LIÇÃO 11
– Obede-Edom, o milagre da presença de Deus
14 de
dezembro de 2014
TEXTO
ÁUREO
“O Senhor
é quem dá pobreza e riqueza; ele humilha e exalta” 1Sm 2.7
VERDADE
APLICADA
Conhecer
a Deus e não reverenciar as coisas sagradas pode ser tão perigoso quanto
ignorar Sua presença.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
1.
Ensinar que a irreverência às coisas sagradas pode trazer juízo e morte;
2.
Revelar os benefícios produzidos pela presença de Deus na casa de Obede-Edom;
3.
Mostrar o paulatino crescimento espiritual de Obede-Edom e suas lições
espirituais.
Textos de
referência
1Cr
13.10, 12, 13; 2Sm 6.11
Glossário
Exterminar:
acabar com;
Perspectiva:
O que se consegue ver ao longe;
Enveredar:
seguir certo caminho.
Leituras
complementares
Segunda
Nm 4.4-20
Terça 1Sm
3.6-7
Quarta 1
Sm 4.10-18
Quinta 1
Cr 13.12
Sexta Is
55.6
Sábado Pv
22.6
INTRODUÇÃO
A arca da
aliança era feita de Acácia, a madeira mais nobre e mais resistente, e de ouro,
o metal mais precioso, símbolos da eternidade e da glória de Deus. Em toda
batalha travada por Israel, a arca ia adiante como um símbolo de que Deus
estava presente e que garantiria a vitória.
1. A arca
do Senhor, a irreverência e o juízo
A
história de Obede-Edom é riquíssima, ela apresenta a transformação de um homem
que aparece do nada, e que é favorecido pela presença da arca em sua casa. Ela
mostra um contraste gigantesco do agir de Deus, onde uns em nada são abalados,
e outros são extremamente transformados e abençoados.
1.1 A
trajetória da arca do Senhor
Durante
muitos anos a arca foi para o povo israelita um símbolo da presença de Deus,
era como se o próprio Deus, era como se o próprio Deus estivesse em pessoa
entre eles, a pelejar suas guerras. Essa mesma arca havia sido levada pelos
filisteus, após a morte de Eli (1 Sm 4.10-18). Posta no templo, a arca trouxe
grande terror ridicularizando seu deus Dagom, que diante dela teve sua cabeça e
braços decepados. O povo também foi punido com hemorroidas e uma praga de
ratos, tendo que fabricar ratos e hemorroidas de ouro para aplacar a ira do
Senhor. Por onde a arca passava trazia terror, até que, finalmente, chegou à
casa de Abinadabe, e lá se estabeleceu por um período de vinte anos, após
consagrarem Eleazar, seu filho, como guardião da arca (1 Sm 5.1-12; 6.1-27;
7.1-2).
1.2 Davi
e a arca do Senhor
Durante o
tempo que a arca ficou na casa de Abinadabe, Deus preparou o jovem Davi para
reinar em Israel, e após a sua ascensão, ele resolveu buscar a arca e levar a
Jerusalém. Segundo a Lei, a arca deveria ser conduzida nos ombros dos sacerdotes,
e jamais em carro de bois (1 Cr 15.15). Davi anelava por Deus, queria sua
presença, queria que Jerusalém fosse inundada de graça. No entanto, ele agiu da
mesma forma que os filisteus; ele a puxou numa carruagem. Se ao menos
observasse o currículo de Abinadabe saberia que em vinte anos ele apenas
guardou a arca e nada mais. A morte de Uzá é uma prova que a irreverência mata,
e mesmo que houvesse boas intenções, seguir o modelo errado é sempre incorrer
em juízo (1Sm 2.6-7).
1.3 O
toque irreverente de Uzá
Uma razão
pela qual temos a dificuldade em compreender a morte de Uzá é que nós próprios
temos “o ponto de vista de Uzá” a respeito de Deus. Pois, tendemos a reduzir o
Senhor a um símbolo de boa sorte, numa caixa. Uzá conhecia a pena de morte, era
um levita, um coatita especificamente encarregado de tomar conta da arca (Nm
4.4-20). Tratar as coisas sagradas com leviandade é como tocar na arca, Uzá foi
irreverente, não santificou o nome do senhor. Uzá cresceu olhando para a arca,
para ele a arca era apenas uma religiosidade, um culto como outro qualquer.
Durante vinte anos nada aconteceu em sua casa, nada aconteceu em sua vida, não
existe registro algum de que aquela presença possa ter alterado alguma coisa em
sua família.
2. A arca
na casa de Obede-Edom
Abalado
pela morte de Uzá, Davi temeu e disse: “Como trarei a mim a arca de Deus?” (1Cr
13.12). Sua preocupação era: se Deus está matando o que vamos fazer? Então,
guiado por Deus, ele conduz a arca para a casa de Obede-Edom e volta com sua
comitiva frustrada para Jerusalém.
2.1
Obede-Edom, um homem especial para Deus
A
tragédia que trouxe morte para Uzá produziu vida para Obede-Edom. Parece que
Deus havia tomado uma decisão: “Ele nem habitaria na casa do sacerdote e nem
tampouco habitaria com o rei”. Era como se estivesse enojado com o sistema e a
maneira cega que lhe conduziam. Deus resolveu habitar na casa de alguém sem
“status”, alguém que estava fora de alcance para todos. Deus deixou de habitar
com os nobres, para transformar aquele que para todos era um anônimo.
Obede-Edom significa: servo de Edom. Os edomitas eram descendentes de Esaú, os
quais Deus mandou exterminar da terra e os amaldiçoou. A tragédia favoreceu
toda a sua casa, um exemplo de graça onde jamais houve uma perspectiva de
mudança.
2.2
Obede-Edom assumiu os riscos da presença de Deus
Quando
ninguém queria arriscar-se num compromisso tão radical com Deus, ele abre as
portas de sua casa e decide ser o modelo que aquela nação precisava. Obede-Edom
teve coragem, pois qual homem que assistindo ao funeral de alguém fulminado
pela arca a colocaria em sua casa? Obede-Edom arriscou sua vida e a de sua
família, e, é exatamente isso que acontece quando a presença de Deus entra em
nossa casa. Nós corremos risco (Sl 44.22; Rm 8.36). Evangelho nunca foi fácil,
sempre trouxe marcas, perseguição, e sangue (Mc 13.12). Hoje é que as coisas
mudaram. Não se sabe mais quem é ou quem não é; quem realmente serve ou quem
apenas guarda a arca. Tudo está tão misturado; tão comum, e tão fácil, que a
graça se tornou engraçada para muitos.
2.3
Obede-Edom teve a rotina de sua vida alterada
Obede-Edom
não somente arriscou, mas teve a rotina de sua vida alterada. É impossível Deus
entrar em uma vida e as coisas continuarem do mesmo jeito. Foram três meses
apenas, mas três meses que marcaram a história. Poderíamos até conjecturar
dizendo que: no primeiro mês houve a restauração da vida sentimental de
Obede-Edom, pois sua mulher engravidou e gerou filhos; no segundo mês aconteceu
a restauração financeira, onde seu gado e sua hortaliça produziram
absurdamente; no terceiro mês sua vida espiritual deu uma guinada, e ele
desejou deixar tudo para seguir o caminho da arca. A morte de Uzá foi a porta
de entrada para Obede-Edom, e a benção na casa de Obede-Edom foi a causa de um
avivamento em Jerusalém (2Sm 6.12).
3.
Obede-Edom, um homem sedento pela presença de Deus
Enquanto
Davi se preocupa em descobrir a maneira correta para trazer a arca para
Jerusalém, a notícia da prosperidade de Obede-Edom se estende por toda a cidade
(2Sm 6.12). Porém, Obede-Edom toma uma grande decisão, deixar tudo para seguir
a arca por onde quer que ela fosse, e se torna uma figura de destaque na
história de Israel.
3.1 O
crescimento espiritual de Obede-Edom
Para
Obede-Edom a presença de Deus era mais importante do que os milagres derramados
sobre sua vida. Ele segue para Jerusalém, abandona sua residência, deixa tudo e
se torna porteiro do Santuário (1Cr 15.17-18). Ele queria ficar perto da
presença, mesmo que fosse pelas frestas da porta; com o desejo de entrar mais
nessa presença ele se tornou músico (1Cr 15.19-21); em seguida é visto como um
guardião da arca ele anelava por mais e mais de deus (1Cr 15.24); de guardião
ele se tornou um ministro de adoração, liderado por Asafe (1Cr 16.4-5); de
repente, o incansável adorador que era liderado por Asafe, deixar de ser somente
um ministro de adoração e se torna um líder de sessenta e oito pessoas (1Cr
16.37-38).
3.2
Obede-Edom, um homem de confiança do rei
O mesmo
Davi que designou a arca para a casa de Obede-Edom, também o promoveu como
homem de confiança do tesouro do Santuário (2Cr 25.24). Segundo alguns
estudiosos, o tesouro do Santuário do Senhor que estava sob a responsabilidade
de Obede-Edom corrigidos para os nossos dias chegaria a cerca de três bilhões
de dólares. A grande lição da presença de Deus na vida desse homem está em como
se conduzia diante d’Ele. Para Obede-Edom sua maior riqueza era estar na
presença de deus. Que esse seja o caminho para um avivamento em nossos dias.
3.3 Os
marcos da gratidão de Obede-Edom
Desde
aquele dia em que a arca do Senhor passou a fazer ´parte da vida de Obede-Edom,
ele jamais deixou de ser um homem ligado ao Senhor, e para cada momento vivido,
um filho expressava o conteúdo de sua amizade com Deus. Vejamos seus nomes: 1)
Semaías – Ouvido por Jeová; 2) Jozabade – Jeová quem me deu; 3) Joá – Jeova é
meu irmão; 4) Sacar – Ordenado; 5) Natanael – Meu amigo é Deus; 6) Amiel –
existe recompensa; 7) Issacar – Portador do salário; 8) Peuletai – Salário (1
Cr 26.4-5). Toda a geração de Oberde-Edom foi alcançada pelo Senhor, e todos se
destacaram nas páginas Sagradas como como valentes e de força para o ministério
(1Cr 26.6-8).
CONCLUSÃO
Da mesma
forma que muitas pessoas estão abrindo suas portas para a presença de Deus, e
sua sede por Ele tem produzido mudanças generalizadas, alguns estão enveredando
pelo caminho de Abinadabe, não passando o temor divino aos seus filhos, e
permitindo que morram não somente de forma espiritual, mas literal (Pv 22.6). É
tempo de buscar ao Senhor (Is 55.6).
Questionário
1 –
Quantos anos a arca ficou na casa de Abinadabe?
2 – Qual
o nome do homem que morreu ao tocar na arca?
3 – Onde
Davi resolveu deixar a arca após o incidente?
4) –
Quanto tempo passou a arca na casa de Obede-Edom?
5) – Até
que ponto de crescimento chegou Obede-Edom?
Fontes:
Bíblia
Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel.
Revista:
Milagres do Antigo Testamento – Editora Betel - 4º Trimestre 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário