Lição 12 Um Tipo do Futuro Anticristo
21 de Dezembro de 2014
TEXTO ÁUREO
"Ninguém, de maneira alguma, vos engane,
porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do
pecado, o filho da perdição" (2 Ts 2.3).
VERDADE PRÁTICA
As conquistas
ditatoriais e as atrocidades de Antíoco Epifânio dão uma noção do que será o
futuro Anticristo na Grande Tribulação.
HINOS
SUGERIDOS 8, 123, 191
LEITURA DIÁRIA
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Segunda - Dn 7.7,8 O pequeno chifre do animal espantoso
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S
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Terça - 1 Jo 2.22 O "mentiroso"
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T
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Quarta - 1 Jo 2.18 O "anticristo"
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Q
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Quinta - 2 Ts 2.3,8 O "homem da iniquidade"
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Q
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Sexta - Mt 24.15 O abominável da desolação
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S
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Sábado - 2 Ts 2.8;
Ap 19.20 O Anticristo será lançado no Lago de
Fogo
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S
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Daniel 11.1-3,21-23, 31,36
INTERAÇÃO
Quando
encerramos a leitura do Antigo Testamento e deparamo-nos com o primeiro livro
do Novo Testamento, o Evangelho de Mateus, nós não imaginamos o lapso de
tempo que representa passar de uma página a outra. Foram aproximadamente
quatrocentos anos de um período considerado "o silêncio de Deus".
Entretanto, acontecimentos proféticos cumpriram-se neste período onde surgiu
um personagem na história, considerado por muitos o Anticristo, mas considerado
pelos principais estudiosos do Antigo Testamento, uma figura do Anticristo:
Antíoco Epifânio. Um personagem importante na história bíblica e secular.
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Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer as predições proféticas do capítulo onze de Daniel.
Destacar o caráter perverso de Antíoco Epifânio, o imperador da Síria.
Saber que Antíoco Epifânio prefigura o Anticristo que há de vir.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado
professor, para a aula de hoje, procure se preparar com informações sobre o
personagem central da lição: o imperador sírio Antíoco Epifânio. Um homem
cruel, imoral e que profanou o Templo dos judeus em Jerusalém. Procure
pesquisar informações históricas de sites confiáveis, revistas de história e
livros que abordem o período considerado interbíblico. Este é um período
pouco estudado pelos professores, mas crucial para compreender o momento
histórico da invasão em Jerusalém após o retorno do cativeiro e a pessoa de
Antíoco Epifânio como a figura do futuro Anticristo. Boa aula!
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No capítulo onze, Deus revela a Daniel
eventos proféticos que se cumpriram no período interbíblico, ou seja, o período
entre o Antigo e o Novo Testamentos.
Nesta
revelação profética destaca-se o personagem histórico que estudaremos nesta
lição, Antíoco Epifânio. Esse personagem prefigura o Anticristo revelado em o
Novo Testamento (Mt 24.15; 2 Ts 2.3-12).
Essas profecias reveladas a Daniel cumpriram-se fielmente por uns 500
anos até o período interbíblico, que vai do fim de Malaquias ao início de
Mateus.
1. A revelação sobre o fim do Império Medo-Persa (11.2). Aparece no versículo primeiro o nome do rei
"Dario, o medo" que é o mesmo de Daniel
5.31. A história bíblica diz que Ciro constituiu a Dario como rei.
No capítulo onze é revelado a Daniel
uma sucessão de reis que vai de Ciro até o desmoronamento do reino de
Alexandre. Foi revelado a Daniel que o rei valente (v.3),
Alexandre, se levantaria e dominaria muitos reinos, todavia o Senhor mostrou
também que embora imponente, o reino de Alexandre seria partido aos quatro
ventos do céu (v.4). Os reinos deste
mundo, por mais importantes que sejam, são todos passageiros. Somente o Reino
de Deus é eterno.
A história apresenta diferentes datas quanto
a estes reis, mas isso não afeta o cumprimento, com exatidão, dos fatos
proféticos do capítulo onze.
2. Um rei valente (11.3). O rei valente que seria levantado era Alexandre Magno. A importância
dessa profecia está no fato de que é Deus que dirige a história para que sua soberana vontade seja exercida
especialmente em relação a Israel.
Até o versículo
35 a profecia de Daniel se concentra em revelar os reinos
gentílicos. Depois, o foco principal passa a ser o povo de Deus e seus
sofrimentos.
Os reis do Sul descritos no versículo cinco
eram os Ptolomeus, sucessores de Ptolomeu Soter, general de Alexandre. E os
reis do Norte (v. 6) eram os
Selêucidas, sucessores de Seleuco I, que governou parte da Ásia Menor e Síria.
3. A divisão do reino entre
quatro generais (11.4-20). Afirma o versículo
quatro que "estando ele em pé, o seu reino será quebrado". Alexandre
morreu na Babilônia aos 33 anos de idade. O seu reino, como havia sido revelado
pelo Senhor, "foi repartido para os quatro ventos do céu" (v.4). Alexandre não teve um sucessor e seu
reino foi dividido entre os seus quatro generais: Cassandro, Lisímaco, Seleuco
e Ptolomeu. Ainda que os historiadores neguem a questão da soberania de Deus no
destino das nações, não podemos duvidar que Ele permite que reinos sejam
estabelecidos e destruídos. "Os quatro ventos do céu" (v.4) lembra a profecia sobre a figura das
quatro cabeças do leopardo alado (7.6)
e a visão do bode com quatro chifres notáveis (8.8).
As figuras são diferentes, mas as representações dessas figuras são as mesmas,
porque falam do Império Grego e sua divisão, depois da morte de Alexandre.
Cassandro reinou na Macedônia; Lisímaco reinou na Trácia e Ásia Menor; Ptolomeu
reinou no Egito e Seleuco reinou sobre a Síria e o restante do Oriente Médio.
Nos versículos
5 a 20, temos uma sucessão de guerras entre esses quatro reis,
especialmente entre Egito e Síria, entre os reinos do Norte e do Sul. O rei do
Norte, Antíoco Epifânio (entre 175 e 164 a.C.) o qual tornou -se um tipo do
Anticristo.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
O capítulo onze de Daniel é uma profecia a respeito da queda do império
medo-persa, a ascensão do império grego e a sua posterior divisão em quatro
partes.
Os quatro generais de Alexandre que se
tornaram reis não se contentaram com seus territórios e passaram a lutar entre
si. Seleuco IV ocupava o trono da Síria em Antioquia e reinou de 187 a 175 a.C.
Ele morreu envenenado e seu filho deveria assumir o trono, mas seu tio Antíoco
Epifânio tomou o trono da forma mais ignominiosa e detestável possível. Assumiu
o trono sírio e mudou seu título de Antíoco IV para Antíoco Epifânio, isto é, o
glorioso.
1. Antíoco Epifânio foi um rei perverso e
bestial. Ele chegou ao poder em 175 a.C. e tinha apenas 40 anos de idade. O
vocábulo Antíoco significa adversário, e Epifânio significa ilustre, o que é
uma contradição. Segundo a história, reinou apenas onze anos, e morreu em 164
a.C. Porém, em seus poucos anos de reinado usou artifícios mentirosos,
enganosos e cruéis como ninguém. Antíoco Epifânio não tinha escrúpulo. Sua
ascensão ao trono da Síria foi através de intrigas e engano (11.21). Ele derramou muito sangue em guerras.
Enriqueceu com os despojos quando lutou contra o Egito (11.25-28). O versículo
vinte e um o chama de "homem vil", porque fingindo amizade
e aliança, entrou no Egito e se apoderou do reino de Ptolomeu Filometer.
2. Antíoco Epifânio invadiu Jerusalém (11.28).
Antíoco Epifânio, depois de ter entrado no Egito e ter tomado posse do
reino de Ptolomeu VI (vv.25,26), resolveu investir contra a Terra Santa,
especialmente, Jerusalém. Ele tinha um ódio enorme de Israel. Por isso, partiu
para a profanação do Templo e fez cessar os sacrifícios diários (11.30,31).
Houve resistência da parte de judeus fieis que não cederam aos abusos de poder
e a arrogância desse rei sírio. Ele ordenou o sacrifício de porcos sobre o
altar sagrado para profanar o Santuário.
3. Antíoco Epifânio era cruel (vv.31-35). Ao invadir Jerusalém,
Antíoco Epifânio desrespeitou valores morais e éticos da sociedade israelita.
Estabeleceu regulamentações contra a circuncisão, a observância do sábado e
outras práticas dietéticas do povo hebreu. O versículo
31 fala da "abominação desoladora", quando Epifânio
construiu um altar a Zeus, deus grego, sobre o altar dos holocaustos no Templo.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
O imperador Antíoco Epifânio era perverso, bestial e cruel. Ele arrasou
a cidade de Jerusalém.
1.
O " homem vil " que
chega ao poder. Até o versículo 35 a história se cumpriu
perfeitamente. A partir do versículo 36,
os fatos acontecem de modo especial e fala de um rei que agirá segundo a sua
própria vontade. Trata-se de um homem que chega ao poder, prospera, cresce em
força e, então, investe contra o Deus de Israel. Esse rei, na figura de Antíoco
Epifânio, assume o papel de divindade. Essa profecia tem o respaldo do Novo
Testamento nas palavras de Paulo, quando diz que "se opõe contra tudo que
se chama Deus ou se adora" (2 Ts 2.4).
2. O futuro governante mundial no "tempo
do fim". Nos versículos 36 a 45 do
capítulo onze está escrito que ele fará conforme sua própria vontade. O
versículo quarenta fala do "fim do tempo" apontando para a Grande
Tribulação que é a septuagésima semana do texto de Daniel 9.27. Nesse período, os reis do Norte e do Sul
se unirão numa coligação de nações na " terra gloriosa" (11.41) para a grande batalha do Armagedom,
onde o Anticristo será derrotado na Segunda Vinda de Cristo (Ap 19.11-20).
3 .
Precisão profética . Como vimos, Antíoco Epifânio é um personagem da história que representa
o rei futuro, o Anticristo, que provocará o grande conflito com Israel e fará
tudo para destruir a nação, até que venha o Senhor para aniquilar o seu poder.
Antíoco Epifânio assumiu o papel de divindade tal qual o apóstolo Paulo
revela acerca do Anticristo: "se opõe contra tudo que se chama Deus ou se
adora".
A Bíblia declara que o "último dia" não acontecerá sem que
primeiro venha a apostasia e seja manifestado "o homem da iniquidade, o
filho da perdição" que é o Anticristo (2 Ts
2.3). Isto se dará no período da Grande Tribulação, todavia, a
Igreja do Senhor não estará mais na Terra e assim não verá o Anticristo.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"A advertência de nosso Senhor parece sugerir
que os falsos messias irão, na verdade, se infiltrar nas fileiras daqueles
que fogem. Embora o povo de Deus possa fugir das perseguições do Anticristo,
eles não conseguirão escapar dos agentes mentirosos de Satanás, que irão
evidentemente segui-los até o esconderijo. Mesmo em seu exílio da ameaça da
aniquilação, os refugiados constantemente ouvirão pessoas mentirosas afirmar,
'Eis que o Cristo está aqui'; 'Ali' (v.23).
'Eis que ele está no deserto!' Ou, 'Ele está nas
salas interiores!' Todas estas afirmações serão mentiras, talvez até
deliberadamente planejadas para atrair os refugiados para fora do
esconderijo. Os crentes são, com antecedência, solenemente instruídos a não
darem atenção a elas" (MACARTHUR JR., John. A Segunda Vinda.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.117).
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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
"A Marca
da Besta (13.16-18)
O versículo 18
oferece uma pequena lista para se entender o sentido da marca e do nome, ou
caráter, da besta. O número 666, no entanto, tem-se tornado mui
controvertido, e vem promovendo mais especulações que qualquer outra coisa da
Bíblia. Antes da invenção dos números arábicos (0,1,2,3...), os judeus e
gregos tinham de escrever os números por extenso. Com o passar do tempo,
começaram a substituir as letras do alfabeto pelo nome dos números. Assim, as
primeiras dez letras eram usadas para os números de 1 até 10. A letra
seguinte designava o 20, a outra 30, e daí por diante.
Vem se constituindo num passatempo popular
adicionar letras aos mais diversos nomes para se obter a identidade da besta.
Alguns concluem que o Anticristo haja sido Nero César, pois tal nome em
caracteres hebraicos soma 666. Contudo, o Apocalipse está no grego, e fala do
Alfa e do Ômega, letras do alfabeto grego; e não 'Alefe' e 'Tau', letras do
alfabeto hebraico. Assim há somente especulação ao atribuir-se o número 666 a
Nero.
Através da história, vem-se tentando identificar
nos ditadores e tiranos. Quando me encontrava em Israel em 1962, um judeu
convertido disse-me para prestar atenção no nome de Richard Nixon, pois
vertido em hebraico soma exatamente 666. Mais tarde, um irmão da Itália
contou-me que a inscrição dedicada ao papa, e que pode ser vista no interior
da basílica de São Pedro, em Roma, em algarismos latinos, também soma 666. É
digno de nota que alguns escribas antigos substituíssem o número 666, por
6I6, para que se encaixasse com o nome de calígula. A igreja primitiva,
unanimemente, rejeitou o artifício.
O Apocalipse, contudo, nada fala sobre a soma de
números do nome da besta. A única chave é esta: "é o número de um
homem". Expositores da Bíblia interpretam o seis para simbolizar a raça
humana. O três para designar a Trindade. A tripla repetição - 666 - pode
simplesmente significar que o Anticristo é um homem que crê ser um deus,
membro de uma trindade composta pelo Anticristo, Falso Profeta e Satanás (2 Ts 2.4; Ap
13.8)" (HORTON, Stanley M. Apocalipse:
As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2001, p.185).
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Ignominiosa: Que provoca horror,
vergonha.
Escrúpulo: Consciência dotada de
sentido moral; caráter íntegro.
Despojos: O que se toma ao
inimigo; presa, espólio.
Profanar: Tratar
desrespeitosamente; ofender, afrontar, macular.
Dietética: Relativo a dieta.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LAHAYE, Tim; HINDSON
(Ed.). Enciclopédia Popular de Profecia
Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
SILVA, Severino Pedro. Daniel Versículo por
Versículo: As visões para estes últimos dias. 13.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2005
SAIBA MAIS
Revista
Ensinador Cristão CPAD
nº 60. p.42.
EXERCÍCIOS
1. Quem
constituiu a Dario como rei?
R. A história bíblica diz que Ciro constituiu a Dario como rei.
2. Qual é a
importância da profecia a respeito do Império Grego?
R. A importância dessa profecia está no fato de que é Deus que dirige
a história para que sua soberana vontade seja exercida especialmente em
relação a Israel.
3. Quais eram
os quatro generais de Alexandre?
R. Os seus quatro generais eram Cassandro, Lisímaco, Seleuco e
Ptolomeu.
4. Segundo a
lição, qual é o significado do nome Antíoco Epifânio?
R. O vocábulo Antíoco significa adversário, e Epifânio significa
ilustre.
5. Antíoco Epifânio é um tipo
de quem?
R. Um tipo do Anticristo.
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