
1.
Explicar porque a igreja de nosso século é tão carente de milagres;
2. Falar
acerca da necessidade de uma poderosa visitação em nossos dias;
3.
Revelar o que Deus preparou para nosso tempo.
Glossário
Desvanecer:
desaparecer;
Transitório:
aquilo que é passageiro;
Mesclar:
o mesmo que misturar.
Leituras
complementares
Segunda Mt
25.8
Terça Rm
1.32
Quarta
1Co 3.7-10
Quinta
1Tm 3.4,5 7-10
Sexta 1Tm
6.5, 7-10
Sábado
1Jo 3.2
Textos de
referência
1Co 2.4-8
4 A minha palavra e a minha pregação não
consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do
Espírito e de poder,
5 para que a vossa fé não se apoiasse em
sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.
6 Todavia, falamos
sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos
príncipes deste mundo, que se aniquilam;
7 mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em
mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória;
8 a qual nenhum dos príncipes deste mundo
conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.
INTRODUÇÃO
Embora
seja dotada de uma revelação progressiva e de um vasto conhecimento teológico,
a igreja do século 21 é carente demais de uma manifestação do poder de Deus como
registrado na Bíblia. Assim, nasce uma pergunta: milagres são possíveis em
nossos dias? Se forem possíveis, como fazê-los emergir?
1. Por
que a igreja carece de milagres?
Vivemos
um tempo muito difícil, onde tudo parece ser comum para muita gente, inclusive,
para a comunidade cristã. É num tempo como esse que precisamos assumir nossa
postura e combater não somente com palavras, mas com demonstração de poder (1Co
2.4), esses agentes tão ofensivos a fé cristã. Vejamos por que carecemos de
milagres.
1.1 Porque
a ordem natural está invertida
Vivemos
em uma sociedade violenta onde os jovens deixaram de ser a esperança da nação
para se tornarem o seu terror. Não é a ordem natural os pais sepultarem os seus
filhos. Mas, essa é uma dura realidade em nossos dias. Não podemos somente
culpar a educação de nosso país, sabemos que esse é um fator de ordem
espiritual (2Tm 3.1), que não se resolve com alfabetização, é caso de
libertação mesmo. Enquanto as meninas se tornarem mães aos onze anos, os
adolescentes comandarem o tráfico, e os jovens morrerem antes de completar a
maior idade, a sociedade estará fadada ao fracasso. Não vemos em nossos jovens
uma perspectiva do futuro, eles apenas sobrevivem. A Bíblia nos ensina que os
filhos desobedientes, que não honram seus pais, além de serem infelizes, serão
tragados pela morte antes do tempo (Êx 20.2; Ef 6.2-3).
1.2
Porque a manifestação dos filhos da desobediência é uma realidade
O
capítulo primeiro da carta de Paulo aos crentes de Roma traz uma descrição
completa da situação que vivemos atualmente em todas as partes do mundo, a
perversão da sexualidade. Como se não bastasse os altos índices da indústria
sexual (pornografia, prostituição, pedofilia e o turismo sexual) os governantes
tornaram legal no mundo aquilo que Deus declarou ilícito (o homossexualismo),
que é digno de juízo tanto quem o pratica quanto quem o consente (Rm 1.32). Nós
cristãos não temos que aceitar, nem achar comum esta prática. Embora tenhamos o
dever de amar o próximo, o que é abominação para Deus, deve ser uma lei para
todos nós. Nosso pior problema hoje é que, no mundo espiritual Satanás tem
direito legal para agir nessa área, porque esse direito foi dado por uma
autoridade constituída por Deus (Rm 13.1-2).
1.3
Porque a corrupção está generalizada
A corrupção
em nosso país já chegou a níveis absurdos. É claro que não podemos generalizar
e dizer que todos são corruptos, mas a grande maioria dos líderes são os
culpados pelo caos da sociedade. A lei se afrouxa diante de pessoas de alto
escalão, os que deveriam nos defender nos oprimem, e não existe segmento da
sociedade em que não haja corrupção, inclusive no meio do povo de Deus, que
traz em seu bojo pessoas em fase de libertação, e muitos, apenas com o desejo
de tornar o evangelho uma fonte de lucro (1Tm 6.5, 7-10).
2.
Motivos pelos quais precisamos de uma visitação
Precisamos
urgentemente de uma obra sobrenatural da parte do Espírito Santo, que traga
poder à pregação da Palavra para motivar os crentes da nossa nação (1Co 2.4).
Com esse impacto a vaidade de nossos dias seria atraída para a oração, e pelo
desejo ardente da presença de Deus.
2.1 A
adulteração das Santas Escrituras
Há
centenas de anos, Charles Spurgeon já havia detectado esse adultério: “Na
atualidade, não conhecemos uma doutrina bíblica que não tenha sido prejudicada
por aqueles que deveriam defendê-las. Existem muitas doutrinas preciosas a
nossas almas que foram negadas por aqueles cujo ofício seria proclamá-las,
necessitamos com urgência de um retorno as nossas antigas origens”. E,
concluiu: As Escrituras têm de se tornar o infalível alicerce de todo o ensino
da igreja, sabemos que se os crentes perderem sua firmeza, a igreja será
arremessada de um lado para o outro, por isso, cada cristão precisa fazer a
diferença, para que a igreja continue viva, (Mt 5.13).
2.2 A
ausência do culto doméstico
A Bíblia
nos ensina que o primeiro lugar onde a vida cristã deve estar alicerçada é no
lar (1Tm 3.4-5). Um dos maiores desafios de nosso tempo tem sido a família
cristã. Embora tenhamos tantas pregações e inúmeros seminários e encontros
sobre a família, nosso problema reside na realização do ensino cristão e da
adoração no lar. Não podemos esperar que nossas famílias sejam transformadas
apenas durante um culto. Uma planta necessita ser regada para viver, precisamos
erigir um altar em nossas casas. Como podemos esperar que o reino de Deus
prospere, quando os discípulos de Cristo não ensinam o evangelho a seus próprios
filhos?
2.3
Pessoas superdependentes de outras
A
parábola das dez virgens apresenta um quadro interessante onde havia uma
reserva de azeite trazida pelas prudentes, e nos informa que as néscias
dormiram, certamente confiando que as prudentes iriam lhes emprestar de seu
azeite (Mt 25.3-9). Até hoje a expressão “dai-nos do vosso azeite” é uma
constante na vida de muitos cristãos que jamais entenderam que cada um dará
conta de si a Deus, que a unção é pessoal, que não se pode viver na dependência
do ministério de outros (Rm 14.12). Temos uma gama de crentes “caroneiros”,
pessoas que somente possuem vida nos cultos, mas fora deles, não regam suas
vidas espirituais, não leem a Bíblia, e não separam tempo para se dedicar a
oração.
3. O que
a Bíblia reservou para nós nesse tempo?
Escrevendo
aos crentes de Corinto, Paulo expõe claramente a questão da cegueira espiritual
dos judeus e o que está reservado para todos aqueles que são guiados pelo
Espírito de Deus. Vejamos:
3.1 Uma
glória permanente
Até hoje
o mundo relata os fatos acontecidos no Egito na época de Moisés. São feitos
maravilhosos que todos conhecemos, e mesmo não os tendo visto, sabemos que
foram reais ao ponto de anuncia-los geração após geração. Parece que nossos
antepassados vivenciaram um sonho quando lemos as páginas da Sagrada Escritura.
Porém, de forma ousada, Paulo nos afirma que toda essa glória não passava de
uma sombra do que ainda aconteceria em nossos dias, que o que Deus deseja
derramar sobre seus filhos é superior a tudo o que já aconteceu no passado, e
que esteve contido na época de Moisés porque deveria acontecer nos dias da
igreja (2Co 3.10). Paulo classifica os milagres de Moisés como transitórios, e
nos revela que sobre a igreja existe uma glória permanente (2Co 3.7-12).
3.2 O
ministério da glória do Espírito Santo
“Porque,
se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que
permanece (2Co 3.11). O tempo do verbo nesta passagem é crítico: “o que se
desvanecia”. Paulo o escreveu num período histórico de sobreposição de eras.
Nesse tempo os judaizantes desejavam que os cristãos voltassem a viver sob o
jugo da Lei, que mesclassem as duas alianças. Paulo está dizendo: “por que
voltar ao que é temporário e que se desvanece?”, vivam na glória da nova
aliança que é cada vez maior. A glória da Lei é apenas a glória da história
passada, enquanto a glória da nova aliança é a glória da experiência presente.
Deus preparou algo grandioso para nossos dias, mas o véu da revelação ainda está
encoberto para muitos.
3.3 A
glória permanente tem um alvo específico e primordial
“Mas
todos nós, com o rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do
Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo
Espírito do Senhor (2Co 3.18). Paulo nos revela que toda essa glória tem como
objetivo nos tornar em imagem e semelhança de Deus, ou seja, parecidos com
Jesus. Lá no Éden o homem se desfigurou perdendo a semelhança: no calvário,
Cristo tomou de volta o que foi perdido (Lc 19.10; 1Co 15.45-48); e o alvo
final do cristianismo é que todos os filhos de Deus se tornem semelhantes a Ele
no dia do encontro (1Jo 3.2). SE fizermos tudo e não nos tornaremos semelhantes
a Cristo toda a nossa vida terá sido em vão.
CONCLUSÃO
O Senhor
reservou todo o seu melhor para esses últimos dias da igreja, o próprio Jesus
nos revelou ser possível realizar grandes feitos. O princípio ainda é o mesmo:
a santidade, a fé, e a separação de tudo aquilo que se chama pecado. Deus ainda
é o mesmo e ainda realiza grandes feitos (Hb 13.8).
Questionário
1.
O que os governantes tornaram legal?
2.
Cite um item da corrupção generalizada.
3.
Cite um motivo pelo qual precisamos de uma visitação poderosa.
4.
Qual a expressão constante da vida de muitos cristãos?
5.
Qual o alvo principal do cristianismo?
Fontes:
Bíblia
Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel.
Revista:
Milagres do Antigo Testamento – Editora Betel - 4º Trimestre 2014
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