Lição 12 – Três jovens e o milagre da
fornalha
21 de
dezembro de 2014
TEXTO
ÁUREO
“Meus
irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras?
Porventura a fé pode salvá-lo?” Tg 2.14
VERDADE
APLICADA
Jamais
saberemos o alcance da nossa fé até que sejamos postos diante de uma escolha
que peça a renúncia daquilo que mais estimamos e revele quem somos diante da
circunstância.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
1. Deixar
evidente que a fidelidade é inegociável mesmo diante da opressão e das ameaças;
2. Mostrar
que ser um autêntico cristão é conviver com diversas formas de fornalha;
3.
Ensinar que todo aquele que é forjado no calor da provação torna-se puro e
flexível.
Glossário
Dispersar:
Espalhar para diferentes lados;
Tipo: uma
sobra de algo futuro;
Impeditiva:
aquilo que impede.
Leituras
Complementares
Segunda
Fp 1.29
Terça Jo
15.28-20
Quarta Hb
11.30
Quinta At
4.19
Sexta Gn
10.8-10
Sábado Rm
5.3-4
Textos de
referência
Dn
3.13-16
13 Então, Nabucodonosor, com ira e furor, mandou
chamar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. E trouxeram a esses homens perante o
rei.
14 Falou Nabucodonosor e lhes disse: É de
propósito, ó Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que vós não servis a meus deuses
nem adorais a estátua de ouro que levantei?
15 Agora, pois, se estais prontos, quando
ouvirdes o som da buzina, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério, da gaita
de foles e de toda sorte de música, para vos prostrardes e adorardes a estátua
que fiz, bom é; mas, se a não adorardes, sereis lançados, na mesma hora,
dentro do forno de fogo ardente; e quem é o Deus que vos poderá livrar
das minhas mãos?
16 Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e
disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este
negócio.
INTRODUÇÃO
Poucas
pessoas podem compreender até que ponto a fé pode ser capaz de renunciar. A
magnífica história de Sadraque, Mesaque e Abednego nos ensina que quando o
assunto é fidelidade ao Senhor, nem mesmo a morte poderá amedrontar aos que
nEle estão alicerçados. (Sl 125.1).
1. Fiéis
não se vendem nem retrocedem diante do fogo
Nabucodonosor
era um rei sagaz que oferecia aos príncipes escravos uma faculdade gratuita,
uma posição de destaque no reino, e um salário digno. Esse tipo de persuasão
fazia com que os cativos se esquecessem de sua terra e vivessem sob a égide de
seu domínio, abandonando suas raízes e se tornando parte de seu reino.
1.1
Nabucodonosor e seu inferno particular
Nabucodonosor
já havia reconhecido o Senhor como um grande Deus através da revelação de
Daniel (Dn 2.47). Porém, não se arrependeu e essa verdade não alcançou seu
obstinado coração. Em vez disso, confeccionou uma estátua de ouro com sua
imagem para forçar seus súditos a adorá-lo, e aquele que lhe desobedecesse
deveria ser lançado na fornalha de fogo ardente. Essa é a fornalha de fogo
ardente. Essa é a forma como age o coração humano quando não glorifica a Deus:
o homem glorifica a si mesmo e tenta fazer com que todos o adorem. Como toda
religião, Nabucodonosor tinha uma banda, uma lei, um ídolo para adorar, e um
inferno particular (a fornalha) que condenava quem não se entregasse a seu
credo. Seu maior problema foi achar que mesmo comprando o caráter de alguns,
todos eram da mesma estirpe se curvando ao seu sistema.
1.2
Sadraque, Mesaque e Abedenego
Não foi
fácil para Sadraque, Mesaque e Abedenego permanecerem de pé enquanto todas as
outras pessoas “dançavam conforme a música”. Eles desafiaram o sistema porque
eram firmes e alicerçados nos ensinos de sua família e embora, fosse a
Babilônia um lugar ostentador, eles jamais trocariam sua comunhão com Deus por
lisonjas ou posições. Um fato curioso que mostra o poder envolvente da
Babilônia e que alguns judeus já haviam se vendido, é a qualidade dos instrumentos
que deveriam tocar para que todos se curvassem, entre eles estavam alguns de
ordem semita como: a flauta, a harpa e o saltério (Dn 3.5).
1.3
Babilônia, o sistema de Satanás
Na Bíblia
“Babilônia” é mais que uma cidade ou império; Ela representa um sistema
Satânico. Babilônia se iniciou através da obra de Ninrode, que com um audacioso
projeto, desejava conquistar o mundo através do esforço humano, sendo impedido
por Deus, que confundiu às línguas e dispersou seu reino pelo mundo afora por
causa da sua arrogância (Gn 10.8-10; 11.1-9). Nabucodonosor desejava fazer o
mesmo, ele possuía um esquema centrado no homem, que tentava conquistar o
coração, a mente, e o corpo das pessoas, e nesse sistema não havia espaço para
Deus. O nome “Babel” significa: “portão de Deus”. Ela finge ser o caminho para
o céu. No entanto, é o caminho para o inferno.
2. As
promessas de uma fornalha em chamas
O rei
ficou enfurecido ao saber que seu decreto foi desobedecido. Ele deu outra
chance aos jovens. Mas eles preferiram antes enfrentar o fogo a ter que se
curvar a seu ídolo. Assim, eles foram lançados na fornalha amarrados com as
próprias vestes. Três promessas se destacam nessa história. Vejamos:
2.1
Seguir ao Senhor não nos isenta de uma fornalha
Não
existe evangelho fácil. Ser um autêntico cristão é conviver com diversas formas
de fornalha. Todo aquele que se dedica ao Senhor não está isento da provação.
Nós estamos no mundo, más não somos amigos dele, somos a contramão de um
sistema que a cada dia tenta nos absorver e nos desvincular de nossa profissão
de fé (Jo 15.18-20; Fp 1.29). Esses três jovens desafiaram o sistema,
envergonharam o rei diante de todos, eles preferiram morrer a negar seu Deus.
Eles são um exemplo para todos aqueles que creem; que ainda não se deixaram levar
pelo sistema; que não negaram a fé. Mesmo sabendo que a fornalha seria aquecida
além do normal, eles confiaram no Senhor, acreditaram que pela vida ou pela
morte o Senhor não os deixaria.
2.2 O
Senhor jamais nos abandona durante a provação
Fogo que
Deus se faz presente sempre tira de nós o que nos impede de caminhar. Eles
foram lançados no fogo amarrados, de repente, foram vistos passeando dentro do
fogo. O que nos prova que somente as cordas se queimaram (Dn 3.25).
Nabucodonosor avistou uma pessoa a mais com eles a passear, Deus nunca abandona
os seus quando passam por provações aterradoras. Ele pode não impedir que
entremos na fornalha, mas entrará conosco e nos preservará para sua glória (Is
43.2). Os homens que lançaram eles no fogo morreram queimados instantaneamente,
eles, porém, além de não sofrerem nenhuma lesão, nem cheiro de fogo passou
sobre eles (Dn 3.22-27). Deus sabe preservar os que lhe são fiéis (Hb
11.30-34).
2.3 A
fornalha produz um nível de crescimento
Somente
quando atingimos o fogo é que nos tornamos cônscios da presença do companheiro
Divino andando ao nosso lado, mostrando aos nossos inimigos Sua grandeza. Que
privilégio para esses jovens! Eles receberam uma revelação pessoal do Cristo
Salvador antes mesmo dEle revelar-se para o mundo. O que uma fornalha não pode
nos revelar? O fogo os livrou de suas amarras da mesma forma que sofrer por
Cristo, hoje, nos liberta jubilosamente do pecado e do mundo. A experiência
deles glorificou a Deus diante dos outros (1Co 6.19-20), e o rei os promoveu e
deu-lhes honras. Primeiro, o sofrimento; depois, a glória (1Pe 5.1,10-11).
3.
Forjados pelo fogo da provação
Nabucodonosor
foi publicamente envergonhado, mas também ficou maravilhado com o que viu na
vida desses três jovens. Ele se aproximou da fornalha e não se queimou (Dn
3.26), uma prova real de que a confiança em Deus nos exalta diante dos nossos
inimigos. Vejamos três aspectos importantes desse capítulo.
3.1 Somos
mais que vencedores
“Mas em
todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm
8.37). Como podemos nos tornar tão grandes vencedores? Quando durante os
grandes conflitos de nossas vidas adquirirmos uma disciplina que não somente
fortaleça a nossa fé, mas que consolide nosso caráter espiritual. A tentação se
faz necessária para firmar e confirmar nossa vida espiritual, ela é como o fogo
para o metal mais precioso, que além de purifica-lo, o torna flexível. Nossos
conflitos espirituais devem ser contados entre as mais preciosas bênçãos,
porque neles aprendemos que o grande adversário é usado para nos treinar para a
sua própria derrota (Dn 3.28-29).
3.2 Deus age
no meio do fogo
“Falou
Nabucodonosor, dizendo: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abedenego,
que enviou o seu anjo, e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois
violaram a palavra do rei, preferindo entregar os seus corpos, para que não
servissem nem adorassem algum outro deus, senão o seu Deus” (Dn 3.28). Em todos
os lugares difíceis a que Deus nos leva, ele sempre está criando oportunidades
para que a nossa fé possa ser exercitada. Esses jovens pareciam iminentemente
derrotados enquanto os inimigos observavam para vê-los arder naquelas chamas.
Ao fim da provação nem um fio de cabelo foi atingido (Dn 3.22-27). Eles
sacrificaram seus corpos, demonstrando aos seus algozes que sua fé era coerente
e sua fidelidade inegociável, que lição para aqueles que sacrificam o sagrado!
3.3 A
última fornalha
O
capítulo três de Daniel é uma tipologia profética de Israel nos dias da Grande
Tribulação (2Ts 2.1-12; Ap 13.1-18). Nabucodonosor simboliza o anticristo; sua
estátua representa a imagem do anticristo que será erigida; e os três hebreus
representam os crentes judeus que serão protegidos durante a tribulação. O
milagre da fornalha tipifica um retrato dos eventos nos últimos dias. Daniel
não estava presente quando essas coisas aconteceram. Em sua ausência o rei
confeccionou seu perverso ídolo. Isso ilustra o arrebatamento da Igreja: quando
a Igreja estiver fora da terra, então Satanás poderá levar avante seus planos
diabólicos a fim de escravizar a mente e o corpo das pessoas.
CONCLUSÃO
A
fornalha não trouxe morte, mas libertação das amarras, revelação pessoal de um
Deus justo, e honra diante dos inimigos. A tribulação produz sempre paciência,
experiência, esperança (Rm 5.3-4). Parece incrível, mas esses jovens estavam
mais seguros dentro da fornalha do que fora dela. Deixemos o fogo cortar nossas
cordas impeditivas!
Questionário
1.
Qual a origem e o significado de Babilônia?
2.
Cite três instrumentos semitas.
3.
Qual a única coisa que o fogo da fornalha queimou?
4.
Que revelação os três jovens receberam na fornalha?
5.
O que tipifica Daniel capítulo três?
Fontes:
Bíblia Sagrada
– Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel.
Revista:
Milagres do Antigo Testamento – Editora Betel - 4º Trimestre 2014
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